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Voando sobre um ninho de abutres

Por Jornal Sporting
02 Set, 2016

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3587 de 2 de Setembro

Fechou na quarta-feira à meia-noite o mercado de transferências que para além de especialmente agitado e ter permitido o maior encaixe financeiro de sempre, foi sobrevoado por todo o tipo de “aves de rapina e cucos”, sobretudo por abutres! Para este tipo de espécies (não confundir com os que agem correctamente), os agenciados são apenas presas, alimento para bicar, usurpar e ganhar comissões a qualquer custo. Os esquemas sucedem-se e a mando sabe-se lá de quem (se calhar até se sabe!) são ventiladas junto dos círculos próximos dos jogadores, destes e na comunicação social, propostas mirabolantes de milhões que quando chega a hora da verdade… ou são irrisórias ou simplesmente não existem! Há um padrão comum em todas elas, destabilizar o nosso Clube e a sua capacidade competitiva. Felizmente a saúde financeira e desportiva, a determinação e competência da actual gestão não permitem que o nosso Clube caia nestes engodos mas infelizmente há sempre os incautos que se deixam levar. Por tudo isto é incompreensível o arrastar desta janela de transferências, com a competição a decorrer.

Com tantas nuvens de poeira levantadas nos últimos tempos, ficamos curiosos por verificar dos negócios realizados qual o montante que fica realmente nos diferentes clubes. Pela nossa parte a transparência tem sido uma constante e aqui mesmo no nosso jornal, após cada janela de transferências, publicamos uma tabela com todas as transacções o que acontece mais uma vez nesta edição. Esta situação obrigou mesmo a alteração da data de publicação do nosso jornal para hoje, em vez da tradicional quinta-feira, pelo que pedimos a compreensão dos nossos leitores. Seria bom que os “imaculados” e “impolutos” de outros clubes seguissem esta boa prática.

O ataque permanente ao acordo alcançado entre o Sporting e os parceiros bancários revela que este continua a dar muita dor de cotovelo. Como a inveja é cega e como a execução do acordo alcançado pelo Sporting está a ser cumprido e até a superar as expectativas, tentam agora, em desespero, porque não tiveram capacidade de conseguirem o mesmo para os seus clubes e vivem em sufoco, passar a ideia que o dinheiro proveniente das transferências não é para o Sporting mas é para a banca. Trata-se de nuvens de fumo para esconderem o buraco financeiro em que vivem mas nunca vimos dívidas serem pagas assim, como diz o ditado: “quem não tem dinheiro, não tem vícios”.

Para que não restem dúvidas, nós explicamos para onde vai o dinheiro das transferências. Obviamente para os detentores dos direitos económicos dos jogadores, na percentagem correspondente se o Clube tiver 100%, fica com 100%, se tiver 90%, fica com esta percentagem e assim sucessivamente (felizmente o Sporting actualmente detém a maioria dos passes dos seus jogadores, muitos deles recuperados com a gestão do Presidente Bruno de Carvalho). Primeira dúvida esclarecida! O que faz o Clube com esse dinheiro? Investe, poupa e honra os seus compromissos, dentro destes há responsabilidades com credores, nomeadamente com a banca. Qualquer um de nós que tenha um crédito à habitação sabe que o banco lhe emprestou dinheiro com a condição do mesmo lhe ser pago. Da mesma forma a nossa entidade patronal paga-nos o vencimento directamente e deste é que nós reservamos uma percentagem para as nossas despesas correntes, outra, se possível, para poupança e claro uma parte para pagar a prestação da casa. Com isto, estamos a cumprir aquilo com que nos comprometemos, a devolver o dinheiro ao banco, a baixar a divida, o nosso passivo. No nosso Clube passa-se o mesmo, é assim tão difícil de perceber?

O Sporting é líder isolado por mérito próprio num contexto muito complicado. Os nossos perseguidores preferem refugiarem-se nas arbitragens, após resultados desfavoráveis. Queixam-se que foram prejudicados, numa clara estratégia de granjearem “capital de queixa”, para as jornadas seguintes mas parece que os tempos mudaram. O Benfica foi logo na segunda jornada e o Porto, na terceira, após ter estado a ganhar por 1-0 e a ser convincentemente derrotado pela nossa equipa por 2-1. Acredito que dói mas tanto choradinho… “não havia necessidade!”

A vitória do passado domingo mostrou como bate o coração do Leão, a raça e a dimensão do nosso Clube, que os decibéis ecoados em Alvalade evidenciaram. O nosso “camisola 12” fez questão de explicar mais uma vez o porquê de termos os melhores adeptos do Mundo!

Boa leitura!