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"Futebol precisa de estratégia comum"

Por sporting
23 Out, 2014

Presidente falou antes de reunião com APAF e Sindicato dos Jogadores

O Presidente Bruno de Carvalho voltou a defender, esta quinta-feira, um entendimento alargado para a existência de uma estratégia comum para o futebol. O líder dos ‘leões’ falou à margem de uma reunião, em Alvalade, com Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, e José Gomes, responsável pela APAF, em que pretendia “conversar sobre as necessidades do futebol, ouvir as ideias de cada um e tentar concertar as melhores propostas, sempre no interesse de uma melhoria do futebol”. “Para termos um futebol português forte precisamos de ter uma visão e uma estratégia comuns e é isso que falta” – prosseguiu Bruno de Carvalho, revelando a disponibilidade do Sporting para participar nessa discussão, com todos os intervenientes. “Uma coisa é a rivalidade entre clubes, outra coisa é aquilo que o Sporting sempre defendeu, que é sentarmo-nos para discutir o futebol, seja com quem for. Tenho esperança que, um dia, esse interesse seja real e que os clubes percebam que, se fizermos isso, ficamos todos a ganhar – porque há mais dinheiro, mais organização, mais credibilidade e mais pessoas vão querer ir ao futebol”, assinalou. As melhorias que o Sporting pretende, explica Bruno de Carvalho, prendem-se com as propostas que tem apresentado – como o recurso a novas tecnologias. “Estas questões têm de ser debatidas por quem as sofre no dia-a-dia. Estamos aqui com pessoas ligadas aos árbitros e aos atletas, mas também estamos em sintonia, em termos de trabalho, com a Associação Nacional dos Treinadores”. José Gomes também expressou o interesse da APAF em relação à introdução de novas tecnologias no futebol. “São positivas e há casos em que devem ser utilizadas, desde que seja de uma forma q.b., para não se descredibilizar o futebol”, disse. O Presidente Bruno de Carvalho referiu-se, ainda, às tentativas do Clube para conversar com os dois principais rivais, a propósito do futuro do futebol e da Liga de Clubes. “O Sporting já se sentou com o Benfica e com o Porto para tratar deste assunto da Liga e depois foram eles que excluíram o Sporting das negociações – e denunciámos isso. Mandaram um email a combinar uma reunião quando eu nem estava cá e depois, nesta última, nem fomos convidados”, explicou Bruno de Carvalho. “Mesmo assim, o Sporting sentou-se à mesa, apresentou as suas propostas, ouviu o que tinham para dizer mas as pessoas não gostaram. Criar uma estratégia, pelos vistos, é uma coisa complicada para alguns presidentes”, concluiu. Joaquim Evangelista concorda com Bruno de Carvalho quanto à necessidade de um entendimento abrangente. “O Sporting tem, por direito próprio – independentemente da sua igualdade em relação a outros clubes, mas também pelo seu estatuto histórico e função social – a obrigação de contribuir, e penso que o tem feito, para a discussão do futebol português, com os clubes e não só”, defende. “Ninguém deve ser excluído da discussão do futebol. Bagão Félix, numa crónica, citou Fernando Pessoa, dizendo que há três categorias de homens: os que decidem, os que não decidem e os outros. O Sindicato está na primeira. Entendemos que fazemos parte deste fenómeno e que os nossos contributos são importantes”, acrescentou o dirigente, que se expressou, também, sobre o acto eleitoral para a Liga de Clubes. “Espero que os clubes sejam responsáveis pelas suas decisões e pelas consequências delas para o futebol português. Digo-o directamente aos clubes porque, no acto eleitoral anterior, houvealguns que mais tarde se arrependeram das suas escolhas”.