Jorge Jesus desvaloriza pressão e elogia capacidade e crença verde e branca durante a partida

O treinador do Sporting CP, Jorge Jesus, mostrou-se agradado com a resposta dada pelo plantel (1-0), salientando a qualidade do jogo ofensivo dos leões, paciente até ao golo no término da partida: "O jogo foi difícil em relação ao resultado. Naquilo que foi o jogo, o Sporting CP não deu hipóteses ao Belenenses de atacar, durante os 40 minutos iniciais. Tivemos um ataque posicional de grande qualidade, mas faltou o golo. Disse à equipa que, a jogar assim, faríamos golo. E tivemos melhores jogadas para o fazer, mas aquela jogada do Joel Campbell acaba por originar um golo de alma, de crença".

Não fugindo ao atraso pontual, agora de novo cifrado nos oito pontos para a liderança, o técnico dissertou sobre a ansiedade que tem sido apontada aos jogadores: "Na segunda parte, deixámos o adversário sair, algumas vezes, em contra-golpe. A ansiedade e a importância de marcares faz com que não recuperes com a velocidade que é exigida. Notou-se, acima de tudo, alguma fadiga, no limite do risco, fruto de 10 jogos num mês. As vitórias dão confiança como é óbvio, mas a qualidade dos jogadores nunca está posta em causa. A ganhar ou a perder, a pressão é igual. São, sim, mais ou menos pontos. Sei o que é preciso para jogar mais e os objectivos continuam intactos, vencer os troféus nacionais. A ansiedade existe sempre, mas quando o prejuízo pontual é maior, isso aumenta. Esta não influencia relação jogador/bola, mas sim a confiança e o mental".

A terminar, Jesus não poupou elogios aos grupos organizados leoninos e à massa adepta, incansável durante os 95 minutos de jogo, relevando a importância destes no tento de Bas Dost.
"Atacar para a baliza onde estão os nossos adeptos e conseguir a vitória no fim do jogo dá sempre uma motivação extra à equipa. Apoiar quando ganhamos é fácil, agora, apoiar-nos quando te arranjam uma crise numa semana, é prova de que estão connosco", realçou após nova vitória no Restelo, enquanto visitante.