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Foto José Cruz

Na Liga só os leões têm Bom (fim) ante o 'papa-grandes'

Por Jornal Sporting
14 Abr, 2017

Os 6-0 dos leões em 2016 não se revêem nesta época, já que os sadinos somaram quatro pontos frente ao Benfica e dois diante do FC Porto. A boa senda do Sporting passará por ser o único grande a garantir o pleno

Setúbal encerra a possibilidade de garantir a segunda vitória no Campeonato Nacional ante o Vitória e de quebrar a força que o oponente tem exibido nos jogos grandes. A eliminação na Taça da Liga nesse mesmo estádio avisa para os perigos, mas basta olhar para o registo dos sadinos diante de Benfica e FC Porto para perceber o grau de dificuldade. José Couceiro empatou na Luz e venceu o Benfica no Bonfim, travando também, com dois empates, o FC Porto, apenas o segundo emblema a conseguir igualar no Dragão.

Tradição não é só choco frito
O Bonfim já provou ser um ‘veneno’ para os leões nesta época e o reduto dos sadinos resultou em 36 resultados negativos para o Sporting, 17 dos quais derrotas. As 32 vitórias em 68 jogos para os de Alvalade sustentam a dificuldade habitual da deslocação à ‘terra do choco frito’, reforçada pela competência defensiva dentro de portas, apenas com nove golos concedidos em 14 partidas. Nada que faça prever o volumoso 6-0 da época anterior, em que o Sporting ficou perto de igualar o melhor triunfo em Setúbal (7-0 em 1945/1946). Quanto ao momento de forma actual, dois ângulos: uma vitória em nove jogos ou uma série de três jogos sem perder, nas quais se contam um triunfo ante o Moreirense e dois empates forasteiros em terrenos difíceis (Porto e Vila do Conde).

Personalidade sustentada
O Vitória faz um trajecto tranquilo, necessitando de três pontos (ou que Nacional e Moreirense não vençam os seis jogos que restam) para carimbar matematicamente a permanência. Em 10.º lugar, poucos objectivos restam, tendo o Rio Ave, no sétimo e a quatro pontos, como melhor hipótese de alcançar. Uma equipa revela a sua personalidade quando os números exibem uma regularidade assinalável. Os sadinos têm a quinta melhor defesa, com 27 golos sofridos, número igual ao dos leões e, tal como o Chaves, tem um score igual em tentos marcados e sofridos. Tanto em casa como fora, apresenta uma média de 10 remates por jogo, tendo na exploração dos flancos a principal arma, canalizados de igual modo (80% dos ataques são conseguidos nas alas, 40% em cada um dos lados). A dupla de médios-centro, ajudada pelo posicionamento interior de Costinha, permite a recuperação de bola avançada. O Vit. de Setúbal é das melhores equipas a variar o centro de jogo, contando com a visão de João Carvalho (Benfica) e a técnica e inteligência nas diagonais de João Amaral. Edinho alia eficácia (6 golos em 20 jogos) e mobilidade num ataqueque pode ter também a velocidade de Nuno Santos, outro cedido pelo Benfica. No eixo defensivo,Venâncio e Fábio Cardoso formam uma dupla interessante, mas a defesa sadina é, na totalidade, um dos segredos para o sucesso. Entre os postes, Varela quererá impedir o terceiro triunfo seguido dos leões no Bonfim para a Liga NOS e garantir que, de Setúbal, o Sporting só leve um aperitivo de choco frito e não a refeição completa.

O jovem dianteiro personifica a inteligência com que Couceiro trabalha tanto o contra-golpe como os momentos de organização
ofensiva. Pelas alas Amaral desequilibra, mas são as diagonais e as trocas posicionais com João Carvalho que enriquecem a sua imprevisibilidade. Tem a melhor média de drible do clube e é o segundo melhor marcador (cinco tentos), apresentando perigo latente na meia-distância.

A campanha na Taça da Liga foi o ponto máximo de uma época sem grandes altos e baixos. Couceiro voltou a ser feliz no Bonfim, espelhando os seus princípios de organização defensiva, sempre com lucidez no ataque. É o único emblema que não perdeu nos dois jogos da Liga NOS com FC Porto e Benfica e a manutenção (quase) garantida é um justo prémio.