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A estirpe dos campeões

Por Jornal Sporting
18 maio, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3624

Quem o conheceu e com ele privou destaca-lhe a frontalidade, a determinação, a honestidade, simplicidade e a ambição que sempre quis presente no seu grande amor, o Sporting Clube de Portugal. Falamos de Manolo Vidal, uma referência do nosso Clube que deverá ser sempre uma inspiração para todos aqueles que almejam a Glória. 

Completam-se cinco anos, na próxima segunda-feira, que Manolo Vidal nos deixou, tinha então 82 anos. Além da dor do seu desaparecimento, ficou a mágoa nos seus entes queridos de não terem visto ser-lhe prestado o derradeiro e merecido acompanhamento, e que lhe era devido, por parte de quem então dirigia o Clube. 

Em boa hora o Conselho Directivo decidiu reparar esta triste falha com Manolo Vidal, seus familiares e amigos, promovendo uma singela homenagem a ter lugar no próximo domingo, no Estádio José Alvalade, perante os Sócios e adeptos do Clube do seu coração, pelo que contamos com todos vós.

De ascendência galega, mas já nascido em Lisboa, Manolo Vidal nunca renegou as suas origens. Homem de negócios, discreto, tornou-se conhecido no espaço público por ser do Sporting. Não tanto por ter sido atleta do Clube, nos juniores e seniores, mas, sobretudo, pelo papel relevante que desempenhou enquanto dirigente.

Iniciou-se no dirigismo no nosso Clube bastante jovem, ainda nos anos 50, conhecendo um Clube vencedor e ambicioso, cultura que sempre transportou, transmitiu e exigiu. O futebol foi sempre a sua praia, mas teve papel importante também no nascimento do futsal. Pouco depois da revolução de 1974 entra pela mão de César Nascimento no futebol de formação para, em 1979, passar a integrar o departamento de futebol profissional fazendo parte da estrutura da equipa que veio a sagrar-se Campeã Nacional em 1980. 

José Manuel Torcato e Durvalino Neto foram seus inseparáveis compagnons de route. Aurélio Pereira, o “Senhor Formação”, herdou de Manolo Vidal a sua cadeira – e não falamos só em sentido figurado mas também no sentido literal e físico do termo. Como Aurélio Pereira gosta de recordar, Manolo Vidal, quando deixou as funções na formação, fez questão de lhe deixar a cadeira onde ele se sentava e de, pessoalmente, lho dizer e fazer esta passagem de testemunho carregada de simbolismo.

No próximo dia 21 de Junho, completam-se quinze anos que foi inaugurada a Academia Sporting em Alcochete, tendo Manolo Vidal estado também presente na colocação da primeira pedra e participado entusiasticamente na sua inauguração. 

Foi também com Manolo Vidal que o nosso Clube ganhou os últimos títulos em futebol nas épocas 1999/2000 e 2001/2002, tendo sido, ele mesmo, o primeiro delegado ao jogo no Estádio José Alvalade que agora lhe vai finalmente agradecer. Depois do mal reparado, que Manolo Vidal nos inspire uma vez mais para trilharmos o caminho da Glória.

Porque falamos em campeões e em exemplos que têm que estar bem presentes no dia-a-dia do nosso Clube como referências a seguir pelo Esforço, Dedicação, Devoção e Glória, fazendo do Sporting “um Clube tão grande como os maiores da Europa”, prestamos aqui o nosso tributo aos Campeões da Taça das Taças de 1964 que esta semana celebraram 53 anos dessa grande conquista alcançada na finalíssima em Antuérpia.

Que a força, a determinação, o crer e o querer sirvam de inspiração e orientem todos aqueles que servem este grande Clube que é o Sporting Clube de Portugal, e que nunca deem nada por adquirido, sentindo sempre que têm de dar mais e melhor.

Boa leitura!