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Foto César Santos

Bicampeões trava(dos)ram nos vermelhos

Por Jornal Sporting
25 Jun, 2018

Deo, Djô e Fortino foram expulsos no jogo que ditou a derrota do Sporting CP por 9-6 frente ao Benfica

As duas melhores formações portuguesas da actualidade quiseram escrever o guião do jogo 3 da final do Campeonato Nacional de futsal. Contudo, apesar de Sporting CP e Benfica terem dado o seu melhor no sétimo dérbi da Liga SportZone - 15 golos marcados num duelo que teve direito a prolongamento -, houve uma outra equipa (a de arbitragem) que se intrometeu na história, expulsando três jogadores leoninos (Deo, Djô e Fortino) e ainda o técnico Nuno Dias. No final, a vitória, por 9-6, caiu para os encarnados, que ficaram assim em vantagem (2-1), sendo que os bicampeões estão obrigados a triunfar na Luz, na próxima quarta-feira, de forma a adiarem o desfecho da prova. 

Os anfitriões entraram no Pavilhão João Rocha a fazer aquilo a que se chama... cortesia da casa. Ou seja, superiores ao adversário, sem permitirem que o Benfica chegasse perto da baliza de André Sousa e a criarem várias oportunidades de golo, nomeadamente de bola parada. Ao minuto seis, Pany Varela deu forma ao que já se adivinhava. Gritou-se 'golo' pela primeira vez e confirmou-se o excelente início dos verdes e brancos. 
 
 
Ao longo de um dérbi pautado pela enorme intensidade imposta nos confrontos - aliás, aos 20 minutos, ambos os conjuntos já tinham chegado às cinco faltas -, pode dizer-se que os árbitros só descobriram intensidade a mais nos atletas do Sporting CP. Nesse sentido, Deo viu o cartão vermelho depois de uma disputa com Rafael Henmi, deixando os leões a jogar com apenas quatro jogadores até ao empate de André Coelho, através de um remate indefensável de fora da área. Ficou a ideia de que, antes de entrar na baliza, o esférico desviou na mão de Fernandinho. 
 
Entretanto, nova expulsão. Dessa vez, foi Djô quem teve de recolher mais cedo aos balneários. No limite ao nível das faltas, o Sporting CP concedeu um livre ao Benfica, que Bruno Coelho não foi capaz de converter. Contudo, à segunda oportunidade de iguais contornos, o capitão dos visitantes consolidou a remontada (17'), só que a um minuto e meio do término do primeiro período, Merlim respondeu na 'mesma moeda' (também de livre). 
 
 
Mais uma vez, os orientados de Nuno Dias reentraram fortes. Foram apenas necessários cinco minutos para Fortino assistir Pedro Cary de forma sublime e o capitão leonino fazer o 3-2, possibilitando a segunda reviravolta da noite. A partir daí, só deu Sporting CP. Diogo 'disparou' (30') na sequência de um pontapé de canto, aumentando a vantagem, e Merlim foi pelo mesmo caminho (33'), permitindo aos leões chegar aos 5-2. 
 
Ao contrário do que diz o nome do filme - 'E Tudo o Vento Levou' -, não foi o vento que levou o triunfo do Sporting CP. Fortino, que já tinha amarelo, viu o segundo após ser empurrado junto à área encarnada, já que o árbitro descortinou uma simulação, e o Benfica, outra vez em superioridade numérica, reduziu a desvantagem aos 36', por intermédio de Raúl Campos. Um minutos depois, o espanhol 'bisou', deixando as águias a perder pela margem mínima (5-4). 
 
Os últimos minutos permitiram aos encarnados voltar a virar o encontro, tendo Bruno Pinto deixado tudo empatado a um minuto e nove segundos do apito final. Melhor, vinte segundos depois, num lance em que Henmi se isolou na cara de André Sousa, passaram para a frente. Do outro lado, o cronómetro andava demasiado rápido, mas no primeiro ataque de 5x4, Cavinato entrou com a bola para dentro da baliza, levando a partida para o prolongamento (6-6).
 
 
Se Bruno Coelho utilizou a sua qualidade técnica para surpreender André Sousa, num momento em que aproveitou o adiantamento do guardião verde e branco para, de chapéu, chegar ao 7-6; Cardinal, de grande penalidade, revelou estar de pontaria demasiado afinada, fazendo o esférico bater com estrondo no poste. Nesse seguimento, mas já na etapa complementar do prolongamento, Cavinato voltou a esbarrar na barra.
 
A ansiedade dominou a equipa do Sporting CP, factor que o adversário aproveitou da melhor forma: Bruno Coelho fez o oitavo dos encarnados e Raúl Campos estabeleceu o resultado nos 9-6. O dérbi poderia ter ficado para a história, caso a história tivesse sido escrita, somente, pelos verdadeiros artistas da quadra.