Sporting e Benfica empataram a quatro bolas num bonito espectáculo de futebol

Foi um jogo de loucos aquele a que se assistiu na Academia Sporting, em Alcochete, entre os dois primeiros classificados da Série D do Campeonato Nacional de juvenis. Sporting e Benfica empataram a quatro bolas, numa partida onde os ‘leões’ estiveram por duas vezes com dois golos de desvantagem (1-3 e 2-4), mas nunca desistiram e mostraram garra e qualidade mais do que suficientes para conservar a liderança da tabela classificativa.

O encontro começou da pior forma para os ‘leões’, que, sem nada o fazer prever, se viram a perder logo aos dois minutos, fruto de um golo apontado por Jordan Gaag, na sequência de um pontapé de canto directo que entrou no segundo poste da baliza defendida por Rafael Ven Laan. A formação comandada por João Couto soube reagir e, na resposta, Elves Baldé flectiu da direita para o meio, arranjando espaço para rematar ao lado do alvo. O terreno estava pesado, alguns jogadores escorregavam e, pelo meio, o Sporting aproximava-se do golo, com Tomás Silva, à entrada da área, a atirar em jeito muito perto do poste esquerdo de Tiago Silva, antes de Daniel Bragança rematar para as mãos do guardião ‘encarnado’. A equipa ‘verde e branca’ estava por cima do jogo e, já depois de João Filipe ameaçar as redes de Rafael Ven Laan na sequência de um contra-ataque, o futebol colectivo dos ‘leões’ deu frutos: Tomás Silva recupera a bola a meio-campo e dá início a uma jogada que passou por meia equipa ‘verde e branca’, antes de chegar aos pés de Elves Baldé, que soltou João Oliveira na direita, com o defesa a assistir Tomás Silva, que concluiu com classe e sem problemas para o golo da igualdade.

O empate fez ainda melhor ao futebol do Sporting, que viu Ruben Teixeira ser mais lento do que Tiago Silva e perder a oportunidade de adiantar a formação da casa no marcador, antes de Leandro Tipote, no último lance do primeiro tempo, obrigar Tiago Silva à melhor defesa da partida, com um remate cruzado que passou pela mão do guardião ‘encarnado’ e só terminou com um estoiro na trave. Ao intervalo, um golo para cada lado e a ideia de que mais estariam por acontecer.

A promessa foi cumprida e o segundo tempo começou como o primeiro: sem nada o fazer prever, o Benfica chegou à vantagem, através de uma grande penalidade batida por João Filipe, a castigar falta de Rafael Ven Laan sobre Filipe Soares. Os ‘leões’ passaram por um momento onde foram abalados pelo golo sofrido e Sani, depois de ganhar a bola ao central João Silva, quase fez o terceiro para os ‘encarnados’, mas, desta feita, o guardião ‘leonino’ esteve à altura e defendeu bem para canto. A ameaça dos visitantes viria a concretizar-se pouco depois, com Gedson Fernandes a aproveitar uma perda de bola ‘verde e branca’ para cruzar atrasado e assistir Filipe Soares, que fez o 3-1.

O resultado era injusto e o Sporting estava disposto a mostrá-lo: cinco minutos mais tarde, David Tavares fica perto de reduzir a desvantagem, mas é derrubado na área por Filipe Soares. Na conversão da grande penalidade, Elves Baldé engana Tiago Silva e faz o segundo dos ‘leões’. A partida entrou, então, num ritmo alucinante. Aos 69’, Diogo Santos realizou um cruzamento aparentemente inofensivo, mas Rafael Ven Laan não agarrou o esférico e Sani encostou ao segundo poste para o 4-2. Os comandados de João Couto não baixaram os braços e, um minuto mais tarde, Leandro Tipote cumpriu a ameaça feita no primeiro tempo, com um lance tirado a papel químico daquele que assinou aos 40’, onde apenas o desfecho foi diferente; desta feita, o remate cruzado saiu na perfeição e a bola entrou sem hipóteses para Tiago Silva. A um golo do empate, os ‘leões’ deram o tudo por tudo e encostaram o Benfica à sua baliza. Aos 74’, mais um momento de levantar o Estádio (ou a Academia, neste caso): canto a favor do Sporting e Tomás Silva a batê-lo directamente para o interior das redes, com um pontapé em arco indefensável. Estava feito o empate com que se chegaria ao final da partida, não sem antes Leandro Tipote voltar a ameaçar Tiago Silva, com um remate que passou bem perto do poste direito da baliza defendida pelo guardião ‘encarnado’.

O Sporting teve de correr atrás do prejuízo, mas mostrou saber sofrer e acreditar num resultado positivo, deixando excelentes indicações para o futuro. Com este resultado, os ‘leões’ mantêm a liderança da Série D do Campeonato Nacional com 22 pontos, mais dois do que o segundo classificado, Benfica. 

Francisco Bessa dá a chave para o sucesso no 'derby' de amanhã, frente ao Benfica

O râguebi ‘leonino’ entra amanhã em campo para defrontar o Benfica, num encontro que o capitão Francisco Bessa antevê como pródigo no contacto físico. Ainda assim, os ‘leões’ estão preparados e sabem como contrariar o rival lisboeta.

“Vai ser um jogo muito disputado, onde vai haver muito contacto físico porque o jogo do Benfica é maioritariamente passado nos avançados. Temos treinado muito e incidido esses treinos na defesa, por isso sabemos que vamos querer defender muito bem e vamos querer jogar no erro do adversário e aproveitar as nossas qualidades ofensivas”, explica o ‘leão’.

O conjunto ‘leonino’ espera um Benfica forte ofensivamente e encontra numa defesa sólida, concentrada e bem preparada a chave para o sucesso.

“A defesa é o melhor ataque e é isso que pensamos e trabalhamos. Incidimos na defesa para estarmos seguros de nós e podermos aproveitar tanto o erro do adversários como os nossos rasgos técnicos, porque temos jogadas prontas para dar ensaio e jogadores rápidos para saírem no contra-ataque. Vamos tentar explorar o jogo por aí e dar a melhor resposta para trazer a vitória. Um ‘derby’ dá sempre um gostinho especial para entrar com mais vontade de vencer”, conta o capitão ‘verde e branco’, que realizará o seu último encontro ao serviço do Sporting, já que terá de abandonar Lisboa por motivos profissionais. Assim, a vitória no ‘derby’ afigura-se como a melhor prenda de despedida para Francisco Bessa.

“A equipa ainda não sabia que eu me ia embora porque queria que me vissem como capitão e como líder até ao último momento. Vai ser um jogo muito especial. Escolhi esta data como sendo o último pelo carinho do jogo em si e queria abandonar a minha equipa com uma vitória, que seria a melhor prenda. Sairia triste por abandonar o Sporting, mas felicíssimo com uma vitória”, confessa Francisco Bessa. 

O Sporting-Benfica, a contar para a quarta jornada da fase regular do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de râguebi, irá disputar-se no domingo às 11 horas, no Estádio Universitário de Lisboa.

Sorteio da fase de grupos da Taça da Liga CTT conhecido hoje

O Sporting vai ocupar o grupo C da terceira fase da Taça da Liga CTT, de acordo com o sorteio hoje realizado no auditório João Aranha, na sede da Liga de Clubes. Os ‘leões’ terão como adversários o Paços de Ferreira, o Arouca e o Portimonense.

Os outros grupos nesta fase da prova são os seguintes: FC Porto, Marítimo, Feirense e Famalicão (A); Benfica, Nacional, Moreirense e Oriental (B); Sp. Braga, Belenenses, Rio Ave e Leixões (D). Em caso de vitória no seu grupo, o conjunto ‘verde e branco’ terá pela frente nas meias-finais o vencedor do grupo A.

Recorde-se que, para chegarem a esta fase, os adversários ‘leoninos’ já superaram pelo menos uma eliminatória: o Paços de Ferreira ganhou fora ao União da Madeira por 1-0; o Arouca bateu nas grandes penalidades o Varzim na Póvoa (4-3 após 0-0 no final do prolongamento); e o Portimonense ultrapassou Desp. Aves (3-0) e Penafiel (2-1).

A primeira jornada realiza-se a 29 e 30 de Dezembro, ao passo que as duas últimas estão marcadas para Janeiro de 2016, a 19/20/21 e 26/27/28.

“O Sporting entra em todas as competições para ganhar. A Taça da Liga merece todo o respeito e tudo faremos para dignificá-la. O Sporting tem as suas prioridades. Perdemos as duas finais disputadas na prova? Pode ser que à terceira seja de vez. Estamos a recuperar o hábito de ser normal ganhar em qualquer campo a qualquer adversário”, comentou Octávio Machado, director do futebol ‘leonino’, após o sorteio.

Reportagem com Luís Gonçalves no Jornal Sporting

A mais de 5.800 quilómetros de Lisboa, chegavam os ecos do ‘derby’ vencido de forma categórica pelo Sporting. “Ouvi o jogo pela rádio com o meu guia e vibrei muito. Foi um grande desempenho do Sporting. Inclusive hoje [segunda-feira passada] um dos voluntários do Campeonato do Mundo, que é argelino, ou seja, da nacionalidade do Slimani, veio perguntar-me se eu conhecia o Sporting. Isto não foi só nacional; falou-se em todo o Mundo”.

Quem o diz é Luís Gonçalves, que esta semana ‘estreou’ o atletismo adaptado do Sporting (apresentado na semana passada) com títulos: sagrou-se campeão do Mundo de 400 metros T12 dos Mundiais de atletismo do Comité Paralímpico Internacional (IPC), em Doha, no Qatar – onde também estão, em representação dos ‘verde e brancos’, os internacionais Hugo Cavaco, Eduardo Sanca e Gabriel Potra.

Leia a reportagem completa nesta edição do Jornal Sporting, já nas bancas.

Sporting empata 3-3 com OC Barcelos, depois de estar duas vezes em vantagem

O Sporting voltou a não conseguir vencer no Campeonato Nacional, desta feita empatando 3-3 com o OC Barcelos, em jogo realizado no Livramento e a contar para a quarta jornada da principal prova do hóquei em patins português.

Os ‘leões’ entraram na partida com a vontade prometida pelo capitão Ricardo Figueira e, desde cedo, procuraram adiantar-se no marcador, protagonizando algumas investidas à baliza à guarda de Ricardo Silva. Ainda assim, foi o OC Barcelos quem se adiantou no marcador, por intermédio do capitão visitante, Luís Querido.

O conjunto ‘verde e branco’ não se deixou ir abaixo e foi em busca do empate, com Ricardo Figueira, de meia distância, e Luís Viana, no interior da área, a colocarem o guardião adversário à prova. O OC Barcelos ainda ameaçou o segundo, mas Girão foi mais forte e negou o golo a João Guimarães, antes de Pedro Mendes atirar ao lado do alvo. O Sporting pressionava e empurrava os visitantes para o seu meio-campo, o que veio a dar frutos, à passagem do minuto 21, com Tuco a bater Ricardo Silva, numa jogada de insistência após remate de Luís Viana que passou muito perto do alvo. Os ‘leões’ motivaram-se com o empate e, pouco depois, deram a volta ao marcador, com um golo de Luís Viana a castigar grande penalidade cometida por Miguel Vieira, que desviou um remate de Tuco com o patim. Antes do intervalo, Pedro Mendes obrigou Girão a grande intervenção, mas o OC Barcelos não desistiu e conseguiu empatar a partida, com Reinaldo Ventura a converter uma grande penalidade cometida por Tuco e a levar o jogo para os balneários com 2-2 no marcador.

O segundo tempo começou e com ele chegou o terceiro tento ‘leonino’: João Pinto pegou na bola no meio-campo ‘verde e branco’, arrancou decidido e, na cara de Ricardo Silva, levantou a bola para desferir um forte remate que só parou no fundo das redes. Com a vantagem do lado do Sporting, o jogo ficou partido e surgiram oportunidades de parte a parte. Hugo Costa, Pedro Mendes e Reinaldo Ventura colocaram o guardião ‘leonino’ à prova e Tuco, dono de uma impressionante meia-distância, a ameaçar o quarto tento para os visitados. O argentino queria o segundo da conta pessoal e, por mais duas vezes, obrigou Ricardo Silva a aplicar-se para evitar novo golo ‘leonino’. Reinaldo Ventura e Miguel Vieira tentaram o empate para o OC Barcelos, mas Girão foi imperial e evitou, por mais duas vezes, o golo aos visitantes, antes de André Centeno aparecer isolado na cara de Ricardo Silva, mas falhar o alvo por muito pouco.

A partida estava animada e o golo podia aparecer para qualquer uma das equipas. Tiago Losna, lançado por Cacau, apareceu frente a frente com Ricardo Silva, mas permitiu a defesa ao guardião de Barcelos. Na jogada seguinte, a formação visitante beneficiou de uma grande penalidade, mas Luís Querido não conseguiu repetir a proeza cometida no primeiro tempo e atirou ao lado da baliza de Girão. Com o encontro a aproximar-se do seu final, Miguel Vieira desperdiçou nova oportunidade junto à baliza ‘leonina’, antes de Reinaldo Ventura, com menos de três minutos por jogar, bater Girão com um remate à entrada da área e reestabelecer o empate, desta feita a três bolas. Na resposta, Tuco voltou a ameaçar de longe, mas o tiro do argentino saiu pouco ao lado do alvo. Os ‘leões’ procuravam o golo que lhes permitisse regressar às vitórias e, a um minuto do fim, Luís Viana dispôs de uma grande penalidade, mas permitiu a defesa a Ricardo Silva. Esta viria mesmo a revelar-se a última oportunidade do encontro que, assim, acabou empatado a três e adiou o regresso às vitórias do conjunto ‘leonino’. 

Divisão de pontos na jornada em atraso da Liga SportZone

O Sporting empatou esta noite a duas bolas na recepção ao Sp. Braga/AAUM, no jogo em atraso da 2.ª jornada da Liga SportZone.

Os 'leões' iniciaram a partida em 3x1, com Fortino como pivot e foi dos pés do italo-brasileiro que surgiram as duas primeiras oportunidades, primeiro num remate à entrada da área que passou perto do poste logo aos dois minutos, depois na sequência de uma reposição lateral. Os 'verde e brancos' procuravam com esta estratégia esticar o jogo e encontrar espaço junto à baliza defendida por Vítor Hugo, mas os bracarenses entraram em campo com uma defesa baixa e muito coesa, que dificultou a tarefa 'leonina'.

Os 'arsenalistas' procuravam aproveitar todas as falhas defensivas para avançar no terreno em transição rápida e foi assim que, aos três minutos, Paulino Roxo obrigou Marcão a mostrar serviço, na sequência de uma reposição lateral mal calculada por Merlim e, um minuto depois, com um remate para as mãos do guardião 'verde e branco'.

O Sporting criava perigo em situações de construção, o Braga mais em transição e em lançamentos longos. Merlim podia ter chegado ao golo aos 5', depois de um bom trabalho na zona central, mas falhou na cara de Vítor Hugo. Na resposta, Tiago Brito chutou para defesa esforçada de Marcão.

Depois de algumas ameaças, Cavinato atirou para o 1-0 aos 7', com um bom remate de pé esquerdo a aproveitar a subida de Marcão. Esperava-se um Sporting mais intenso, mas foi o Sp. Braga/AAUM que subiu as linhas, aproveitando, também, o facto de os 'leões' terem mudado a estratégia para um 4x0. Os forasteiros subiram na partida e foram aproveitando as crescentes falhas defensiva dos 'verde e brancos'. Foi assim que, aos 18', Paulinho Roxo empatou dando a melhor sequência a uma escorregadela de Diogo que originou o contra-ataque.

Fortino entrou de imediato para conferir mais profundidade ao ataque dos 'leões' e Cary até podia ter feito o 2-1 num remate perigoso de meia-distância, mas foi o Sp. Braga/AAUM que chegou ao golo a escassos segundos do intervalo, mais uma vez numa transição rápida: Marcão saiu mal dos postes para travar a acção de Nilson e, com o choque dos dois jogadores, André Coelho aproveitou para encostar a contar.

O Sporting partiu para o segundo tempo com a mesma estratégia, 3x1 com Fortino na frente, e o jogo manteve, de início, as características: os 'leões' ligeiramente por cima, com mais posse de bola, e os 'arsenalistas' a apostarem mais nas transições e no acerto defensivo. Logo aos 22', Paulinho Roxo criou perigo numa recarga a remate de André Machado e, na resposta, Diogo fez bom remate de primeira com o pé esquerdo.

Aos 30', André Gomes isolou André Coelho na frente e, no 1x1 com Marcão, quase aumentou a vantagem forasteira mas, a partir daí, o Sporting subiu a intensidade e assumiu o controlo do jogo, criando, em apenas três minutos, três ocasiões flagrantes de golo, com a bola a morrer nos ferros da baliza de Vítor Hugo: primeiro por Fortino, num remate à entrada da área, depois por Paulinho, num bom remate pela esquerda e, finalmente, por Diogo, pelo flanco contrário.

Marcão ia subindo para criar espaços e o Sporting ia respondendo bem, criando oportunidades para aumentar a contagem. Aproveitando este bom período, e fazendo jus à máxima de que "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", os 'leões' empataram por intermédio de Diogo, a dar a melhor sequência a uma passe longo exímio de Alex Merlim.

A cinco minutos do intervalo, e na tentativa de travar o ímpeto dos 'leões' – empurrados pela Onda Verde das bancadas – os 'arsenalistas' colocaram Paulinho Rocha como guarda-redes avançado para gerirem o jogo, mas continuava a dar Sporting. Os últimos minutos foram de grande intensidade, com os comandados de Nuno Dias a terem de ter paciência redobrada para furar a boa defesa forasteira. A um minuto e meio do fim, Fábio Lima criou uma oportunidade soberana, para grande defesa de Vítor Hugo, e Pedro Cary entrou como guarda-redes avançado, dando origem a mais duas ocasiões para os 'leões' – primeiro por Fábio Lima ao segundo poste e em seguida por Fortino, num remate à entrada da área a passar por cima. Marcão ainda foi obrigado a uma grande defesa a escassos segundos do final, quando Tiago Brito lhe surgiu no 1x1, mas o resultado teimou em ditar a divisão de pontos.

Com este resultado, o Sporting mantém-se no segundo lugar da fase regular da Liga SportZone, com 19 pontos.

Ricardo Figueira antevê o regresso dos ‘leões’ ao Livramento, frente ao OC Barcelos

A equipa ‘leonina’ de hóquei em patins volta amanhã à acção, desta feita frente ao OC Barcelos, em jogo a contar para a quarta jornada do Campeonato Nacional. De regresso ao Livramento, os ‘leões’ sabem que terão pela frente um adversário moralizado pelo pleno de vitórias na principal prova do hóquei português, mas estão preparados para as dificuldades, com o capitão Ricardo Figueira a dar voz à sede de vitória ‘verde e branca’.

“Vai ser um jogo com um grau de dificuldade muito alto. O OC Barcelos vem de uma série de resultados muito boa e encontra-se extremamente moralizado. Por outro lado, nós vimos de três resultados negativos e queremos esta vitória com toda a nossa vontade”, afirmou o ‘leão’, que continuou: “O OC Barcelos vai tentar aproveitar o facto de não virmos de uma boa fase para nos desestabilizar psicologicamente, mas vamos estar à altura e saber contornar essas adversidades”.

Depois de três derrotas longe do Livramento, o Sporting está de regresso a casa e nada melhor do que um adversário de grande nível para, com o habitual apoio dos seus fiéis adeptos, responder da melhor forma aos últimos desaires e retomar o desejado caminho das vitórias.

“É sempre bom termos jogos de dificuldade elevada porque ficamos mais alerta e mais concentrados. Sabemos que não podemos falhar em nada e que temos de estar na plenitude das nossas capacidades para superar uma excelente equipa. Vamos ter de esquecer os resultados anteriores sem esquecer os erros cometidos para não os repetirmos e conseguirmos a vitória”, explicou Ricardo Figueira, concluindo: “Queremos demonstrar aos nossos adeptos que a imagem que deixámos nos últimos jogos não é a real e aproveitar o apoio deles para nos motivarmos ainda mais. Vamos jogar em casa, onde temos sido fortes, e esperamos que os adeptos adiram em massa como sempre fizeram. Contamos com eles para dar a volta a esta série de resultados”.

O Sporting-OC Barcelos disputa-se amanhã, às 21h30, no Pavilhão do SC Livramento e terá transmissão em directo e em exclusivo na Sporting TV. 

Atleta ‘leonina’ esteve presente no Stiga Masters Minimes

Patrícia Santos concluiu a participação no Stiga Masters Minimes, prova que se realizou este fim-de-semana na cidade belga de Blegny, no 10.º lugar.
 
Na fase de grupos, a atleta ‘leonina’ venceu a belga Anouk Beniers por 3-0 (11-4, 11-5 e 11-8) e somou quatro derrotas com a romena Ioana Sangeorzan (0-3: 7-11, 9-11 e 5-11), a croata Hana Arapovic (1-3: 11-9, 6-11, 9-11 e 7-11), a russa Svetlana Dmitrienko (0-3: 5-11, 5-11 e 3-11) e a ucraniana Vasylysa Kanunnikova (1-3: 13-11, 8-11, 10-12 e 3-11).
 
Nos oitavos-de-final, Patrícia Santos foi afastada apenas na ‘negra’ e depois de ter estado a vencer por 2-0 pela húngara Censge Virag Adamik, com os parciais de 11-7, 11-5, 14-16, 7-11 e 8-11.
 
Recorde-se que a jogadora ‘verde e branca’ apurou-se para a elite das 12 melhores nascidas em 2004 e representou Portugal depois de ter concluído em Agosto o Euro Mini Champ’s em Estrasburgo na sétima posição.

Análise de Jorge Jesus à vitória por 3-0 na Luz com o Benfica

Jorge Jesus, treinador do Sporting, mostrou-se muito satisfeito com o triunfo histórico dos 'leões' na Luz (como o próprio referiu, a última vez que a formação 'verde e branca' vencerá por três golos fora o rival ainda não era nascido...), destacando a capacidade do colectivo interpretar a preparação táctica para o jogo. "Se acreditava que poderíamos ganhar hoje por 3-0? Não. Mas se acreditava que poderíamos ganhar? Isso sim, claro", destacou.

"Assistimos a um grande jogo do Sporting, com uma equipa a mostrar grande conhecimento do que tinha para fazer com bola e no processo defensivo. Sabíamos que iria ser um jogo muito difícil contra uma grande equipa mas demonstrámos que fomos melhores e os golos facilitaram e moralizaram a nossa equipa. O 3-0 ao intervalo aqui não é normal. Responder a Rui Vitória? Depois de ganhar era fácil, não vou fazê-lo. Foram mais três pontos importantes para a cultura que tenho tentado enraizar e que não passa apenas por processos técnicos e tácticos. Fizemos o suficiente para ganhar e até podiam ter sido mais... As poupanças e a gestão que fomos fazendo também ajudou porque nos últimos 15 minutos o Benfica queria mas os jogadores já não conseguiam", referiu o técnico 'verde e branco' na conferência de imprensa após o final do encontro.

"Ganhámos bem e esta equipa continua a crescer. É preciso muita confiança, consistência e qualidade para ganhar aqui por 3-0. O que representa? Uma vitória. Estou satisfeito mas não mais do que isso porque respeito todos os adversários e não tiro valor a ninguém. Estive seis anos no Benfica e em 14 jogos perdi um; no Sporting, em dois ganhei dois. Mas temos de continuar a trabalhar para melhorar", acrescentou antes de explicar as razões para uma entrada tão calma e convincente na partida frente ao rival: "Nunca incentivei os meus jogadores com declarações do treinador adversário nem nunca falei do Benfica na minha 'cabine'. Expliquei que só tínhamos de entrar de forma tranquila e se conseguíssemos fazer o que tínhamos preparado estávamos mais perto da vitória".

"O Sporting entrou sereno e confiante porque os jogadores acreditam naquilo que fazemos e trabalhamos durante a semana. Isso dá muita serenidade aos jogadores e à estrutura táctica. Sabia de tudo o que o adversário podia fazer, na fase de construção, progressão ou bolas paradas. O software que deixei está cá todo. Mostrámos que somos candidatos mas na segunda volta vamos ter de jogar mais e continuar sempre em crescimento", concluiu antes de deixar uma palavra aos adeptos 'leoninos': "Contámos sempre com adeptos que, mesmo em minoria, mostraram grande paixão. Somos uma equipa com o poder de massas".

Triunfo por 3-0 reforça liderança dos 'leões' na Liga NOS

O Sporting venceu hoje o Benfica no Estádio da Luz por 3-0, numa partida a contar para a oitava jornada da Liga NOS. Téo, Slimani e Ruiz apontaram os golos 'leoninos' ainda na primeira parte de um encontro onde os 'leões' foram sempre melhores e deram um autêntico recital a todos os níveis, quebrando um jejum de triunfos no reduto do rival em jogos do Campeonato que durava desde 2006 no dia em que o recinto 'encarnado' comemorava o seu aniversário.

Com Gaitán na direita e Gonçalo Guedes na esquerda, cedo se percebeu que o Benfica vinha formatado para tentar surpreender no arranque do encontro... e cedo se percebeu que as 'inovações' tácticas teriam resultado nulo: os 'leões' nunca concederam veleidades às ofensivas contrárias e conseguiram ser muito pragmáticos nas transições ofensivas. Na primeira, aliás, surgiu o golo inaugural: recuperação de Adrien em pressão alta na primeira fase de construção adversária, passe diagonal mortal para Téo e o colombiano a rematar sem hipóteses para Júlio César logo aos nove minutos.

Num jogo com este cariz, já se sabia que o tento inaugural iria fazer mexer toda a dinâmica e características da partida e assim aconteceu, com o conjunto 'verde e branco' a dar uma autêntica lição táctica no Estádio da Luz, com noções quase perfeitas de todos os tempos e momentos de jogo. Com mais ou menos bola, mais ou menos recuada no terreno, a equipa do Sporting foi brilhante até aos 45 minutos e conseguiu fazer reflectir esse domínio técnico e táctico com mais dois golos: depois de Ruiz já ter ameaçado com um cabeceamento pouco por cima, Slimani correspondeu da melhor forma entre os centrais adversários a um grande cruzamento de Jefferson e apontou o 2-0 aos 21 minutos; mais tarde, no seguimento de mais uma boa intercepção da defesa 'verde e branca', o argelino galgou metros, atirou para grande defesa do desamparado Júlio César mas Ruiz não perdoou na recarga, aumentando para 3-0 à passagem dos 36 minutos.

Só se via Sporting, só se ouvia Sporting - os adeptos 'leoninos' estiveram sempre ao nível alto da equipa. O Benfica, atordoado com as fortíssimas transições 'verde e brancas' que causavam perigo na sua baliza e bloqueavam por completo as suas acções ofensivas, parecia mais interessado em pressionar o árbitro Carlos Xistra do que os rivais, mas até aí não ganharam mais do que uns amarelos e o intervalo chegaria com o 3-0 no marcador sem que Rui Patrício fizesse uma única defesa mesmo com grau mínimo de dificuldade.

Podia pensar-se que seria um mero lapso no relógio dos visitados, que entraram em campo com uma hora de atraso, mas nem o descanso nem a substituição de Eliseu por Fejsa, com André Almeida a flectir para o lado esquerdo da defesa, surtiram efeitos no arranque da etapa complementar. Mais: não fosse a 'benevolência' de Carlos Xistra com Jonas (tentativa de agressão a William) e Samaris (que mesmo já admoestado continuou a varrer com faltas duras e em zonas perigosas), poupando a expulsão a ambos, e as contas seriam diferentes.

Tudo se mantinha no mesmo pé, com os 'leões' superiores em todos os aspectos e o Benfica a não conseguir encontrar a chave para resolver os seus problemas: abrir espaços em ataque posicional, criar desequilíbrios em jogo organizado e suprir as evidentes lacunas nas transições defensivas. E até foi Jefferson a estar mais perto do quarto golo numa jogada de envolvimento com Ruiz, atirando a rasar o poste direito da baliza 'encarnada'.

Aos 69 minutos, e beneficiando de uma falha de Naldo, Jiménez obrigou Patrício à primeira defesa do encontro, a que se seguiu um remate por cima de Samaris. Ainda assim, em ambas as ocasiões, houve mais demérito da defesa 'leonina' por momentâneas falhas de posicionamento do que propriamente mérito na construção do disparo final. E pouco ou mais ocorreu até ao final da partida, com os 'verde e brancos' a gerirem o resultado e Júlio César a desfazer na linha o quarto golo após... atraso de Luisão.

Em resumo, vitória justa e inequívoca do Sporting, que conseguiu resolver o encontro na primeira parte. O constante apoio dos mais de três mil adeptos foi fantástico; o carácter, empenho e qualidade dos jogadores 'verde e brancos', magistral. Mas este é também um grande triunfo táctico da principal figura do encontro, Jorge Jesus, que foi brilhante na forma como preparou em termos técnicos, posicionais e mentais o encontro.

Com este resultado, o Sporting assume o primeiro lugar do Campeonato com 20 pontos, mais três do que o FC Porto, que joga esta noite com o Sp. Braga no Dragão, e mais cinco do Rio Ave. Na próxima jornada, que se disputa no sábado, os 'leões recebem o Estoril no Estádio José Alvalade.