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Português, Portugal
Foto José Cruz

Museu Sporting abre portas a novas actividades

Por Jornal Sporting
29 Set, 2018

Guardião da história leonina, o Museu deu este sábado início a apresentações e demonstrações mensais de modalidades e memórias contadas por reconhecidas personalidades do Mundo verde e branco

São 55 modalidades com selo de leão e todas elas vão ter destaque uma vez por mês de uma forma especial no 'guardião' da história leonina. Hoje (último sábado do presente mês), arrancou o novo conceito do Museu verde e branco 'Venha conhecer a modalidade', que se vai repetir nos próximos meses. Com um grupo de nove pessoas – entre as quais quatro crianças –, deu-se a conhecer o tiro com arco, com uma apresentação do palmarés da equipa e também com uma animada demonstração prática, na qual todos - dos mais pequenos aos mais graúdos - se divertiram. “É muito importante esta nova actividade, porque mostra a forma de viver a modalidade. Este conceito está a ser realizado em parceria com a Direcção para as modalidades. É fundamental os Sportinguistas saberem onde se pratica, conhecerem os equipamentos, alguns atletas... Ajuda, sem dúvida, a reforçar os laços com o Clube e os laços entre gerações, enfatizando o nosso ecletismo”, assinalou Isabel Victor, directora do Museu Sporting.

Na sala de tiro com arco estiveram presentes três atletas – Inês Cunha, Henrique Avelar e Pedro Nogueira – e a treinadora (e também atiradora) Ana Cristina Santos. “Esta manhã proporcionou às pessoas a possibilidade de experimentarem algo diferente. É óptimo para a divulgação da modalidade”, referiu a técnica, campeã nacional por diversas vezes.

Além da inauguração desta actividade, foi também apresentada uma segunda: 'Visitas de Autor'. No início de cada mês, uma personalidade forte do Mundo verde e branco percorrerá o Museu Sporting contando as suas histórias de vivências do Clube e imprimindo o seu próprio ponto de vista do que é para si o Sporting CP. “Estas visitas são uma forma de visitar o espaço e respirar Sportinguismo com os olhos de alguém reconhecido por todos”, rematou Isabel Victor.

O primeiro orador deste projecto foi Vítor Cândido, conhecido jornalista e declarado apaixonado pelo emblema do leão rampante. “Tenho 60 anos de Sporting CP e não me canso de contar as minhas histórias, que fazem parte deste incrível lugar. O interesse das novas gerações leoninas é muito interessante”, realçou.

Dos mais novos aos mais velhos, a manhã deste sábado fez-se de muitas gargalhadas, sorrisos, surpresas e ouvidos bem abertos para escutar o que a história conta. No próximo mês de Outubro, há mais e todos podem participar. Os bilhetes para a actividade Museu e modalidade têm o custo de três euros, sendo que a visita dura cerca de 1h30.

Foto José Cruz

Realizou-se o Colóquio Manuel Marques

Por Jornal Sporting
15 Abr, 2018

Evento fez parte das comemorações do 24.ª aniversário do Núcleo do Sporting de Arganil

Se falar do Sporting Clube de Portugal é, também, falar de Manuel Marques; falar de Arganil passa pelo mesmo, já que o massagista "Mãos de Ouro", que trabalhou 54 anos ao serviço do Clube e mais de 40 em prole da Selecção, lá nasceu. Nesse sentido, o Núcleo do Sporting CP da sua terra Natal, no momento em que comemora o 24.º aniversário, realizou um colóquio com várias figuras que conviveram com o "Homem das Mãos Milagrosas", sendo que o Presidente Bruno de Carvalho fez questão de também estar presente, tal como José Quintela, elemento da Direcção. 

À conversa estiveram o jornalista e comentador da Sporting TV Vítor Cândido, Armando Aldegalega, atleta leonino, e cinco personalidades da equipa verde e branca da temporada de 1973/74 (vencedora da 'dobradinha' no futebol): o Dr. Virgílio Abreu, do departamento médico, Mário Goulart Lino, treinador, e os jogadores Samuel Fraguito, José Carlos e Carlos Pereira. Todos eles foram igualmente condecorados com o prémio Manuel Marques enquanto as histórias se cruzaram, sempre salpicadas pela emoção dos intervenientes. 
 
 
"Homenageamos Miguel Marques de dois em dois anos porque é uma figura da terra e do Sporting CP. Criar algo com esta dimensão, só mesmo com a ajuda de Vítor Cândido", começou por referir Paulo Baptista, presidente do Núcleo do Sporting CP de Arganil. 
 
Depois, vieram as fantásticas recordações de um homem que pertence à memória de todos por culpa da sua incrível sensibilidade. 
 
"Para mim, é um anjo do desporto nacional. Tratava-nos com amor. Na altura, não havia tecnologia moderna. Ele, com aquelas mãos, 'via' as lesões. Já recebi vários prémios ao longo da minha vida, mas este é um daqueles que irei guardar com muito carinho", confessou Armando Aldegalega, passando depois a palavra a Samuel Fraguito.
 
"Era um pai, uma pessoa ímpar, dona de uma sensibilidade enorme. Fui operado sete vezes ao joelho e apoiou-me sempre que estive de fora", revelou. 
 
José Carlos não segurou as lágrimas: "Tínhamos uma empatia muito grande. Quando estava na Selecção tratava todos os atletas da mesma maneira, ou seja, fossem do Sporting CP ou de outro qualquer clube". 
 
"Onde punhas as mãos detectava logo os problemas. No entanto, quando um jogador está lesionado, precisa de carinho e ele também o oferecia", vincou Carlos Pereira, seguindo-se as palavras de Virgílio Abreu.
 
"No futebol, a medicina ainda era primitiva. Faziam-se coisas dolorosas com poucos resultados práticos. Mas Manuel Marques era a ressonância magnética de hoje. Além disso, as pessoas mais novas não têm a noção da forma como ele enalteceu o nome do Sporting CP", sublinhou.
 
"Não havia ricos, pobres, grandes ou pequenos. Para Manuel Marques todos mereciam o máximo respeito. Tudo o que fez pelo Clube é suficiente para que seja respeitado em quaisquer circunstâncias", concluiu o ex-técnico Mário Lino.
 
 
Ao seu jeito, Vítor Cândido foi acrescentando ao colóquio episódios curiosos, outros que provocaram gargalhadas à audiência. Para o final, ficou o relato ligado ao seu último dia no banco da equipa profissional de futebol. "A última aparição de Manuel Marques no banco do Sporting CP aconteceu no jogo em que ganhámos 7-1 ao Benfica. Já ia para os 80 'pesadões'. A sua despedida foi um bom hospício", soltou. 
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