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Foto José Cruz

Segunda parte caseira dita derrota leonina no dérbi

Por Jornal Sporting
28 Jan, 2017

Sporting CP perdeu por 5-4 frente ao Benfica, num jogo em que a arbitragem esteve em evidência pela negativa

Num grande jogo de hóquei em patins, a equipa do Sporting CP, apesar da excelente atitude e personalidade demonstrada, saiu derrotada por 5-4 frente ao Benfica, no Pavilhão da Luz, em encontro da 13.ª jornada do Campeonato Nacional.

A partida começou com o equilíbrio como nota dominante, com um ritmo frenético, e com Ângelo Girão e Trabal em grande nas balizas. O primeiro golo surgiu aos oito minutos, com Poka a finalizar ao segundo poste, após uma grande jogada de Pedro Gil, dando vantagem aos leões. A equipa do Sporting CP apresentou-se em grande nível e com um muro chamado Girão na baliza. Exemplo disso foram as defesas nos minutos seguintes, a remates de Nicolia, na marcação de uma grande penalidade e na recarga, e de Adroher.

Suportados por um guardião intransponível, os comandados de Guillem Pérez, mesmo em vantagem, continuaram a atacar e tiveram uma grande oportunidade para aumentar a vantagem a nove minutos do intervalo. Mas Pedro Gil, na conversão de um livre directo, rematou ligeiramente por cima. Os verdes e brancos insistiram e chegaram mesmo ao segundo golo a três minutos do intervalo. Jogada de insistência do ataque do Sporting CP e Poka a assistir Miras, que sozinho na área não desperdiçou. O Benfica reagiu e logo a seguir reduziu a desvantagem num remate de Diogo Rafael.

Antes de falar da segunda parte, importa referir uma situação relatada ao Jornal Sporting pelo coordenador geral da modalidade, José Trindade. “No tempo de descanso, no corredor de acesso aos balneários, o director das modalidades do Benfica foi atrás da equipa de arbitragem e pressionou-os de uma forma intensa. Depois o que se passou na segunda parte, foi o que se viu”, revelou.

Coincidência ou não, a verdade é que a equipa de arbitragem, que até aí tinha estado bem, começou a tomar várias decisões polémicas, sempre em prejuízo dos leões. O primeiro lance digno de registo aconteceu logo aos dois minutos, com Miras a ser punido com cartão azul, num lance aparentemente normal. Livre directo para os encarnados, com Adroher a bater Girão e a restabelecer a igualdade.

No minuto seguinte, o Sporting CP teve uma grande oportunidade para se colocar de novo em vantagem, mas Pedro Gil desperdiçou um livre directo. Os leões voltaram mesmo a colocar-se em vantagem, com Tuco, na conversão de uma grande penalidade, a bater Trabal. Aos 15 minutos, a equipa da casa fez a décima falta, mas Ferran Font não conseguiu desfeitear Trabal. Num jogo de parada e resposta, o Benfica voltou a empatar pouco depois, com Adroher a bisar na partida.

O jogo entrava numa fase decisiva e a equipa de arbitragem voltou a estar em destaque pela negativa a cinco minutos do fim. Nicolia passou por trás da baliza de Girão e o guarda-redes leonino levantou a luva sem tocar no argentino. O jogador dos encarnados, sem se perceber o porquê, atirou-se para o chão agarrado à cara, simulando uma agressão, com o árbitro a mostrar o cartão azul a Girão. Livre directo para a equipa da casa, com Zé Diogo, recém-entrado, com uma grande defesa a evitar o golo de Nicolia. Um lance que deixou os verdes e brancos com menos um elemento em campo, situação aproveitada pelo Benfica para fazer o 4-3 e colocar-se pela primeira vez em vantagem por Miguel Rocha.

A 3 minutos e meio do fim, nova polémica e nova decisão desfavorável à equipa leonina. João Pinto entrou em campo depois dos dois minutos de exclusão estarem esgotados, mas a equipa de arbitragem decidiu que o tempo ainda não tinha passado na totalidade e, numa decisão muito demorada, expulsou o capitão do Sporting CP e o treinador Guillem Pérez. O Sporting CP ficou com apenas 3 jogadores em campo e o Benfica voltou a aproveitar e fez o 5-3 por intermédio de Nicolia. Os leões ainda tentaram entrar na luta pelo resultado e Pedro Gil reduziu mesmo a diferença a 19 segundos do fim, mas já não havia tempo para mais.

5-4 foi o resultado final, num jogo em que o comportamento da equipa de arbitragem no segundo tempo se revelou decisivo para o triunfo da equipa da casa, retirando os três pontos a uns bravos leões que mereciam mais respeito.