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Ninguém nos travou

Por Pedro Almeida Cabral
06 Fev, 2020

Ninguém nos travou porque quando está tudo alinhado ninguém trava o Sporting Clube de Portugal

Quase todos os dias são Dias de Sporting CP. Mas sábado foi um Dia de Sporting CP diferente dos demais. O nosso Pavilhão João Rocha recebeu finalmente um dos jogos mais esperados da época: o dérbi com o SL Benfica em basquetebol. Modalidade com fundas raízes no Clube a regressar este ano, tem sido recebida pelos Sócios e Adeptos com grande entusiasmo e dedicação. As assistências no Pavilhão assim o demonstram. 24 anos depois, defrontámos um dos candidatos ao título, para discutir a liderança do campeonato, com casa quase lotada, a rondar as 2600 pessoas. Jogo intenso com vitória da melhor equipa por resultado claro, 81-75.

A história deste jogo é uma história Leonina de ir buscar a vitória onde ela parecia escapar. A má entrada da nossa equipa deu-nos a derrota nos dois primeiros quartos. Alguma desconcentração no momento dos lançamentos e baixa eficácia na defesa explicam o resultado ao intervalo, uma desvantagem de seis pontos, com o SL Benfica a parecer cavar distância, vencendo por 43-37. Na segunda parte, rugiu alto o Leão. A defesa acertou e no derradeiro quarto o Sporting CP chegou a marcar dez pontos sem resposta, em jogo articulado e consistente. A vitória assentou bem à equipa menos rodada que soube ultrapassar a nervoseira da primeira parte e jogar como sabe na segunda. 

Se fosse só falar do jogo, a crónica ficava já fechada, com uma saudação Leonina. Só que há um jogador que merece, indiscutivelmente, um parágrafo à parte. Quem vê o nosso basquetebol, sabe bem quem ele é, Travante Williams. É por jogadores destes que Sócios e Adeptos enchem pavilhões. Jogou, fez jogar e fez, sobretudo, sonhar com merecidas conquistas. 30 pontos e cinco roubos de bola chegam para aquele que foi o melhor jogador em campo. Aprecio mais as jogadas que passam despercebidas, mas que influenciam, de forma quase invisível, o rumo do jogo. E essa jogada foi o triplo de Travante à beira do intervalo, secando a vantagem do SL Benfica que podia ser de nove pontos na pausa do jogo. 

O resto é Sporting Clube de Portugal. Com pavilhão cheio, ambiente efervescente, uma modalidade recém-recuperada e equipa bem treinada, mais a classe de jogadores como Travante, mas também Abu e João Fernandes, só podemos ganhar. E sentindo a vitória como aquele jovem leão sentiu no final do jogo, batendo com força no símbolo que trazia no peito. Ninguém nos travou porque quando está tudo alinhado ninguém trava o Sporting Clube de Portugal.