Rescaldo ao triunfo dos sub-17 do Sporting CP frente ao Leixões SC por 2-1.

No final da última partida da temporada, em que o Sporting CP venceu o Leixões SC por 2-1 na última jornada da fase de apuramento de campeão de sub-17, o treinador da equipa do Sporting CP, Pedro Pontes, fez a análise do jogo para os meios do Clube.  

“Era um jogo que nós sabíamos que seria difícil até pelo momento das duas equipas, que o Leixões SC viria desinibido, sem qualquer tipo de pressão e que isso equilibraria o jogo. O jogo acabou por ser equilibrado em momentos distintos, sobretudo nos momentos de transição eles foram capazes de nos ameaçar e nós com algumas dificuldades em travar isso. Ao nível do controle de jogo, acabámos por ter muito jogo instalado no meio-campo do adversário, fomos criando espaços, sobretudo por fora com o adversáeio a fechar muito naquilo que era o espaço interior e isso fez com que tivéssemos um número muito elevado de cruzamentos e um número elevado de remates. Apenas dos golos acaba por ser curto para aquilo que foi a nossa exibição. Mais uma vitória suada, foi um bocadinho o espelho daquilo que foi a nossa época”.

Depois de falar da resiliência, qualidade do plantel e dar os parabéns aos jogadores do Sporting CP, Pedro Pontes fez o balanço da temporada, com um total de 36 jogos realizados. “Foram 36 jogos, com interrupções para a Selecção foram onze meses de trabalho e a minha primeira palavra vai para os jogadores, para todos, para os que moram perto, para os que moram longe e estão longe das famílias, porque muitas vezes é ignorado esse facto, mas eles são jovens, jovens que precisam de apoio e do amor da família. Muitas vezses nós somos a família, a equipa é a família deles. Eles acabam de ter a sorte de estar aqui, mas também fazem o sacrifício de estar longe da família e a minha primeira palavra tem de ir para eles”.

Mais em detalhe sobre a temporada dos sub-17 Leoninos, referiu. “Foram onze meses de trabalho em que eles conseguiram estar ao nível de representar um clube como o Sporting CP, com dignidade. Nem sempre ganhámos, mas tivemos sempre a atitude certa naquilo que era a competitividade do jogo. Tivemos momentos muito bons, tivemos momentos menos bons, há que aprender com os menos bons e continuar a trabalhar naquilo que foram os nossos melhores momentos”, referindo depois registos alcançados:

“Tivemos a utilização de 50 jogadores nesta equipa de sub-17, entre jogadores sub-17, sub-16 e sub-15, desses 50 jogadores, dez deles jogaram também em escalão acima, sub-19 e tivemos ainda a felicidade de termos dois jogadores sub-17 a jogar a UEFA Youth League o que nos deixa orgulhosos e transporta o que foi o trabalho da equipa. Na análise global, na estatística, sobretudo na fase final, conseguimos em média ter maior percentagem de bola do que todas as equipas, conseguimos fazer maior número de remates, maior número de cruzamentos e isso acarreta um pouco do nosso ADN, da forma de estar no Sporting CP. Não estamos satisfeitos com o resultado final, porque queremos sempre vencer, mas estamos muito satisfeitos e muito orgulhosos com estes jogadores, porque de certeza que o futuro deles no Sporting CP será promissor e eu, enquanto treinador, estou muito satisfeito e orgulhoso com a época que estes jogadores fizeram”.

Ainda do lado Leonino, o capitão de equipa, Simão Soares, deu a perspectiva sobre o jogo em declarações aos meios do Clube. “Em termos colectivos foi um bom jogo da nossa parte, tínhamos de dar uma boa resposta ao último jogo [derrota frente ao FC Porto por 1-0] que acabou por ser o que não queríamos. Entrámos bem, foi um jogo muito difícil, em que o Leixões SC se fechou lá atrás, mas ainda tivemos algumas oportunidades na primeira parte, mas não fomos felizes e não abrimos o marcador. Na segunda parte ajustámos algumas coisas na pressão, que deu efeito, mas o Leixões SC acabou por fazer o primeiro golo. Tivemos uma grande reacção, fizemos o empate e a partir daí estivemos muito por cima, tivemos mais oportunidade do que o Leixões SC, conseguimos chegar ao segundo golo e à vitória que era o que mais queríamos”.