Director-geral das modalidades questiona a demora e o timing do castigo

Depois de a equipa de futsal do Sporting CP ter sido castigada pelo Conselho de Disciplina da FPF com dois jogos à porta fechada, Miguel Albuquerque, director-geral das modalidades do Clube, questionou o timing da decisão que levou seis meses a ser conhecida.  

“Há várias coisas estranhas neste processo. Além do timing da decisão, tudo aquilo que adornou este processo. O jogo foi a 13 de Junho de 2019, a Federação demorou 24 horas a abrir um processo disciplinar, o acórdão é de 27 de Dezembro e o Sporting CP foi notificado no dia 30 de Dezembro. Isto leva-nos a crer que a FPF demorou um dia a abrir um processo disciplinar e seis meses a decidi-lo, contrariando a celeridade de que tanto fala", considerou em declarações à Sporting TV, recordando depois que o castigo incide sobre dois jogos decisivos.

"O Sporting CP é notificado na semana em que tem um jogo em casa, com bilheteira vendida e tudo organizado. Acredito que tenha sido coincidência, mas a verdade é que um dos encontros é com o CF “Os Belenenses”, no sábado, e o outro com o SL Benfica. Ou seja, demoraram seis meses a decidir e, curiosamente, os factos reportam a um jogo com o SL Benfica e vamos ser punidos noutro jogo diante do SL Benfica. Outro factor é que este jogo pode, eventualmente, decidir a fase regular do campeonato. O timing causa muita estranheza", reforçou.

Por fim, Miguel Albuquerque confirmou que o Sporting CP já recorreu da decisão e fez um pedido à FPF.

“Já enviámos para o Tribunal Arbitral do Desporto o recurso e estamos a aguardar a análise. Se não avaliarem o recurso a tempo, o jogo decorrerá à porta fechada. Devia haver bom-senso na aplicação desta pena porque não é a tão pouco tempo de um jogo que se revela uma decisão destas”, rematou.