Agora, que vão começar a chegar por via digital ou através de correio os novos cartões, e feita que está a renumeração dos Associados em 2025, facto que acontece sempre de cinco em cinco anos, ao contrário do que é prática noutros lados que apregoam números fictícios, ficou provado, se é que pudesse haver alguém, mesmo entre os adversários, que o ousasse questionar, que o Sporting Clube de Portugal, aquele que é o clube mais ecléctico do desporto português e um dos  maiores à escala global, é um clube ENORME.

179.208 é o número de Leões que ostentam ao dia de hoje garbosamente o seu cartão de Associado na carteira, a que se juntam milhares e milhares, que espalhados pelo mundo, e mesmo não sendo Associados pelas mais variadas ordens de razão, também vibram e sentem o símbolo do Leão como qualquer um de nós, que é Sócio com as quotas em dia. 

E, como costumo dizer, até porque repetir as verdades vezes sem conta não é nunca um excesso, mas sim um motivo de inquestionável orgulho, o Sporting Clube de Portugal é um clube de uma pluralidade única.

Que abrange diversas ideologias políticas e crenças religiosas, tendências sexuais, e raças e onde, acima de tudo e de todos, existe um denominador comum: Um amor sem paralelo de todos pelo nosso Clube. Porque só aí deverá existir unanimismo. Quando envolve o símbolo somos todos, porque não dizê-lo, irracionais na paixão com que o sentimos. Podemos gostar mais desta ou daquela modalidade, deste ou daquele atleta, deste ou daquele treinador, até deste ou daquele dirigente. Isso é normal e até saudável, desde que com respeito pela opinião de cada um. E foi sempre, ou quase, sei que não existe a perfeição e que momentos houve menos bons na nossa magnífica história, com base na premissa de uma união em torno do nosso amor comum que nos pautámos ao longo destes quase cumpridos 119 anos de vida.

No meu caso pessoal, que me lembro de já ter tido vários números e diversos cartões de Sócio, passei do número 4.375-0 para o 4.083-0, o que representa quase cinco décadas de filiação ininterrupta. Lembro-me tão bem, quase como se fosse hoje, e digo-o sem exagero algum, da tarde quente de um dia do mês de Julho da década de 70 do século passado, quando entrei na secretaria situada no velhinho estádio, acompanhado pelo meu pai e pelo Sr. Olímpio, o Sócio proponente, e me fiz Associado do Sporting Clube de Portugal ainda em tenra idade. 

Foi um momento épico. Só superado quando fiz as minhas netas Leonor e Matilde, com três e um ano respectivamente, também elas Associadas, com a particularidade de eu não ter tido essa felicidade, desde o dia em que nasceram. 

Já passaram no tempo muitos anos quando a minha filha Ana Rita foi comigo a Alvalade receber o emblema de prata e lhe ofereci um Leão de peluche – o famoso "Leo". Anseio pelo dia – anseio mesmo – que entrarei em Alvalade com as minhas netas para receber o emblema de ouro. 

Falta pouco... muito pouco. O legado do Sportinguismo será algo que, nem a distância geográfica que hoje tenho delas me fará demover de lhes passar. É uma obrigação e uma obra a que me dediquei desde o seu nascimento. 

Explicar-lhes mais tarde a minha – e sei que também vossa – loucura, que tento que seja saudável, embora admita que por vezes não o consiga, pelo nosso Sporting Clube de Portugal.

P.S – O nosso futsal, ao perder o quarto jogo do play-off, viu adiada para domingo, pelas 19h00, no Pavilhão João Rocha, a decisão do título que pode trazer com ele o Penta. Os nossos rapazes, orientados pelo "mestre" Nuno Dias, já mostraram mais do que uma vez daquilo de que são capazes. Será connosco a fazer da nossa "casa" uma muralha inexpugnável que teremos de conseguir catapultá-los para a conquista de mais um Campeonato. Nós acreditamos em vocês!