Sara Moreira lamentou a desistência, mas garantiu estar em condições físicas antes da prova
Foram apenas sete os quilómetros percorridos por Sara Moreira na maratona olímpica dos Rio 2016, mas a atleta leonina garantiu que, antes do início da prova, sentia-se totalmente preparada para lutar pelos lugares dianteiros.
“Fiz todos os exames que tinha para fazer. Treinei, lutei e devia a mim própria e aos meus familiares, principalmente ao meu filho, estar no Rio de Janeiro”, confessou a maratonista campeã europeia. “Nunca participaria se não me sentisse em condições. Senti a dor muito cedo, mas continuei porque achei que poderia correr durante mais tempo”, revelou a atleta leonina, que participava na maior competição desportiva do mundo pela terceira vez.
Apesar do sucedido, Sara Moreira não fala em desilusão, mesmo admitindo toda a tristeza sentida após a desistência. “Ninguém sofreu mais do que eu por não ter terminado. Vi as minhas adversárias na frente e sei que, em condições normais, estaria a lutar pelos oito primeiros lugares”, sublinhou. “Não posso dizer que seja uma desilusão, porque as lesões existem quando menos esperamos. Desilusão é quando não corres ao teu nível sem perceberes o porquê”, explicou, consciente de que há factores cujos atletas não conseguem controlar.
Já o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, veio reforçar que a Sara nunca viajaria para os Jogos Olímpicos sem certezas de que poderia alcançar boas metas. “Isso é liminarmente de pôr de lado, porque é uma atleta que não é novata, não vem pela primeira vez aos Jogos. O que tenho de revelar aqui é que é uma atleta de grande valor, que veio cá com todo o espírito de sacrifício para participar e obter o seu melhor resultado”, vincou, colocando de lado todas as dúvidas levantadas em torno da questão.
