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Foto D.R.

O voto é uma arma

Por Jornal Sporting
28 Jun, 2018

Editorial do Director interino do Jornal Sporting na edição n.º 3.682

A Assembleia Geral do passado sábado, dia 23 de Junho, ficará para sempre marcada na história do Sporting Clube de Portugal. Mais importante do que o resultado, que acabou por marcar a vontade da família leonina num momento tão urgente quanto desejado, foi mesmo a cumplicidade e o compromisso expresso na esmagadora afluência às urnas, num claro sinal da vontade dos Sócios em ter voz num momento que acabou por ser de viragem na liderança do Clube.

Perto de 15.000 Sócios, num dia que até convidava a outros planos mais veraneantes, não faltaram à convocatória. Infelizmente, a reunião magna não foi no nosso Pavilhão João Rocha, mas no Altice Arena, que pela sua maior lotação e envolvência proporcionada pelo Parque das Nações, tornou-a especial. Foram horas de espera nas filas, mas num clima de saudável convivência, com trocas de palavras e ideias cuja função catártica legitimou discussões tipicamente familiares, onde só nós podemos dizer mal dos nossos, mantendo no final o mesmo sentimento de pertença.

Foi uma das maiores manifestações de associativismo de sempre – continuamos a bater recordes de participação, não apenas nas nossas arenas desportivas, mas também em eventos de cariz social, cultural, educativo e de solidariedade –, num inequívoco exemplo para o país de maturidade democrática e responsabilidade cívica e desportiva.

É uma extraordinária oportunidade, como todos os momentos de mudança o são, para mais um ponto de partida. Um recomeço com o consequente ânimo de continuar a fazer mais e melhor, aproveitando precisamente esta onda de preocupação e interesse pela vida do Sporting, que não se esgotou apenas no uso da arma que é o voto. A defesa dos superiores interesses do Clube sempre esteve e continuará a estar nas mãos dos Sócios, pelo que o escrutínio deverá ser um compromisso permanente e não apenas pontual.

Ao Conselho de Gestão que desde segunda-feira tomou as rédeas em Alvalade, as maiores felicidades nas suas funções. Até dia 8 de Setembro, o trabalho será árduo ou não fosse este período decisivo para o que irá acontecer na próxima época desportiva. Em todas as modalidades. Será bom que as atenções não se concentrem apenas no futebol, apesar de todos terem a consciência do mediatismo que o desporto-rei encerra. O Sporting está à beira de terminar a temporada de 2017/18 com um registo histórico nas modalidades, tendo o espólio leonino sido enriquecido com um série de títulos, nacionais e europeus, que colocam as quinas de campeão na esmagadora maioria das Listadas do Clube. Entraremos em muitos terrenos de jogo envergando o símbolo exclusivo dos maiores do país, tornando-nos ainda mais apetecíveis como adversários.

O período ora iniciado reveste-se da maior importância pois determina uma nova escolha para os três órgãos sociais. Começam a perfilar-se os candidatos, com Frederico Varandas a surgir como o primeiro nome conhecido na corrida à liderança do Sporting. Tal como decorre dos Estatutos do Clube, o Jornal Sporting irá dar voz a todos os Sportinguistas que oficializem as suas candidaturas às eleições de 8 de Setembro, tentando dessa forma esclarecer da melhor maneira a família leonina para nova decisão, que terá de ser tomada dentro de precisamente 73 dias.

O exemplo que fomos e demos no passado sábado deverá, por isso, continuar. A força do leão rampante é altamente potenciada pelo interesse e participação que cada um dos membros da família lhe dá, não estando nunca em causa a dimensão do Sportinguismo de quem quer que seja. Afinal, quem é que dá vida a Alvalade?