Sócios rejeitaram recursos
06 Jul, 2019
Rogério Alves divulgou os resultados da Assembleia Geral
Os 5190 Sócios do Sporting Clube de Portugal que exercerem o direito de voto na Assembleia Geral extraordinária que se realizou este sábado no Pavilhão João Rocha deliberaram por grande maioria – com praticamente 70% dos votos – não aprovar os recursos de Alexandre Godinho e Bruno de Carvalho. Assim, os dois deixam, em definitivo, de ser Associados do Sporting CP. No final, Rogério Alves reagiu à reunião magna e divulgou os resultados oficiais.
"Esta Assembleia Geral (AG) tinha como objectivo específico julgar recursos interpostos por dois Sócios por penas que lhes foram aplicadas pelo Conselho Fiscal e Disciplinar. O que esteve em causa foi julgar esses recursos porque os Estatutos do Sporting CP prevêem que, em caso de expulsão, haja recurso para a Assembleia Geral.
A assembleia realizou-se e já temos resultados: relativamente ao Associado Alexandre Godinho, 68,20% dos votos foram contra o recurso – a favor da manutenção da decisão – e 30,54% dos votos a favor. Sobre o recurso do Sócio Bruno de Carvalho, 69,30% dos votos foram a favor da manutenção da expulsão e 29,79% contra.
A AG terminou, os Sócios votaram e deliberaram como lhes compete em circunstâncias como esta", anunciou o presidente da Mesa da Assembleia Geral aos jornalistas. "Todos os Sportinguistas pretendem que haja estabilidade, que é um factor crítico para termos sucesso. Esta AG cumpriu o objectivo de dar a palavra aos Sócios para que eles decidam da forma que entendem", acrescentou.
Em relação ao número presente nos boletins de voto, Rogério Alves explicou que o mesmo "tem a ver com uma maneira de evitar a falsificação" de boletins. "A introdução aleatória desse código permite prevenir que haja falsificação de boletins. É uma espécie de selo de garantia de que aquele boletim foi produzido pelos serviços do Sporting CP, sendo que não permite a identificação do votante através desse número", frisou.
O dirigente comentou ainda as imagens da AG que surgiram nas redes sociais e em televisões, assim como os poucos momentos mais tensos que se viram no Pavilhão João Rocha. "Hoje, sobretudo através dos telemóveis, as pessoas reportam imagens, informações, som. Embora seja proibido na AG, isso acontece porque é impossível de controlar. São assembleias que têm decorrido, naturalmente, com controvérsia, crítica e divergência porque são assuntos fracturantes que envolvem paixão. Os picos de tensão que ocorrem não são o emblema ou a marca de como a assembleia decorreu", disse.
Por fim, Rogério Alves respondeu a uma questão acerca da pergunta feita nos boletins de voto. "Para mim, a pergunta é claríssima. Não há nada nas assembleias gerais do Sporting CP que não seja passível de crítica. Quer o modelo quer a linguagem que foram adoptados hoje foram os mesmos da AG de Dezembro. Se estamos a trabalhar para milhares de pessoas, é impossível a unanimidade", concluiu.