Presidente do Conselho Directivo foi reeleito

Conhecidos os resultados da assembleia geral eleitoral deste sábado, com a Lista A a vencer por larga margem, Frederico Varandas, presidente reeleito do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, destacou o triunfo "da estabilidade".

"Hoje venceu a estabilidade no Sporting CP. Os Sócios votaram pela estabilidade. Gostaria de recordar que está para fazer 40 anos que um presidente do Sporting CP cumpre um segundo mandato. Desde aí, o Sporting CP entrou num ciclo de instabilidade destrutiva. A vitória de hoje não tem um nome. Não é do presidente nem dos órgãos sociais. É da estabilidade do Sporting CP. Há alguns meses, tinha alertado que o Sporting CP precisa de aprender a viver em estabilidade. Foram quatro décadas de autodestruição que condenaram o sucesso desportivo. Podemos ter os melhores treinadores, formação, jogadores e massa Associativa, mas sem estabilidade não teremos sucesso desportivo. Os Sócios do Sporting CP deram um passo de maturidade ao escolherem a estabilidade. Há cerca de três anos e meio lembro-me de prometer uma coisa: chegar a este dia e deixar o Sporting CP melhor do que quando chegámos. Essa missão está cumprida. Hoje, com [cerca] de 86% dos Sócios a votarem na nossa lista, a nossa missão é a mesma: servir o Sporting CP. Vamos servi-lo exactamente com a mesma humildade e responsabilidade de quando vencemos com 42%. Não há maior honra do que um Sócio do Sporting CP servir o seu Clube. Vamos servi-lo pensando sempre primeiro no Clube. Vamos continuar a trabalhar com discrição, sem ruído. O nosso objectivo hoje é o mesmo de há três anos e meio e prometo a mesma coisa. Não prometo títulos, mas sim que eu e a minha equipa entreguemos o Sporting CP ainda melhor do que está hoje. Fico muito feliz por termos chegado hoje a um Sporting CP saudável, livre, independente, campeão e unido. Não à volta de nenhuma direcção ou presidente, mas unido à volta de quem interessa: do Sporting CP", começou por dizer aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho, onde se apresentou com Júlio Rendeiro, mandatário da candidatura e lenda do hóquei em patins verde e branco, e com a restante lista vencedora.

Em resposta às questões dos órgãos de comunicação social, Frederico Varandas lembrou que "o Sporting CP é um Clube democrático e não é um regime como a Coreia do Norte": "Respeitamos opiniões, sabemos as dificuldades que passámos e um dos grandes méritos da minha equipa é não irmos abaixo quando algo corre mal. Também não tiramos os pés do chão quando temos vitórias. Nunca me preocupei muito com o ruído exterior. Quem passou por este lugar sabe que tem de ouvir sempre os Sócios do Sporting CP, que nem sempre têm a informação que o Conselho Directivo tem. Por vezes, temos de tomar decisões que não são populares, mas se forem o melhor para o Sporting CP vamos tomar".

Sobre se o Clube está dependente do sucesso dentro de campo, o líder Sportinguista admitiu e lembrou que isso acontece em qualquer instituição desportiva e principalmente naquelas que têm a grandeza histórica e actual do Sporting CP.

"A missão do Sporting CP é potenciar a nossa vertente desportiva, que é o core business. Qualquer clube está sempre dependente dos resultados desportivos. O nosso objectivo é criar as condições para que o Sporting CP, porque assim exige a sua história, lute por títulos. A cada mês que passa, o Sporting CP está mais forte, maduro e competitivo e é mais respeitado", contou.

Destacando a garantia do capital da SAD através das VMOC como "a melhor medida de gestão" do primeiro mandato, Frederico Varandas recordou também que a estabilidade dos rivais ainda lhes dá alguma vantagem: "O que temos de fazer é tornar o Sporting CP mais capaz de vencer constantemente. Nestes três anos e meio, muito foi feito para nos aproximarmos dos rivais, mas esses rivais são muito fortes e gozam de estabilidade. Ainda hoje, têm vantagem competitiva. Muito menos do que tinham há três anos e meio".

Por fim, o dirigente considerou que "muito mal estaria o Sporting CP se tivesse o mesmo presidente daqui a 40 anos" e terminou garantindo que "a responsabilidade é enorme". "Todos os dias, quando acordo, sinto-me sempre muito pequeno ao lado do tamanho e da história deste Clube. Quero-me sentir assim sempre. A responsabilidade, humildade e dedicação vão ser as mesmas", finalizou.