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Uma regra, dois recordes e... a liderança à condição

Por Jornal Sporting
23 Abr, 2016

Sporting CP vence U. Madeira por 2-0 e garante entrada directa na Champions

O Sporting CP recebeu e venceu hoje o U. Madeira por 2-0, num encontro a contar para a 31.ª jornada da Liga NOS que recolocou a formação ‘verde e branca’ à condição no primeiro lugar da tabela classificativa com mais um ponto do que o Benfica, que joga amanhã em Vila do Conde frente ao Rio Ave. Em paralelo, aquele que foi o sexto triunfo seguido dos ‘verde e brancos’ – mais um sem sofrer golos, como os cinco anteriores em Alvalade contra os unionistas – valeu também a entrada directa na Liga dos Campeões, face aos dez pontos de avanço para o terceiro classificado, FC Porto.

A primeira jogada ofensiva dos ‘leões’ mostrou desde logo aquilo que viria a marcar toda a metade inicial do encontro: circulação rápida de bola do corredor central para a faixa, a passar pelos pés de William, João Mário e Teo Gutiérrez, e lançamento ligeiramente com força a mais para a diagonal de Slimani. No entanto, os insulares não demoraram a tentar o golo, com Danilo Dias a rematar num lance com relativo perigo para a baliza visitada.

Com o U. Madeira a revelar de novo uma boa organização defensiva, com a colocação de dois ‘tampões’ na frente do quarteto defensivo (Soares e Tiago Ferreira, que era de forma originária um central), o Sporting CP contornou as dificuldades com uma das armas mais fortes que tem revelado ao longo da temporada: os lances de estratégia na sequência de bolas paradas. E foi assim que Teo Gutiérrez inaugurou o marcador – canto na direita do ataque batido por João Mário para Bruno César, toque para trás em Adrien, passe para Marvin a circular até ganhar espaço para o cruzamento na esquerda e cabeceamento do colombiano para o primeiro golo aos sete minutos. A reacção não demorou e, também após uma bola parada dois minutos depois, Danilo Dias conseguiu recolher uma segunda bola a pingar na área para grande defesa de Rui Patrício para novo canto.

Os ‘leões’ em nada acusaram um dos pouquíssimos remates dos visitantes, partindo em busca do segundo golo que surgiria logo aos 19 minutos, de novo com Marvin Zeegelaar a cruzar da melhor forma da esquerda e João Mário, na área, a encostar para o 2-0 sem hipóteses para Gudiño. O Sporting CP dominava por completo. Por um lado, em termos tácticos, as zonas de pressão muito altas ‘abafavam’ o adversário logo na sua primeira zona de construção; por outro, quando os movimentos entre linhas funcionavam e os ‘leões’ faziam a rotação de bola do corredor central para as laterais em velocidade, havia quase sempre perigo à vista, pecando apenas no último passe ou na finalização. Por isso, e até ao intervalo, nota apenas para dois remates por cima de Slimani (28’) e Teo Gutiérrez (38’) e uma jogada excepcional de Coates pela direita que merecia golo. Do lado contrário, Breitner fez o único remate de livre directo para defesa de Patrício (42’).

O segundo tempo começou com um susto para os comandados de Jorge Jesus, quando Rúben Semedo, na sequência de um corte imperfeito após cruzamento da esquerda do ataque dos insulares, quase fez um auto-golo (48’). Reacção à vista? Longe disso: logo dois minutos depois, Schelotto viu Slimani em boa posição na área mas colocou mal o pé na bola na hora do remate, que poderia ter dado o terceiro golo. Aos 52 minutos, numa das mais flagrantes oportunidades não concretizadas do jogo, Slimani conseguiu recuperar em zona adiantada, Adrien assistiu numa diagonal perfeita Teo Gutiérrez mas o remate do colombiano acabou por ser bem travado por Gudiño para canto.

Jorge Jesus pedia dinâmica e movimentações no ataque, mas a verdade é que o Sporting CP distinguiu-se sobretudo pela forma como foi gerindo a vantagem no marcador, ciente também da importância do encontro que irá disputar na próxima jornada, frente ao FC Porto, no Dragão. Bryan Ruiz, que rendera pouco antes João Mário, ainda teve um remate acrobático com pouca força na área (61’) antes do grande momento da etapa complementar, quando Adrien, após um corte incompleto da defesa do U. Madeira, parou a bola no peito e rematou de primeira com estrondo ao poste (67’).

Até ao final, numa partida cada vez mais morna, manteve-se a malapata de Slimani (o U. Madeira continua a ser a única equipa do Campeonato a quem Slimani ainda não marcou), imperou a regra de vitórias em Alvalade sem golos sofridos diante dos insulares e igualaram-se dois recordes: máximo de pontos (77) e vitórias (24) num Campeonato. E o objectivo é estabelecer novos máximos já na próxima partida, onde os ‘leões’ viajam até ao Dragão para defrontarem o FC Porto no próximo sábado, às 18h30.