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Miguel Maia, o ‘Rei Leão’!

Por Juvenal Carvalho
09 Jul, 2020

(...) Esse sonho, o de continuar de Leão ao peito vai manter-se. Irá fazer os 50 anos de Leão ao peito e vai querer continuar a ganhar. Como só ele sabe. Como só ele luta para isso

23 de Abril de 1971. A cidade de Espinho, também conhecida como Costa Verde, viu nascer Luís Miguel Barbosa Maia. Naquele dia, e naquela cidade, veio ao mundo aquele que viria a ser um dos maiores desportistas portugueses de todo o sempre. Um exemplo de classe. Um exemplo de abnegação. Um ganhador como só ele. Miguel Maia é mesmo um caso raro de longevidade por quem os anos parecem não passar, e que joga aos dias de hoje com a garra de um menino, a que umas mãos de ouro e uma intuição rara para o jogo e uma valia verdadeiramente inusitada, o diferencia dos demais.

Miguel Maia, tanto no voleibol de pavilhão como na praia, onde formou com João Brenha uma das melhores ‘duplas’ do Mundo, é um ídolo que tem atravessado gerações. A sua carreira iniciou-se cedo, já que em Espinho o voleibol é quase uma ‘religião’, mais propriamente na Académica de Espinho, onde se sagraria campeão nacional, bem como no Sporting de Espinho onde ganhou vários títulos nacionais e onde venceu ainda a CEV Top Teams Cup de 2000/2001, a única competição europeia da modalidade ganha até ao momento por um clube português.

Nunca escondeu o seu amor incondicional ao Sporting Clube de Portugal. Respira o Clube por todos os poros. Aos 20 anos de idade chegaria ao seu Clube do coração, e foi chegar, ver e vencer. Entre 1991/1992 e 1993/1994 sagrou-se sempre Campeão Nacional, numa equipa verdadeiramente fantástica. Veio a sair e posteriormente viu a modalidade ser suspensa. A cada entrevista, a cada aparição no universo Leonino falava no quanto queria de novo a modalidade no ‘seu’ Sporting CP. Eu sei do que falo, porque várias vezes abordei com ele esse tema. Moveu montanhas, não desistiu, e como quem porfia sempre alcança, em 2017 viu as portas do voleibol serem escancaradas no reino do Leão.

A história repetiu-se e foi de novo chegar, ver e vencer. Logo no ano do regresso, como ele preconizou, sagrou-se Campeão Nacional. Festejou com a alegria de um menino. Como se não houvesse amanhã. Estava concretizado o sonho. Esse sonho, o de continuar de Leão ao peito vai manter-se. Irá fazer os 50 anos de Leão ao peito e vai querer continuar a ganhar. Como só ele sabe. Como só ele luta para isso. Além de um fenómeno de classe, é um fenómeno raro de longevidade. Sei o quanto vale, e sei até que muito gostaria e muito ganharia o Sporting CP com os seus conhecimentos após terminar a carreira. Ele é da raça que nunca se vergará. Obrigado, Miguel Maia. E continua a fazer-nos felizes!

 

P.S. – Parabéns ao ténis de mesa. O penta é nosso. Venha o hexa!