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Clássico

Por Pedro Almeida Cabral
22 Dez, 2023

À beira de terminar a primeira volta, recebemos o FC Porto em casa para um dos clássicos mais aguardados dos últimos tempos. Estava em causa a liderança do campeonato e o Sporting Clube de Portugal não podia ficar para trás. Não admira que tantos Sportinguistas tenham acorrido ao Estádio, que ficou quase lotado. Quem acompanhou a nossa equipa não se arrependeu. Vencemos, convencemos e passamos o Natal onde o Sporting CP deve sempre estar: em primeiro lugar. 

Dos clássicos contra o FC Porto a que já assisti – e foram muitos nos últimos 40 anos – este foi, provavelmente, um daqueles que vou recordar por mais tempo. Não que tenha sido aquele em que fomos mais superiores. E também não foi aquele em que jogámos melhor futebol. Mas foi, com toda a certeza, um dos clássicos em que a nossa vitória mereceu menos discussão, com o adversário a criar muito pouco e o Sporting CP a controlar o jogo quase por inteiro.

O FC Porto apresentou-se em Alvalade sabendo que, tal como o Sporting CP, tinha de ganhar para subir à liderança. Embora jogasse um pouco na expectativa, a equipa portista tentou lançar ataques que apanhassem a nossa defesa mais subida, o que quase nunca sucedeu. Eduardo Quaresma esteve imperial a impedir Galeno de progredir com bola, Diomande, sempre seguro, limpou o perigo que apareceu e Gonçalo Inácio fez uma daquelas exibições dele que só na aparência são discretas, sempre bem posicionado. Hjulmand continua a subir de forma e, à semelhança do que vem fazendo, boicotou de forma eficaz a construção ofensiva dos adversários. Já nas alas, Matheus Reis e Geny Catamo foram decisivos. Aliás, o esquema táctico de Amorim só carbura verdadeiramente com alas venenosos que avancem no terreno desmarcando Gyökeres. E foi o que sucedeu: Matheus Reis lançou o sueco para o 1-0 e Catamo fez o mesmo, dando origem ao 2-0, com assistência de Gyökeres para Pote encostar na baliza adversária. Quanto a Gyökeres todo o campo parece demasiado desimpedido para o à-vontade com que ele movimenta, fazendo quase sempre o que quer. A maneira como recepciona a bola e parte para o ataque já fazem dele um caso à parte nos avançados do Sporting CP das últimas décadas. Em qualquer situação consegue arrancar com vertigem e intensidade máxima. Mais que um jogador de futebol, é um atleta completo. 

Ganho o clássico seguimos líderes e dispostos a tudo para assim continuar. 

Um Feliz Natal verde e branco!