Comentário de José Manuel Araújo, líder do Núcleo do SCP da Assembleia da República

Os órgãos sociais do Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Assembleia da República emitiram hoje um comunicado considerando que a instauração de um processo disciplinar a Slimani pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e o seu 'timing' são "uma afronta ao Clube", assim como a "aplicação discriminatória das disposições regulamentares". Para José Manuel Araújo, a violação dos prazos também não ajudam na imagem desportiva nacional.

"Violar todos os prazos e estender até aos limites as aberturas de processos disciplinares é uma situação absolutamente caricata que repudiamos. Entendemos que o Conselho de Disciplina, ao avançar agora com o processo, é visto com uma lógica muito calculista e o desporto, neste caso especificamente o futebol, não tem que viver estes jogos de acerto de calendário para poder haver algum castigo aplicado a jogadores de alguma infracção que tivessem cometido. A denúncia foi efectuada a 24 de Novembro. Como no dia 24 de Janeiro seria um domingo, no dia 22 o Conselho de Disciplina da Federação avança com um processo disciplinar e notifica o jogador no dia 25, segunda-feira. Nota-se portanto que se está a jogar com os prazos todos até ao fim", comentou o líder do Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Assembleia República na Sporting TV.

"Resolveu-se avançar com um processo de averiguações, que durou um tempo razoável. Todos ficámos a saber que o próprio árbitro diz que foi uma situação absolutamente estranha, porque nem toda a equipa de arbitragem viu. É sabido que a jurisprudência das comissões disciplinares tem sido que, em caso de o árbitro não ver o lance, nas competições profissionais, neste caso da Liga, que poderá haver uma actuação disciplinar, algo que não acontece em competições da Federação. Portanto, mistura-se aqui estas situações todas para prejudicar claramente o Sporting e é isso que deixa todos os Sportinguistas e a nós, Núcleo da Assembleia da República, bastante preocupados com este tipo de decisões", acrescentou.

Como nota final, José Manuel Araújo referiu que "não há politiquice mas sim uma habilidade com os prazos, o que é lamentável".

"Os órgãos sociais do Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Assembleia da República repudiam este processo, que ocorre mais de dois meses depois da prática dos actos, e constataram também que a oportunidade de abertura deste processo representa uma afronta ao Clube e uma aplicação discriminatória das disposições regulamentares", argumentou o comunicado do Núcleo.

Declarações de Octávio Machado sobre o processo instaurado a Slimani

Octávio Machado, director-geral para o futebol do Sporting, abordou hoje o processo instaurado pelo Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol a Slimani, jogador do Sporting, na sequência da queixa apresentada pelo Benfica relativa ao jogo da Taça de Portugal, de dia 21 de Novembro. O dirigente ‘leonino’ apontou os erros no processo contra o avançado argelino e confirmou que o Clube vai recorrer da decisão do Conselho Disciplinar da FPF.

“Como é do vosso conhecimento, nos últimos dias, existiram decisões da Secção Profissional e da Não-Profissional do Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol. A Secção Profissional arquivou tudo o que foi matéria apresentada pelo Sporting. A Não-Profissional arquivou uns processos e levantou outro contra o Slimani. Naturalmente, o Sporting não concorda e vai apresentar recurso porque não aceitamos dois pesos e duas medidas. Os regulamentos são os mesmos, mas o entendimento das duas Secções é diferente. A participação é feita com base num jogador que não existe no Clube onde é referido: Slimani, do Nacional. Depois, no minuto que é referido, não existe qualquer tipo de contacto entre Slimani e Samaris, tal como é referido pelo próprio árbitro. A participação diz que o lance foi na primeira parte, os jornais referidos dizem que é na segunda”, afirmou Octávio Machado, prosseguindo: “Há uma série de situações que levaram a duas decisões com as quais não concordamos: o arquivamento e o processo disciplinar. As imagens são claras, órgãos de comunicação social têm-nas e podem esclarecer publicamente que, em algumas, não houve sequer intervenção do árbitro nem sanção disciplinar. O árbitro viu e entendeu que não há agressão. Há contradições entre a Secção Profissional e a Não-Profissional. Não queremos pensar que seja da composição destes organismos, nem que os castigos são aplicados conforme a cor das camisolas, sejam elas verdes, vermelhas, amarelas ou brancas”.

O director-geral para o futebol do Sporting passou, de seguida, a apresentar os lances sobre os quais o Sporting se queixou junto do Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol e que viu arquivados pela mesma: no jogo do Campeonato, os ‘leões’ referiram as agressões de Samaris a Bryan Ruiz (minutos 39:45 e 40:39), de Fejsa a Adrien (minuto 46:24) e de Jonas a William Carvalho (minuto 50); no ‘derby’ da Taça de Portugal, as queixas recaem sobre o lance de Eliseu com João Pereira (11:39), de Jardel com Slimani (35’), Talisca e João Mário (39:12), Sílvio e Adrien (45+2’), Jardel e Adrien (51:24), André Almeida e Bryan Ruiz (65’), Samaris e Gelson Martins (110:24) e Eliseu e João Mário (107:50 e 120:36).

Octávio Machado defendeu também que não existe uma cotovelada de Slimani a Samaris: “O que é uma cotovelada? Confunde-se extensão dos braços nas costas de um adversário com uma cotovelada. O movimento de cotovelada nada tem a ver com o que o Slimani fez. Ele tenta empurrar o Samaris para evitar o seu bloqueio”, explica.

“Percebe-se esta obsessão pelo Slimani, esta pressa em castiga-lo. Não se percebe é que haja dois pesos e duas medidas. Vamos recorrer no sentido de defender aquilo que é a verdade. O Naldo levava dois meses de castigo, o Jesus era irradiado, eu se calhar estou aqui a mais… O Sporting está a incomodar. O Slimani é um jogador em foco, a dar tudo, no limite, que marca golos e se entrega ao jogo. E isso não se pode virar contra ele. Só há uma entidade que faz queixas. Só neste jogo. É uma obsessão”, continuou o ‘leão’, defendendo a postura do Sporting e o seu contributo para o futebol nacional: “Se alguém mexeu no futebol português para o bem do próprio futebol foi o Sporting. É o Clube com o maior número de espectadores no seu Estádio, em média, a equipa que mais jogadores portugueses tem a jogar na equipa principal, a que dá maiores espectáculos de promoção do futebol. E tudo porque demos um passo importante no início da época ao contratar o Jorge Jesus. O Sporting merece que lhe reconheçam tudo isto e que se faça justiça. Há uma união no Sporting, ver um jogo do Sporting é uma alegria ver jogos do Sporting e queremos que nos deixem continuar assim”.

Sporting CP vence P. Ferreira por 3-1 e conserva liderança do Campeonato

O Sporting CP deslocou-se ao, tendencialmente, complicado terreno do Paços de Ferreira disposto a facilitar a sua própria tarefa e, numa resposta de campeão às últimas escorregadelas, dominou por completo uma partida que acabou por vencer por 3-1. Bruno César, no primeiro tempo, e Slimani, por duas vezes na segunda parte, fizeram os golos dos ‘leões’. Bruno Moreira assinou o tento de honra pacense.

Os ‘leões’ entraram na Mata Real a precisar de vencer para conservar a liderança da Liga NOS e cedo aproximaram o jogo da baliza de Marafona, com Bruno César, João Mário e Bryan Ruiz a conduzirem as manobras ofensivas ‘verde e brancas’ em busca do melhor marcador do Sporting CP, Slimani. Já depois do argelino, por pouco, não ter chegado a um bom passe de Bruno César, que o deixaria na cara do golo, Adrien fez o primeiro remate da partida, desviado pela defensiva pacense para fora das quatro linhas, à passagem dos dez minutos de jogo. Na sequência do pontapé de canto, Naldo ganhou nas alturas e desviou para o segundo poste, onde apareceu Bryan Ruiz, levando a bola passar a um palmo do alvo, quase abrindo o activo para o conjunto de Alvalade.

O Sporting CP era a equipa mais perigosa em campo e, aos 19’, João Mário lançou um cruzamento largo para a grande área do Paços de Ferreira, onde apareceu Paulo Oliveira para o desvio de cabeça, mas a direcção do remate não foi a pretendida pelo central ‘leonino’. A jogar nas costas de Slimani, Bryan Ruiz era o elemento do Sporting CP que mais procurava espaço entre linhas, situação que lhe permitiu pegar na bola, aos 26 minutos, e arrancar em direcção à grande área pacense, onde entrou, antes de rematar cruzado e obrigar Marafona a aplicar-se para manter o nulo no marcador. Pouco depois, a dupla de avançados ‘leonina’ quase funcionou, com o costa-riquenho a cruzar para o cabeceamento de Slimani, que não levou o rumo desejado, mas deixou nova ameaça às redes pacenses.  

Dez minutos volvidos e nova oportunidade para os ‘leões’: Adrien, no interior da área, arranjou espaço para o remate forte, mas viu Marafona realizar uma intervenção apertada para negar o golo ao capitão ‘verde e branco’. Só dava Sporting CP, com o líder do Campeonato português a pressionar e empurrar o adversário para o seu meio-campo defensivo. Na sequência de um canto, a bola pingou na área pacense, com William Carvalho a assistir Slimani, mas o ponta-de-lança argelino não foi lesto o suficiente e viu Marafona afastar a bola da zona de perigo. Por pouco tempo, diga-se, já que rapidamente (aos 40’) o camisola 9 dos ‘leões’ a recuperou e trabalhou bem no flanco esquerdo do ataque do Sporting CP, antes de cruzar para o interior da área, onde apareceu Bruno César, livre de marcação, a bater o guardião da casa e oferecer ao resultado a expressão que este já merecia há algum tempo. Com o Sporting CP finalmente em vantagem, não foi preciso esperar muito até se assistir a nova oportunidade para a formação de Alvalade, com João Mário, partindo da esquerda para o meio, a enquadrar-se com o alvo e atirar forte, levando a bola a embater com um estrondo na trave defendida por Marafona. Esteve à vista o 2-0, numa altura em que o Paços de Ferreira mostrava enormes dificuldades em sair do seu meio-campo com a bola controlada e em que o juiz Artur Soares Dias apitou para o intervalo. Chegava ao fim uma primeira parte totalmente controlada pelos ‘leões’, que justificavam a vantagem obtida ao cair do pano, contra um Paços de Ferreira que não realizou um único remate nos primeiros 45 minutos.

O Sporting CP entrou no segundo tempo seguro de si e com confiança na troca de bola, levando logo o jogo para zonas adiantadas do terreno. Aí, apareceu Bruno César, com um cruzamento venenoso, que obrigou Marafona a aplicar-se e desviar para canto. Na sequência da bola parada e debaixo do incansável apoio dos milhares de Sportinguistas que se deslocaram à Capital do Móvel, Naldo ganhou nas alturas, mas, sozinho, cabeceou ao lado do alvo, falhando o segundo para os ‘leões’. Aos 55 minutos, só dava Sporting CP: João Pereira e João Mário controlavam o flanco direito, ao passo que Jefferson e Bruno César mandavam do outro lado; no meio, Adrien e João Mário mostravam-se imperiais, quer a recuperar bolas, impedindo o Paços de Ferreira de esboçar qualquer manobra ofensiva, quer a servir Bryan Ruiz e Slimani, que regularmente levavam o perigo à baliza de Marafona e deixavam a defesa pacense em constante sobressalto. Dono e senhor da partida, o Sporting CP estava mais perto de marcar o segundo golo do que de sofrer o empate, já que o Paços de Ferreira mantinha o registo de zero remates efectuados, trazido já do primeiro tempo. Dito e feito: à passagem do minuto 63, e já depois de Adrien obrigar Marafona a defender um colocado livre directo, os ‘leões’ recuperaram a bola à saída do meio-campo do Paços de Ferreira, com João Mário a servir rapidamente Slimani, que qual flecha, correu disparado em direcção à baliza adversária e bateu Marafona, passando-lhe a bola por debaixo do corpo. Estava feito o 2-0 para o Sporting CP e deixada em êxtase grande parte da Mata Real, que pedia um Sporting campeão aos onze guerreiros que por isso lutavam dentro de campo.

A vencer e a dominar por completo a partida, o Sporting CP não dormia à sombra da vantagem alcançada e procurava ampliá-la, algo que esteve perto de acontecer aos 68’, quando Bruno César desviou, ao segundo poste, um cruzamento bem medido de João Mário, mas contra a malha lateral da baliza. Três minutos depois, e porque a estatística também pesa, Christian realizou o primeiro remate do Paços de Ferreira, de longe e totalmente desenquadrado com a baliza defendida por Rui Patrício, que pouco mais era do que um mero espectador da partida, até então. Dava gosto ver jogar o conjunto ‘leonino’ e melhor ainda sabia ouvir o apoio vindo das bancadas, que, a centenas de quilómetros de Lisboa, transformaram a Mata Real num Estádio José Alvalade em miniatura.

Contra a corrente do jogo, no primeiro remate enquadrado com as redes ‘verde e brancas’, Bruno Moreira reduziu para 2-1, de cabeça, na sequência de um lançamento lateral para a área do Sporting CP, aos 82’. Mas durou pouco a festa pacense, já que rapidamente a normalidade foi resposta: João Mário recuperou o esférico à entrada da área adversária, furou bem e serviu Slimani, que, ao segundo poste, só precisou de encostar para o terceiro dos ‘leões’, aos 84 minutos. Estava feito o resultado com que o Sporting CP bateria o Paços de Ferreira e conservaria a liderança da Liga NOS.

Os ‘leões’ mantêm assim o primeiro posto da tabela classificativa, com 48 pontos, mais dois do que o segundo classificado, Benfica. Na próxima jornada, o Sporting CP recebe a Académica, em Alvalade, dia 30 de Janeiro, às 20h45.

Avançado argelino recolheu 27,96% dos votos, Adrien ficou em segundo (13,86%)

Islam Slimani foi eleito o melhor jogador de Dezembro da Liga NOS, numa votação que contou com as escolhas dos treinadores do Campeonato da I Liga e dos utilizadores registados no site oficial da Samsung ‘Partilhamos Futebol’.

O avançado argelino, que somou 27,96% dos votos, marcou nesse mês na recepção ao Moreirense para a Liga NOS, tendo também um papel determinante no triunfo dos ‘leões’ frente ao Besiktas, que valeu a passagem à fase seguinte da Liga Europa. Acrescente-se que, em 2016, o dianteiro leva uma série de seis golos em quatro encontros realizados.

O médio ‘leonino’ Adrien ficou na segunda posição com 13,86%, ao passo que o avançado Jonas terminou no terceiro posto da votação.

No Campeonato Nacional da II Liga, Francisco Geraldes, que tinha ganho o prémio de melhor jogador de Novembro, terminou agora na segunda posição com 10,95%, apenas atrás de André Silva (14,51%).

Reacção de Islam Slmani à vitória por 2-0 dos 'leões' frente ao FC Porto

Islam Slimani foi a grande figura do clássico frente ao FC Porto, apontando os dois golos que valeram ao Sporting a vitória por 2-0 e consequente subida ao primeiro lugar da Liga NOS. No final da partida, o avançado argelino elogiou o trabalho da equipa.

“É uma vitória muito importante porque voltámos a ser líderes tendo agora dois pontos de vantagem. Foi um encontro difícil mas conseguimos fazer o essencial para ganhar”, referiu na zona de entrevistas rápidas, acrescentando: “Temos demonstrado jogo após jogo o nosso trabalho e toda a nossa qualidade como equipa”.

“Acreditamos no trabalho que fazemos todos os dias como equipa e acreditamos que trabalhamos para ir somando pontos e ganhar o Campeonato”, referiu também o número 9 ‘verde e branco’ antes de elogiar o comando de Jorge Jesus: “O treinador tem feito um bom trabalho e conseguiu trazer muito à equipa”.

Sporting vence FC Porto por 2-0 e recupera liderança da Liga NOS isolado

Comecemos por uma conversa entre ‘grandes’: no quarto encontro da temporada frente a Benfica ou FC Porto, o Sporting somou a sua quarta vitória. Mas, tão ou mais impressionante que os triunfos, os pontos ou os golos (8-1 em 390 minutos), há um ponto que explica todas as linhas que se seguirão abaixo: nos dois sucessos alcançados para o Campeonato (3-0 na Luz, 2-0 agora com os ‘dragões’ em casa), os adversários tiveram uma, e apenas uma, oportunidade de golo durante ambas as partidas. Fora das quatro linhas, existe uma Onda Verde (cada vez maior) que se sente; no relvado, houve mais um banho daqueles que se vê. Assim, os ‘leões’ voltam a ser líderes da Liga NOS.

Com Matheus a estrear-se como titular e Bryan Ruiz a actuar no apoio a Slimani, o Sporting começou com maior ímpeto ofensivo e acercou-se da baliza contrária de forma sucessiva, ganhando apenas alguns cantos até ao primeiro remate da partida, de João Mário, aos nove minutos (rasteiro e ao lado). Mais tarde, Bryan Ruiz e Matheus também procuraram fazer a diferença da meia-distância mas falharam o alvo.

A formação ‘verde e branca’ estava melhor e ia ganhando o combate a meio-campo aos pontos até ao primeiro ensaio de KO de Slimani. O argelino voltou a colocar na prática a frase de Muhammad Ali – voou como uma borboleta, picou como uma abelha e inaugurou o marcador de cabeça, na sequência de um livre lateral bem batido por Jefferson na esquerda do ataque aos 27 minutos.

A primeira explosão de alegria em Alvalade quase teve continuidade cinco minutos depois, quando Adrien disparou forte para defesa apertada de Casillas; no seguimento da jogada, e no único lance em que a transição ‘leonina’ foi apanhada em contra pé o FC Porto teve a única oportunidade de golo, com Patrício a fazer a mancha frente ao isolado Aboubakar. Até ao intervalo, nota apenas para um cabeceamento ao lado de João Mário já em período de descontos.

No segundo tempo, após um período de maior equilíbrio, o Sporting voltou a ganhar o jogo em termos estratégicos: ao baixar um pouco as linhas dando posse de bola ao opositor na linha recuada, os ‘leões’ quase fizeram o chamamento aos ‘dragões’ para ganharem o espaço para colocarem em prática as rápidas e fortes transições ofensivas. A opção táctica valeu, em apenas sete minutos, quatro oportunidades flagrantes para a formação ‘verde e branca’ matar o encontro: Slimani cabeceou à trave aos 64 minutos após cruzamento de João Mário da direita; no seguimento do lance, Bryan Ruiz atirou forte de fora da área para grande defesa de Casillas; aos 69 minutos, o costa-riquenho, em boa posição, disparou com perigo por cima; e, no minuto seguinte, Adrien acertou no poste em mais um lance bem gizado em profundidade com poucos toques.

Apesar de ter mais bola, o FC Porto nunca conseguia criar perigo apesar das tentativas muitas vezes em trabalhos individuais de Corona e Brahimi e seria o Sporting a chegar com justiça ao segundo golo de novo por Slimani, a aproveitar um bom passe de Bryan Ruiz para atirar colocado sem hipóteses para o guarda-redes ‘azul e branco’.

No final, vitória justa da melhor equipa e que, tendo em conta o caudal ofensivo e o volume de oportunidades, merecia até outra expressão no resultado em mais uma exibição de grande valia técnica e táctica, individual e colectiva. Como dizia Jorge Jesus na antevisão da partida, este era um duelo entre duas grandes equipas em termos de qualidade individual e colectiva. Confirmou-se. E o Sporting teve hoje mais qualidade.

Com este resultado, os ‘leões’ assumiram a liderança da Liga NOS com 38 pontos, mais dois do que o FC Porto e mais quatro do que o Benfica. Na próxima jornada, que se realiza já na próxima quarta-feira, o Sporting desloca-se a Setúbal para defrontar um Vitória que ocupa nesta altura o quinto lugar da classificação.

Slimani destaca grandeza, história e massa adepta dos 'leões'

Do Clube para a selecção, da selecção para o Clube: Islam Slimani continua com a veia goleadora bem latente e, depois de ter bisado nos dois jogos da Argélia com a Tanzânia, apontou o golo que decidiu o ‘derby’ frente ao Benfica na Taça de Portugal, o décimo nas derradeiras oito partidas.

“Jogámos muito bem e conseguimos uma vitória justa. Dominámos o jogo todo”, salientou na zona mista após o encontro, completando: “É um grande orgulho representar o Sporting, que é um grande Clube e com uma grande história. O apoio dos adeptos dá-nos muito orgulho para vencer os jogos”.

“Estou a marcar muitos golos mas isso só acontece com a ajuda de toda a equipa e o trabalho que fazemos nos treinos. Ninguém joga sozinho e é graças aos meus colegas que consigo marcar golos”, referiu antes de falar também da importância de Jorge Jesus para a evolução: “Mudou muitas coisas, é um grande treinador. Chegou e colocou o método dele, que está a funcionar bem. Estou cá para ajudar a equipa”.

Empate a dois na Tanzânia na primeira mão de apuramento para o Mundial

Islam Slimani deu hoje prolongamento ao grande momento que atravessa, sendo o elemento chave no empate da Argélia a duas bolas na Tanzânia, a contar para a primeira mão da segunda ronda da qualificação para o Campeonato do Mundo da Rússia.

Com o conjunto do Magrebe com uma surpreendente desvantagem de dois golos (tentos de Maguli e Samata), o número 9 ‘verde e branco’ conseguiu igualar as contas com um bis em quatro minutos, entre os 71’ e os 75’.

A segunda mão desta eliminatória vai agora realiza-se na terça-feira, no Stade Mustapha Tchaker, em Bilda.

Os resultados da primeira mão da segunda ronda de qualificação da zona africana foram os seguintes:

- Niger-Camarões, 0-3

- Mauritânia-Tunísia, 1-2

- Namíbia-Guiné, 0-1

- Etiópia-Congo, 3-4

- Chad-Egipto (hoje, mais tarde)

- Comores-Gana, 0-0

- Suazilândia-Nigéria, 0-0

- Botswana-Mali (hoje, mais tarde)

- Burundi-RD Congo, 2-3

- Libéria-Costa do Marfim, 0-1

- Madagáscar-Senegal, 2-2

- Quénia-Cabo Verde, 1-0

- Tanzânia-Argélia, 2-2

- Sudão-Zâmbia, 0-1

- Líbia-Ruanda, 1-0

- Marrocos-Guiné Equatorial, 2-0

- Moçambique-Gabão, 1-0

- Benin-Burquina Faso, 2-1

- Togo-Uganda, 0-1

- Angola-África do Sul, 1-3

Primeiro tento na goleada por 5-1 ao V. Guimarães já está a votos

O primeiro golo de Slimani frente ao V. Guimarães, na goleada do Sporting por 5-1 onde o argelino apontou o primeiro ‘hat-trick’ com a camisola ‘verde e branca’, é um dos cinco nomeados para melhor Golo do Mês Samsung da Liga NOS.

Para votar no tento do jogador ‘leonino', basta passar por www.partilhamosfutebol.com/votacao e escolher a categoria em questão.

Além do golo de cabeça do argelino, a culminar uma grande jogada de envolvimento pela direita do ataque com cruzamento de João Mário, estão também indicados Brahimi (FC Porto-Belenenses), Diego Carlos (Estoril-Rio Ave), Obiora (Académica-Moreirense) e Gonçalo Guedes (Tondela-Benfica).

Slimani marcou o golo que ofereceu a vitória aos ‘leões’ mesmo ao cair do pano

Custou, mas foi. O Sporting saiu do Municipal de Arouca com os três pontos, após bater a formação da casa por uma bola a zero. Slimani apontou o golo isolado dos ‘leões’ aos 90 minutos, no final de um encontro onde o conjunto de Alvalade sentiu muitas dificuldades para criar lances que realmente ameaçassem a baliza defendida por Bracali.

Não foi uma primeira parte fácil para os ‘leões’. Cedo se percebeu que o Arouca tinha entrado em campo disposto a fazer suar um conjunto ‘verde e branco’ que, com um onze quase totalmente renovado quando comparado com o que subiu ao relvado na Albânia, viu os caminhos para a baliza de Bracali sempre fechados pela formação da casa. Com muita luta a meio-campo e pouco futebol no último terço do terreno, os primeiros dez minutos do encontro foram passados longe dos alvos, com a primeira aproximação ‘leonina’ a acontecer com um cruzamento de João Pereira agarrado com segurança pelo guardião arouquense.

O Sporting demonstrava dificuldades na construcção de jogadas ofensivas e, embora empurrasse o Arouca para o seu meio-campo defensivo, tinha pouco espaço para explanar o seu futebol. A equipa da casa limitava-se a suster a ofensiva ‘leonina’, tentando aproveitar toda e qualquer oportunidade para sair em contragolpe, como aconteceu quando Bracali lançou rapidamente o esférico na frente, tentando soltar Zequinha, mas Jefferson foi mais rápido e solucionou a situação. Apesar da maior pressão exercida pelos ‘leões’, o primeiro remate da formação de Alvalade só chegou à passagem do minuto 22, com João Mário, à entrada da área, a atirar para as mãos do guardião arouquense.

O futebol apoiado não estava a dar frutos e, um pouco como que fazendo a vontade ao adversário, o Sporting apostou num jogo mais directo, com Slimani a assumir o papel de principal referência atacante e a conferir profundidade ao futebol dos ‘leões’. Foi assim que João pereira descobriu Teo Gutiérrez a fugir pela direita, com o colombiano a servir Slimani no interior da área, mas o argelino falhou o remate e a oportunidade de golo esfumou-se. Já depois de Roberto obrigar Rui Patrício a aplicar-se para desviar um forte cruzamento do avançado arouquense, João Pereira voltou a aparecer no jogo para assistir Teo Gutiérrez no interior da área, mas o remate do avançado saiu torto e ao lado da baliza defendida por Bracali.

Só em cima do intervalo o Sporting conseguiu aproximar-se das redes do Arouca com real perigo. Na sequência de um livre, João Mário cruzou para a área, onde apareceu Paulo Oliveira a cabecear a bola com a direcção certa, mas Bracali esticou-se e realizou a melhor defesa do encontro, evitando que o defesa ‘leonino’ inaugurasse o marcador. Os comandados de Jorge Jesus insistiam e, na última jogada antes do descanso, Jefferson centrou o esférico para a área, com Adrien a atirar de cabeça e a fazer a bola passar muito perto do alvo. Ao intervalo, o marcador registava um nulo que espelhava as muitas dificuldades passadas pelo Sporting para chegar com perigo à baliza de Bracali, motivadas pelo rigor defensivo com que a formação de Lito Vidigal se apresentou no Municipal de Arouca e pela falta de soluções encontradas pelos ‘leões’ para furarem a densa barreira defensiva arouquense.

O segundo tempo recomeçou e com ele se manteve a toada dos primeiros 45 minutos. A partida disputava-se apenas no meio-campo do Arouca, mas nem por isso as oportunidades de golo apareciam. Entrar na grande área adversária não era tarefa fácil para os ‘leões’, que viam na meia distância uma alternativa válida para ameaçarem as redes de Bracali, como aconteceu ao minuto 53, quando João Mário, à entrada da área, atirou forte, mas por cima do alvo. O Arouca respondeu e Ivo Rodrigues, na sequência de uma bola parada, conseguiu o desvio em zona perigosa, mas o esférico passou ao lado dos postes defendidos por Rui Patrício. Na resposta, Bryan Ruiz inventou um cruzamento com conta, peso e medida, mas Slimani chegou atrasado e não conseguiu o desvio certeiro.

Até final, nada parecia correr bem aos ‘leões’: os passes longos eram mal medidos, as combinações curtas interceptadas e os remates tomavam a direcção errada. A dois minutos do final, Esgaio cruzou a bola para o coração da área, mas Montero dominou mal e a finalização acabou por não surgir. Seguiu-se um momento, no mínimo, estranho: Lito Vidigal, treinador do Arouca, entrou em campo protestando veemente com o árbitro da partida – como fez, aliás, várias vezes ao longo da partida – e até aí tudo bem, nada aconteceria ao técnico arouquense, como até então. O problema foi quando Naldo empurrou Lito Vidigal para o exterior do campo, o responsável arouquense caiu no chão e aí Cosme Machado já se apercebeu do que se passava junto ao banco da casa. O ‘leão’ foi expulso e Lito Vidigal seguiu o mesmo caminho, com alguns minutos de atraso, diga-se.

A jogar com dez, o coração falou mais alto. Em cima do minuto 90, Bryan Ruiz desmarcou Montero, que, no interior da área, atirou contra Hugo Basto, com a bola a sobrar para Slimani, que não perdoou e bateu Bracali, oferecendo a vitória aos ‘leões’. Nildo ainda tentou responder, mas o remate do brasileiro acabou nas mãos de Rui Patrício e o resultado não mais se alterou. O Sporting venceu com um golo tardio, que premiou a perseverança e a insistência ‘leoninas’ e ofereceu três preciosos pontos ao conjunto ‘verde e branco’, que assim mantém a liderança isolada do Campeonato, com mais cinco pontos do que o segundo classificado, FC Porto.