Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Futebol

A sofrer sabe melhor!

Por sporting
29 Abr, 2013

Sporting vence Nacional por 2-1, em jogo da 27.ª jornada da I Liga. E outra vez ao caír do pano...

O Sporting venceu o Nacional por 2-1, em jogo da 27.ª jornada da I Liga. A nossa equipa continua assim a sua luta por um lugar na Liga Europa, tendo subido ao sétimo lugar. Foi mais um triunfo obtido nos últimos minutos e fruto da enorme tenacidade da equipa. No próximo domingo (20h15) há nova final, em Paços de Ferreira. No Jogo do Sócio, os adeptos «leoninos» responderam à altura e estiveram presentes em bom número (ligeiramente acima dos 30 mil). Em relação ao último jogo na Luz, Adrien foi a novidade no onze, rendendo o lesionado Eric Dier. Aos 5 minutos, Bruma deu o primeiro aviso, com um subtil desvio ao guarda-redes Gottardi, que quase deu golo. Na jogada seguinte, o jovem de 18 anos voltou a brilhar, assistindo primorosamente Diego Capel, para um golo não menos espectacular do espanhol, em habilidade. O Sporting jogava bem e o público exultava com as jogadas de Bruma e Capel, dois extremos endiabrados. O meio-campo, muito pressionante, também «carburava» na perfeição e aos 17 minutos, Adrien esteve perto do 2-0, através de bom remate de longe. Pelo meio, pela direita, pela esquerda, todos os caminhos iam ter à área dos visitantes, sempre em alta velocidade. Ao minuto 24, Capel simulou o remate, uma, duas vezes e atirou certeiro. Tão certeiro que a bola foi ao poste. A nossa equipa já fazia por merecer um resultado mais desnivelado, naquela que foi uma das suas melhores primeiras partes da temporada. Aos 39 minutos foi Rojo quem esteve pertíssimo do 2-0, de cabeça, mas ainda não foi desssa que o central argentino se estreou a marcar de «leão» ao peito. «Preferiu» guardar-se para os últimos minutos... Até ao intervalo, só deu Sporting e quando a equipa recolheu aos balneários foi saudada com um sonoro aplauso. Manuel Machado, treinador do Nacional, não devia estar a gostar da prestação da sua equipa, pois fez uma substituição aos 34 minutos - entrada de Campos para o lugar de Diego - e outra no recomeço, com Miguel Rodrigues a render Aly Ghazal. Moreno, que tinha sido central na primeira parte, adiantou-se para o meio-campo. A reentrada na partida dos visitantes foi forte, mas logo Capel respondeu com excelente jogada individual, para defesa de Gottardi. E logo a seguir, Miguel Lopes «galgou» terreno de área a área, criando um lance de muito perigo. Aos 61 minutos, o Nacional esteve muito perto do 1-1, através de um cabeceamento de Rondón, naquela que foi a primeira oportunidade para marcar dos «alvinegros». O segundo tempo foi bastante mais equilibrado que o primeiro e era visível o crescimento do Nacional. Jesualdo Ferreira optou por proceder a duas substituições: aos 60 minutos, fez entrar Schaars para o lugar de Adrien e aos 67, Labyad rendeu André Martins. Ao minuto 74, o Nacional chegou ao empate, através de um remate indefensável de Candeias e logo Jesualdo Ferreira respondeu com a entrada de Valentín Viola para o lugar de Miguel Lopes (que se lesionara). Valentín entrou muito bem em jogo e aos 80 minutos, o Sporting teve três oportunidades para marcar no mesmo lance. Grande azar para os «leões»... Com o empate, começou a habitual «manha» da maioria das equipas portuguesas, com lesões simuladas. A «chico-espertice» desta vez não compensou: aos 86 minutos, um jogador visitante estava no chão a queixar-se, mas de repente, quando percebeu que o árbitro mandou marcar um canto para o Sporting, levantou-se «milagrosamente». Houve uma desconcentração momentânea dos visitantes, novo canto e...golo de Marcos Rojo, com um cabeceamento imparável. Até ao final, o Sporting dominou as operações, até porque o Nacional ficou reduzido a 10 elementos em cima dos 90 minutos, por expulsão de Bruno Moreira (alegados insultos ao árbitro). Jesualdo Ferreira afirmou na conferência de imprensa de antevisão da partida que uma eventual vitória saberia melhor, devido à revolta sentida na equipa pela arbitragem que nos derrotou na Luz. E pode-se acrescentar que, com sofrimento, também sabe melhor. Depois de Braga e Moreirense, foi mais um triunfo ao caír do pano... Após o apito final, no relvado, o «capitão» Fito Rinaudo agradeceu ao público o apoio prestado, numa curta mensagem. Futebol – I Liga – 27.ª Jornada 2013-04-28. Estádio José Alvalade (Lisboa). Espectadores: 30.112. Árbitro: Jorge Ferreira. Árbitros assistentes: Inácio Pereira e José Oliveira. Resultado ao intervalo: 1-0. Sporting: 1 – Rui Patrício, 13- Miguel Lopes, 34 – Tiago Ilori, 15 – Rojo e 5 – Joãozinho; 21 – Fito Rinaudo; 23 – Adrien e 28 – André Martins; 11 – Capel 9 – Ricky van Wolfswinkel e 51 - Bruma. Substituições: 60 minutos - saiu Adrien e entrou 8 – Schaars, 67 minutos - saiu André Martins e entrou 20 - Labyad, 78 minutos - saiu Miguel Lopes e entrou 16 - Valentín Viola. Não utilizados: 12 – Marcelo Boeck, 6 – Boulahrouz, 18 - André Carrillo, 19 - Arias. Disciplina: cartão amarelo a Rojo (87 m). Golos: Diego Capel (5 minutos) e Rojo (86 m). Treinador: Jesualdo Ferreira. Nacional: 12 – Gottardi; 14 - Claudemir, 4 – Mexer, 6 - Moreno e 5 – Marçal; 27 – Aly Ghazal, 15 – Jota e 10 - Diego; 11 – Candeias; 19 – Rondón e 9 - Mateus. Substituições: 34 minutos - saiu Diego e entrou 31 – Campos, 46 minutos - saiu Aly Ghazal e entrou 30 - Miguel Rodrigues e 68 minutos - saiu Jota e entrou 90 - Bruno Moreira. Não utilizados: 1 – Vladan, 2 – João Aurélio, 17 - Edgar Costa e 99 - Keita. Disciplina: cartão amarelo para Aly Ghazal (40 m), Marçal (41 m), Campos (79 m) e Candeias (90 m). Vermelho a Bruno Moreira (90 m). Golo: Candeias (74 m). Treinador: Manuel Machado. Texto: André Cruz Martins Foto: César Santos

Uma noite para recordar...

Por sporting
28 Abr, 2013

No final do encontro, vários sócios do Clube tiveram a oportunidade de interagir com os jogadores «leoninos», com o treinador Jesualdo Ferreira e também com o presidente Bruno de Carvalho.

Foi uma noite para recordar. No Jogo do Sócio, em comemoração do associado 100.000, o Sporting venceu o Nacional da Madeira, por 2-1. Uma vitória sofrida, mas inteiramente merecida e só alcançada quase ao cair do pano. Depois de todas estas emoções, no final do encontro, vários sócios do Clube tiveram a oportunidade de interagir com os jogadores «leoninos», com o treinador Jesualdo Ferreira e também com o presidente Bruno de Carvalho. Tudo aconteceu na Sala de Sócios do Estádio José Alvalade, para os associados «verdes e brancos» que venceram os vários sorteios que o Sporting tem vindo a realizar, desta feita com a atribuição de bilhetes para 10 Tribunas Presidenciais, 25 Tribunas Centenário e Camarote Super Bock Super Adeptos. Houve muita conversa, muitos sorrisos e, claro, muitos autógrafos e muitas fotografias. Na próxima edição do «Jornal Sporting» poderá ver algumas imagens, assim como a opinião de Rui Patrício, Marcos Rojo, Schaars, Labyad, Jesualdo Ferreira e de alguns sócios sobre o evento.

Uma noite para recordar...

Por sporting
28 Abr, 2013

No final do encontro, vários sócios do Clube tiveram a oportunidade de interagir com os jogadores «leoninos», com o treinador Jesualdo Ferreira e também com o presidente Bruno de Carvalho.

Foi uma noite para recordar. No Jogo do Sócio, em comemoração do associado 100.000, o Sporting venceu o Nacional da Madeira, por 2-1. Uma vitória sofrida, mas inteiramente merecida e só alcançada quase ao cair do pano. Depois de todas estas emoções, no final do encontro, vários sócios do Clube tiveram a oportunidade de interagir com os jogadores «leoninos», com o treinador Jesualdo Ferreira e também com o presidente Bruno de Carvalho. Tudo aconteceu na Sala de Sócios do Estádio José Alvalade, para os associados «verdes e brancos» que venceram os vários sorteios que o Sporting tem vindo a realizar, desta feita com a atribuição de bilhetes para 10 Tribunas Presidenciais, 25 Tribunas Centenário e Camarote Super Bock Super Adeptos. Houve muita conversa, muitos sorrisos e, claro, muitos autógrafos e muitas fotografias. Na próxima edição do «Jornal Sporting» poderá ver algumas imagens, assim como a opinião de Rui Patrício, Marcos Rojo, Schaars, Labyad, Jesualdo Ferreira e de alguns sócios sobre o evento.

‘Estamos bem e fortes’

Por sporting
28 Abr, 2013

Declarações de André Martins

No final da vitória do Sporting ante o Nacional da Madeira, por 2-1, André Martins referiu que este foi mais um passo para alcançar o objectivo de um lugar europeu: “Esta vitória foi muito importante, acima de tudo para que possamos alcançar o nosso objectivo. Sabíamos que seria um jogo muito importante, tal como todos os outros que ainda faltam. Tivemos boas oportunidades para acabar com o jogo, mas sofremos um golo, por falha nossa, e tivemos que voltar a correr atrás do resultado. Felizmente conseguimos a vitória!” O médio «verde e branco» disse, ainda, que este triunfo é a prova de que a derrota ante o Benfica não os afectou em busca de novas conquistas: “Apesar de termos feito um bom jogo, a verdade é que perdemos e ficamos um bocado tristes com o resultado. Por isso, tínhamos de provar, hoje, diante dos nossos adeptos, que estávamos bem e fortes. Provamos isso ao conseguir a vitória.” André Martins, já de olhos postos no jogo da próxima jornada, garante que a deslocação da equipa «leonina» a Paços de Ferreira será mais um encontro para vencer. “O jogo do Paços de Ferreira é tão decisivo como foi este contra o Nacional. Temos mais três jogos e temos de os ganhar, se queremos chegar ao nosso objectivo. Por isso, temos que trabalhar diariamente como temos feito até aqui. Esperamos um jogo difícil, mas vamos lá para ganhar”, salientou.

‘Estamos bem e fortes’

Por sporting
28 Abr, 2013

Declarações de André Martins

No final da vitória do Sporting ante o Nacional da Madeira, por 2-1, André Martins referiu que este foi mais um passo para alcançar o objectivo de um lugar europeu: “Esta vitória foi muito importante, acima de tudo para que possamos alcançar o nosso objectivo. Sabíamos que seria um jogo muito importante, tal como todos os outros que ainda faltam. Tivemos boas oportunidades para acabar com o jogo, mas sofremos um golo, por falha nossa, e tivemos que voltar a correr atrás do resultado. Felizmente conseguimos a vitória!” O médio «verde e branco» disse, ainda, que este triunfo é a prova de que a derrota ante o Benfica não os afectou em busca de novas conquistas: “Apesar de termos feito um bom jogo, a verdade é que perdemos e ficamos um bocado tristes com o resultado. Por isso, tínhamos de provar, hoje, diante dos nossos adeptos, que estávamos bem e fortes. Provamos isso ao conseguir a vitória.” André Martins, já de olhos postos no jogo da próxima jornada, garante que a deslocação da equipa «leonina» a Paços de Ferreira será mais um encontro para vencer. “O jogo do Paços de Ferreira é tão decisivo como foi este contra o Nacional. Temos mais três jogos e temos de os ganhar, se queremos chegar ao nosso objectivo. Por isso, temos que trabalhar diariamente como temos feito até aqui. Esperamos um jogo difícil, mas vamos lá para ganhar”, salientou.

Ganhámos bem'

Por sporting
28 Abr, 2013

Jesualdo Ferreira considerou justo o resultado, desta noite, frente ao Nacional da Madeira (2-1).

Jesualdo Ferreira considerou justo o resultado, desta noite, frente ao Nacional da Madeira (2-1). O técnico «leonino» falou ainda de “três pontos fundamentais” e mostrou-se certo que o Sporting conquistará três vitórias até ao final do campeonato: “Entrámos fortes e fizemos um golo cedo, num jogo que a equipa controlou quase sempre. Mesmo assim, sentiu-se que não estávamos seguros. Fizemos uma boa primeira parte, em que poderíamos ter marcado mais. Na segunda, caímos um pouco, mas continuámos com ocasiões, só que permitimos espaço e que fizessem um golo. Corremos muito. Depois, fomos buscar forças onde já não havia e num lance de bola parada fomos ganhar. Mas fizemos boas jogadas, em que poderíamos até ter marcado, e as quais seriam um hino ao futebol, mas não conseguimos. Mesmo assim, ganhámos bem. Sem brilhantismo, mas sabia que, depois do último jogo, seria assim. A equipa tem vindo a jogar bem. Estes três pontos não se podem considerar os mais importantes, mas foram fundamentais. Para a semana vamos ter mais uma final difícil, mas vamos até ao final do campeonato conquistar 9 pontos para chegar ao lugar que queremos.”

Ganhámos bem'

Por sporting
28 Abr, 2013

Jesualdo Ferreira considerou justo o resultado, desta noite, frente ao Nacional da Madeira (2-1).

Jesualdo Ferreira considerou justo o resultado, desta noite, frente ao Nacional da Madeira (2-1). O técnico «leonino» falou ainda de “três pontos fundamentais” e mostrou-se certo que o Sporting conquistará três vitórias até ao final do campeonato: “Entrámos fortes e fizemos um golo cedo, num jogo que a equipa controlou quase sempre. Mesmo assim, sentiu-se que não estávamos seguros. Fizemos uma boa primeira parte, em que poderíamos ter marcado mais. Na segunda, caímos um pouco, mas continuámos com ocasiões, só que permitimos espaço e que fizessem um golo. Corremos muito. Depois, fomos buscar forças onde já não havia e num lance de bola parada fomos ganhar. Mas fizemos boas jogadas, em que poderíamos até ter marcado, e as quais seriam um hino ao futebol, mas não conseguimos. Mesmo assim, ganhámos bem. Sem brilhantismo, mas sabia que, depois do último jogo, seria assim. A equipa tem vindo a jogar bem. Estes três pontos não se podem considerar os mais importantes, mas foram fundamentais. Para a semana vamos ter mais uma final difícil, mas vamos até ao final do campeonato conquistar 9 pontos para chegar ao lugar que queremos.”

Histórias do ‘capitão brasileiro’

Por sporting
28 Abr, 2013

Vagner representou o nosso Clube durante quatro anos e fez parte da mítica equipa da época de 1973/74.

Vagner, médio brasileiro que representou o Sporting entre 1971/72 e 1974/75, notabilizou-se por ter sido um dos primeiros capitães estrangeiros da nossa equipa de futebol. Não foram fáceis os seus primeiros tempos em Alvalade, depois de ter representado o Leixões, a Portuguesa dos Desportos e o Vitória de Setúbal. “Estava previsto que a partir da época 1971/72 fosse instituída uma regra que permitia a utilização simultânea de dois jogadores estrangeiros, mas afinal continuou a ser apenas um”, lembra. E o seu “rival” era nem mais nem menos do que… Yazalde. “Nas provas nacionais, nem podia ir um segundo estrangeiro para o banco. Já nas competições europeias, jogávamos sempre os dois”, recorda. No entanto, nessa primeira época de «leão» ao peito, Yazalde fez 13 golos em 27 jogos e estava longe do fulgor que depois viria a demonstrar. Vagner foi por isso opção em alguns jogos nacionais. “Fiz praticamente toda a caminhada até à final da Taça de Portugal [derrota com o Benfica, por 3-2] e nessa altura da temporada também era titular no campeonato. Depois, no jogo decisivo, o Mário Lino tirou-me e explicou-me porquê. Eu aceitei e continuámos a ser as mesmas pessoas, pois acatei como profissional”, explica. De resto, não esconde que Mário Lino foi um dos treinadores que mais o marcaram. “Era um homem extraordinário, que conseguia unir a equipa e era igualmente um grande sportinguista. Além, claro, dos conhecimentos técnicos e tácticos que possuía, pois já estava há muitos anos no Sporting, era um ex-jogador da selecção nacional portuguesa… Conseguiu formar um grande grupo, até ia para a sauna com os jogadores…”, revela. Mário Lino acabou por abandonar o comando técnico do Sporting de forma inesperada, no final da época de 1973/74. “Na véspera da final da Taça de Portugal, outra vez com o Benfica, estávamos em estágio em Colares. Houve um mal-entendido entre Mário Lino e o presidente João Rocha e na manhã seguinte, foi-nos comunicado que o Osvaldo Silva ia tomar conta da equipa. Felizmente, ganhámos por 2-1 no prolongamento”, lembra. Fernando Vaz é outro dos técnicos que recorda com saudade: “Já me tinha treinado no Vitória de Setúbal, aliás, foi ele quem me foi buscar à Portuguesa dos Desportos. Levou-me também para o Sporting. Era um homem que possuía grandes conhecimentos técnicos e com uma educação fantástica, fora do normal. Voltei a trabalhar com ele no fim da minha carreira, outra vez no Vitória”. Vagner foi ainda orientado por Di Stefano em 1974/75, embora como se saiba, a experiência dessa grande figura do futebol mundial em Alvalade tenha sido bastante curta. “Quando o vimos no balneário, ficámos todos em sentido! Ele veio de Espanha e apanhou uma realidade completamente diferente em Portugal. Lá, ele tinha apenas a responsabilidade de treinar. Cá, precisava de fazer tudo e pensou ‘então eu tenho de dividir os jogadores pelos quartos e outras coisas parecidas?’ Ele sentiu-se um pouco baralhado…”, defende. Vagner recorda a inesquecível odisseia que marcou o regresso da equipa do Sporting a Portugal, depois de ter defrontado o Magdeburgo, da antiga RDA, na segunda mão das meias-finais da Taça das Taças, da temporada 1973/74. “O jogo foi a 24 de Abril e no dia seguinte, quando estava marcada a viagem, soubemos através de telefonemas que tinha havido uma Revolução em Portugal. Foi muito difícil entrarmos no país… O nosso presidente João Rocha fez algumas diligências e lá conseguimos arranjar um voo de Magdeburgo para Madrid. Depois, viajámos até Badajoz de autocarro e passámos lá a noite, voltando a Lisboa no dia seguinte”, conta. “Não havia telemóveis e por isso não tínhamos a facilidade de comunicação que existe hoje em dia. A minha esposa e a do Tomé [também jogava nessa equipa do Sporting] foram-nos esperar a Lisboa, mas como nós viajámos de autocarro deste Badajoz, passámos primeiro por Setúbal, a cidade onde vivíamos”, recorda. A viagem de regresso, para além de muito longa, “ficou marcada por grande ansiedade, porque todos queriam saber o que estava a acontecer em Portugal”. Em Badajoz, o grupo dividiu-se. “Ficámos onde calhou, em várias pensões, pois praticamente não havia locais disponíveis para passarmos a noite. Depois, na manhã seguinte, houve um horário e um ponto de encontro combinado para tomarmos o pequeno-almoço. O autocarro do Sporting já estava à espera e só ficámos mais ou menos uma hora à espera da abertura da fronteira”, diz. Chegado a Portugal, o grupo revelou alguma surpresa pela forma pacífica como foi feita a Revolução: “Pensámos que teria havido alguma violência, mas felizmente tudo estava calmo e a vida desenrolou-se de forma perfeitamente normal nos dias seguintes. Treinámos e jogámos logo no domingo seguinte”. Essa temporada de 1973/74 terá sido a melhor da história do Sporting, pois culminou na conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, para além da chegada às meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças. “Era uma equipa extraordinária, não apenas os que jogavam, mas o plantel todo, muito bem comandado pelo Mário Lino. Todos trabalhávamos em função da equipa. Havia casos e problemas? Claro que sim, mas nunca levávamos essas situações para dentro do campo”, sublinha. Quanto aos seus antigos colegas em Alvalade, destaca Yazalde. “Não há palavra que possam definir aquele fantástico rapaz! Como pessoa, era cinco estrelas, muito amigo do seu amigo e de toda a criançada que ia ver os treinos do Sporting. Arrisco-me a dizer que ele não tinha um inimigo no futebol, mesmo entre os adversários. Ele não era quezilento, mostrava-se sempre muito leal. Mas atenção, dava tudo dentro de campo, punha a cabeça onde muitos não colocavam os pés! Era um profissional de mão-cheia!”, considera. E como futebolista “não é preciso dizer nada, todos sabem que se tratou de um goleador excepcional”. E que tipo de médio era Vagner, segundo o próprio? “Bom, vou falar mais pelo que os outros diziam… (risos) Não era um futebolista de reacções muito rápidas, mas os treinadores confiavam em mim, pois sabia ler muito bem o jogo do ponto de vista táctico e sabia colocar-me no terreno. E punha a bola onde queria, em cada dez passes falhava um. Conforme a disposição da outra equipa, ora jogava a ‘trinco’ ou um pouco mais avançado”, diz. Vagner entende que foi capitão de forma prematura. “Passei a ocupar essa função em 1973/74, numa digressão de final da época que fizemos nos Estados Unidos. Houve um problema entre o presidente João Rocha e o Vítor Damas, capitão da altura e o Osvaldo Silva, treinador que tinha acabado de substituir o Mário Lino, comunicou-me que passava a ser eu o capitão. Na época seguinte, continuei a sê-lo”, conta. Nos primeiros tempos, Vagner não se sentia confortável no cargo. “Eu disse ao Osvaldo Silva que havia jogadores há muito mais anos do que eu no Clube. Eu estava há apenas três… Mas pronto, aceitei. Na época seguinte, pensava que já não seria o capitão, mas quando estávamos no Torneio de Sevilha, Di Stefano, que era o treinador, disse-me que eu continuaria a ser. Fui ter com o Osvaldo Silva [técnico-adjunto] e ele disse-me que tinha sido decisão do presidente”, diz. Mas decididamente, Vagner não se sentia bem no cargo. Certo dia, durante um estágio, pediu para que fosse feita uma votação entre todos os jogadores: “Foi voto secreto e ganhei. Aí já não podia dizer que não queria e passei a sentir-me mais confiante como capitão”. Texto: André Cruz Martins Foto: Melissa Duarte

Histórias do ‘capitão brasileiro’

Por sporting
28 Abr, 2013

Vagner representou o nosso Clube durante quatro anos e fez parte da mítica equipa da época de 1973/74.

Vagner, médio brasileiro que representou o Sporting entre 1971/72 e 1974/75, notabilizou-se por ter sido um dos primeiros capitães estrangeiros da nossa equipa de futebol. Não foram fáceis os seus primeiros tempos em Alvalade, depois de ter representado o Leixões, a Portuguesa dos Desportos e o Vitória de Setúbal. “Estava previsto que a partir da época 1971/72 fosse instituída uma regra que permitia a utilização simultânea de dois jogadores estrangeiros, mas afinal continuou a ser apenas um”, lembra. E o seu “rival” era nem mais nem menos do que… Yazalde. “Nas provas nacionais, nem podia ir um segundo estrangeiro para o banco. Já nas competições europeias, jogávamos sempre os dois”, recorda. No entanto, nessa primeira época de «leão» ao peito, Yazalde fez 13 golos em 27 jogos e estava longe do fulgor que depois viria a demonstrar. Vagner foi por isso opção em alguns jogos nacionais. “Fiz praticamente toda a caminhada até à final da Taça de Portugal [derrota com o Benfica, por 3-2] e nessa altura da temporada também era titular no campeonato. Depois, no jogo decisivo, o Mário Lino tirou-me e explicou-me porquê. Eu aceitei e continuámos a ser as mesmas pessoas, pois acatei como profissional”, explica. De resto, não esconde que Mário Lino foi um dos treinadores que mais o marcaram. “Era um homem extraordinário, que conseguia unir a equipa e era igualmente um grande sportinguista. Além, claro, dos conhecimentos técnicos e tácticos que possuía, pois já estava há muitos anos no Sporting, era um ex-jogador da selecção nacional portuguesa… Conseguiu formar um grande grupo, até ia para a sauna com os jogadores…”, revela. Mário Lino acabou por abandonar o comando técnico do Sporting de forma inesperada, no final da época de 1973/74. “Na véspera da final da Taça de Portugal, outra vez com o Benfica, estávamos em estágio em Colares. Houve um mal-entendido entre Mário Lino e o presidente João Rocha e na manhã seguinte, foi-nos comunicado que o Osvaldo Silva ia tomar conta da equipa. Felizmente, ganhámos por 2-1 no prolongamento”, lembra. Fernando Vaz é outro dos técnicos que recorda com saudade: “Já me tinha treinado no Vitória de Setúbal, aliás, foi ele quem me foi buscar à Portuguesa dos Desportos. Levou-me também para o Sporting. Era um homem que possuía grandes conhecimentos técnicos e com uma educação fantástica, fora do normal. Voltei a trabalhar com ele no fim da minha carreira, outra vez no Vitória”. Vagner foi ainda orientado por Di Stefano em 1974/75, embora como se saiba, a experiência dessa grande figura do futebol mundial em Alvalade tenha sido bastante curta. “Quando o vimos no balneário, ficámos todos em sentido! Ele veio de Espanha e apanhou uma realidade completamente diferente em Portugal. Lá, ele tinha apenas a responsabilidade de treinar. Cá, precisava de fazer tudo e pensou ‘então eu tenho de dividir os jogadores pelos quartos e outras coisas parecidas?’ Ele sentiu-se um pouco baralhado…”, defende. Vagner recorda a inesquecível odisseia que marcou o regresso da equipa do Sporting a Portugal, depois de ter defrontado o Magdeburgo, da antiga RDA, na segunda mão das meias-finais da Taça das Taças, da temporada 1973/74. “O jogo foi a 24 de Abril e no dia seguinte, quando estava marcada a viagem, soubemos através de telefonemas que tinha havido uma Revolução em Portugal. Foi muito difícil entrarmos no país… O nosso presidente João Rocha fez algumas diligências e lá conseguimos arranjar um voo de Magdeburgo para Madrid. Depois, viajámos até Badajoz de autocarro e passámos lá a noite, voltando a Lisboa no dia seguinte”, conta. “Não havia telemóveis e por isso não tínhamos a facilidade de comunicação que existe hoje em dia. A minha esposa e a do Tomé [também jogava nessa equipa do Sporting] foram-nos esperar a Lisboa, mas como nós viajámos de autocarro deste Badajoz, passámos primeiro por Setúbal, a cidade onde vivíamos”, recorda. A viagem de regresso, para além de muito longa, “ficou marcada por grande ansiedade, porque todos queriam saber o que estava a acontecer em Portugal”. Em Badajoz, o grupo dividiu-se. “Ficámos onde calhou, em várias pensões, pois praticamente não havia locais disponíveis para passarmos a noite. Depois, na manhã seguinte, houve um horário e um ponto de encontro combinado para tomarmos o pequeno-almoço. O autocarro do Sporting já estava à espera e só ficámos mais ou menos uma hora à espera da abertura da fronteira”, diz. Chegado a Portugal, o grupo revelou alguma surpresa pela forma pacífica como foi feita a Revolução: “Pensámos que teria havido alguma violência, mas felizmente tudo estava calmo e a vida desenrolou-se de forma perfeitamente normal nos dias seguintes. Treinámos e jogámos logo no domingo seguinte”. Essa temporada de 1973/74 terá sido a melhor da história do Sporting, pois culminou na conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, para além da chegada às meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças. “Era uma equipa extraordinária, não apenas os que jogavam, mas o plantel todo, muito bem comandado pelo Mário Lino. Todos trabalhávamos em função da equipa. Havia casos e problemas? Claro que sim, mas nunca levávamos essas situações para dentro do campo”, sublinha. Quanto aos seus antigos colegas em Alvalade, destaca Yazalde. “Não há palavra que possam definir aquele fantástico rapaz! Como pessoa, era cinco estrelas, muito amigo do seu amigo e de toda a criançada que ia ver os treinos do Sporting. Arrisco-me a dizer que ele não tinha um inimigo no futebol, mesmo entre os adversários. Ele não era quezilento, mostrava-se sempre muito leal. Mas atenção, dava tudo dentro de campo, punha a cabeça onde muitos não colocavam os pés! Era um profissional de mão-cheia!”, considera. E como futebolista “não é preciso dizer nada, todos sabem que se tratou de um goleador excepcional”. E que tipo de médio era Vagner, segundo o próprio? “Bom, vou falar mais pelo que os outros diziam… (risos) Não era um futebolista de reacções muito rápidas, mas os treinadores confiavam em mim, pois sabia ler muito bem o jogo do ponto de vista táctico e sabia colocar-me no terreno. E punha a bola onde queria, em cada dez passes falhava um. Conforme a disposição da outra equipa, ora jogava a ‘trinco’ ou um pouco mais avançado”, diz. Vagner entende que foi capitão de forma prematura. “Passei a ocupar essa função em 1973/74, numa digressão de final da época que fizemos nos Estados Unidos. Houve um problema entre o presidente João Rocha e o Vítor Damas, capitão da altura e o Osvaldo Silva, treinador que tinha acabado de substituir o Mário Lino, comunicou-me que passava a ser eu o capitão. Na época seguinte, continuei a sê-lo”, conta. Nos primeiros tempos, Vagner não se sentia confortável no cargo. “Eu disse ao Osvaldo Silva que havia jogadores há muito mais anos do que eu no Clube. Eu estava há apenas três… Mas pronto, aceitei. Na época seguinte, pensava que já não seria o capitão, mas quando estávamos no Torneio de Sevilha, Di Stefano, que era o treinador, disse-me que eu continuaria a ser. Fui ter com o Osvaldo Silva [técnico-adjunto] e ele disse-me que tinha sido decisão do presidente”, diz. Mas decididamente, Vagner não se sentia bem no cargo. Certo dia, durante um estágio, pediu para que fosse feita uma votação entre todos os jogadores: “Foi voto secreto e ganhei. Aí já não podia dizer que não queria e passei a sentir-me mais confiante como capitão”. Texto: André Cruz Martins Foto: Melissa Duarte

Desp. Aves, 1-Sporting B, 1

Por sporting
27 Abr, 2013

Jogo da 38.ª jornada da II Liga.

O Sporting B empatou, este sábado, diante do Desp. Aves, por 1-1, em jogo da 38.ª jornada da II Liga, realizado no Estádio Desportivo das Aves em Vila das Aves. A equipa «leonina» até entrou bem na partida, mas foi perdendedo o protagonismo e cedeu-o à formação da casa. Aos 10 minutos surgiu então a primeira ameaça de golo, com King a evitar a vantagem do Desp. Aves. Com o aviso feito, dois minutos bastaram para o Aves concretizar, só que o tento foi anulado por claro fora de jogo do goleador. João Paulo introduziu o esférico na baliza de Luís Ribeiro, mas o árbitro da partida decidiu bem. Os da casa iam subindo no terreno e evitavam que o Sporting o fizesse. Até ao final do primeiro tempo, os «bês» jogaram mais a meio-campo, mas permitiram ao Aves criar perigo. Só que Luís Ribeiro, quando chamado a responder, respondia bem. Foi o que fez aos 24 minutos a um remate de Renato Reis. O intervalo chegou com 0-0 no marcador. No recomeço da partida o Sporting voltou a entrar bem, mas mais perigoso e concretizador. Logo aos 47 minutos, Nii Plange mostrou que os «leões» queriam a vitória. O jogador «verde e branco» descaiu da esquerda para o meio e à entrada da área tentou colocar o esférico no ângulo, mas a bola saiu ao lado. Estava dado o sinal, para aquilo que Nii Plange faria pouco tempo depois. Aos 60 minutos, boa jogada dos comandados de José Dominguez. Bom entendimento entre Gael Etock e Nii Plange, no corredor esquerdo, com o «camisola 60» a fazer o primeiro golo do jogo. 0-1 na partida, com os «leões» na frente. Mas a vantagem «leonina» durou pouco. Os «leões» continuaram a permitir que o Aves joga-se o seu jogo e, claro, não fecharam as linhas em nome do bom futebol, mas assim três minutos depois, surgiu o tento do empate por Renato Reis, que já tinha ameaçado. Com 1-1 no marcador, só aos 72 minutos, se deu finalmente a resposta do Sporting com um potente remate de Zezinho, que Marafona conseguiu defender. Tudo na mesma com o empate, porém, a ser justo. Nada de novo até ao final da partida, mas o Sporting ainda se pode queixar de um penalty por mão de Daly. O árbitro Hugo Pacheco nada assinalou e o encontro, prosseguiu. No lance seguinte, no entanto, o juiz assinalou falta e Diego Rubio, chamado a bater, atirou muito perto da baliza de Marafona. Mas o resultado já estava feito há muito tempo. Empate em Vila das Aves, com o Sporting B a consolidar, à condição, o 4.º lugar na tabela classificativa. Onze do Sporting: Luís Ribeiro, Diego Rubio, Kikas, Pedro Mendes, Ricardo Esgaio, Mauro Riquicho, Nii Plange, King, Juary, Zezinho e Gael. Jogaram ainda: Mica, Daniel Podence.

Páginas

Subscreva RSS - Futebol