Pavilhão de Infante Sagres (Porto)
Árbitros: Hugo Marques (Braga) e Hugo Marques (Vila Real)
Ao intervalo: 1-3
Boavista: Rui Pedro, Sá Pinto (C), Pedro Andrade, Jorginho e Paulinho. Jogaram ainda: André Pessoa, Dani, João Vieira, Rui Baltar, Chico, Tito e Baião
Marcadores: Jorginho (3' e 35')
Acção disciplinar: Cartão amarelo a Afonso (39')
Treinador: Rui Pereira
SPORTING: João Benedito (C), Djô, Diogo, Cavinato e Fábio Lima. Jogaram ainda: Paulinho, Pedro Cary, João Matos, Caio Japa, Fortino, Afonso, Cigano e Marcão
Marcadores: Djô (4'), João Matos (17'), Diogo (17'), Pedro Cary (24' e 37') e Paulinho (33')
Acção disciplinar: Cartão amarelo a Diogo (4'), João Benedito (18') e Fábio Lima (30')
Treinador: Nuno Dias

Não chegou a haver propriamente uma queda, mas pode dizer-se que existiu uma redenção. Expliquemos: na recepção em Odivelas ao Sp. Braga/AAUM, partida em atraso relativa à segunda jornada, o Sporting jogou meia parte e, ainda assim, ficou muito perto de conseguir o resultado por inteiro, tamanho foi o azar na parte de maior acerco à baliza de Vítor Hugo; três dias depois, jogou o encontro inteiro mas ficou com o resultado justo por metade, tamanha foi a superioridade revelada frente ao Boavista. Para pequenos males surgiram os velhos (e grandes) remédios, com os mais experientes e com maior número de anos em Alvalade a assumirem-se e a fazerem a diferença no marcador.
Iniciando o encontro com Fortino como pivot, o Sporting procurou desde cedo chegar à vantagem mas teve no bloco baixo defensivo dos ‘arsenalistas’ uma muralha quase intransponível. Ainda assim, e após algumas ameaças com perigo, Cavinato inaugurou o marcador com um remate colocado na sequência de uma assistência de Marcão. E foi neste período que os ‘leões’ falharam no ataque à sua presa: quando se perspectivava um conjunto ‘verde e branco’ a aproveitar o embalo para ‘cavar’ uma vantagem maior, foram os visitantes que subiram linhas e conseguiram a reviravolta aproveitando dois erros fora do comum que resultaram noutros tantos golos antes do intervalo.
Na etapa complementar, com um risco à proporção da melhoria na atitude e na dinâmica colectiva, o Sporting lançou-se no ataque mas, além dos bracarenses, teve nos postes um forte inimigo que impediu o empate de Fortino, Paulinho e Diogo. Ainda assim, e no seguimento de um período de domínio quase total, o camisola 8 conseguiu a igualdade a seis minutos do final, abrindo o jogo para um epílogo de loucos (apenas acalmado pela colocação de guarda-redes avançado pelos visitantes) mas sem que ninguém conseguisse desempatar.
Percalços todos têm, mas é na reacção aos mesmos que se vislumbra a fibra dos verdadeiros campeões. O Sporting mostrou que tem. E nem mesmo a começar praticamente o encontro a perder se foi abaixo, empatando no minuto seguinte e partindo para uma exibição muito sólida em termos colectivos e com golos de jogadores menos habituados a marcar como Djô, João Matos ou Paulinho, que fez o primeiro golo desta época.
Com uma pressão alta e forte que obrigou os ‘axadrezados’ a despacharem a bola na frente sem alvo definido, os comandados de Nuno Dias foram engordando o marcador e ficaram até a dever alguns golos face à supremacia total em relação ao adversário. Mesmo sem os lesionados Merlim, Varela e Miguel Ângelo, e com Fortino e Djô a recuperarem de pequenos problemas, a ‘velha guarda’ não teve problemas em fazer o xeque-mate e permitiu que a ‘nova vaga’ (Cigano e Afonso) jogasse alguns minutos na partida que marcou o (saudado) regresso de João Benedito.