Pavilhão Multiusos de Odivelas
Árbitros: Nuno Bogalho e Pedro Costa (Coimbra)
Ao intervalo: 3-0
SPORTING: Marcão, Caio Japa, João Matos, Diogo e Cavinato. Jogaram ainda: Merlim, Fortino, Djô, Pedro Cary, Fábio Lima, Paulinho, Varela e Ludgero
Treinador: Nuno Dias
Golos: Diogo (9’ e 31’), Caio Japa (11’), Cavinato (11’), João Matos (30’) e Fortino (38’)
Acção disciplinar: -
Fundão: Iago Barro, Márcio Moreira, Couto, Teka e Anilton. Jogaram ainda: Tiago Soares, Tunha, Ivo Oliveira e Fábio Salvado
Treinador: Bruno Travassos
Golos: Anilton (25’)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Couto (11’), Tunha (31’) e Anilton (34’)

As duas partes do encontro tiveram um ponto em comum: de cada vez que o ‘leão’ devorou a entrada, saltou logo para o prato principal. O que quer isto dizer? Que uma vez marcado um golo seguiram-se-lhe logo dois ou três. Foi uma avalanche que lhe deu, ao Sporting, distribuída por duas partes que revelaram a mesma superioridade do conjunto de Nuno Dias, que atravessa, porventura, o melhor momento da época – diante do Fundão alcançou o pleno de triunfos esta época (em quatro jogos), obtendo ainda a 12.ª vitória consecutiva na Liga SportZone, com estatísticas que não enganam em relação à qualidade ‘leonina’: 109 golos marcados e apenas 17 sofridos.
O Sporting entrou logo por cima, com uma primeira linha forte e agressiva e uma excelente circulação bola, que permitia aos ‘verde e brancos’ chegar várias vezes a zonas de finalização. Logo aos dois minutos, uma falha de Márcio permitiu a antecipação de Cavinato, mas o guardião Iago fez bem a mancha, com a bola a sobrar para Caio, que não lhe deu o melhor destino; um minuto depois, numa jogada ao primeiro toque entre Caio e Diogo, João Matos não conseguiu encostar ao segundo poste; aos 6’, Merlim esfregou a lâmpada e, como ‘mago’ que é, fez uma grande abertura para a entrada da área, onde Djô recebeu e assistiu de costas Fortino, mas Anílton chegou primeiro e tirou.
Marcão, como é seu hábito, ia subindo para criar desequilíbrios ofensivos que permitissem furar a defensiva visitante – que, embora organizada, continuava a ter no guarda-redes Iago o seu maior sustento. Eficaz, eficaz, era a primeira linha ‘leonina’ que com a sua pressão alta conseguiu alguns roubos de bola convertidos em oportunidades de golo, perante um Fundão que, mesmo quando conseguia ter a bola, não conseguia criar ocasiões de finalização.
De um 4x0 dinâmico, a equipa serrana passou a um 3x1 com a entrada de Tunha para pivot, mas a supremacia ‘leonina’ manteve-se, com Merlim em plano de destaque na ala, a conseguir, no 1x1, abrir buracos na defensiva contrária. Diogo ameaçou numa remate que terminou em mais uma grande defesa de Iago (9’), para concretizar no mesmo minuto: Merlim apontou um canto pela direita, Fortino rematou e, no ressalto, o número oito dos ‘leões’ fez um remate acrobático para o 1-0. Dois minutos depois, fez mais dois golos: primeiro foi Caio, num remate de primeira e finalizar a excelente assistência de Diogo; depois foi Cavinato a receber na paralela de Fortino e a rematar de forma certeira, com rotação. Estava feito o 3-0 que premiava a excelente postura dos ‘leões’, sempre pacientes, a controlar bem o tempo de ataque e pressionantes e agressivos sobre a bola.
A etapa complementar começou com um Fundão com linhas mais subidas mas a revelar as mesmas dificuldades em furar a defesa ‘verde e branca’. A excepção aconteceu numa oferta dos ‘leões’ (25’), que permitiu aos visitantes criar uma superioridade de 3x1 na frente, com Anílton a reduzir para 3-1 – já depois de Merlim não ter conseguido encostar de cabeça, ao segundo poste (22’) e de Fortino ter falhado aquele que seria um grande golo, de bicicleta (23’). Os serranos ameaçavam entrar na discussão pelo resultado, mas João Matos (30’) acabou com o assunto, ao encostar ao segundo poste a assistência oportuna de Diogo na conclusão de um canto. Bastou um minuto para que a vantagem se ampliasse, com um ‘bis’ de Diogo, que bateu directo para o fundo das redes um livre perto da entrada da área.
Os dois golos de rajada voltaram a equilibrar a equipa ofensiva e defensivamente, com as jogadas acutilantes, ao primeiro toque, a dominarem o jogo ‘leonino’. A seis minutos do final, Bruno Travassos ainda lançou o capitão Couto como guarda-redes avançado, mas não havia nada a fazer para ultrapassar a barreira criada pelos ‘leões’ e o resultado teimou até ao final, com o Sporting a conseguir uma importante almofada de confiança na busca da décima vitória da história frente ao Benfica, na fase regular, já no próximo sábado, em Odivelas.