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Sporting CP promoveu debate sobre o presente e futuro do VAR

Por Sporting CP
21 Dez, 2020

Webinar 'VAR Future Challenges'

O Sporting Clube de Portugal promoveu, esta segunda-feira, o 'VAR Future Challenges', um webinar (seminário através da internet) que reuniu vários especialistas internacionais para auscultar os problemas e debater possíveis soluções para uma melhor utilização da ferramenta que chegou para ficar no futebol: o videoárbitro (VAR). 

O Clube Leonino reuniu um painel diverso de oradores constituído por figuras ligadas à arbitragem, como Paddy O'Brian e Nigel Owens, árbitros internacionais de râguebi (modalidade com a sua própria versão do VAR, designada TMO – Televison Match Official), Keith Hackett, antigo árbitro inglês de futebol, e ainda Greg Barkey, árbitro da MLS (Liga Norte-Americana de futebol), bem como personalidades em representação de organizações de relevo no futebol europeu, como Gijs de Jong, secretário-geral da Federação Holandesa de Futebol, Alexander Ernst e Jochen Dree, da Federação Alemã de Futebol, Helena Pires, da Liga Portugal e também José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Além da sublinhada importância de procurar minimizar as intervenções do VAR ao longo do jogo, maximizando, em contrapartida, o acerto nas decisões mais claras e evidentes, o aspecto mais abordado foi a importância de melhorar a comunicação e a transparência de todo o processo perante os adeptos, seja no estádio, na transmissão televisiva ou através de outras plataformas.

Sobre este tema, Paddy O'Brian e Nigel Owens ofereceram um contributo pertinente, baseado nas suas experiências desenvolvidas na Rugby Union. Com o TMO, "quando o árbitro comunica, ouvimo-lo enquanto explica a situação e tanto os jogadores como os adeptos conseguem ver, nos ecrãs do estádio, a razão pela qual foi tomada determinada decisão", explicou Nigel Owens.

Ora, Keith Hackett, antigo árbitro inglês, numa primeira instância, incentivou a que os ecrãs do estádio sejam usados para mostrar as imagens que estão a ser analisadas, algo que foi depois apoiado pelos responsáveis presentes da Federação Alemã de Futebol, que, no entanto, pediram mais tempo e sublinharam a primazia por "assumir pequenos passos nestas mudanças, uma vez que o VAR ainda é algo novo no futebol".

Depois, Greg Barkey, da MLS, partilhou o trabalho inovador que é feito no futebol norte-americano para tornar as decisões mais transparentes, porque "o processo, em si, do VAR não pode ser criticável", atentou. Assim, durante um jogo da MLS "há uma equipa por trás do VAR que ouve a discussão sobre determinado lance e depois envia uma mensagem, em tempo real, quer para os responsáveis pela transmissão televisiva, quer para os adeptos através do Twitter, na qual é explicada a razão que motivou tal decisão". "Assim, os adeptos têm a justificação imediata e, por sua vez, a transmissão televisiva poderá mostrar na repetição a melhor imagem que demonstra a decisão tomada pelo árbitro", explicou Greg Bakey.

O árbitro da MLS acredita que este é o melhor caminho, porque transmitir a conversa em tempo real, como acontece no râguebi, "pode ser desconfortável e acrescentar mais pressão aos árbitros", considerou e, por isso, o norte-americano crê que, antes disso, "os árbitros devem ser treinados para que essa comunicação seja clara", uma visão partilhada por José Fontelas Gomes, da FPF, que assumiu a aposta "na formação, educação e treino dos árbitros na comunicação, antes de tomar esse passo", sublinhou. Já Helena Pires admitiu, durante a sua apresentação, que a Liga Portugal tem entre as suas intenções começar a "disponibilizar os relatórios do VAR".