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Foto José Cruz

Sexto troféu na base da amizade

Por Jornal Sporting
29 Jul, 2017

Vitória leonina (1-0) frente à Fiorentina garante sexta vitória em outras tantas edições do Troféu Cinco Violinos

Mais do que um jogo entre o Sporting CP e a Fiorentina, a sexta edição do Troféu Cinco Violinos foi um hino à amizade. Como, de resto, o futebol deveria ser. Ao encontro entre dois dos maiores emblemas do futebol europeu, somou-se a melhor das relações, que celebra este ano precisamente duas décadas. De tal forma, que antes do apito inicial, membros dos vários grupos organizados de adeptos desceram juntos ao relvado, percorrendo na lateral até à linha de meio-campo e seguindo na direcção da saída do túnel onde, depois de uma troca simbólica de camisolas, todos fizeram guarda de honra à entrada dos jogadores.

Ouviu-se inclusive o hino da Fiorentina no sistema sonoro de Alvalade, com todo o estádio a bater palmas ao momento. Foi muito mais que fair-play, até porque depois disso, todos se dirigiram para a Curva Sul, onde leões e adeptos viola estiveram juntos a assistir ao encontro. Gritou-se a plenos pulmões pela Fiorentina e o estádio inteiro reconheceu o gesto da família Sportinguista.

Do encontro, de referir a desconfiança inicial quando se apercebeu que a dupla de centrais seria composta por Tobias Figueiredo e William Carvalho. Uma conjugação inesperada, mas que trouxe um dado novo para os demais interessados do milionário mercado: o médio defensivo adaptado valerá, depois deste encontro, mais cinco milhões pela sua polivalência, sobretudo pela exibição imaculada num lugar que não era habitualmente o seu. A restante disposição, à semelhança do que já havia acontecido frente ao Mónaco, é a que mais se aproximará do que Jorge Jesus pretende para a época que se avizinha. Aliás, a partir de agora... é a sério!

Depois do entendimento entre Marcos Acuña e Bas Dost, logo aos cinco minutos de jogo, com Bruno Fernandes a obrigar Sportiello a defender para canto, os leões voltaram a mostrar bons apontamentos, técnico e tácticos. Ainda há uma semana para aprimorar algumas acções, mas percebe-se – como já se tinha percebido no sábado passado –, que a teoria está na ponta das chuteiras. Agora é só deixar que a prática torne as operações numa mecânica de 'olhos fechados'.

Aos 28 minutos, o momento do jogo. Cavalgada de Bruno Fernandes pelo meio-campo italiano, com Podence a exigir (de novo) a Sportiello uma defesa para a linha de fundo. Na marcação do pontapé de csanto, Acuña, claramente o homem das bolas paradas, apanhou Bas Dost no coração da área que, à meia-volta, fuzilou as redes da Fiorentina. A verdade é que ninguém festejou, uma vez que o árbitro assistente, Nelson Moniz, estava de bandeira levantada, assinalando suposto fora-de-jogo ao avançado holandês. Porém, os tempos são outros. Muito por influência do Sporting CP e do seu Presidente, Bruno de Carvalho, agora há o vídeo-árbitro para colmatar os antigos 'erros humanos', com recurso ao que as tecnologias nos proporcionam. Isto, mesmo contra os que ainda duvidam ou franzem o nariz a uma ferramenta que só se pode dar as boas-vindas de braços abertos... por vir por bem.

Com um braço levantado e a mão contrária no ouvido, o árbitro João Pinheiro aguardava indicações do vídeo-árbitro. Uns segundos depois, dá a indicação ao estádio que o lance terá recurso às imagens de televisão. Só que a decisão tardava e o árbitro deslocou-se, então, à zona do vídeo-árbitro para ver as imagens. Dois minutos depois do golo apontado, uma explosão de alegria na validação do golo ao n.º 28 dos leões e o consequente Thunderstruck com o nome de Bas Dost.

Depois disso, apenas três lances dignos de registo: 32', Gelson Martins conduziu o ataque, entregou a Podence, mas Sportiello, desta vez, antecipou-se; 41', estrondosa defesa de Rui Patrício, quando Hagi surge na cara do golo, negando-o ao filho do mago romeno; 56', Piccini, pela direita, depois de um autêntico 'rendilhado de bilros', assiste Podence, que em cima da linha de golo falha a emenda.

No segundo tempo (63'), mudança de meia-equipa ficando apenas do 11 inicial Rui Patrício, Cristiano Piccini, Tobias Figueiredo, William Carvalho e Rodrigo Battaglia. O argentino, pouco depois (68'), viria a dar lugar a João Palhinha. Mas nada mudou. O sexto Troféu Cinco Violonos teve o mesmo destino que os seus antecessores: ficou em casa. Na base da amizade.