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Assembleias Gerais – Clube e SAD - Reflexões – (Parte II)

Por Tito Arantes Fontes
14 Out, 2021

Continuamos a nossa reflexão sobre o modo como as Assembleias Gerais do nosso Clube e da sua SAD têm funcionado

 

Continuamos a nossa reflexão sobre o modo como as Assembleias Gerais do nosso Clube e da sua SAD têm funcionado, centrando agora a nossa atenção – conforme anunciei na semana passada – nestas últimas. Ou seja, nas Assembleias Gerais da SPORTING SAD, empresa cotada em bolsa, como se sabe.

Pois bem, o cenário de funcionamento é aqui totalmente distinto – e bem ao contrário - do que sucede nas Assembleias do Clube. As inscrições para o acesso dos accionistas (e não necessariamente Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL) às Assembleias da SAD obedecem, desde logo, a um rigoroso “ritual”, que – desde sempre, há mais de 20 anos – é “religiosamente” cumprido. No respeito pela lei e pelo definido nos Estatutos da SPORTING SAD. Assim, os accionistas que querem estar presentes têm de o comunicar ao presidente da Mesa da Assembleia Geral e os bancos onde estejam depositadas as suas acções terão de confirmar para a mesma entidade a existência e “bloqueio” das mesmas. Tudo com antecedência em relação à data da Assembleia que estiver em causa de, grosso modo, uma semana (sendo que o prazo para o accionista fazer a sua comunicação termina no dia anterior ao prazo para os bancos confirmarem a existência e bloqueio das acções).

Na prática, a SPORTING SAD tem tido nos últimos anos Assembleias Gerais com a presença de cerca de 50 accionistas. Gente de um modo geral bem preparada e que vai debater os relatórios e contas de cada exercício e os demais pontos da ordem de trabalhos que em cada Assembleia estejam em causa. Por exemplo, este ano, no passado dia 6 de Outubro, debateram-se também pontos referentes às remunerações dos titulares dos órgãos sociais, nomeadamente aos membros do Conselho de Administração da SAD, bem como um ponto sobre autorização para o mesmo Conselho efectuar emissões de empréstimos obrigacionistas até ao montante de 50 milhões de euros.

De sublinhar que estas Assembleias decorrem com um elevado sentido cívico da generalidade dos accionistas presentes, sendo que os mesmos intervêm de modo aprofundado sobre a totalidade dos pontos de cada ordem de trabalhos, questionando nomeadamente o Conselho de Administração sobre todos os aspectos que tenham por relevantes e que digam respeito à vida da SAD e aos pontos da ordem de trabalhos. Por exemplo, nos últimos anos, o actual presidente da Mesa da Assembleia Geral tem sido, aliás, tolerante neste aspecto, efectuando uma “interpretação lata” dos limites dos assuntos que deveriam ser contidos no exclusivo domínio da SAD e/ou da ordem de trabalhos de cada Assembleia, permitindo – e bem, na nossa opinião – a abordagem de questões conexas que ajudam ao melhor enquadramento da vida da SAD e da sua interacção com a vida do Clube.

Certo é que as perguntas são feitas num tom de voz civilizado, racional, de modo fundamentado, o que permite a sua compreensão pelos demais participantes na Assembleia. As respostas dos membros do Conselho de Administração são, pelo seu lado, ouvidas por todos os presentes. Pergunta-se tudo e ouvem-se respostas sobre tudo. Inclusive os accionistas – se assim o entenderem - poderão comentar que não foram totalmente esclarecidos. Resulta desta sã “vivência democrática” que as Assembleias da SAD são, nesse aspecto da urbanidade, Assembleias verdadeiramente exemplares. Normalmente demoradas, alargando-se por várias horas… a última por cerca de sete horas; a do ano passado por creio umas nove horas. Mas – sempre e isso sim – Assembleias onde dá gosto ir, estar… e onde se debatem verdadeiramente temas “SPORTING”!

Fica, pois, aqui a reflexão se não devemos todos, agora falando para os Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, aprender com este exemplo das Assembleias da SPORTING SAD! Não podemos continuar a ter Assembleias do Clube em que ninguém se ouve, ninguém se respeita! E em que – por isso mesmo – a maioria dos Sócios não vão… ou se vão só querem votar e sair!

É um tema para reflexão e decisão futura… a meu ver a curto prazo! Numa próxima alteração de Estatutos… premente e imperiosa! Até lá… voltando às Assembleias do Clube… no dia 23 é mesmo para se comparecer em peso na Assembleia do SPORTING CP e ouvir mais uma vez a voz dos únicos, verdadeiros e sempre donos do Clube: os Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!