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Tanta História

Por Juvenal Carvalho
30 Nov, 2023

Quando escrevo sobre o Sporting Clube de Portugal, não o consigo fazer sem que o meu Sportinguismo não seja demonstrado de forma emocional. 

Só assim sei viver o "meu" Clube, sem ser mais Sportinguista que ninguém. 

Costumo dizer que a vida me deu o privilégio de conhecer por dentro o Clube, durante um período largo da minha existência. 

Aí conheci muitos daqueles que marcaram a nossa História. Uma História feita e escrita a letras de ouro.

E se sempre achei que temos memória, algumas vezes, durante algum tempo, senti que mais e melhor poderia ser feito. Que as nossas referências eram até algumas vezes esquecidas. Nisto, a perfeição não existe, mas tenho uma convicção em forma de certeza. A História não se apaga. 

E porque a história não se apaga, e também porque temos memória, no passado sábado, no intervalo do jogo de andebol com o ABC de Braga − que grande exibição fizemos −, o Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal decidiu fazer uma tão bonita quanto justa homenagem aos que marcaram essa mesma História com conquistas. Duas EHF Challenge CUP, 21 Campeonatos Nacionais, 17 Taças de Portugal e três Supertaças é, a nível dos seniores masculinos, o nosso historial. 

E, não tendo infelizmente estado presente, foi via televisão que senti literalmente um arrepio na pele quando vi diversas gerações de campeões, diversos deles meus amigos, a entrarem pelo piso do "João Rocha" para serem recordados e homenageados. 

O presidente Frederico Varandas e o homem-forte das modalidades, o meu amigo de quase quatro décadas, Miguel Afonso, que sei bem o quanto, desde criança, era presença assídua, bem como o seu pai, nos pavilhões, foram os anfitriões dessas lendas. 

Dos "pentas" até um passado mais recente, esteve ali retratada uma História estratosférica da modalidade. Vi pessoas que já não via há alguns anos e lembrei-me de outros, como por exemplo Manuel Brito e José Luzia, que já partiram, mas estejam onde estiverem, seguramente que tão felizes ficaram por este momento.

Décadas de glória alcançadas com esforço, dedicação e devoção foram reconhecidas. O reconhecimento a quem nos marcou ao longo dos tempos é tão bonito quanto gratificante. Pessoalmente, sendo apenas um pequeno apêndice, também eu tive o privilégio de servir o meu clube no andebol enquanto dirigente. E com que orgulho o fiz. Serei apenas uma vírgula nesta imensidão de campeões. Campeões nos recintos e de grande dimensão humana fora deles. Sei do que falo porque conheci bem alguns.

Como associado apenas me resta deixar o meu agradecimento, e estou certo que o Conselho Directivo irá repetir estes momentos e dar a conhecer, sobretudo às novas gerações, aquelas que assegurarão o futuro da nossa centenária História, as figuras das diversas modalidades feitas de conquistas. Isto é ter memória. Isto é o Sporting Clube de Portugal. São momentos como este que são verdadeiras "goleadas" de saber estar que nos diferencia.