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Um momento verdadeiramente épico

Por Juvenal Carvalho
29 maio, 2025

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória... eis o Sporting Clube de Portugal.  

Este, que é o lema dos nossos 118 anos de existência, simboliza na perfeição a História, mas também, e sobretudo, o momento verdadeiramente épico que desfrutamos na actualidade. E não só no futebol, como igualmente no conjunto das nossas modalidades.

Identidade, raça e acreditar muito e até ao fim, são palavras que me suscitam naquela que foi a nossa dobradinha 2024/2025, que trouxe o 25.º título nacional e a 18.ª Taça de Portugal para abrilhantar ainda mais aquele que já é o Museu de clubes que mais troféus ostenta.

Faltou por vezes a inspiração. Disso foi exemplo, sobretudo, na primeira parte da final da Taça de Portugal ante o eterno rival, bem como em alguns períodos da segunda parte. Mas a atitude, essa, como sempre pede o míster Rui Borges, nunca faltou. E prova disso foi o facto de o grupo acreditar sempre... acreditar muito. E como quem porfia sempre alcança, como diz o tão conhecido ditado português, seria aos 90+9' que o "monstro" Viktor Gyökeres arrancou uma grande penalidade que ele próprio concretizaria com a sua habitual frieza glaciar, feita de tanto talento. Estava feita a igualdade e aquilo que parecia anunciado concretizou-se. No prolongamento só existiu Sporting CP. Primeiro, com a reviravolta a surgir através do jovem "tanque" dinamarquês Conrad Harder, com uma cabeçada fulminante a anichar a bola na baliza do rival, para mesmo no fim chegar um momento saído da cartola do "mágico" Francisco Trincão, que com uma "cueca" a António Silva, que ainda hoje deve andar para perceber como é que o fantasista Leonino lhe fez aquela maldade, fechar o marcador com o 1-3 final.

Estava consumada a dobradinha do Leão. 23 anos depois, mas com um sabor fantástico. Somos um Clube que ninguém nos dá nada. Tudo é conquistado na base do trabalho feito de competência. E nessa competência volto a destacar a capacidade e a entrega de todos os jogadores, o sucesso de Frederico Varandas – acompanhado por uma equipa dirigente una e indivisível –  que passou a ser o presidente que fica na História por mais títulos – nove – conquistar, e ainda não chegou aos sete anos de presidência, e ainda a Rui Borges, um homem que espalha humildade e conhecimento, mas que alguns "paineleiros" ressabiados(a)s, cuja honestidade intelectual está abaixo do vão de escada, teimam em lhe chamar "taberneiro", "inculto" e até "desinteressante". A tudo isso conseguimos resistir. A tudo isso acrescentámos conquistas ao Clube. Contra factos não existem argumentos. E, claro, não posso deixar de referir a imensa "Família Leonina", uma massa Associativa e adepta única. Que hoje vive tempos fantásticos, mas que sobretudo nos momentos menos bons nunca abandonou o Clube. Que sofreram tantas vezes em silêncio, mas que souberam esperar e sobretudo passar o seu legado para as novas gerações. Que também aí alguns teóricos falaram em perdas de gerações de adeptos. Até admito essa possibilidade, mas olho para os dias de hoje e vejo crianças e jovens a festejar em todos os locais possíveis e imaginários as conquistas como se não houvesse amanhã. Somos, como cantava a "nossa" sempiterna Maria José Valério, um Clube dos netos até aos avós. ENORME!

Mas como costumo dizer, e muitos de vós afinam por este diapasão, somos um clube muito acima do futebol. Somos mesmo o clube mais ecléctico de Portugal.

E se na passada semana ganhámos o Bicampeonato no futebol, agora foi a vez do andebol. Que equipa temos. É até difícil arranjar adjectivos para a qualificar. Jogamos ao nível dos melhores da Europa. Fizemos uma carreira que fala por si na EHF Champions League onde caímos de pé nos quartos-de-final. Ganhámos a Supertaça onde esmagámos o eterno rival na final, e um Campeonato em que conseguimos o "Bi" com apenas uma derrota, e esta na primeira fase.

Fomos literalmente esmagadores, e ainda sonhamos com a dobradinha. Um grupo soberbo, um treinador fantástico como Ricardo Costa e uma sabedora liderança de secção de Carlos Carneiro; e ao nível do Conselho Diretivo o amor ao clube feito de saber de Miguel Afonso, a quem me curvo pelo trabalho feito, a todos os níveis notável, o andebol vive o seu momento mais épico.

Acabo este texto, tão bom é escrever para o Jornal Sporting irradiando a alegria incontida do momento em que o Clube me/nos proporciona, parafraseando os fundadores. Porque eles quiseram e a História encarregou-se de lhes dar razão: Somos um Clube grande, tão grande como os maiores da Europa!

P.S 1 – Na lógica das conquistas, de parabéns estão também o atletismo, pela conquista da Taça de Portugal, e o basquetebol feminino por se ter sagrado campeão da CN 1, depois de já antes ter conseguido assegurar para a próxima época a participação na prova máxima da modalidade.