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Português, Portugal
Foto César Santos

“Não querem que o Clube seja o maioritário da SAD”

Por Jornal Sporting
10 Jun, 2018

No discurso em Alenquer, Bruno de Carvalho identificou o início daquilo a que chamou de “golpada”

O Presidente Bruno de Carvalho dirigiu-se aos cerca de 300 adeptos que marcaram presença no 11.º Almoço de Sportinguistas em Alenquer. Ao longo do discurso, reforçou os motivos pelos quais não se demitiu, rejeitando qualquer ideia de apego ao poder, e identificou o início daquilo a que chamou de “golpada”.

“O princípio de tudo não foi o meu post sobre o jogo em Madrid. O princípio de tudo foi a minha entrevista ao DN [Diário de Notícias], na qual abri um pouco o livro acerca da nossa reestruturação financeira e disse que, em 2019, o Sporting CP iria passar a deter quase 90% da SAD. É exactamente por isso que a Holdimo está a fazer o que se vê. Alguém lhes prometeu – e não fomos nós – que o acordo seria executado da seguinte forma: o Sporting CP compraria as VMOCs, venderia os suficientes para ficar com 51% da SAD e, os restantes, em vez de serem convertidos, serviriam para amortizar, sendo que os Sportinguistas perderiam o controlo da SAD. Não querem que o Clube seja o maioritário da SAD. Tudo o resto é uma jogada de xadrez para esconder isto mesmo”, explicou.

“Temos uma MAG [Mesa da Assembleia Geral] a demitir-se, um Conselho Fiscal a demitir-se e elementos do Conselho Directivo a demitirem-se. É justo. Deixaram de confiar no projecto, embora nenhum tenha dito a dignidade de nos dizer – alguns foram só buscar a gravata ao carro, outros foram a casa e não voltaram mais. O que não é justo é termos de ouvir o Grupo Stromp a pedir a demissão da Direcção. Aliás, isso nem estatuário é. Se nós não gostarmos da actuação da MAG ou do Conselho Fiscal não podemos pedir a demissão, porque vai contra os estatutos. Tudo isto confundiu a família Sportinguista. Não queria que o Sporting CP estivesse a passar por isto, que andássemos a discutir uns com os outros. Mas a verdade é que pedimos razões para nos demitirmos e Jaime Marta Soares, numa entrevista, alegou que não existem, ainda que possam vir a existir até dia 23. Isto foi dito”, continuou, vincando que o Conselho Directivo não tem medo de qualquer Assembleia Geral de destituição, apenas defende que os processos sejam realizados de forma legal.

“Se houver uma votação sobre uma possível AG [Assembleia Geral] para destituição posso garantir que voto a favor. Esteve nas mãos de 6.500 Sócios, na mais concorrida Assembleia Geral não eleitoral de sempre do Clube, tirarem-nos daqui. Por isso, dizerem-nos que estamos agarrados ao poder é impensável. Agora, também vos explico: a AG de dia 23 nunca era para ser feita. Foram entregues três pedidos de expulsão de Sócio, para me expulsarem a mim e a outros elementos do Conselho Directivo, à Comissão Fiscalizadora que, por acaso, foi composta por quatro figuras que escreveram dos piores artigos que já li contra mim. Se isso acontecesse, já nem AG existia. É uma tomada de poder à força”, sublinhou.

“O maior património do Sporting CP são os Sportinguistas. Sempre disse isto. Por isso mesmo, esta época, conseguimos alcançar um sucesso sem igual a nível desportivo”, concluiu.

 

 

Foto César Santos

11.º Almoço de Sportinguistas em Alenquer

Por Jornal Sporting
10 Jun, 2018

Quinta do Canavial acolheu convívio que reuniu cerca de 300 Sportinguistas. Presidente Bruno de Carvalho esteve entre as várias figuras ilustres

A Quinta do Canavial (Alenquer) acolheu o 11.º Almoço de Sportinguistas em Alenquer, um convívio que reuniu cerca de 300 Sportinguistas. Este ano, o maior homenageado do evento foi Fernando Peyroteo, antigo goleador dos leões, que caso estivesse vivo completaria 100 anos.

Nesse sentido, o seu filho, Fernando Peyroteo, recebeu o mais importante galardão da tarde, oferecido em honra do centenário. Também Fernando Mamede, Carlos Xavier e João Benedito foram homenageados com o prémio ‘Leão de Alenquer’.

No que às presenças ilustres diz respeito, destaque para a presença do Presidente Bruno de Carvalho, de Augusto Inácio, director geral para o futebol, de Hilário da Conceição, antigo jogador leonino e padrinho deste convívio, de Fernando Peyroteo, filho do antigo goleador leonino, de Gilberto Borges, director da secção de hóquei em patins, de João Pinto, capitão da equipa de hóquei, de Hugo Canela, treinador de andebol e de Carlos Carneio, capitão da equipa de andebol.

Por último, referir que o valor monetário angariado nas rifas que se distribuíram ao longo do evento reverteu a favor dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, instituição consagrada no 11.º Almoço de Sportinguistas da localidade.

"Início de um novo ciclo"

Por Jornal Sporting
11 Jun, 2015

Presidente ‘leonino’ discursou em Alenquer

O Presidente Bruno de Carvalho marcou presença num almoço organizado por Sportinguistas da zona de Alenquer com o objectivo de angariar receitas para a Missão Pavilhão. 

O evento teve lugar na Quinta dos Canavial, no restaurante do Dom Nuno, e, antes do almoço, o Presidente dirigiu-se aos Sócios e adeptos presentes e à comunicação social. 

Leia o discurso na íntegra:

“Na passada sexta-feira, anunciei o início de um novo ciclo no Sporting Clube de Portugal. Um ciclo que se deseja de ambição e glória. 

O caminho para aqui chegarmos tem sido muito difícil. Um caminho de entrega por completo, um caminho de rigor, um caminho de competência, um caminho de transparência, um caminho de árduas tarefas e, muitas vezes, de batalhas para permitir defender os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal e o estado anémico e resignado em que se encontrava o Clube e os Sportinguistas. Mas, para isso, é preciso coragem, é preciso muita coragem.

Para se iniciar um novo ciclo precisamos de entender o passado. Perceber porque um Clube com a nossa grandeza chegou a um presente com um défice de glória pouco condizente com um Clube que se quer afirmar como sendo tão grande como os maiores da Europa. As verdades têm de ser ditas e a sua compreensão permite preparar o futuro não cometendo os mesmos erros. Bem sei que as condições agora são muito mais adversas pois perdemos, em termos do futebol profissional, décadas para os nossos rivais, em termos desportivos, e com isso perdemos o respeito por parte do mundo do futebol e da própria comunicação social.

Mas vamos, de forma breve e resumida, olhar para o passado. O Sporting Clube de Portugal tem 108 anos de história e, na última metade da mesma, fomos campeões apenas oito vezes. Desde 1965, faz agora 50 anos, fomos campeões apenas sete vezes.

Nos últimos 30 anos, fomos campeões apenas duas vezes.
Eramos, até aos anos 90, o Clube em Portugal com maior património e, com isso, poderíamos ter encarado o futuro com uma vantagem competitiva perante os nossos rivais que não se veio a concretizar, tendo inclusivamente perdido quase todo o mesmo, ficando apenas com um Estádio e uma Academia e ambos com pesadas dívidas associadas.

Chegámos a este Clube com quase 500 milhões de euros de passivo. 
A única coisa que mantivemos ao longo da nossa história foi uma enorme e aguerrida massa associativa. Mas um Clube com a dimensão do Sporting Clube de Portugal faz-se de glória, de conquistas! Mas essas, e continuamos a falar apenas no futebol profissional, têm estado muitas vezes arredadas do nosso léxico. Nas últimas 50 vezes que tentámos, apenas gritámos “Campeões” sete vezes.

E para mais, colocaram-nos à beira da falência e com índices de orgulho cada vez menores e índices de desprezo desportivo por parte dos nossos rivais cada vez maiores.

Este é o passado que não devemos esquecer e que molda todas as nossas preocupações, acções e estados de alma actuais. 

Como Presidente do Sporting Clube de Portugal, tenho de compreender que todos nós tivemos de ir criando defesas para a falta sistemática de conquistas. Na falta de podermos gritar “Campeões”, temo-nos, de forma inteligente mas pouco ambiciosa, escondido atrás dos restantes valores que todos nos devemos orgulhar: honestidade, trabalho, valores, regras desportivas e sociais e verdade desportiva. E com isso mantemo-nos diferentes, mantemo-nos “puros”, no sentido de grandeza de acção e de conduta. “Podemos não ganhar, mas temos ‘valores’ que nos orgulham”, dizemos todos! 

E dizemos muito bem! Mas é possível manter esse orgulho e diferença, por defendermos regras e valores, e ser campeões! Mas para tal temos de sair desta zona de conforto que fez com que nos últimos 30 anos apenas tenhamos festejado o título de campeões duas vezes. Temos de ser exigentes, temos de ser audazes, temos de ser ambiciosos, temos de ser o verdadeiro Sporting Clube de Portugal, aquele que, por exemplo, nas décadas de 40 e 50 ganhou dez vezes! Que, por exemplo, de 1947 a 1954, em oito anos, ganhou sete vezes!

O “Crónico” – era assim que chamavam ao nosso Sporting Clube de Portugal!
 
Mas, entretanto, muito mudou. E mudou sobretudo na mentalidade e na qualidade dos nossos dirigentes. Fomos pelo caminho mais fácil e mais perdedor, o do “perdemos mas somos um Clube de elites”. Não existe caminho mais errado. O caminho tinha de ter sido “ganhámos e, por isso, somos um Clube de excelência”!

E esse é o Clube que quero, que ambiciono, que me faz a mim e a toda a Administração da SAD e do Conselho Directivo trabalhar 24 horas por dia! A procura incessante do caminho para a glória! A procura incessante do caminho para o reencontro do “Crónico” vencedor, do grande Sporting Clube de Portugal.

Entrei no Sporting Clube de Portugal pela mão dos associados anónimos que anseiam a volta do grande Sporting tendo como verdadeiros “inimigos” todos aqueles a quem chega ser um mero Clube de elites, de interesses, perdedor, submisso e tímido. Se o Sporting Clube de Portugal voltar a ser o “Crónico”, todos esses Sportinguistas de elite e seus dirigentes, que se autoapelidaram de “topo”, vão passar uma verdadeira vergonha, pois afinal alguém que não tem medo de ser do “povo” conseguirá algo que eles nunca conseguiram. Ganhar de vez em quando não é ter glória, não é ser tão grande como os maiores da Europa! É apenas ganhar de vez em quando.

E relembro, nos últimos 30 anos, foi apenas por duas vezes! Com esta Direcção, já deixámos de ser um Clube com Sportinguistas de primeira e de segunda. Mas temos realmente de mudar de rumo, de discurso, de filosofia, de ambição. Temos de deixar de ter medo de sofrer para abrir os nossos corações e mentes às alegrias das vitórias e conquistas!

A toda esta recuperação financeira e desportiva demonstrada pelo Sporting Clube de Portugal nos últimos dois anos os nossos rivais avançaram com campanhas de bastidores para descredibilizar quem já tem obra feita. E os resultados dessa obra são evidentes.

Agora o inesperado, ou não, são alguns dos porta-vozes dessa campanha dos nossos rivais: Dias da Cunha, José Roquette, Isabel Trigo Mira, Vasco Lourenço, Pires de Lima, Abrantes Mendes, Rui Barreiro, entre outros. 

Uma vez mais demonstrámos que a tão apregoada “diferença” e vantagens de ser um Clube de “elite” se resumiam a um Clube cheio de falsas moralidades, cheio de pessoas a servirem-se do Clube e não a servi-lo, cheio de invejas e perdedor.

A história, como sempre, fará a sua justiça.

Quanto a mim, apenas quero criar condições para que o Sporting Clube de Portugal alcance a tão merecida glória, a glória que já foi sua e que foi perdendo, pois a glória dá trabalho, obriga a desgaste, obriga a conflitos, obriga a pôr o Sporting Clube de Portugal acima de nós próprios e isso, como diriam os antigos dirigentes das “elites”, é uma “chatice e muito aborrecido”!
Enquanto uns já passaram por cá com os resultados desportivos e financeiros desastrosos que são conhecidos, temos agora os moralistas de taxas e taxinhas a sentir necessidade de aparecer novamente. 

Creio que Portugal merece mais atenção e que quem tem responsabilidades para com o mesmo deve concentrar os seus esforços 24 horas por dia. Como eu faço no Sporting, e com isso deixar de opinar sobre o que não sabe, tendo por base uma regra de conduta que, se vir bem, não lhe é atribuída pelos seus pares. Uma prova de inteligência ou de burrice é os inimigos que se escolhem na vida.

Continuamos com a mesma determinação do início. Mais velhos, mais calejados, mais sabedores, mas muito mais alerta pois este Clube sofre de automutilação crónica (mata-se por dentro). Para isso se alterar, o remédio é difícil mas perfeitamente identificado: 

1.º - Terminar a auditoria, responsabilizando os culpados da situação que vivemos;

2.º - Nunca vergar o Clube aos interesses que se alimentaram dele durante décadas;

3.º - Honrar os que servem o Clube e afastar sem receios nem hipocrisias os que se servem dele;

4.º - Ser campeão e não apenas de vez em quando.

São estes quatro pontos em simultâneo que afastarão de vez os eternos perdedores e submissos deste Clube e voltarão a transformar o Sporting no “Crónico”, no grande Sporting Clube de Portugal.

Obrigado a todos os Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal pois sem vocês nada do que tem sido feito seria possível nem poderíamos ambicionar ter de volta o grande Sporting Clube de Portugal. É uma honra servir este Clube, é uma honra servir todos vocês!”

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