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Português, Portugal

“As regras do futebol mudaram”

Por Jornal Sporting
27 Set, 2015

Declarações do Presidente Bruno de Carvalho, no final da partida

No final da partida, o Presidente Bruno de Carvalho dirigiu-se à comunicação social para deixar uma mensagem:

“Em primeiro lugar, queria agradecer aos milhares de Sportinguistas que vieram aqui. Sentimo-nos, de facto, em casa e isso é um orgulho porque demonstra a nossa dimensão e é extremamente importante para aquilo que são os nossos objectivos que isto continue a acontecer.

Em segundo lugar, é para nós importante passar a mensagem de que percebemos o estado de alma dos Sportinguistas, nós também estamos tristes, mas temos de perceber que isto é uma maratona e não uma corrida de 100 metros. Vamos cumprir o nosso objectivo de lutar pelo título até ao fim, confiamos muito no trabalho que estamos a realizar e precisamos deles, como hoje, para serem o nosso 12.º jogador e tenho a certeza de que o serão.

Depois, uma série de situações que gostava de partilhar, porque ainda não fiz três anos de futebol, mas este jogo fez-me aprender muita coisa que é importante os adeptos de futebol conhecerem porque, pelos vistos, o futebol está em constante mudança.

Em primeiro lugar, fui expulso no final do jogo. Na reunião preparatória, à qual sempre vou, a equipa de arbitragem, na pessoa do árbitro principal, disse que queria ser um elemento pouco notado na entrada e na saída de campo. No final da partida, dirigi-me a ele e disse-lhe que para uma equipa que não queria ser notada, tinha sido demasiado notada. E fui expulso. Tirei daí a aprendizagem de que se pode dizer o que quiser nas reuniões preparatórias que não é para levar muito a sério porque se pode fazer ao contrário e, se alguém fizer um reparo, é expulso.

Em segundo lugar, aprendi que afinal uma das características dos árbitros não deve ser a humildade. Alguém acha que é preciso ter um ego do tamanho do Mundo para ser árbitro, em vez de ser humilde. Depois, também aprendi que uma mão em contacto com as costas dá direito a anular um golo, mas agarrar vários jogadores dentro da grande área não dá direito a ‘penalty’. Esta é uma mudança importante nas leis de jogo porque não vale a pena os adeptos de futebol ficarem zangados porque isto é uma alteração à regra. Também aprendi que encontrões com brutalidade e rasteiras por trás não dão direito a qualquer tipo de sanção. É outra nova regra do futebol. Um jogador a quem é cortada a bola e fica muito zangado porque o árbitro não marca a falta pode levantar-se, correr atrás do jogador que supostamente fez falta e, por trás, dar-lhe um pontapé, que isso não é agressão nem dá direito a expulsão. Também aprendi que afinal vale a pena fazer anti-jogo e perder tempo porque a função do árbitro não é evitar o anti-jogo mas sim olhar passivamente para tudo isso e achar que o futebol tem a ganhar com isso. Um jogador também pode estar exactamente no sítio onde vai ser feita a substituição, sabendo que vai sair, e voltar para junto da grande área para depois regressar ao sítio da substituição e sair. Isto não é sancionado e é absolutamente normal.

São muitas lições, parece-me importante tirarmos estas ilações e percebermos realmente o que é o futebol e, enquanto pai, tenho assistido ao desenrolar do Campeonato até agora. Porque não sou só Presidente do Sporting; sou pai e sou filho. E enquanto pai, olho para o Campeonato e tiro uma grande ilação: quem ainda é bebé tem de comer muita papa para chegar a ser um grande homem”

Questionado sobre a ausência de Carrillo, Bruno de Carvalho respondeu: “O Carrillo só fez falta ao Sporting se tiver tirado o curso de árbitro. É mais importante percebermos as novas regras do futebol do que discutir esse assunto”.

A nomeação de Artur Soares Dias para o encontro de hoje foi também um assunto comentado pelo Presidente ‘leonino’. “Não acho nada estranha e tenho de lhe dizer que o Artur Soares Dias era um árbitro que tinha e tenho em elevada consideração. São muitas lições e realmente vou digeri-las pelo caminho, triste, como é lógico, mas mudando as regras do futebol na minha cabeça porque é importante começar a olhar para o jogo de outra forma porque senão vou estar sempre zangado e não vale a pena. As regras do futebol mudaram, ninguém nos avisou mas agora estou avisado e se calhar aproveito uma parte da Assembleia Geral de amanhã para explicar as novas regras para os adeptos não criticarem os árbitros”, referiu Bruno de Carvalho.

Confrontado com um possível castigo, o líder do Clube de Alvalade respondeu: “Se eventualmente for castigado, com o que tenho visto desde o início do campeonato, se calhar consigo ter umas férias porque desde o inicio que tenho aprendido muitas regras novas dentro de campo por isso se calhar preciso de um período de reciclagem. Acho que o que disse é de uma gravidade total e para além do castigo se calhar ainda vou ser fustigado no meio da Praça dos Restauradores com 50 chicotadas, porque foi de uma gravidade total atingir um ego do tamanho do Mundo”.

“O Presidente do Sporting não se esconde de nada, estamos confiantes, confiamos no trabalho que estamos a fazer mas agora temos de o fazer ainda melhor e conscientes de que as regras do futebol mudaram”, concluiu Bruno de Carvalho.

“Fomos prejudicados em 18 milhões”

Por Jornal Sporting
10 Set, 2015

Presidente Bruno de Carvalho em entrevista à BBC

O Presidente Bruno de Carvalho voltou a defender publicamente a introdução de novas tecnologias no futebol, que considerou inevitável, e atribuiu números aos erros de arbitragem que prejudicaram o Sporting nas duas últimas épocas.

“Nos últimos dois anos, fomos prejudicados em 18 milhões. Acreditem que as pessoas encarregues do futebol percebem bem que os adeptos querem mudanças. Às vezes na vida, defendemos algo durante 20 ou 30 anos, mas depois as pessoas, a sociedade, exigem mudanças e nós mudamos”, referiu Bruno de Carvalho em entrevista ao programa 'World Football', da BBC.

Bruno de Carvalho considerou que os pequenos erros existirão sempre, mas que é preciso pôr termo aos que são “grotescos” e que podem ser erradicados com o recurso à tecnologia.

“Todos os dias usamos coisas que nos ajudam, fazem-nos melhorar as nossas qualidades e aquilo que fazemos no nosso emprego. No futebol, isto parece ser muito estranho. ‘Porque havemos de utilizar tecnologias? Errar é humano!’. Usamos porque os médicos usam, os controladores aéreos usam, estamos a utilizar tecnologia nesta entrevista. É algo normal. No futebol, temos medo de a usar. Existem erros que não podem existir no futebol. Podem existir pequenos erros, mas os grotescos não podem existir. Precisamos de utilizar o quarto árbitro com uma televisão, para, em segundos, poder ajudar o árbitro principal, dizer se foi ‘penalty’ ou não, se foi mão ou não”.

O Presidente dos ‘leões’ esclareceu também que as mudanças que defende têm como meta a modernização do futebol e não o benefício directo do Sporting. “Eu não quero algo para o Sporting, quero algo para o futebol. Quero a modernização do futebol e quero ajudar os árbitros. Existem milhões de pessoas a sofrer com o futebol e elas merecem o melhor”. Bruno de Carvalho sublinhou ainda que, do seu ponto de vista, a utilização das tecnologias será inevitável a breve trecho. “Acredito que Platini quer o melhor para o futebol. Mas acreditem que as novas tecnologias tomarão o seu espaço. Escrevam o que vos digo: serão parte do jogo”.

Questionado sobre a hipótese de o mercado de transferências nunca fechar, Bruno de Carvalho defendeu que poderia ser benéfico para o negocio, mas trágico para a modalidade.

“Em termos de negócio, seria melhor estar sempre aberto, mas em termos desportivos seria o fim do futebol. Se os jogadores soubessem que podiam ir embora a qualquer dia, não tínhamos uma equipa, tínhamos só problemas e mais problemas todos os dias. Os agentes, os clubes, iam encher a cabeça dos jogadores e teríamos um mar de problemas”, finalizou o Presidente ‘leonino’.

O porquê do vídeo-árbitro

Por Jornal Sporting
29 Ago, 2015

Artigo de opinião de Bruno de Carvalho publicado hoje

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, escreveu um artigo de opinião a propósito da necessidade de introdução das novas tecnologias no futebol, à semelhança do que já acontece em tantos outros desportos, que foi publicado nos jornais ‘A Bola’ e ‘Diário de Notícias’. Leia na íntegra o texto do líder ‘leonino’ a propósito desse tema.
 
“Não há debates estéreis quando o ambiente que os recebe é fértil. Nesse sentido, os tempos que virão servirão para aferir da vitalidade do futebol português e, porque não dizer, do próprio futebol.
 
Vivemos um novo milénio e de nada serve aplicar as novas realidades aos antigos e antiquados modelos. Olhar de lado para a adopção das novas tecnologias ao serviço do futebol e da verdade desportiva corresponde ao reencarnar das angústias das estrelas do cinema mudo quando chegou o sonoro.
 
Hoje, o atletismo não vive sem o ‘photo finish’, o ténis não prescinde do ‘hawk eye’, o râguebi demonstra modernidade ao serviço da ‘fair-play’ com a utilização do vídeo-árbitro, a Fórmula 1 dissipa as dúvidas durante as corridas sobre perigosidade de manobras com recurso a imagens televisivas, no basebol e no futebol americano são os treinadores que podem solicitar o uso das imagens para disputar as decisões dos árbitros. Os exemplos não se esgotam nos apresentados, mas no futebol impera a “lei da vista grossa”. Episodicamente testa-se a ‘tecnologia da linha de golo’ como forma de dar um ar de modernização, mas as decisões de fundo são esquecidas e as vozes, cada vez mais numerosas, que pugnam pela verdade e pela adopção de novas tecnologias são ignoradas.
 
A suspeição instala-se como se fosse a autêntica oportunidade de negócio que reside na ‘margem de erro’ que estivesse a ser defendida. E, infelizmente, muitas vezes, o que parece é.
 
Golos irregularmente validados, outros que foram erradamente anulados, dúvidas em relação ao local onde uma falta foi cometida, agressões que passam impunes, bola na mão vs. mão na bola, as dúvidas que intoxicam a pureza do futebol deveriam deixar de fazer parte do seu quotidiano. Uma medida tão simples de implementar, numa época histórica em que qualquer jogo de futebol é televisionado por sete, oito, doze ou mais câmaras, será a utilização do vídeo-árbitro.
 
O que encanta milhões de pessoas em todo o Mundo não é, ao contrário do que as mentes mais antiquadas julgam, a discussão sobre a decisão do árbitro, o veredicto sobre ‘benefícios e roubos’, a polémica. Tudo questões que serão retiradas do léxico da modalidade com a adopção do vídeo-árbitro.
 
O que fascina os amantes do futebol é a jogada, a finta, o drible, a defesa milagrosa, a decisão táctica arrojada, o empenhamento defensivo, o golo, a substituição que vira um resultado, o jovem talento que desponta, o veterano que empresta a sua experiência a uma equipa, os festejos, a ânsia pela hora do jogo. Isto é o futebol! Isto é o desporto! Um espectáculo que pode ser ensombrado por uma lesão, por um falhanço individual de um jogador, pela má prestação de uma equipa, por um resultado que não se deseja, por um ‘penalty’ falhado, por uma conquista que fica por alcançar. Mas nunca deveria ser uma má decisão a arruinar todo um espectáculo. Quem vai ao futebol, quem assiste na televisão ou ouve na rádio, quem compra os jornais e revistas da especialidade, quem no fundo alimenta com a sua paixão e os seus recursos financeiros esta indústria espera mais. Exige mais. Em qualquer estádio do Mundo os espectadores têm, na hora, a informação sobre o que estão a presenciar. Em cada estádio do Mundo milhares de autênticos vídeo-árbitros pagam o seu ingresso mas não têm o poder de interferir nas decisões erradas, corrigindo-as. É o falhanço de um sistema arcaico presenciado em directo e ao vivo por todos os que seguem os jogos de futebol. Com as novas tecnologias literalmente na palma da mão, os espectadores já não precisam de esperar para verem na televisão ou lerem nos jornais do dia seguinte uma sentença sobre as decisões de quem dirige uma partida de futebol. São os próprios árbitros, enquanto intérpretes, também eles, do espectáculo, os primeiros beneficiados com a introdução de meios técnicos que ajudem na sua tarefa de assegurarem o estrito cumprimento das leis do jogo durante a partida.
 
Eliminam-se as dúvidas, eleva-se a verdade desportiva, sobe-se um patamar na credibilização do futebol, demonstra-se que um ‘negócio de milhões’ é transparente, melhora-se o espectáculo, devolve-se a paixão aos amantes da modalidade que concentrarão naquilo que verdadeiramente os leva aos estádios, à essência do desporto-rei. O vídeo-árbitro é mais do que uma EXIGÊNCIA da modernidade levada ao futebol: é a moralização a mostrar que o espectáculo é muito mais do que um mero negócio.
 
Uma moralização que introduz também um sentido de compromisso entre quem gere os destinos do futebol e os clubes que dão corpo à modalidade. É que soa a vácuo, já para não dizer a hipocrisia, exigir, verificar e controlar rigorosamente o cumprimento das normas do ‘fair-play’ financeiro (que não contesto) e, ao mesmo tempo, não se ser o agente principal a zelar pelo ‘fair-play’ desportivo. Não se pode, com honestidade, ser o braço direito de uma justiça que exige rigor nas contas ao mesmo tempo que se é a mão esquerda que acarinha um modo de funcionamento, repito, arcaico que não procura impedir os erros grosseiros que, no caso do Sporting Clube de Portugal, nos espoliaram em quase 17 milhões de euros (não contando com as receitas dos jogos da Champions, direitos televisivos e prémios que poderiam ter sido ganhos)!
 
Com virão a ser relembrados no futuro aqueles que hoje procuram resistir à mudança que, inevitavelmente, o tempo imporá? Quem senão os clubes e os adeptos, que são os maiores investidores, pagará por este atraso? E de que adianta atrasar a marcha do tempo quando se percebe perfeitamente que as mudanças chegarão?
 
Termino quase como comecei: não há debates estéreis, assim exista a virilidade de os sugerir e sustentar.” 

“Tudo a postos para um excelente Campeonato”

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2015

Bruno de Carvalho lançou início da Liga NOS à SportTV

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, aproveitou a antecâmara do encontro inaugural dos ‘leões’ na Liga NOS, em Aveiro frente ao Tondela, para fazer um lançamento do Campeonato e toda a temporada que teve início com uma vitória na Supertaça Cândido de Oliveira, no Estádio Algarve, frente ao Benfica.

Em entrevista à SportTV, o líder ‘verde e branco’ aproveitou também para falar de outros temas da actualidade do Clube. Aqui ficam os principais focos da conversa.

 

Parte ainda mais confiante para a nova época?

“Partimos com a consciência clara de que temos uma responsabilidade acrescida e isso advém de um trabalho que temos estado a desenvolver nestes últimos dois anos e meio. Queremo-nos afirmar claramente como candidatos para, em Portugal, podermos lutar até ao fim pela conquista dos títulos. Eram quatro, o primeiro já está e temos mais três para lutar de forma séria e aguerrida durante toda a época.”

 

Tem mais condições do que à partida iniciou os dois últimos Campeonatos?

“Isso é normal porque às vezes as pessoas esquecem-se a situação em que apanhámos o Clube. Tínhamos que tentar fazer um equilíbrio que quase ninguém achava possível, que era o equilíbrio financeiro e desportivo. Alguns vaticinavam o colapso financeiro e outros que, se conseguíssemos recuperar a parte financeira, haveria um colapso desportivo. Isso não se verificou. Como Sportinguista e Presidente, não posso dizer que a minha ambição não fosse ser campeão mas acabámos, num momento difícil, um segundo lugar com acesso à Liga dos Campeões e um terceiro lugar com ‘playoff’ da Champions e uma Taça de Portugal. Fruto desse trabalho, pudemos reforçar de forma diferente e este ano tivemos a possibilidade de trazer mais experiência e maturidade à equipa. Cremos que está tudo a postos para começar um excelente Campeonato. Vai ser muito mais disputado do que os últimos e será bom para todos, sobretudo para os amantes do desporto.”

 

A vitória na Supertaça aumenta as expectativas e dá mais confiança?

“Não posso ser hipócrita e dizer que a vitória na Supertaça não foi uma alegria colectiva e que isso motiva sempre, tal como a grande procura de bilhetes para o jogo em Aveiro que é reflexo disso. Mas é importante perceber que enquanto estrutura continuamos com os pés bem assentes na terra. Tivemos tempo para celebrar e aquilo que queremos é começar bem esta maratona. Temos de ser regulares, humildes, trabalhadores e ter espírito de sacrifício. Enquanto os Sportinguistas estão satisfeitos e bem merecem, tendo fortes expectativas para esta época, nós devemos manter os pés bem assentes na terra.”

 

Vai continuar a ver os jogos no banco?

“Fala-se muito dessa decisão de ir ou não para o banco mas é um decisão muito pessoal. Creio que irei manter. É o local do jogo onde me sinto melhor, onde posso estar mais à vontade... Ainda estou a pensar como será nos jogos em casa, fora estarei no banco. Tudo na vida tem o seu tempo e o seu ‘timing’. Um projecto tem o seu ‘timing’. Quando cheguei, o facto de o Sporting não estar bem, não estar equilibrado, ter várias divisões e vir de um período sem estabilidade directiva obrigou-me a ter uma certa postura de defesa mais activa e mais interveniente para passar as propostas que as pessoas não ouviam. Quisemos trazer o Sporting para a discussão, mostrar as nossas ideias, que somos diferentes etc. O que disse no último jogo é que sinto, felizmente posso estar mais salvaguardado de estar sempre a intervir porque montámos uma excelente equipa.”

 

Tem a ver também com o perfil do treinador?

“Tem a ver com tudo, não apenas com o perfil do treinador que é muito importante. Temos consciência de que temos uma equipa com muito valor e o facto de nos termos reforçado bem no futebol e também nas modalidades deixa-nos descansados. Podemos estar mais tranquilos em relação à defesa do Sporting porque as pessoas já entenderam as nossas propostas, já discutimos de forma mais serena, a comunicação social também já percebeu que o Sporting mudou e que conta no Campeonato e no mundo do futebol. Foi necessário travar algumas guerras, fazer ouvir a nossa voz mais alto, mas a conjuntura muda um bocado quando conhecem melhor o projecto do Sporting e que o mesmo está para durar. Este ano podemos falar menos e comemorar mais, que é o nosso desejo claro.”

 

Como está a questão do patrocínio para as camisolas?

“Ainda não temos. Porquê? Tem a ver com tudo. O Sporting está com toda a calma a fazer as suas negociações. O que é que me parece? Que esta conjuntura que todos vivemos não é fácil e estão disponíveis a dar menos do que era habitual, ao Sporting e a todos os outros. E o Sporting não quer isso.”

 

Pode-se pensar num modelo de negócio de patrocínio jogo a jogo?

“Em termos filosóficos é possível mas não é isso que pretendemos. O que queremos é fazer valer a marca Sporting. Sabemos o valor, sabemos o investimento que fizemos, sabemos o que queremos e estamos calmamente a negociar com as pessoas até que se atinja um valor que achemos justo para a dimensão da marca Sporting. Há dois anos e meio teríamos de nos sujeitar a qualquer coisa, nesta altura estamos calmos. Temos a certeza absoluta que as coisas vão acontecer. As empresas portuguesas estão a sair do futebol, como todos sabem, e estamos à procura neste mundo global. Até lá, as camisolas estão lindíssimas como estão.”

 

Estava em Alvalade em 2005 quando CSKA ganhou a Taça UEFA?

“Estava e tenho de dizer que fiquei contente com o sorteio porque as histórias são assim, são ciclos, e se me dessem para escolher era o CSKA. Não tem a ver se é uma boa ou uma má equipa, acho que é no mínimo agradável reencontrarmo-nos com uma equipa cuja recordação de 2005 é péssima e vamos tentar que este ano consigamos começar a pensar de outra forma. Terá de ser com muito trabalho e com muito esforço mas sinceramente, a nível pessoal, queria que fosse o CSKA.”

 

A equipa tem noção do peso da entrada na Champions?

“Esta equipa está muito focada nos encontros imediatos. Agora está 100% focada no jogo com o Tondela. Nós blindamos o balneário mas são pessoas, têm acesso à informação através da internet, da televisão, dos jornais... Os jogadores sabem os valores e o prestígio em causa mas também há uma motivação extra de jogar num palco como a Liga dos Campeões. É importante para o Clube e para eles.”

 

O projecto financeiro da época está dependente da entrada na Champions?

“Não podemos ser hipócritas, a entrada na fase de grupos é importantíssima. Não acontecendo, teremos que nos sentar e pensar um bocadinho. Mas estamos confiantes, 100% confiantes. Não nos passa pela cabeça esse cenário de não passar. Ninguém prepara uma equipa como preparámos para não entrarmos na Liga dos Campeões.”

 

As renovações também são uma forma de tranquilizar a equipa?

“É uma forma de reconhecimento destes dois atletas para já, uma forma de conseguirmos estar mais estáveis, calmos e confiantes, que é o objectivo, para que os jogadores possam cumprir apenas a partir daí os desejos do treinador. É bom para o que são os nossos objectivos e para o esforço de manutenção dos melhores jogadores. O Sporting está atento ao trabalho que se faz e sabe reconhecer esse trabalho. Esforço financeiro? Não, está dentro da normalidade que atingimos neste momento. O Sporting não entra em loucuras mas sabemos reconhecer a valia dos jogadores.”

 

Para quando a renovação de Carrillo?

“Parece que é tudo muito rápido e simples mas não é. João Mário e Slimani também eram prioritários. Estamos a trabalhar nesse dossier. O Carrillo já deixou claro que a sua vontade é ficar no Sporting e as coisas têm de ser resolvidas. Não são os jogadores que negoceiam, são os agentes, alguns estão em Portugal, outros não, uns demoram mais tempo a chegar, outros menos. As exigências fazem parte do processo negocial. Creio que rapidamente o agente de Carrillo estará cá para negociar e veremos. Admito tudo, não somos milagreiros. Umas coisas conseguem-se fazer, outras não. Faz parte do futebol. A nossa vontade é renovar e, pelo que disse, o Carrillo também quer ficar. Vamos com calma. Há vontade das duas partes. Só podemos trabalhar, milagres não fazemos. Mas não creio que estejamos numa fase de grandes preocupações.”

 

Porquê a aposta em jogadores mais experientes?

“É o reconhecimento que queremos fazer mais e melhor, que o Sporting se quer colocar num patamar onde a Liga dos Campeões é uma realidade constante e a Champions tem uma exigência muito grande. Queremos um Sporting candidato a todos os títulos nacionais e se houver possibilidades de conciliar a juventude que temos com um talento tremendo e reconhecido no Mundo com experiência, por forma a que todos possam evoluir, é uma fórmula muito mais calma e adequada da realidade que percepcionam. Não vou renegar tudo o que disse no passado: o Sporting tem uma formação excelente, que continua a ser a alma da equipa e conseguimos trazer experiência e maturidade que vai ajuda-los.”

 

Adrien e William são jogadores que quer manter?

“O Sporting não tem sido um clube vendedor, temos feito um esforço para manter os nossos melhores jogadores e fomos buscar jogadores que permitam ao treinador fazer a gestão do plantel sem que existam altos e baixos. Não temos o raciocínio de vendedor.”

 

O Sporting queria Mitroglou?

“Queríamos um ponta-de-lança, no topo da tabela estava o Teo, a partir do momento em que fechámos o Teo e que a nossa opção era manter Slimani, Montero e ter o Tanaka, acabou a ideia do ponta-de-lança. Muito antes do Benfica, fizemos um contacto pelo Mitroglou mas porque um Clube como o Sporting precisa ter várias opções. Não funciona pelo ‘é este ou não é nenhum’. Com o Teo, ficámos servidos.”

 

Gelson Martins é o grande diamante para delapidar?

“É um jogador tremendo, que agrada em termos de características do modelo de jogo ao Jorge Jesus. Temos outros que agradaram bastante mas quando se verifica o plantel temos de tomar decisões. Não são 50, são 24 ou 25. São jogadores e activos e optámos por fazer empréstimos apesar de terem agradado bastante. Quando colocamos jogadores é porque acreditamos neles.”

 

Que balanço faz de Jorge Jesus até ao momento?

“Vou dizer aquilo que ele também tem dito: estamos a percorrer um caminho, são cinco semanas de trabalho, felizmente conseguimos entrar a ganhar a Supertaça, conscientes de que há muito trabalho pela frente. Tenho estado contente, satisfeito. Há um grau de exigência, um compromisso e uma ambição muito elevados. É isso que ambiciono como Presidente Se já fui acordado por ele? Já fui acordado e também já o acordei. Falamos muito. E assim estamos sempre em sintonia: gostamos os dois de trabalhar, de ter ambições, temos uma noção clara da grandeza do Sporting. É o treinador que gostava de ver no Clube e é importante que esteja aqui nesta fase do projecto porque traz conhecimento, ‘know how’. Para mim, apanhei uma alma gémea na ambição, na garra, na entrega, no trabalho – fico satisfeito que isso aconteça.”

 

Quais são as expectativas com Pedro Proença na Liga e sobre a arbitragem?

“Conheço o Pedro Proença há 20 anos, fomos colegas de faculdade, temos a mesma formação de gestão, tem conhecimento profundo do futebol e espero uma gestão mais profissional, virada para o negócio e para os tempos modernos. São precisas novas ideias, novos paradigmas. Tem tudo para dar certo, tem todos os ingredientes para isso mas sozinho não chegará a lado nenhum. Árbitros? A questão do ser a favor do sorteio não quer dizer que se esteja contra os árbitros. O futebol português padece de falta de credibilidade, basta ouvir as conversas nos cafés por exemplo, é a realidade. Temos que lutar para que essa ideia mude e isso faz-se com acção. O Sporting tem apresentado propostas claras para ajudar os árbitros: é necessária uma profissionalização a sério e a introdução de novas tecnologias para ajudar juízes que também são homens. Deve haver regras para as nomeações e há mais do que um nome para cumprir esses critérios. Porque não sortear esses três ou quatro que cumprem isso? Para dar mais calma. Às vezes deve-se dar um passo atrás para dar cinco à frente. Não é um sorteio puro, é cumprir critérios. Quem subsidia tudo são os adeptos e ambiciono um futebol onde se fale das equipas e não das arbitragens.”

"Início de um novo ciclo"

Por Jornal Sporting
11 Jun, 2015

Presidente ‘leonino’ discursou em Alenquer

O Presidente Bruno de Carvalho marcou presença num almoço organizado por Sportinguistas da zona de Alenquer com o objectivo de angariar receitas para a Missão Pavilhão. 

O evento teve lugar na Quinta dos Canavial, no restaurante do Dom Nuno, e, antes do almoço, o Presidente dirigiu-se aos Sócios e adeptos presentes e à comunicação social. 

Leia o discurso na íntegra:

“Na passada sexta-feira, anunciei o início de um novo ciclo no Sporting Clube de Portugal. Um ciclo que se deseja de ambição e glória. 

O caminho para aqui chegarmos tem sido muito difícil. Um caminho de entrega por completo, um caminho de rigor, um caminho de competência, um caminho de transparência, um caminho de árduas tarefas e, muitas vezes, de batalhas para permitir defender os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal e o estado anémico e resignado em que se encontrava o Clube e os Sportinguistas. Mas, para isso, é preciso coragem, é preciso muita coragem.

Para se iniciar um novo ciclo precisamos de entender o passado. Perceber porque um Clube com a nossa grandeza chegou a um presente com um défice de glória pouco condizente com um Clube que se quer afirmar como sendo tão grande como os maiores da Europa. As verdades têm de ser ditas e a sua compreensão permite preparar o futuro não cometendo os mesmos erros. Bem sei que as condições agora são muito mais adversas pois perdemos, em termos do futebol profissional, décadas para os nossos rivais, em termos desportivos, e com isso perdemos o respeito por parte do mundo do futebol e da própria comunicação social.

Mas vamos, de forma breve e resumida, olhar para o passado. O Sporting Clube de Portugal tem 108 anos de história e, na última metade da mesma, fomos campeões apenas oito vezes. Desde 1965, faz agora 50 anos, fomos campeões apenas sete vezes.

Nos últimos 30 anos, fomos campeões apenas duas vezes.
Eramos, até aos anos 90, o Clube em Portugal com maior património e, com isso, poderíamos ter encarado o futuro com uma vantagem competitiva perante os nossos rivais que não se veio a concretizar, tendo inclusivamente perdido quase todo o mesmo, ficando apenas com um Estádio e uma Academia e ambos com pesadas dívidas associadas.

Chegámos a este Clube com quase 500 milhões de euros de passivo. 
A única coisa que mantivemos ao longo da nossa história foi uma enorme e aguerrida massa associativa. Mas um Clube com a dimensão do Sporting Clube de Portugal faz-se de glória, de conquistas! Mas essas, e continuamos a falar apenas no futebol profissional, têm estado muitas vezes arredadas do nosso léxico. Nas últimas 50 vezes que tentámos, apenas gritámos “Campeões” sete vezes.

E para mais, colocaram-nos à beira da falência e com índices de orgulho cada vez menores e índices de desprezo desportivo por parte dos nossos rivais cada vez maiores.

Este é o passado que não devemos esquecer e que molda todas as nossas preocupações, acções e estados de alma actuais. 

Como Presidente do Sporting Clube de Portugal, tenho de compreender que todos nós tivemos de ir criando defesas para a falta sistemática de conquistas. Na falta de podermos gritar “Campeões”, temo-nos, de forma inteligente mas pouco ambiciosa, escondido atrás dos restantes valores que todos nos devemos orgulhar: honestidade, trabalho, valores, regras desportivas e sociais e verdade desportiva. E com isso mantemo-nos diferentes, mantemo-nos “puros”, no sentido de grandeza de acção e de conduta. “Podemos não ganhar, mas temos ‘valores’ que nos orgulham”, dizemos todos! 

E dizemos muito bem! Mas é possível manter esse orgulho e diferença, por defendermos regras e valores, e ser campeões! Mas para tal temos de sair desta zona de conforto que fez com que nos últimos 30 anos apenas tenhamos festejado o título de campeões duas vezes. Temos de ser exigentes, temos de ser audazes, temos de ser ambiciosos, temos de ser o verdadeiro Sporting Clube de Portugal, aquele que, por exemplo, nas décadas de 40 e 50 ganhou dez vezes! Que, por exemplo, de 1947 a 1954, em oito anos, ganhou sete vezes!

O “Crónico” – era assim que chamavam ao nosso Sporting Clube de Portugal!
 
Mas, entretanto, muito mudou. E mudou sobretudo na mentalidade e na qualidade dos nossos dirigentes. Fomos pelo caminho mais fácil e mais perdedor, o do “perdemos mas somos um Clube de elites”. Não existe caminho mais errado. O caminho tinha de ter sido “ganhámos e, por isso, somos um Clube de excelência”!

E esse é o Clube que quero, que ambiciono, que me faz a mim e a toda a Administração da SAD e do Conselho Directivo trabalhar 24 horas por dia! A procura incessante do caminho para a glória! A procura incessante do caminho para o reencontro do “Crónico” vencedor, do grande Sporting Clube de Portugal.

Entrei no Sporting Clube de Portugal pela mão dos associados anónimos que anseiam a volta do grande Sporting tendo como verdadeiros “inimigos” todos aqueles a quem chega ser um mero Clube de elites, de interesses, perdedor, submisso e tímido. Se o Sporting Clube de Portugal voltar a ser o “Crónico”, todos esses Sportinguistas de elite e seus dirigentes, que se autoapelidaram de “topo”, vão passar uma verdadeira vergonha, pois afinal alguém que não tem medo de ser do “povo” conseguirá algo que eles nunca conseguiram. Ganhar de vez em quando não é ter glória, não é ser tão grande como os maiores da Europa! É apenas ganhar de vez em quando.

E relembro, nos últimos 30 anos, foi apenas por duas vezes! Com esta Direcção, já deixámos de ser um Clube com Sportinguistas de primeira e de segunda. Mas temos realmente de mudar de rumo, de discurso, de filosofia, de ambição. Temos de deixar de ter medo de sofrer para abrir os nossos corações e mentes às alegrias das vitórias e conquistas!

A toda esta recuperação financeira e desportiva demonstrada pelo Sporting Clube de Portugal nos últimos dois anos os nossos rivais avançaram com campanhas de bastidores para descredibilizar quem já tem obra feita. E os resultados dessa obra são evidentes.

Agora o inesperado, ou não, são alguns dos porta-vozes dessa campanha dos nossos rivais: Dias da Cunha, José Roquette, Isabel Trigo Mira, Vasco Lourenço, Pires de Lima, Abrantes Mendes, Rui Barreiro, entre outros. 

Uma vez mais demonstrámos que a tão apregoada “diferença” e vantagens de ser um Clube de “elite” se resumiam a um Clube cheio de falsas moralidades, cheio de pessoas a servirem-se do Clube e não a servi-lo, cheio de invejas e perdedor.

A história, como sempre, fará a sua justiça.

Quanto a mim, apenas quero criar condições para que o Sporting Clube de Portugal alcance a tão merecida glória, a glória que já foi sua e que foi perdendo, pois a glória dá trabalho, obriga a desgaste, obriga a conflitos, obriga a pôr o Sporting Clube de Portugal acima de nós próprios e isso, como diriam os antigos dirigentes das “elites”, é uma “chatice e muito aborrecido”!
Enquanto uns já passaram por cá com os resultados desportivos e financeiros desastrosos que são conhecidos, temos agora os moralistas de taxas e taxinhas a sentir necessidade de aparecer novamente. 

Creio que Portugal merece mais atenção e que quem tem responsabilidades para com o mesmo deve concentrar os seus esforços 24 horas por dia. Como eu faço no Sporting, e com isso deixar de opinar sobre o que não sabe, tendo por base uma regra de conduta que, se vir bem, não lhe é atribuída pelos seus pares. Uma prova de inteligência ou de burrice é os inimigos que se escolhem na vida.

Continuamos com a mesma determinação do início. Mais velhos, mais calejados, mais sabedores, mas muito mais alerta pois este Clube sofre de automutilação crónica (mata-se por dentro). Para isso se alterar, o remédio é difícil mas perfeitamente identificado: 

1.º - Terminar a auditoria, responsabilizando os culpados da situação que vivemos;

2.º - Nunca vergar o Clube aos interesses que se alimentaram dele durante décadas;

3.º - Honrar os que servem o Clube e afastar sem receios nem hipocrisias os que se servem dele;

4.º - Ser campeão e não apenas de vez em quando.

São estes quatro pontos em simultâneo que afastarão de vez os eternos perdedores e submissos deste Clube e voltarão a transformar o Sporting no “Crónico”, no grande Sporting Clube de Portugal.

Obrigado a todos os Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal pois sem vocês nada do que tem sido feito seria possível nem poderíamos ambicionar ter de volta o grande Sporting Clube de Portugal. É uma honra servir este Clube, é uma honra servir todos vocês!”

“Aqui está o grande Sporting Clube de Portugal”

Por Jornal Sporting
11 Jun, 2015

Bruno de Carvalho anuncia contratação de Jorge Jesus

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, anunciou hoje, numa declaração formal no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, a contratação do treinador Jorge Jesus para o comando da equipa principal dos ‘leões’ nas próximas três temporadas.

“Anuncio formalmente aos Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal a contratação de Jorge Jesus para as próximas três temporadas. A única garantia que o nosso novo treinador exigiu foi vir treinar o Clube do seu coração. Foi a única garantia que me exigiu”, destacou o líder ‘leonino’ no início da declaração.

“Iniciou-se hoje um novo ciclo na vida do Sporting Clube de Portugal. Foram estes dois anos que permitiram o reequilíbrio financeiro do Clube. Foi isso que possibilitou que estejamos aptos para aumentar o investimento na nossa equipa de futebol com recursos financeiros próprios. Repito: recursos financeiros próprios”, referiu Bruno de Carvalho, antes de avançar com o novo ciclo que se abre em Alvalade.

“Foram dois anos norteados pelo rigor e guiados pela ambição. Partimos para um novo ciclo com a sustentabilidade assegurada e com a ambição reforçada. Os níveis de exigência neste Clube mudaram e com objectivos muito claros – voltarmos a ser campeões com um projecto estruturante a médio e longo prazo. Queremos apostar na experiência e continuar a aposta na formação como prioridade. O nosso novo treinador incorpora esses valores, princípios e atitude que são muito caros a esta Direcção e a este Clube”, salientou o líder ‘verde e branco’.

“Jorge Jesus acredita e saberá potenciar como ninguém os talentos da melhor Academia em Portugal e uma das melhores do Mundo. Sabemos também dar valor ao complemento que só a sabedoria da experiência consegue acrescentar. É um homem frontal, de carácter, trabalhador e com uma competência profissional que todos, sem excepção, reconhecem. Respira futebol, vive futebol e a isso junta um amor intenso ao nosso Clube. O Sporting quer marcar o futuro com a humildade de sempre mas com uma ambição renovada. Aqui está o grande Sporting Clube de Portugal!”, concluiu.

Mensagem do Presidente

Por Jornal Sporting
11 Jun, 2015

Caros Sportinguistas,

Encerramos uma época desportiva mas, mais do que isso, encerramos um ciclo na vida do nosso Clube. Um se fecha, para que outro se abra mais à frente.

E para que este se feche definitivamente remeto-vos esta mensagem.

Transportaremos sempre connosco o que de melhor tenhamos conquistado.

Desde logo uma situação financeira que conseguimos estabilizar, fruto do esforço, trabalho competente e dedicação de toda a minha equipa. Posso hoje dizer-vos que pertencemos a um Clube que apresentou um lucro de 22 milhões de euros, que acaba de concluir o mais bem sucedido empréstimo obrigacionista da sua história, que soube reduzir as despesas, honrar os compromissos e preparar ambiciosa, mas prudentemente, o seu caminho.

Conseguimos aumentar os índices competitivos em todas as nossas modalidades e assim, estamos certos, criar condições sustentadas para que a conquista de mais títulos seja regular.

Dentro de 21 meses estaremos em condições de festejar muitas dessas vitórias no Pavilhão João Rocha, que será inaugurado em Março de 2017

Temos lucro e temos títulos mas este não seria o Sporting Clube de Portugal se não tivéssemos desde sempre, hoje e para sempre valores!

Um deles, porventura o principal, é o do intransigente compromisso com a verdade.

Quem hoje vos fala não o faz por ter um contrato de longa duração a ligá-lo a uma Instituição mas antes um contrato eterno e irrevogável com o Sporting Clube de Portugal. Como todos saberão, decidiu a Administração da Sporting SAD, por unanimidade, esgotada a tentativa de chegar a um acordo com o treinador Marco Silva, instaurar um processo disciplinar com vista ao seu despedimento com justa causa não por consequência da falta de acordo, mas pelo número significativo de ocorrências que tiveram lugar e que, a nosso ver, causaram uma ruptura de relacionamento com o treinador do Clube.

Marco Silva não será apagado nem da nossa História nem das fotografias do nosso Clube e em ambas, ficará registado como o treinador que venceu a Taça de Portugal 2014/2015, contribuindo desse modo, para terminar com um ciclo de sete anos sem vitórias nas competições principais.

O reconhecimento ao seu trabalho e mérito ficará para sempre registado porque nunca foi o seu valor como treinador que esteve em causa.

As qualidades técnicas de um jovem treinador em formação, foram por mim próprio reconhecidas, quando tomei a decisão de assinar um contrato por quatro anos. Tal como muitos Sportinguistas partilhei dessa percepção.

Todavia, ao trabalhar com Marco Silva, vi-me involuntariamente envolvido num conjunto de episódios em que este demonstrou, no nosso entendimento, falta de respeito para com o clube e para com a estrutura que com ele trabalhava.

Inevitavelmente, isso mudou a minha opinião.

Não está em causa o treinador, cujas qualidades técnicas não se colocam em causa, mas sim circunstâncias pessoais que naquelas ocasiões nos deixaram revoltados e desapontados, de forma extremamente grave.

Foram esses (vários) episódios que serviram como factor de constante desestabilização do normal relacionamento institucional, tornando a situação insustentável.

Assinalamos ainda que, durante vários destes episódios, e porventura por pelo nosso silêncio, não foi dada qualquer ênfase na comunicação social aos actos de Marco Silva, ou procurada qualquer justificação para um elevado conjunto de atitudes e frases enigmáticas que este proferiu. Foi igualmente visível o aproveitamento da natural simpatia, que os sócios e adeptos do nosso clube sentiam para com o treinador, para se procurar provocar instabilidade.

O último episódio foi, após ter sido convocado para uma reunião com o seu Presidente na passada 4ª-feira , ter dado a informação de que não podia reunir nessa data porque estaria presente num acção de renovação da licença “UEFA Pro”, a decorrer em Fátima. Situação que se veio a verificar não correspondia à verdade, com a agravante de ao mesmo tempo  – e como tantas vezes aconteceu – ter sido passada para os jornais a informação de que era o treinador que estava à espera para ser recebido.

O mesmo sucede agora, com uma selecção adjectivada de factos que vemos patente nos escaparates e pela qual os sportinguistas não devem deixar-se enganar.

Por exemplo, o Sporting tem parceiros e patrocinadores que lhe permitem alcançar determinados níveis económicos. Diminuir-se publicamente as necessidades de um parceiro e patrocinador do Sporting Clube de Portugal, que entrega ao Clube receitas em troca de visibilidade, e que vê o seu retorno de visibilidade injustificadamente diminuído por alguém que, por algum motivo, entendeu não lhe serem aplicáveis as regras de um grupo, nem de que um mero fato estejamos a falar, não é só deselegante como é pouco sério.

Em prol do superior interesse do cumprimento dos objetivos desportivos, optámos por não causar a ruptura quando ela se impunha, tendo mantido uma posição de tolerância quase involuntária para que os objectivos do Sporting Clube de Portugal pudessem ser alcançados.    

Quero também deixar expresso, de forma muito clara, o sentimento de que terminado este processo, para o Sporting Clube de Portugal, são indiferentes as opções profissionais que o treinador Marco Silva venha a tomar, inclusivamente no que se refere ao clube que decida treinar, seja ele rival ou não.

O meu único dever de lealdade é para com o Sporting Clube de Portugal.

Hoje como amanhã estarei sempre única e exclusivamente ao serviço do Sporting Clube de Portugal.

A minha dedicação 24 horas por dia é com esta Instituição que tanto amo e me orgulho de presidir.

Instituição que merece o máximo de respeito, lealdade e verdade por parte de todos os que a servem.

O nosso Sporting Clube de Portugal pauta-se por princípios de rigor e exigência muito claros, demonstrados de forma inequívoca nas contas que já apresentámos e nos resultados desportivos que melhoram de época para época.

E quero dizer a todos os Sportinguistas que existem valores que para nós são inalienáveis. 

Estando eles em questão é todo um projeto que é posto em causa.

E para mim o projeto que conta é só um: o sucesso e o futuro do nosso Sporting Clube de Portugal!

Fecho este ciclo com a absoluta convicção de que, mais uma vez e como sempre, decidimos com a consciência e a obrigação de agir no melhor interesse do Sporting Cube de Portugal e na defesa intransigente dos seus valores e princípios que sempre nos diferenciaram.

Presidente do Sporting Clube de Portugal

Bruno de Carvalho

“Somos um Clube de conquistas”

Por Jornal Sporting
02 Jun, 2015

Bruno de Carvalho na recepção ao Sporting na CML

“É com muito orgulho e satisfação que estou hoje aqui com o troféu da Taça que o nosso grupo conquistou ontem”, começou por referir o Presidente ‘leonino’ na recepção oficial ao Sporting na Câmara Municipal de Lisboa. “Ontem, no Jamor e depois em Alvalade, vivemos um dia que mexeu muito com as emoções de todos os Sportinguistas e que a Direcção saboreou de uma forma especial”, acrescentou.

“Iniciámos este trajecto há mais de dois anos, um trajecto comum com o objectivo de aumentar o lucro do Clube e de continuar a conquistar vitórias. Quando anunciámos este percurso, todos os especialistas diziam que os objectivos eram antagónicos, que era impossível ter lucro e ser candidato a títulos. O Sporting ontem provou que esse paradigma também existe no desporto e o Sporting é um exemplo. A conquista de ontem mostrou que sempre tivemos razão e que há outra maneira de estar no desporto. O rigor não limita a competitividade e as vitórias assim obtidas são mais saborosas”, salientou Bruno de Carvalho.

O Presidente ‘leonino’ apontou ainda o apoio dos Sócios e adeptos como fundamental para a vitória. “Li em vários sítios hoje que a equipa do Sporting jogou mais de 100 minutos com dez jogadores, eu digo que ontem entrámos com mais de três milhões em campo”, confessou. “Ontem tínhamos mais do que uma partida de futebol. Antes do jogo passei uma mensagem de estímulo e confiança, disse a todos os jogadores olhos nos olhos que o Jamor era a felicidade de todos os Sportinguistas. E foi isso que aconteceu, também dentro de campo. Os profetas da descrença nada conseguem fazer a uma equipa que se entrega e trabalha”.

Bruno de Carvalho apontou ainda que o Sporting é “um Clube de vitórias”. “Somos e sempre fomos um Clube de conquistas, de vitórias e glórias. Agora é tempo de trabalhar com rigor e humildade para que as conquistas surjam e para daqui a um ano possamos estar novamente aqui”, rematou.

“O primeiro título de muitos no futebol”

Por Jornal Sporting
02 Jun, 2015

Bruno de Carvalho faz balanço da conquista da Taça de Portugal

O Presidente Bruno de Carvalho revelou-se muito satisfeito com a conquista da 16.ª Taça de Portugal, a sua primeira enquanto Presidente do Clube de Alvalade.

“É o primeiro título de muitos no futebol profissional”, começou por referir Bruno de Carvalho. “É uma alegria indescritível, vê-se nos olhos dos adeptos que estão aqui presentes”, acrescentou.

“É para isto que estamos no Sporting, para devolver a alegria e o orgulho aos Sportinguistas. Conseguimos a Taça e temos de sonhar ainda mais alto, queremos um Clube de vitórias”, salientou.

Bruno de Carvalho apontou ainda a “ambição como resposta”. “Verificámos como é bom termos mais títulos. Fizemos este Sporting ainda maior”, confessou. “Esta vitória veio dar alento a estes jogadores e mostrar-lhes que é possível conquistarem títulos com a camisola do Sporting”, rematou.

"Esclarecer Sportinguistas no momento certo"

Por Jornal Sporting
16 maio, 2015

Conferência de imprensa de Bruno de Carvalho

Em conferência de imprensa realizada, hoje, no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade, o Presidente Bruno de Carvalho abordou vários temas da actualidade ‘leonina’, desde as notícias que têm saído na imprensa nacional ao trabalho que tem sido feito dentro de portas.

“Sobre futebol, fui eu que disse que tínhamos o plantel que queríamos, que tinha muito orgulho no plantel que tínhamos e fui eu que disse que o objectivo era lutar para ser campeão. Desde o primeiro dia, a confiança no plantel é absolutamente total. Sempre apoiei o nosso plantel e sempre tive confiança no plantel.Desde o primeiro dia, dei o meu apoio ao Marco Silva, disse que era o treinador do Sporting, relembrei os quatro anos de contrato que tem e disse que íamos comemorar muitas alegrias em conjunto”, começou por dizer Bruno de Carvalho.

“Faço minhas as palavras do Marco Silva, hoje, quando disse que neste processo longo e extenso houve alguma sacanice. Reforço: houve muita sacanice. Nessa data vou explicar aos sportinguistas como funcionam as fontes jornalísticas. Neste processo que tem meses só houve um alvo, uma pessoa que sofreu humilhações diárias, criticas: fui eu. E com isso o próprio Sporting. Tudo o que se fala sobre este processo tem um alvo. Quero vos dizer que várias vezes durante este processo já me pronunciei. Sobre jogadores, sobre treinador, sobre o passado, o presente e o futuro. Mas realmente, as ditas fontes, teimam em levar os jornalistas e os Sportinguistas sempre para o lado do ataque ao Presidente do Sporting. Quero que entendam os Sportinguistas que quando os assuntos são importantes vale a pena fazer um exercício pouco difícil: quem beneficia desse mesmo assunto. Se o fizéssemos, se calhar alguma luz se fazia no espirito das pessoas”, prosseguiu.

“Relembro os Sportinguistas do projecto Sporting, porque, se calhar, às vezes, acham que ainda estamos há dois anos atrás, onde os projectos eram nomes e chavões. O projecto Sporting tem mais de 120 medidas; era o programa eleitoral e tem pilares base, que são os que relevamos em termos de avaliaçao seja do que for dentro do grupo Sporting. Relembro algumas bases desse projecto: rigor, competência, caracter, lealdade e hierarquia.Relembro os Sportinguistas que na Assembleia Geral de 17 de Janeiro disse sobre estas temáticas que se um dia achasse que era altura de falar a sério sobre tudo aquilo que se tem passado este ano no Sporting, o faria. E assim o farei e os Sportinguistas podem ter essa certeza. Farei no dia e local que considero certo”, continuou o Presidente ‘leonino’.

“Quero relembrar que Portugal é muito pequenino, a certa altura passamos a saber tudo: quem almoça com quem, quem se encontra com quem, quem liga a jornalistas, quem se encontra com comentadores. Tudo se sabe e digo que a mentira tem perna curta. Alguém anda a mentir e muito aos Sportinguistas. Muitos têm sido os Sportinguistas que se têm pronunciado em bicos de pés sobre o que não sabem nem procuram junto do Clube saber. Quando tudo ficar esclarecido – e ficará sem dúvida nenhuma – os Sportinguistas ficarão a saber o seu entendimento sobre sportinguismo e muitos não deixarão de ser apelidados de papagaios”, afirmou Bruno de Carvalho.

“O Sporting tem dois jogos importantíssimos para o Campeonato Nacional. Dois jogos que adeptos e jogadores têm de tomar como duas finais. Infelizmente o Sporting já não pode passar para lugares mais à frente nem cair, mas não podemos deixar de olhar para os dois jogos com a importância que têm. Dois jogos importantes para demonstrar a Sócios e adeptos que esses sim merecem o nosso respeito e trabalho que fazemos 24 horas neste Clube. Na Taça não há vitorias antecipadas e só com trabalho conseguiremos o objectivo. O Sp. Braga é uma equipa forte e os jogadores têm de se concentrar na sua missão, na sua profissão porque os jogadores são profissionais”, referiu.

“Em profissionais não há desestabilização nem assuntos que desestabilizem. Entrada e saída de jogadores e treinadores é perfeitamente normal em todos os planteis. O que está em causa não é a desestabilização da equipa do Sporting. Como profissionais que são, têm de estar focados no seus objectivos. O objectivo é desestabilização, mas do Presidente e quem o tenta fazer atinge todo o Sporting, os seus Sócios e adeptos e esses merecem respeito e merecem não ser enganados”, explicou o Presidente.

“Estou em condições para garantir o que Marco Silva garantiu hoje. O treinador tem contrato e havemos de conversar no final da época. Não contactei treinador absolutamente nenhum. A próxima época, já já está a ser preparada há algum tempo. Estamos no mercado com calma e serenidade. Não sabemos o orçamento que podemos contar no próximo ano, mas o pânico não faz sentido nenhum. O orçamento deste ano está mais do que garantido, não sabemos é se temos mais ou não. Temos mais calma e serenidade para preparar a época. Sempre apoiei publicamente o plantel e o treinador. Tudo na vida é feito com normalidade. Para renovarmos seja com quem for é preciso vontade das partes e dinheiro. Havemos de conseguir renovar com uns, com outros não. O saldo de renovações tem sido altamente positivo”, garantiu.

“Aquilo que podem esperar do Presidente é profissionalismo. Têm um presidente a full time, órgãos sociais a full time, um Presidente a cumprir sonho de infância, que não quer ir para lado nenhum. Isso é uma certeza inabalável. Estou aqui e não quero ir para mais lado nenhum”, concluiu Bruno de Carvalho.

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