Alan Ruiz apontou o único golo do duelo frente ao Arouca, em Alvalade, que vale a liderança repartida do Grupo A com o Varzim
"Força Chapecoense". A frase multiplicou-se pelas bancadas de Alvalade em homenagem à equipa brasileira que seguia no avião que se despenhou na Colômbia, na madrugada desta terça-feira, com 81 pessoas a bordo. Entre várias tarjas, uma destacou-se das demais: "Força Marcelo Boeck! És um de nós!", referente ao guarda-redes leonino emprestado ao emblema canarinho, que acabou por escapar à tragédia por ter pedido dispensa do embate da Copa Sul-americana.
Um momento que não passou indiferente a nenhum Sportinguista. Assim como o minuto de silêncio respeitado pelas três equipas em campo: a do Sporting CP, a do Arouca e a de arbitragem, ao qual se juntou o 12.º jogador. "Unidos pela dor e pela cor", dizia outra mensagem simbólica na Curva Sul. Cumprida a homenagem, a bola passou para o relvado, com um arranque dos leões a todo o vapor, que daria a primeira vitória no Grupo A da Taça da Liga. Elias, logo aos três minutos, ficou perto de abrir o marcador, mas Rui Sacramento, com uma palmada na bola, afastou o perigo da área do Arouca. No lance seguinte, Sancidino respondeu na mesma moeda, isolando-se, mas o remate embateu nas redes da baliza à guarda de Beto.
Aos 10 minutos, Alan Ruiz aproveitou um livre à entrada da área para apontar a mira à baliza arouquense, mas sem sucesso. Cinco minutos depois, nova vaga do ataque leonino, após uma iniciativa de Markovic. A bola sobrou para Alan Ruiz que, prontamente, abriu no corredor esquerdo para Joel Campbell, com o costa-riquenho a tirar um cruzamento a meia altura que 'morreu' (novamente) nas mãos de Sacramento.
A resposta não tardou. E chegou de canto directo, de Vítor, que passou por quase todos os jogadores na área leonina sem um último toque. A bola acabou por sobrar para Elias, que cortou o lance para alívio dos Sportinguistas nas bancadas. À passagem pela meia hora de jogo, um livre estudado possibilitou a Douglas surgir em plena área adversária solto de marcação, mas o cabeceamento saiu sem perigo. Aos 34', Campbell voltou a ter uma nova oportunidade, mas o remate, como o pior pé, passou ao lado do poste. À beira do intervalo (44'), novo contra-ataque do Arouca, iniciado por Crivellaro, após uma perda de bola dos leões, com Beto a negar o golo novamente a Vítor. Como quem não marca sofre, como se diz na gíria do futebol, Alan Ruiz estreou-se logo a seguir na ficha de marcadores com a listada verde e branca através de um remate colocado (1-0).
Uma vantagem que poderia ter sido aumentada no segundo tempo por André, que na recarga a um cabeceamente do Petrovic atirou à figura de Sacramento. Mais atrevido no ataque, o Arouca subiu no terreno e permitiu a Markovic, por duas vezes, lançar cruzamentos venenosos para a área contrária. Em ambas as ocasiões valeu a atenção do guardião arouquense.
Aos 75', Matheus, lançado em velocidade no corredor esquerdo por Campbell, serviu na perfeição Castaignos, já dentro da área, que não conseguiu dar seguimento à jogada. Dez minutos depois, foi a vez de Markovic assistir Elias, que na cara de Sacramento também atirou para fora.
Sem conseguir concretizar as oportunidades criadas, o Sporting CP acabou por chegar ao apito final com apenas um golo de vantagem, num jogo em que fez o suficiente para chegar a um resultado mais dilatado. Nada que tenha preocupado os 10698 Sportinguistas nas bancadas de Alvalade, que aplaudiram entusiasticamente o triunfo leonino que vale a liderança do Grupo A da Taça da Liga com três pontos, os mesmos amealhados pelo Varzim em Setúbal (1-0).