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Opinião

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR NESTA AG

Por Sporting CP
21 Out, 2021

​“Não se questionem sobre o que o vosso país pode fazer por vocês. Questionem-se, antes, sobre o que podem fazer pelo vosso país”.

“Não se questionem sobre o que o vosso país pode fazer por vocês. Questionem-se, antes, sobre o que podem fazer pelo vosso país”.

É a frase mais celebre e citada do discurso de tomada de posse de John Fitzgerald Kennedy (JFK), mas cujo texto em si, brilhante, tem outras partes que merecem ser revisitadas e que aproveitarei no editorial de hoje. Já aqui regressarei no final deste texto, mas primeiro abordo as respostas ao título que escolhi para este editorial. Recordo que, no próximo sábado, dia 23, o que está em votação em Assembleia Geral (AG) é a aprovação das contas do Clube relativas aos exercícios de 2019/2020 e 2020/2021. Contas auditadas, certificadas e novamente certificadas pelo auditor. E sendo esta a natureza da AG vou apresentar-lhe três razões para votar a aprovação das contas, mas fazendo o exercício inverso: razões que poderiam ser apresentadas como racionais para votar contra (mas que não se verificam):

1.O Sporting CP apresentou prejuízo injustificado.

Tivesse o Sporting CP apresentado prejuízo nos dois exercícios em aprovação, de forma injustificada ou por neglicência, seria um motivo legítimo para a não aprovação das contas. Teria que analisar-se o contexto em concreto para perceber quais as causas raiz desses prejuízos para melhor opinião. Se um motivo de força maior, como por exemplo a maior pandemia, estivesse na sua origem, seria provavelmente aceitável.

Uso o condicional porque é meramente um cenário hipotético.

O Sporting CP não só apresentou lucro, como inclusive em 2020/2021 registou o melhor resultado líquido desde 2014/2015 com €4,3M. O que não é hipotético é que de facto existiu um motivo de força maior chamado COVID-19, e que teve todos os impactos sabidos, mas apesar disso tivemos lucro.

2.Alteração da normativa contabilística para IFRS.

A normativa contabilística mais utilizada no mundo é o IFRS. Aliás, a mesma que é utilizada na Sporting SAD. O Clube utilizava a normativa SNC, a menos utilizada, o que, por consequência, tornava a harmonização e comparativo mais difícil. Tivesse o Sporting CP alterado no sentido inverso, isto é, de IFRS para SNC, entender-se-ia algum cepticismo. Mais, fosse também o caso que, resultante desta alteração, existisse uma “inflação” dos resultados com algum intuito de cosmética, uma não aprovação seria igualmente explicável. Acontece que o Sporting CP alterou de SNC para o IFRS e, como consequência disso, o Resultado Líquido baixou de €4,3 milhões para €135 milhares de euros.

3.Manutenção do não reconhecimento das responsabilidades decorrentes da valorização das participações financeiras pelo método da equivalência patrimonial há pelo menos 20 anos.

Há pelo menos 20 anos que o Revisor Oficial de Contas aprova as contas com uma reserva que coloco abaixo em nota (*1). Situação que, diga-se, sempre se manteve até à data, e não teve, pelo menos pela parte da maioria nenhuma rejeição. Ora, aquilo que se efectuou foi precisamente a correcção dessa situação, pelo que em consequência pela primeira vez o Sporting CP corrigiu esta situação e apresentou um Certificação Legal de Contas sem reservas no último Relatório e Contas.

Em resumo, o voto de aprovação de contas é um voto de aprovação relativamente às contas. Ponto. Que exige por parte dos Sócios um dever de objectividade e responsabilidade perante a Associação secular da qual fazem parte, e por cuja imagem de credibilidade e reputação devem zelar.

Qualquer outro intuito fere este princípio e o bem superior do Sporting Clube de Portugal.

Todos os Sócios, independentemente do seu direito de opinião e liberdade de expressão, deviam ter isto presente.

O que é hoje em dia, mais do que nunca, evidente é que no Sporting CP existe um segmento de Sócios que decide proselitamente sem qualquer base de racionalidade ou evidências.

E é por isso que termino parafraseando Kennedy no seu discurso inaugural: “Unidos, há muito pouco que não possamos fazer diante de inúmeras iniciativas de cooperação. Divididos, há pouco que possamos fazer, pois não nos atreveremos a enfrentar um grande desafio se estivermos divididos e em conflito. (…) Meus compatriotas, reside em vossas mãos, mais do que nas nossas, o êxito ou o fracasso de nosso curso de acção. Desde a fundação deste país, cada geração de americanos foi convocada a prestar testemunho de sua lealdade à nação. (…) Agora, a trombeta chama-nos novamente — não um chamado para empunhar as armas (…); não um chamado para a batalha (…) — mas um chamado para suportar o peso de uma longa e incerta luta, ano após ano, regozijando-nos na esperança, pacientes nas tribulações — uma luta contra os inimigos comuns do homem: a tirania, a pobreza, a doença e a própria guerra. Conseguiremos formar contra esses inimigos uma aliança ampla e global, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, que possa garantir uma vida melhor para toda a humanidade? Querem fazer parte deste esforço histórico?”.

(*1) O Sporting Clube de Portugal valorizou em 30 de Junho de 2019 as participações financeiras detidas nas empresas do Grupo Sporting Clube de Portugal pelo método da equivalência patrimonial, tendo reconhecido por valor nulo as participações financeiras em entidades cujos respectivos capitais próprios eram negativos àquela data. (…)

Editorial da edição n.º 3842 do Jornal Sporting

Vontade de vencer

Por Miguel Braga *
21 Out, 2021

Para a História, ficará a primeira vitória do Clube na Turquia e um resultado que apesar de volumoso – no final o marcador registava 1-4 − poderia ter sido muito maior, estivesse a equipa com a pontaria ainda mais afiada

Como alguém disse um dia “quando há vontade, há sempre um caminho”. E foi isso mesmo que o Sporting CP demonstrou em Istambul, na Turquia, em pleno Vodafone Park, a casa do Beşiktaş Jimnastik Kulübü. Num estádio com a lotação ainda com restrições devido à pandemia, os turcos fizeram jus à sua fama e fizeram-se ouvir alto e a bom som desde que os primeiros jogadores subiram ao relvado ainda para o aquecimento. Cada vez que os jogadores do Sporting CP se acercavam de uma das bancadas – ou para fazer sprints ou as normais trocas de bola − eram brindados com um coro de assobios, antevendo uma pressão adicional para os 90 minutos de jogo. E assim foi. Empolgados pela energia e volume dos seus adeptos, a equipa do Besiktas entrou forte, mais emotiva, com aquela paixão que os caracteriza e que pode intimidar os adversários. Mas esta equipa do Sporting CP já provou dentro de campo que tem vontade de fazer mais e melhor. E foi assim que o caminho para a baliza de Ersin Destanoğlu começou a ser trilhado também desde os primeiros minutos, sustendo os ímpetos da equipa de Sergen Yalçin, o treinador que, enquanto jogador, foi conhecido como o Maradona da Turquia.

Daqui a umas décadas, muito provavelmente, poucos se recordarão destes pormenores que transformam um jogo de futebol num turbilhão de emoções. Para a História, ficará a primeira vitória do Clube na Turquia e um resultado que apesar de volumoso – no final o marcador registava 1-4 − poderia ter sido muito maior, estivesse a equipa com a pontaria ainda mais afiada e não quisessem os deuses do futebol que os remates de Paulinho encontrassem, por duas vezes, os ferros da baliza turca, antes daquele que foi o golo da noite: remate de pé esquerdo, colocado em arco e consequente explosão de alegria dentro e fora de campo. Se há jogador que merecia marcar assim, esse jogador foi, mais uma vez, o nosso 21.

Começam a faltar elogios para caracterizar as exibições de Sebastián Coates de Leão ao peito. O internacional uruguaio voltou a provar que é um especialista também na área adversária, com dois golos tirados a papel químico (o primeiro com assistência de cabeça de Gonçalo Inácio, o segundo a passe de Paulinho) e ainda um terceiro cabeceamento que originou o penálti convertido por Pablo Sarabia. Na defesa, Coates também foi seguríssimo e imperial, liderando a defesa que, ao dia de hoje, provocou mais foras-de-jogo das equipas adversárias (13) na presente edição da Champions League.

Enquanto os Leões comemoravam na Turquia, no Pavilhão João Rocha as emoções também estavam ao rubro nos minutos finais do jogo contra os suíços do Kadetten, a contar para a fase de grupos da EHF European League Men 2021/2022. Mais uma vez a vontade de ganhar imperou mesmo depois de estarmos em desvantagem por cinco golos (12-17). O golpe de teatro estava reservado para os últimos segundos de jogo, pelas mãos de Mamadou Gassama que interceptou uma bola do ataque adversário e rematou para o fundo de uma baliza vazia: 29-28 e a certeza de que o caminho da vitória se faz com vontade, com crença e acreditando do primeiro ao último minuto.

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

O meu ‘dérbi eterno’

Por Juvenal Carvalho
21 Out, 2021

Toda a envolvência do período antes do jogo mexeu comigo. Foi bonito ver o azul e o verde conviver de forma fraterna nas imediações do estádio

Sexta-feira, 15 de Outubro de 2021. Eram 20h45, quando o portuense Gustavo Correia, o árbitro escalado para o reencontro entre dois históricos do futebol português, apitou para dar início ao dérbi lisboeta entre o Clube de Futebol Os Belenenses e o Sporting Clube de Portugal. Um dérbi ancestral e mítico, tão mítico que a primeira partida entre os dois clubes se disputou no já longínquo mês de Abril de 1920, marcando desde aí, e até há poucos anos atrás, um jogo que para mim será, ad eternum, o meu verdadeiro ‘dérbi’ de Lisboa.

Toda a envolvência do período antes do jogo mexeu comigo. Foi bonito ver o azul e o verde conviver de forma fraterna nas imediações do estádio.

Rebobinei mesmo o momento em que eu, criança, pela mão do meu avô materno, um inveterado adepto do clube da Cruz de Cristo, e o pioneiro da minha primeira ida ao Restelo, bem como com os meu pais, vivi outros jogos entre as duas equipas, e que era apelidado por ele, e por uma maioria familiar afecta ao ‘Belém’, como o ‘desertor’ da causa azul.

Quando reentrei no Restelo, confesso que me veio à memória belas recordações do passado. Olhei de cima o palco majestático onde se vê o Tejo numa paisagem única. Sim, estava ali, de novo, o ‘meu’ Sporting Clube de Portugal a jogar contra o verdadeiro e centenário Clube de Futebol Os Belenenses. Com aquela sensação estranha de achar que estava a viver um sonho, e quase me apetecer beliscar para acreditar. Quando as bolas do sorteio ditaram este desafio, fiquei feliz e intuí que não poderia faltar a este jogo. Assim o fiz, e como diz aquele velho ditado...  “tudo está bem quando acaba bem”. E foi o caso. Ganhou, como era expectável, o nosso Sporting CP. As forças em compita assim o previam. Passámos naturalmente à próxima eliminatória da Taça de Portugal, revi amigos e pessoas que me estão no coração, num ‘dérbi’ que começou ao almoço, em Alcântara, com o meu bom amigo de muitos anos, e dirigente dos azuis do Restelo anos a fio, o Mário Henriques, que respira Belenenses por todos os poros. 

Este dia 15 de Outubro, não foi só de reencontro entre históricos do futebol e do desporto português, foi também de bons reencontros pessoais e de rever amizades que ficaram para a vida. Um dois em um que ficará gravado na memória. E que belas memórias tenho destes jogos no Restelo.

Foi até um dia que gostaria que passasse mais devagar, tal a forma como dele desfrutei. O desporto é muito mais que um simples jogo. É sobretudo amizades, e reviver e recordar momentos. 

Como cantava como só ele Chico Buarque: “Foi bonita a festa, pá”. Apenas faltou o pastel de Belém que tradicionalmente comia após todos os jogos com o meu avô. Onde estiver, esta minha coluna de opinião é muito para ele e para os meus diversos familiares ‘pastéis’. Sabendo todos eles, que o Sporting é o meu grande amor!

PS  - Se dúvidas houvessem sobre a saúde com que vive o futebol do Sporting, Istambul provou que o Esforço, a Dedicação e a Devoção, aliadas a um trabalho fantástico de baixo para cima, a Glória é perfeitamente possível e que nada é por acaso. O caminho está delineado... é por aqui!

ASSEMBLEIA DE DIA 23, TAÇA DE PORTUGAL, TURQUIA E…

Por Tito Arantes Fontes
21 Out, 2021

Tem lugar no próximo sábado a Assembleia Geral do Clube para deliberar sobre os Relatórios de Gestão e Contas do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL referentes aos exercícios de 2019/2020 e 2021/2021

ASSEMBLEIA GERAL DE DIA 23 DE OUTUBRO (próximo sábado) - Tem lugar no próximo sábado a Assembleia Geral do Clube para deliberar sobre os Relatórios de Gestão e Contas do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL referentes aos exercícios de 2019/2020 e 2021/2021. Oportunidade soberana para os Sócios do Clube dizerem mesmo o que querem e como querem fazer. Se querem persistir em continuar a chumbar as contas do SPORTING CP, seguindo o caminho das últimas Assembleias Gerais. Ou se – ao invés – pretendem manifestar de outro modo o seu Sportinguismo, votando favoravelmente esses Relatórios e essas Contas. Recordamos que a última Assembleia Geral ocorreu no passado dia 30 de Setembro, tendo “chumbado” esses mesmos Relatórios e Contas, através do voto de cerca de 450 Sócios, maioria dos pouco mais de 750 Sócios que compareceram nessa Assembleia. É, portanto, agora novamente a hora dos Sócios do SPORTING CP dizerem como querem o Clube… se nas mãos de quem sistematicamente chumba tudo (ou quase tudo) que a Direcção apresenta a deliberação e votação… ou se nas mãos das “enormes maiorias” que em 2018 “viraram” o Clube do “avesso” e o fizeram ingressar novamente no caminho da reconstrução do SPORTING CP e do êxito desportivo! Eu sei o que vou votar… vou aprovar os Relatórios e as Contas do meu Clube!

  1. TAÇA DE PORTUGAL – Na 6.ª feira da semana passada mais um “clássico” no Restelo! Já tínhamos saudades! Uma bela moldura humana, para um “jogo de sempre”! O jogo – como é apanágio da Taça – foi disputado e durante bastante tempo teve o resultado algo incerto. Depois, depois veio ao de cima a esperada superioridade do SPORTING CP, que ganhou com uma confortável goleada! Pena a entrada muito dura e desnecessária do jogador do Belenenses sobre o nosso Porro… era para expulsão directa… apesar de vários “ex-árbitros” terem demorado uma “penosa eternidade” a começarem a balbuciar o que as imagens mostravam à saciedade… expulsão descarada! Enfim… há gente que nem mesmo com imagens à frente consegue ver o que “um cego vê”!!! Triste e desgraçada gente que… depois… depois, desesperada, vem lamentavelmente agarrar-se ao “frame” que não viram… porque não quiseram! Que gente essa!!!
  2. CHAMPIONS / BESIKTAS – Grande vitória do nosso SPORTING! Em Istambul, a primeira vitória do SPORTING CP na Turquia! Exibição de categoria, de classe! Coates a demonstrar mais uma vez a sua enorme valia como goleador! É um enorme “capitão”! Palhinha soberbo!  Matheus Nunes a exibir “perfume” e classe! Paulinho a coroar um belo jogo com um golo soberbo e de apurada execução técnica! Adán a comprovar uma vez mais o esteio que temos na nossa baliza! Foi um belo jogo! Com um excelente resultado! E temos o Grupo relançado… tudo é possível! Vamos SPORTING! No dia 3 de Novembro jogamos outra vez com o Besiktas, agora no José Alvalade… é para ganhar, claro!!!
  3. BASQUETEBOL – Infelizmente o país assistiu a mais um “número” protagonizado pelo FCP. Agora… falta de comparência num jogo do Campeonato Nacional de basquetebol! Por discordarem, segundo dizem, da nomeação de um dos árbitros! Irra! O clube do “apito dourado”, o clube do “forrobodó” de décadas… esse mesmo clube queixa-se dos árbitros e faz voluntária “gazeta”! Ridículos! Lamentável e profundamente ridículos! Espera-se aplicação rigorosa dos regulamentos federativos! Só assim se engradece a modalidade e o desporto em Portugal! Não, não queremos voltar ao mundo subterrâneo dos “apitos dourados”… em nenhuma modalidade!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Muito mais que um treino

Por Miguel Braga *
14 Out, 2021

“No Afeganistão, não tínhamos estas condições para melhorar enquanto jogadoras. É uma grande oportunidade para nós, nem consigo explicar. Podemos ser aquilo que quisermos”. Sadaf Sharifzada sabe bem de onde escapou.

É impossível compreender o que é ter a vida assim, virada do avesso, com apenas 15 e 16 anos. É impossível ficar indiferente à realidade de dezenas de raparigas que tiveram de abandonar o país de origem, cada uma com a sua história dramática, de fuga, de reencontros e de esperança (páginas 14 e 15).

O Sporting CP recebeu de braços abertos uma selecção jovem de futebol do Afeganistão para um treino conjunto com a equipa feminina de sub-15. Em causa, muito mais do que um simples treino: “quando jogo futebol sinto‑me livre, como uma rapariga normal, igual a uma qualquer que viva noutra parte do mundo”, afirmou Sadaf Sharifzada, uma das jogadoras afegãs. Apesar dos seus apenas 16 anos, Sadaf sabe bem de onde escapou: “no Afeganistão, não tínhamos estas condições para melhorar enquanto jogadoras. É uma grande oportunidade para nós, nem consigo explicar. Podemos ser aquilo que quisermos”.

É, de facto, muito difícil compreender uma realidade onde é negada a possibilidade de sonhar às jovens, onde são e irão ser negados direitos e liberdades que julgamos universais. “Quero mostrar aos talibãs que somos tão poderosas quanto os homens e que sou mais corajosa do que aqueles que dizem que as mulheres têm de estar em casa. Quero mostrar‑lhes o meu poder”. De Lisboa para o Mundo, o poder de todas estas raparigas será um exemplo para milhares de tantas outras, cujo quotidiano foi interrompido, sem prazo para regressar a uma normalidade que se deseja que seja extensível a toda a Humanidade. Estes exemplos servem também para nos obrigar a parar e pensar nos privilégios que temos e que devemos valorizar todos os dias. A toda a comitiva do Afeganistão, o Sporting CP expressou o desejo de futura cooperação e disponibilidade para ajudar no acolhimento do grupo. Será a própria sociedade portuguesa a dar os próximos passos.

Vários Leões do Sporting CP voltaram a brilhar nos SUDS Open Euro TriGames – os Europeus para atletas com Síndrome de Down −, na natação e no ténis de mesa (página 26). Começando pelo último, João Soldado conquistou quatro medalhas, revalidando títulos e provando mais uma vez a sua condição de atleta de eleição. Já dentro de água, destaque para Diogo Matos, João Vaz, André Almeida e, especialmente, Vicente Pereira – os vários recordes nacionais, europeus e até mundiais deste quarteto, ajudaram à conquista do terceiro lugar da selecção nacional no torneio por equipas. Já o nosso Vicente Pereira foi o Michael Phelps de serviço ao conquistar sozinho, nada mais nada menos que 12 medalhas de ouro com quatro recordes mundiais e cinco recordes nacionais. Impressionante.

Por último, destaque também para a primeira grande entrevista da nova vida de João Pereira (páginas 16 a 18), antigo internacional português que na época passada sagrou-se Campeão Nacional e que agora abraçou a missão de ser treinador-adjunto da nossa equipa de sub-23: “o Sporting CP é especial porque é diferente a vários níveis”. E essa diferença é um dos motores da dimensão do Clube.

Editorial da edição n.º 3841 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Leões que não se esquecem

Por Juvenal Carvalho
14 Out, 2021

Que rica História tem o Sporting Clube de Portugal. Que enorme acervo tem o nosso Jornal, retratando essa mesma História!

Através de um grupo de amigos criado no WhatsApp, com a particularidade de todos eles serem Sportinguistas, e na sua maioria terem passado pelo Jornal Sporting, recebi, no caso através do Gonçalo Pereira, um grande Leão que já passou por esta casa, e das pessoas mais geniais que conheço quanto à sua capacidade de escrita, uma foto do Jornal Sporting onde pontificavam nomes incontornáveis da história do nosso Jornal. Corria então a década de 90. Sou leitor deste jornal desde criança, uma leitura semanal quase peregrina. Dos tempos em que João Xara-Brasil era o director, e em que escreviam Inácio Teigão − era seu ávido leitor −, António Baptista, entre outros. Estava mesmo longe de pensar que algum dia conseguiria escrever umas linhas para este nosso Jornal, aquele que é "só" o mais antigo de clubes a nível mundial e o do meu/nosso coração.

Nessa foto recordei grande nomes do Jornal Sporting, alguns que já não estão entre nós. Lembrei de António Capela, quantas deliciosas estórias dele ouvi in loco. Um Leão imenso. Recordei também Silva Falcão, António Ramos, Galvão Correia e António Martins. Vi igualmente uma das referências de todos os tempos deste nosso Jornal, a Senhora Leonor Roque, bem como Ruben Coelho, outra figura incontornável na vida do nosso Jornal, e que num telefonema, em 2012, sabendo da minha oposição à direcção então vigente, me convidou para fazer uma coluna de opinião no nosso Jornal. Enfim, foi até com alguma emoção que vi aquela fotografia. 

Ter tido o privilégio de ter privado com eles, além de conhecimento e respeito, bebi toneladas de Sportinguismo e fez-me crescer humanamente. O nosso Jornal, cada vez mais perto de ser centenário, tem sido escrito por Homens e Mulheres que lhe acrescentaram valor. Milhões de caracteres já nele foram escritos. Onde o Sporting Clube de Portugal foi seguramente elevado ao seu mais alto esplendor. Disse atrás que nunca pensei em conseguir escrever algumas linhas nele, num percurso que, com interrupções, esta é a terceira vez que o faço. Com que orgulho, e contando com a vossa paciência para me ler.

E se neles me inspirei para escrever umas linhas nesta coluna de opinião, uma certeza terei. Se antes foi com outros directores, a quem agradeço terem contado comigo, agora é com André Bernardo, a quem dou aqui os parabéns pelo excelente trabalho que está a realizar no clube.

Apenas uma coisa me prende e me faz mover, e essa é o Sporting CP. Porque todos passamos, e 2022 será o ano do centenário do Jornal Sporting.

Acima de tudo e de todos. Nunca fiz, deste espaço, um local que não fosse tão só para exaltar o Sportinguismo. É assim que gosto de ser e de estar. 

E, claro, que se esta opinião foi motivada pela fotografia do Gonçalo e do que ela mexeu comigo, aos da foto que partiram, aos que ainda estão connosco, e a tantas outras fotos a juntar a esta fotografia do nosso Jornal, o meu reconhecimento a todos eles. 

Que rica História tem o Sporting Clube de Portugal. Que enorme acervo tem o nosso Jornal, retratando essa mesma História!

Assembleias Gerais – Clube e SAD - Reflexões – (Parte II)

Por Tito Arantes Fontes
14 Out, 2021

Continuamos a nossa reflexão sobre o modo como as Assembleias Gerais do nosso Clube e da sua SAD têm funcionado

 

Continuamos a nossa reflexão sobre o modo como as Assembleias Gerais do nosso Clube e da sua SAD têm funcionado, centrando agora a nossa atenção – conforme anunciei na semana passada – nestas últimas. Ou seja, nas Assembleias Gerais da SPORTING SAD, empresa cotada em bolsa, como se sabe.

Pois bem, o cenário de funcionamento é aqui totalmente distinto – e bem ao contrário - do que sucede nas Assembleias do Clube. As inscrições para o acesso dos accionistas (e não necessariamente Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL) às Assembleias da SAD obedecem, desde logo, a um rigoroso “ritual”, que – desde sempre, há mais de 20 anos – é “religiosamente” cumprido. No respeito pela lei e pelo definido nos Estatutos da SPORTING SAD. Assim, os accionistas que querem estar presentes têm de o comunicar ao presidente da Mesa da Assembleia Geral e os bancos onde estejam depositadas as suas acções terão de confirmar para a mesma entidade a existência e “bloqueio” das mesmas. Tudo com antecedência em relação à data da Assembleia que estiver em causa de, grosso modo, uma semana (sendo que o prazo para o accionista fazer a sua comunicação termina no dia anterior ao prazo para os bancos confirmarem a existência e bloqueio das acções).

Na prática, a SPORTING SAD tem tido nos últimos anos Assembleias Gerais com a presença de cerca de 50 accionistas. Gente de um modo geral bem preparada e que vai debater os relatórios e contas de cada exercício e os demais pontos da ordem de trabalhos que em cada Assembleia estejam em causa. Por exemplo, este ano, no passado dia 6 de Outubro, debateram-se também pontos referentes às remunerações dos titulares dos órgãos sociais, nomeadamente aos membros do Conselho de Administração da SAD, bem como um ponto sobre autorização para o mesmo Conselho efectuar emissões de empréstimos obrigacionistas até ao montante de 50 milhões de euros.

De sublinhar que estas Assembleias decorrem com um elevado sentido cívico da generalidade dos accionistas presentes, sendo que os mesmos intervêm de modo aprofundado sobre a totalidade dos pontos de cada ordem de trabalhos, questionando nomeadamente o Conselho de Administração sobre todos os aspectos que tenham por relevantes e que digam respeito à vida da SAD e aos pontos da ordem de trabalhos. Por exemplo, nos últimos anos, o actual presidente da Mesa da Assembleia Geral tem sido, aliás, tolerante neste aspecto, efectuando uma “interpretação lata” dos limites dos assuntos que deveriam ser contidos no exclusivo domínio da SAD e/ou da ordem de trabalhos de cada Assembleia, permitindo – e bem, na nossa opinião – a abordagem de questões conexas que ajudam ao melhor enquadramento da vida da SAD e da sua interacção com a vida do Clube.

Certo é que as perguntas são feitas num tom de voz civilizado, racional, de modo fundamentado, o que permite a sua compreensão pelos demais participantes na Assembleia. As respostas dos membros do Conselho de Administração são, pelo seu lado, ouvidas por todos os presentes. Pergunta-se tudo e ouvem-se respostas sobre tudo. Inclusive os accionistas – se assim o entenderem - poderão comentar que não foram totalmente esclarecidos. Resulta desta sã “vivência democrática” que as Assembleias da SAD são, nesse aspecto da urbanidade, Assembleias verdadeiramente exemplares. Normalmente demoradas, alargando-se por várias horas… a última por cerca de sete horas; a do ano passado por creio umas nove horas. Mas – sempre e isso sim – Assembleias onde dá gosto ir, estar… e onde se debatem verdadeiramente temas “SPORTING”!

Fica, pois, aqui a reflexão se não devemos todos, agora falando para os Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, aprender com este exemplo das Assembleias da SPORTING SAD! Não podemos continuar a ter Assembleias do Clube em que ninguém se ouve, ninguém se respeita! E em que – por isso mesmo – a maioria dos Sócios não vão… ou se vão só querem votar e sair!

É um tema para reflexão e decisão futura… a meu ver a curto prazo! Numa próxima alteração de Estatutos… premente e imperiosa! Até lá… voltando às Assembleias do Clube… no dia 23 é mesmo para se comparecer em peso na Assembleia do SPORTING CP e ouvir mais uma vez a voz dos únicos, verdadeiros e sempre donos do Clube: os Sócios do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Passo a passo

Por Miguel Braga
07 Out, 2021

“O desporto transformou a minha vida. Fiquei cega aos 12 anos e aos 13 comecei a praticar o goalball, que devolveu a minha vontade de viver e sonhar novamente”. As palavras são da nossa atleta Ana Carolina Duarte.

O Sporting CP conquistou no passado fim-de-semana o seu 41.º título europeu. O feito foi alcançado pela equipa feminina de goalball do Clube que venceu, pela segunda vez consecutiva, a Champions League (antiga Superliga Europeia).

Esta modalidade é um verdadeiro caso de dedicação, de superação, de persistência, de querer ser mais e melhor. No caso da nossa equipa feminina, treinam com os homens e não têm outras equipas para competir em Portugal, apenas na Europa. “O desporto transformou a minha vida. Fiquei cega aos 12 anos e aos 13 comecei a praticar o goalball, que devolveu a minha vontade de viver e sonhar novamente. Eu achava que não seria mais capaz de fazer desporto e a minha vida sem o goalball não é nada”. É desta forma que a nossa Ana Carolina Duarte resume a importância da modalidade na sua vida. E é assim que, em poucas palavras, explica o papel central que o desporto tem para si. “Esta vitória foi uma construção de todas nós”, disse.

O goalball nasceu pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial com a missão de integrar pessoas com falta de visão – na sua grande maioria soldados que regressaram a casa com mazelas da guerra. E foi assim, em 1946, o austríaco Hanz Lorenzen e o alemão Sep Reindle apresentaram ao mundo um novo jogo, com regras e equipamentos próprios: duas equipas (constituídas por três pessoas cada), duas balizas e uma bola a ser lançada pelo chão com o objectivo de marcar golo ao adversário. A bola tem algumas características específicas: dimensão idêntica a uma bola de basket, mais pesada, com pequenos guizos que permitirem ouvir o som do movimento. Os atletas têm ainda de usar tampões oculares e viseiras opacas de forma a garantir que todos competem em pé de igualdade.

A simplicidade das regras do jogo permitiu que o mesmo fosse crescendo até 1976 onde teve a sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos em Ontário – ainda que tenha sido numa versão apenas de exibição, ou seja, sem medalhas. Estes Jogos foram também os primeiros onde as pessoas com deficiência visual competiram pela primeira vez.

Para a história, fica a vitória por 12 a 2, frente ao FIFH Malmo, da Suécia. Com a particularidade de o jogo não ter chegado ao fim – o goalball tem essa regra: uma vez atingida a diferença de dez golos o jogo acaba e está conhecido o vencedor. E, neste caso, representou a conquista do 41.º título europeu para o Sporting CP. Parabéns a todos os envolvidos.

Com as vitórias do futsal masculino e do rugby feminino no passado feriado, o Sporting CP fez o pleno dos Troféus Stromp desta época, num total de dez vitórias. Mais uma demonstração de força do nosso eclectismo que nos faz encarar a temporada com optimismo em várias frentes.

Uma palavra também para os nossos supercampeões do futsal. Depois das conquistas pelo Clube, sete dos nossos Leões foram reis na Lituânia onde se sagraram, pela primeira vez na história, Campeões do Mundo por selecções da modalidade. Os nossos sinceros e sentidos parabéns.

Finalmente, no futebol, a equipa de Rúben Amorim conquistou em Arouca mais três pontos, permitindo encarar esta pausa FIFA com o foco no descanso e recuperação dos jogadores. O Sporting CP volta a fornecer vários jogadores a várias selecções, com dois destaques: a primeira vez de Matheus Nunes e a primeira vez que uma equipa portuguesa cede dois jogadores à selecção espanhola, para o caso, Pedro Porro e Pablo Sarabia. Que continuem a espalhar qualidade dentro de campo. E que regressem bem, idealmente sem lesões.

Editorial da edição n.º 3840 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Tanto Sporting, quanto orgulho

Por Juvenal Carvalho
07 Out, 2021

Na semana em que o Sporting Clube de Portugal chegou à quadragésima primeira conquista europeia do seu historial

Na semana em que o Sporting Clube de Portugal chegou à quadragésima primeira conquista europeia do seu historial, esta com a motivação suplementar de ter chegado através do desporto adaptado, com a equipa feminina de goalball a sagrar-se vencedora da Champions League, num clube - o nosso - que além do Esforço, Dedicação, Devoção e Glória do nosso lema, também tem a inclusão social como bandeira, sendo mesmo incomparável aos demais neste apostar no desporto adaptado, e também aí fazer a diferença pela positiva, e que tanto nos enche de orgulho.

Orgulho é também a expressão para o que sentimos no passado domingo, na longínqua Lituânia, quando Portugal se sagrou Campeão do Mundo de futsal. Claro que não chamo as vitórias do nosso país, atribuindo-as ao nosso clube, mas que é impossível dissociar as mesmas, isso parece-me inequívoco.

Foram sete os Leões que representaram Portugal. Tomás Paçó, João Matos, Zicky Té, Erick Mendonça, Pauleta, Miguel Ângelo e Pany Varela, com a cereja no topo do bolo a passar pelo facto dos quatro primeiros desta lista serem da "cantera", produtos "made in Sporting".

Nada é por acaso, até porque o Sporting Clube de Portugal, como em tanta e tanta coisa tem sido o pioneiro, também no futsal o mesmo tem que ser dito, por ser verdadeiro.

A esta lista, poderia ainda acrescentar o nome de Cardinal, que infelizmente uma grave lesão sofrida ainda na época passada o impediu de ser Campeão do Mundo, e logo ele, que tanto merecia estar neste épico levantar da taça, a mais importante à escala planetária.

Neste êxito, em que já destaquei os nossos atletas, quero também ressalvar os restantes jogadores, que tão brilhantemente representaram o nosso país, independentemente do clube que representam, até porque quando envolve a selecção das quinas isso passa ao lado. Na minha qualidade de desportista, e pese o jogador nunca ter representado o nosso Clube, jamais deixarei de me recordar das lágrimas do "mágico" Ricardinho aquando do hino de Portugal antes do jogo. Um momento épico de alguém que tantos e tantos jogos fez pelo nosso País e que o sente como poucos. Para recordar, e que deve servir de exemplo para os mais jovens, sobretudo para os que agora estarão a iniciar a sua carreira.

Foi assim mais uma semana em que o nosso Clube honrou os seus fundadores. Onde estiverem estarão garbosos e com tanto orgulho do momento vivido pelo Leão rampante, onde ganhar é recorrente não só no plano nacional como internacional.

Ser do Sporting CP é isto. Não se explica...sente-se!

41 e outros números

Por Pedro Almeida Cabral
07 Out, 2021

Foi no passado fim-de-semana que o Sporting Clube de Portugal conquistou o seu 41.º título europeu

41. Foi no passado fim-de-semana que o Sporting Clube de Portugal conquistou o seu 41.º título europeu. As Leoas da equipa feminina de goalball sagraram-se Bicampeãs da Europa, renovando o título conquistado há dois anos. São mais de quatro dezenas de títulos continentais ganhos pelo Clube. O primeiro no ano de 1964, a famosa Taça das Taças do cantinho de Morais. E este último, 57 anos depois. Futebol, atletismo, hóquei em patins, andebol, goalball, judo e futsal são as sete modalidades em que alcançámos a glória europeia. Só nos últimos três anos, o Sporting CP conquistou 11 destes títulos, mais de um quarto do total. O único clube em Portugal que é verdadeiramente ecléctico a nível europeu.

7. Portugal sagrou-se campeão mundial de futsal. Um título que vem na senda de conquistas Leoninas. O percurso europeu do Sporting CP na UEFA Champions League tem sido notável, tendo chegado nos últimos dez anos cinco vezes à final, ganhando os títulos de 2019 e de 2021. Fomos o clube mais representado na selecção com sete jogadores em 16, dominando, por completo, a convocatória. O segundo clube, o Braga/AAUM, estava representado por apenas três jogadores e o SL Benfica por um. Tomás Paçó, Erick Mendonça, João Matos, Pany Varela, Miguel Ângelo, Pauleta e Zicky Té são os campeões mundiais da equipa de futsal do Sporting CP. O nosso Pany Varela foi o homem da final contra a Argentina, marcando dois golos. Para muitos, foi mesmo o melhor jogador da competição. Um título de Portugal, mas com sabor a verde e branco.

4. Já se jogaram oito jornadas do Campeonato Nacional de futebol. O Sporting CP segue a um ponto do primeiro, SL Benfica, disputando a liderança. Se tem havido alguma cerimónia na produção ofensiva, somos, ainda assim, a terceira equipa mais concretizadora. Como já é hábito no futebol do Campeão, não sofrer golos é essencial. Até agora, apenas encaixámos quatro golos, 0,5 golos por jogo. Somos, naturalmente, a equipa menos batida do campeonato, a par do Portimonense SC. Até temos menos um golo sofrido que na temporada passada, na mesma fase da competição. É só continuar assim, melhorando o acerto atacante.

15. Ganhámos perante o FC Arouca na última jornada. 2-1 o resultado final. O primeiro golo nosso é uma extraordinária jogada de futebol em qualquer estádio do mundo. Até ao golo, trocaram-se nada mais nada menos que 15 passes entre dez jogadores, culminando no encosto de Matheus Nunes para as redes adversárias. Arte poética futebolística. Executada por uma equipa que teve mudanças face às opções habituais, com destaque para a titularidade de Daniel Bragança. E que jogava na ressaca europeia da Champions, tradicionalmente um jogo sempre difícil para nós. Neste quadro, só podemos concluir que Rúben Amorim mexe na equipa como há décadas não se via em Alvalade.

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