Bis de Fredy Montero derrotou o Viktoria Plzen e deixou o Sporting CP com o apuramento para os 'quartos' da Liga Europa bem encaminhado
Uma (possível) definição de nota artística: cruzamento orientado de Bryan Ruiz, desvio acrobático de Fábio Coentrão - em plena área adversária -, paragem de peito de Montero e remate com o pé direito para o fundo das redes (45'). Futebol simples, eficaz, e uma execução técnica ao mais alto nível que resultou no primeiro golo da partida do Sporting CP frente ao Viktoria Plzen (2-0), em Alvalade, referente à primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa.
Um golo ao cair do pano que desmoronou por completo o 'bloco' baixo da equipa da República Checa, que se apresentou na capital portuguesa bastante consciente das suas debilidades, apostando, por isso, num ritmo lento, de forma a tentar levar (e discutir) a eliminatória para o confronto da segunda mão. Mesmo sem grande velocidade, os leões encontraram 'espaços' na defesa adversária durante o primeiro tempo, criando algumas situações de perigo: falamos do remate à barra de Acuña, por exemplo, ou até mesmo da 'perdida' incrível de Gelson Martins na 'cara' do guardião Ales Hruska.
Recuando em demasia, o Plzen não conseguiu evitar os sucessivos ataques da formação leonina, que se viu em vantagem numa jogada de insistência de Coentrão, que resultou no primeiro voo de 'El Avioncito'. Embalados pelo golo a fechar a primeira parte, os pupilos de Jorge Jesus subiram ao relvado, após o intervalo, dispostos a 'arrumar o assunto'. E, de pé quente, Montero voltou a fazer 'estragos' (49'): Bruno Fernandes recuperou a posse de bola a meio-campo e assistiu o avançado colombiano, que com apenas três toques chegou à área contrária e apontou de pé esquerdo o segundo golo do encontro (40.º de leão ao peito).
O terceiro até podia ter chegado pelos pés de Bryan Ruiz (65'), na sequência de um cruzamento de Bruno Fernandes, mas Ales Hruska negou o lance ao costa-riquenho com uma 'sapatada' na bola. Não ficou por aqui: três minutos depois, o guarda-redes do Plzen voltou a fazer uma grande defesa a um remate forte do camisola 8 verde e branco e, já perto do fim do jogo (90'), voltou a impedir Jérémy Mathieu de fazer o gosto ao pé', após um contra-ataque iniciado por Rúben Ribeiro.
Pelo meio, Tomás Chory não conseguiu responder a um cruzamento 'venenoso' e Michal Krmencik assustou Rui Patrício com um cabeceamento que passou muito perto do poste. Ameaças que ficaram registadas no bloco de notas de Jorge Jesus, que viu os seus comandados cumprirem ao fim dos 90' os objectivos para este duelo: marcar e não sofrer golos. Boas perspectivas para o duelo da segunda mão, a disputar-se na próxima quinta, na Doosan Arena (CZE).
