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Menos é mais

Por Jornal Sporting
23 Ago, 2018

Editorial do director interino para a edição n.º 3690

A origem da expressão, no original 'less is more', remonta ao século XIX de um poema de Robert Browning, mas foi o arquitecto alemão (naturalizado norte-americano) Mies van Der Rohe que a tornou mais conhecida por defender a simplicidade de estilo e a consequente clareza de conceitos. Está, esta velha teoria pouco consensual – a complexidade de certos temas não se compadece com análises ou olhares redutores –, relacionada com o período eleitoral do Sporting no que aos debates com os sete candidatos diz respeito.

A Sporting TV marcou o arranque da discussão de ideias com o primeiro confronto entre todos os que almejam a Presidência do emblema de Alvalade, bem orientado pelo director do Canal leonino, Rui Miguel Mendonça, na sempre complicada missão de conduzir os trabalhos entre quem pretende passar da melhor forma os diferentes projectos que preconizam para tão relevante fase do Clube. Com tantas vozes e posições defendidas, assegurar um fio condutor e dentro das temáticas que se consideram cruciais para os destinos do Sporting, ficou difícil peneirar o essencial do acessório, mas essa realidade não teria sido diferente se tivesse acontecido em outro qualquer canal. A diferença, para melhor, naturalmente, é que o debate decorreu dentro das nossas portas, na nossa casa, dando assim a relevância que os órgãos de comunicação do Clube merecem e devem ter para a família verde e branca.

Ultrapassado o primeiro debate com os setes candidatos, seguem-se os confrontos individuais e é aqui que a máxima de Browning entra em acção. Com menos, há mais clareza de ideias, mais tempo e maior concentração na apresentação pura e dura de projectos e respectivos manifestos, que devem ser – além do perfil que cada Sócio procura para o próximo líder – as bases de apoio à decisão que no dia 8 de Setembro cada um terá de tomar.

No 'mano-a-mano', cada um dos candidatos poderá concentrar-se mais no que considera fundamental para consolidar os créditos apresentados sem sentir a necessidade de se dispersar na defesa dos vários ataques que possam ser feitos, neste caso concreto, do um-contra-um apenas vindos de um só lado. Do outro lado.

O Jornal Sporting abre espaço, nesta edição, aos candidatos à presidência do Conselho Fiscal e Disciplinar e respectiva avaliação do trabalho que poderão ter pela frente. Cinco perguntas iguais para todos, repetindo-se o mesmo formato na edição seguinte com os candidatos à Mesa da Assembleia Geral e, na última quinta-feira (dia 6 de Setembro) antes das eleições, as entrevistas com os candidatos à presidência do Conselho Directivo.

A partir do próximo sábado, ficam a faltar apenas duas semanas para o acto eleitoral e a campanha, como em qualquer outra, começará a endurecer e a corrida ficará mais apertada, esteja quem estiver na frente das intenções de voto. Quem foi a Alvalade no passado sábado assistir à vitória frente à formação sadina, com dois golos do nosso capitão de equipa, poderá ter percebido que já houve duas empresas de sondagens a fazer trabalho de campo junto dos (já) esclarecidos Associados.

Por último – e mais uma vez não menos importante –, a deslocação à casa do eterno rival. Um desempate em tão prematura fase do campeonato, já que os pontos, golos marcados e sofridos são os mesmos, vem a calhar para um tira-teimas em mais uma edição do dérbi dos dérbis. À equipa, como a manchete desta edição o indica, que o sinta na sua plenitude, não regateando a importância que o confronto assume para os dois lados, mesmo tratando-se da terceira jornada. Friamente, são apenas três pontos. Mas serão mesmo só três pontos?