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Foto José Cruz

Ideias lançadas no primeiro debate a sete

Por Jornal Sporting
20 Ago, 2018

Candidatos reuniram-se na Sporting TV para o primeiro debate entre as sete listas que concorrem para a presidência leonina

Realizou-se, nesta noite de domingo, o debate que opôs os candidatos a presidente do Sporting CP. O canal do Clube acolheu a primeira discussão de ideias, com moderação do director Rui Miguel Mendonça. Todas as sete listas marcaram presença sendo então a lista A encabeçada por João Benedito, lista B por José Maria Ricciardi, a lista C com Pedro Madeira Rodrigues, D por Frederico Varandas, a lista E com Rui Pedro Rego, F por Dias Ferreira e, por último, a lista G com Fernando Tavares Pereira.

O debate foi dividido por temáticas, sendo que cada candidato teve a oportunidade de apresentar o seu projecto relativamente ao assunto discutido. Primeiramente, falou-se do futuro do futebol tendo João Benedito sublinhado a sua experiência no desporto. “Fui durante muitos anos atleta. Sei que, neste momento, temos de potenciar os jogadores de futebol e tê-los com um alto rendimento. Há que voltar aos títulos e às alegrias. Se há coisa que o Sporting CP me ensinou foi que quando envergamos a braçadeira a nossa carreira fica para segundo plano e parece-me muito importante ter um núcleo duro de capitães, sendo esse um dos pilares do futebol juntamente com uma comissão executiva, um director e o treinador”, referiu o candidato da lista A

Encabeçando a lista B, Ricciardi deu ênfase à palavra liderança, não só no futebol como na gestão do Clube. “Falta-nos coesão para chegarmos, no futebol, onde os rivais chegaram. Nós tivemos os melhores treinadores e os melhores jogadores, mas a lacuna na capacidade de liderança faz-nos ficar sempre atrás. Eu trago isso... trago a liderança que falta”, rematou o gestor.

O único dos sete que não admite José Peseiro como o seu futuro treinador é o candidato da lista C, Pedro Madeira Rodrigues. “Eu sou uma pessoa que pensa a médio e longo prazo. Dentro da estrutura de futebol quero um técnico que nos dê futuro e para mim é Ranieri. É um treinador com garra e que representa o que quero para o Clube”, explicou.

Frederico Varandas, da lista D, revelou que o futebol profissional é uma das suas grandes preocupações. “O problema é que os nossos rivais são profissionais e nós não somos. Tenho uma equipa que conhece bem o futebol português”, referiu.

Rui Pedro Rego, respondeu a Pedro Madeira Rodrigues relativamente ao assunto do treinador e apresentou Roberto Carlos como o director para o futebol e uma mais-valia para o prestígio do Clube. “Só ontem o Sporting CP foi falado em mais de 50 países, demonstrando a expansão que teve o nome do Clube quando se juntou a alguém tão conhecido internacionalmente. O futebol já não é só feito de técnicos ou jogadores”, declarou. Já Dias Ferreira mostrou-se não preocupado com nomes mas sim com a situação do Sporting CP e o facto da preparação da equipa ter sido tão tardia. “A situação do Clube é inédita e nada fácil de resolver. Mas o essencial é dar estabilidade, neste momento. Quando devíamos estar a começar a preparar a época, em Janeiro, não o fizemos e começámos a preocupar-nos com isso tarde demais. Agora não podemos dar mais instabilidade aos jogadores”, afirmou, acrescentando ainda a sua ideia de criar uma academia de formação em Lisboa e manter a academia de Alcochete somente para o futebol profissional.

Fernando Tavares Pereira, é o candidato da lista G vindo de Coimbra, frisou, tal como Dias Ferreira, a ideia de estabilidade e união no Sporting CP. “Temos de trazer paz para o Clube. Temos de união a família Sportinguista e criar um núcleo forte. Quero que o Sporting CP vença e não importa com quem. José Peseiro é o meu treinador e vou dar-lhe uma oportunidade porque espero que seja ele a pessoa que nos vá dar o título”, assumiu o candidato que, no decorrer do debate, sublinhou por diversas vezes a ideia de unir o Clube.

Relativamente às questões financeiras do Sporting CP, todos os candidatos manifestaram o desejo de ter uma SAD cem por cento leonina, valorizando a marca e fazendo uma gestão positiva do Clube. João Benedito chamou a atenção dos Sócios e adeptos para a importância da participação activa dos mesmos no lucros do Clube: “A nossa sustentabilidade passa pelos resultados desportivos, mas peço à massa associativa que não deixe de pagar as suas quotas e comprar as gameboxes que são tão importantes.”

Na lista B, o principal objectivo será equilibrar os gastos feitos. “Até Novembro temos de conseguir equilibrar as contas. A receita corrente tem de superar os gastos que se fazem na SAD e isso não acontece. Temos de gerir o Sporting CP de uma forma mais eficaz, o que não tem acontecido. Sou o candidato com mais conhecimentos para o fazer”, exaltou Ricciardi, sublinhando os seus conhecimentos de gestão.

Com a valorização do merchandising também em cima da mesa, Madeira Rodrigues deu importância à transparência da situação financeira. “Tenho um investidor e considerou crucial haver um conhecimento do que se passa nas contas do Sporting CP. Temos de saber gerir e de rentabilizar o melhor”, frisou.

Já Varandas assumiu que o problema do Clube é o futebol. “Nós vivemos de quatro pontos no Sporting CP e o futebol é o nosso maior calcanhar de aquiles. Há que começar a geri-lo de outra forma, na venda e formação de jogadores”, afirmou. Rui Pedro Rego concordou com a questão da formação assumindo o desejo de passar os jogadores para a SAD. “Os jogadores com contratos profissionais de formação deviam ser passados para a SAD de modo a conseguirmos receber dinheiro na sua rentabilização. Andamos a gastar demais porque não temos investido na formação e temos de voltar a fazê-lo”, esclareceu.

Dias Ferreira foi também ao encontro da questão da rentabilização de jogadores da casa. “Temos de voltar a ter uma boa formação de jogadores para não termos de ir comprá-los. Nos últimos cinco anos fomos buscar cerca de 200 atletas. Um team manager para os jogadores emprestados representaria uma mais-valia de modo a valorizá-los”, explicou.

O candidato da lista G, Tavares Pereira, reforçou o desejo da maioria da SAD. “Vamos arrumar a casa internamente e dar credibilidade aos nossos credores. Analisaremos onde podemos cortar os custos e, a partir daí, queremos trabalhar no passivo do Clube”, assumiu.

Com este primeiro debate, todos os candidatos exploraram as suas ideias e deram um conhecimento mais aprofundado dos seus projectos a cada Sportinguista que assistiu. A partir daqui e até ao dia 7 de Setembro, vão existir debates entre dois candidatos de cada vez, com ênfase no último grande debate de dia sete que irá opor novamente todos os possíveis futuros presidentes do Sporting CP.