Antevisão da recepção ao CD Santa Clara

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe esta sexta-feira o CD Santa Clara para a 22.ª jornada da Liga NOS (Estádio José Alvalade, 20h45) e Rúben Amorim fez esta quinta-feira a antevisão ao encontro.

Contudo, antes de falar de futebol e do jogo, o treinador verde e branco começou por lembrar Maria José Valério. "Há que lamentar a morte de uma pessoa muito querida do nosso Clube, a Maria José Valério. Vai ser eterna entre nós devido à Marcha do Sporting", disse aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho.

Sobre a renovação do seu vínculo com o Sporting CP, anunciada esta quinta-feira, Rúben Amorim explicou que estava planeado "aumentar o prazo sabendo que ainda há muito para fazer", falando depois do CD Santa Clara. "Vamos encontrar uma equipa muito moralizada e num excelente momento, o melhor da época. O treinador do CD Santa Clara disse que o Morita era um jogador que a equipa precisava e melhorou a fase de construção. É uma equipa moralizada, sem responsabilidade e a querer vencer o Sporting CP em Alvalade. Temos muito a melhorar, queremos fazer um bom jogo e queremos ganhar", garantiu.

Desafiado a fazer um balanço deste (praticamente) um ano de Leão ao peito, Rúben Amorim admitiu que foram 365 dias "como é o futebol, com momentos muito bons e momentos difíceis". "Com muito trabalho, mas com muito para fazer. Conquistámos uma Taça da Liga e trouxemos muia gente da formação, mas há que dar continuidade. O balanço é normal: houve períodos bons e maus e há que continuar", adicionou, reforçando ainda que "ambas as partes quiseram" a renovação: "A conversa foi muito rápida. O Sporting CP estava contente comigo e eu estava contente com o Sporting CP".

De novo acerca do CD Santa Clara, Rúben Amorim mostrou-se ciente de que pontos podem ser perdidos em qualquer desafio, pelo que há que pensar jogo a jogo. "Sabemos que podemos perder pontos em todos os campos e sabemos a qualidade do CD Santa Clara. Estamos na quarta jornada da segunda volta e é importante que as pessoas percebam isso. Pensamos jogo a jogo. Na semana passada perdemos um ponto para o segundo classificado e isso é um facto. (...) [A renovação] É um motivo de confiança, mas sabemos que se não ganharmos ao CD Santa Clara tudo muda. Temos muito para fazer e para crescer como equipa", explicou.

Sobre se esperava, um ano depois de chegar ao Sporting CP, ter conquistado uma Taça da Liga e liderar a Liga NOS de forma isolada, Rúben Amorim lembrou que também esperava um desfecho diferente no final da última época. "Era um cenário difícil de imaginar, mas também não esperava não ficar no terceiro lugar na época passada. Houve altos e baixos. Estamos num bom momento e num bom lugar, mas tudo pode mudar daqui a quatro jornadas e esse é o nosso foco. Há que ter sempre isso na cabeça, trabalhar ao máximo e ir jogo a jogo", destacou, continuando: "O nosso objectivo passa por ganhar jogos, elevar a formação, ganhar títulos porque estamos no Sporting CP. Mas isso deve ser uma consequência do trabalho. Mudou a duração do contrato, mas os objectivos e a ambição não mudaram. Jogo a jogo, apenas".

Depois de elogiar Frederico Varandas ("Só estou aqui por causa do presidente, que é o principal responsável por isso"), Rúben Amorim comentou o momento de Gonzalo Plata. "Temos muitas esperanças no Plata, que tem de crescer como jogador, atleta e profissional de futebol. Também tenho de aprender a lidar com o Plata", disse, reforçando a ideia de que está muito satisfeito no Sporting CP. "Sinto-me muito feliz aqui. O projecto é a minha cara e temos muito para fazer", afirmou.

Sobre a qualificação para a UEFA Champions League, Rúben Amorim admitiu ser "um objectivo muito importante". "Sempre foi. Este projecto a longo prazo precisa de dinheiro, falando mais abertamente. Para tudo o que pensamos é preciso dinheiro, base de jogadores, valorizar jogadores, capacidade de ficar mais tempo com os jovens. É tudo uma bola de neve. A UEFA Champions League é uma montra, dá dinheiro, ajuda os patrocínios", considerou.

Por fim, o treinador deixou a garantia de que todos os jogadores, e com especial foco em Luiz Phellype - que voltou finalmente a competir na última quarta-feira ao serviço da equipa B -, podem chegar à equipa principal. "Todos os miúdos desde os sub-23 até à equipa principal têm as portas abertas. Não só o Luiz Phellype, que é um jogador de equipa A, mas que está a passar um processo que não é fácil, mas todos os miúdos da equipa B e sub-23 têm a porta aberta para a equipa principal desde que cumpram certos requisitos que o Clube exige e que a equipa técnica entende", concluiu.