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Foto José Lorvão / Isabel Silva

Desfecho cruel na Supertaça

Por Sporting CP
26 Ago, 2022

Tudo se decidiu no prolongamento (1-4 a.p.)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal caiu, esta sexta-feira, frente ao SL Benfica por 1-4, após prolongamento, na final da Supertaça, disputada no Estádio Municipal de Leiria.

O marcador não expressa a incerteza que teve o dérbi, que só se resolveu depois do tempo regulamentar - e de forma cruel para as Leoas - graças a uma eficácia implacável das águias nesse período. Antes da reviravolta, Cláudia Neto tinha dado a vantagem à turma de Alvalade através de um pontapé de penálti.

Para disputar o primeiro troféu da temporada, a treinadora Mariana Cabral apostou no mesmo onze que venceu o FC Famalicão (3-0), há cerca de duas semanas, nas meias-finais da prova – este ano pela primeira vez num formato de final four. Antes do apito inicial no dérbi, na entrada em campo as jogadoras de ambas as formações fizeram-se acompanhar por vários cães da Associação Zoófila de Leiria, numa iniciativa contra o abandono e pela adopção responsável promovida pela Federação Portuguesa de Futebol.

Já com a bola a rolar, num relvado com algumas clareiras visíveis, as águias – com mais posse - foram as primeiras a aproximarem-se da área adversária, porém foi Diana Silva a autora do primeiro remate, que foi directamente para as mãos de Rute Costa, guardiã encarnada. Se as Leoas, sem bola, se distribuíam num 4-4-2 clássico, com ela reconfiguravam-se rapidamente num 3-5-2, com Alícia Correia a juntar-se às centrais e Ana Capeta e a capitã Ana Borges como alas.

Ainda assim, apesar de algumas incursões prometedoras de parte a parte, o arranque foi morno no dérbi e o verdadeiro perigo chegou, depois, aos 21 minutos: Cláudia Neto lançou Ana Borges na direita e o cruzamento encontrou Capeta ao segundo poste, mas a avançada chegou em esforço e o desvio saiu muito perto do poste.

Embora o SL Benfica se tenha mostrado mais pressionante na recta final do primeiro tempo, a turma de Alvalade manteve-se sólida defensivamente e foi desbaratando as investidas encarnadas. A última oportunidade até seria para o conjunto de Filipa Patão, mas Hannah Seabert respondeu à altura ao remate cruzado de Jéssica Silva e o nulo seguiu para os segundos 45 minutos, que seriam mais animados.

Logo a abrir, uma ocasião para o Sporting CP e duas para as águias serviram de amostra para o que se seguiria. Sempre equilibrado até aqui, foi à passagem da hora de jogo que o ´nó’ no dérbi seria desatado e para o lado das Leoas: depois da queda de Capeta na área encarnada e de uma longa revisão do VAR, Cláudia Neto, reforço para 2022/2023, assumiu a responsabilidade e converteu o pontapé de penálti com sucesso, estreando-se a marcar de Leão ao peito. Nesta fase, já Chandra Davidson e Vera Cid tinham ocupado os lugares de Ana Borges – saiu limitada fisicamente – e Rita Fontemanha.

O ritmo não baixou e isso acabaria por beneficiar o SL Benfica que foi à procura do empate e conseguiu-o aos 75 minutos, através da recém-entrada Kika Nazareth. Antes disso, Chandra tinha ficado perto do 2-0, mas também Seabert tinha adiado a reacção encarnada.

Com os derradeiros minutos pela frente, as águias – galvanizadas – continuaram por cima, mas o pouco acerto no último terço e uma grande defesa da guardiã Leonina, já em cima do minuto 90, levaram o jogo para prolongamento, onde tudo se decidiu pela diferença de eficácia.

Depois de Capeta ter acertado no poste logo a abrir, o SL Benfica foi mais feliz e, de penálti – mão na bola de Beckert -, fez o 1-2 por Ana Vitória. A resposta verde e branca até foi imediata, mas sem a mesma eficácia, pois Capeta, num lance rápido, atirou por cima da barra.

E daí em diante tudo se precipitou para as encarnadas, que foram novamente mais eficazes e em dois lances no início dos derradeiros 15 minutos sentenciaram a Supertaça, chegando ao 1-4 final. Pelo meio, Chandra ainda acertou no ferro – a segunda vez para o Sporting CP no prolongamento - confirmando que não era a noite das Leoas.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C] (Chandra Davidson 56’), Carolina Beckert, Bruna Lourenço, Alícia Correia, Rita Fontemanha (Vera Cid 56‘), Cláudia Neto, Brenda Pérez (Fátima Dutra 106’), Joana Martins (Andreia Bravo 83‘), Ana Capeta e Diana Silva.