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Foto Isabel Silva

Seis Leoas contribuíram para o apuramento histórico da selecção para o Mundial

Por Sporting CP
28 Fev, 2023

Ana Borges, Diana Silva e Ana Capeta falaram aos meios Leoninos

Foi escrita mais uma página de História no futebol feminino em Portugal: pela primeira vez, a selecção nacional marcará presença na fase final de um Campeonato do Mundo. O sonho vai tornar-se realidade, este Verão, num Mundial organizado pela Austrália e pela Nova Zelândia e no qual Portugal já sabe que estará inserido no grupo E com Vietnam, Países Baixos e Estados Unidos da América, actuais bicampeãs em título. 

Para lá chegar, a equipa portuguesa teve de percorrer um exigente percurso de 13 jogos e ao longo do qual foram seis as jogadoras do Sporting CP que contribuíram para o feito inédito: Bruna Lourenço, Alícia Correia, Joana Martins, Ana Borges, Ana Capeta e Diana Silva, sendo que as três últimas estiveram ainda no jogo decisivo em que, na passada quarta-feira, Portugal garantiu o apuramento com uma vitória, já em período de descontos, por 2-1 frente aos Camarões.

Já de regresso a Lisboa, as seis Leoas foram homenageadas em pelo Estádio José Alvalade, antes do apito inicial no encontro entre Sporting CP e GD Estoril Praia da última segunda-feira, e receberam um galardão das mãos de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo.

Por sua vez, Ana Borges, Diana Silva e Ana Capeta foram as porta-vozes Leoninas para abordar este momento histórico e falaram aos meios de comunicação do Sporting CP, quer para destacar a relevância do feito, quer para enaltecer o papel do emblema de Alvalade na evolução do futebol feminino em Portugal.

Ora, para Ana Borges, capitã das Leoas e a jogadora mais internacional de sempre por Portugal (155 internacionalizações), este momento significa o "culminar" do trabalho feito por muita gente, por várias entidades e diversas gerações de jogadoras.

"Fomos a equipa que em todo o mundo fez mais jogos para chegar ao Mundial. Já estivemos em dois Campeonatos da Europa e faltava-nos o Campeonato do Mundo, ou seja, estar entre as melhores do mundo. É uma mais-valia para o nosso país e é o fruto do trabalho que está a ser feito aqui pelos clubes, pela Federação [Portuguesa de Futebol] e as Associações [de Futebol]. Ao fim e ao cabo, é o culminar de mais uma grande época", reflectiu, continuando. 

"É também o trabalho das gerações passadas. Se não fossem elas, se calhar nem estaríamos aqui. Claro está que as gerações futuras vão ter ainda uma maior responsabilidade. As anteriores abriram-nos as portas, nós abrimo-las um pouco mais e agora no futuro têm de ser elas", sublinhou.

Ana Borges foi uma das Leoas que esteve no jogo decisivo, na Nova Zelândia, e admitiu que “ainda não acredita” no que foi alcançado, antes de recordar todas as emoções do encontro: "Fez-se eterno, porque pudemos acabar com o jogo logo nos primeiros minutos, mas também não seríamos nós se não dessemos aquele 1-1 aos 89 minutos. Depois, quando a árbitra apitou para o fim, acho que a festa foi ainda maior, porque sofremos. Sofremos para estar lá, mas isso faz parte do futebol".

Por outro lado, a experiente ala Leonina de 32 anos sublinhou o peso do Sporting CP no desenvolvimento de várias das jogadoras que actualmente compõe a selecção. "Somos seis neste momento, mas se olharmos para a selecção nacional são muitas as que já passaram por aqui. É fruto do trabalho que está a ser feito no Sporting CP e nada disto seria possível se nós não tivéssemos, no nosso dia-a-dia, esse trabalho, essa vontade e essa disponibilidade com a equipa e os treinadores. No Sporting CP somos 25 [jogadoras] e se não forem elas a ajudarem-nos a treinar também não estaríamos preparadas para isto", reconheceu, por fim.

Também Diana Silva, avançada Leonina, realçou que "este percurso não foram só estes 13 jogos, é um trabalho de vários anos e de muita gente".

"É com muita felicidade que posso dizer que vou a um Mundial e é a primeira vez. É um orgulho imenso pertencer a este grupo que vai poder estar num Mundial. Mais do que um sonho, agora isto torna-se um objectivo para nós e para as atletas que se seguem. Espero que daqui para a frente podamos ir cada vez mais longe", atirou a goleadora, que contribuiu com cinco tentos na fase de qualificação, destacando-se como uma das melhores.

Depois, além de enaltecer e agradecer a homenagem feita pelo Sporting CP, em Alvalade, às seis Leoas internacionais, Diana Silva reforçou o “bom trabalho” que tem sido feito no emblema verde e branco desde que iniciou o projecto feminino em 2016.

"Foi com muita alegria que recebemos a notícia de que íamos ser homenageadas pelo Sporting CP e ficamos muito felizes pelo gesto", disse, acrescentando: "O Sporting CP é um clube que apostou e aposta no futebol feminino e está a ter frutos. São muitas as atletas do Sporting CP e que por cá passaram que agora representam a selecção e isso é sinal de que está a ser feito um bom trabalho".

Por sua vez, a avançada Ana Capeta começou por fazer um balanço da exigente fase de qualificação atravessada por Portugal. "Foram jogos complicados e fomos a selecção que fez mais jogos para chegar ao Campeonato do Mundo, mas acima de tudo o grupo colocou máximo empenho e este era um sonho de todas as jogadoras", destacou, antes de expressar “a emoção muito grande” que a tomou aquando do apito final.

"Fiquei mesmo muito feliz, não só por mim, mas também por todas as colegas de gerações anteriores que sempre lutaram por algo assim. Isto é bom para todas e trabalhamos cada dia para sermos cada vez melhores e termos cada vez melhores condições", frisou Ana Capeta, que também fez questão de referir que "o Sporting CP tem feito um excelente trabalho”. 

“Tem apostado na formação e nós temos plena noção de quantas jogadoras do Clube representam as várias selecções. É sinal de que estamos a apostar forte e coisas melhores estão por vir", apontou, finalmente.