A vitória que surpreendeu a 10A
Por sporting
24 Abr, 2015
24 Abr, 2015
Vitória na Taça das Taças de 1991 frente ao Novara
“Estamos a perder? Por dois? Se ficasse assim já não era mau...”. Vários Associados do Sporting concentravam-se junto à mítica porta 10A para saber novidades do primeiro jogo da final da Taça das Taças de hóquei em patins de 1991. Ao intervalo, chegaram as primeiras notícias – os ‘leões’ perdiam por dois golos em Itália, frente ao Novara. Mais uma ida até à Nave e, passados 30 minutos, nova romaria para junto do telefone. “7-6? Boa!”, comentou o ‘mensageiro’. Poucos se aperceberam inicialmente que o Sporting tinha ganho, pensando apenas que a eliminatória estava em aberto com apenas um golo de diferença. Depois, com as ideias assentes e o seu a seu dono, festejou-se. E já se sabia – Alvalade iria ter casa cheia para o encontro decisivo da competição. Duas semanas depois, confirmou-se que a adesão era mais que muita. Até demais: a 8 de Junho de 1991, havia tantas pessoas na Nave hora e meia antes que o jogo esteve mesmo em risco de não se realizar, face à humidade que o piso apresentava. Os responsáveis ‘verde e brancos’ tiveram mesmo de pedir auxílio aos bombeiros que, através de umas condutas, conseguiram criar o tal sistema de ventilação que o calor humano retirava. Houve jogo e, apesar do início marcado pela ansiedade que os italianos souberam aproveitar da melhor forma, o Sporting ganhou por 5-2 e conquistou a terceira Taça das Taças da sua história. O Campeonato não estava a ser famoso (o Clube terminou no quinto lugar) e a Taça de Portugal também já fazia parte do passado, pelo que as competições europeias passaram a ser o grande enfoque ‘leonino’. Até à final, a formação ‘verde e branca’ ultrapassou os holandeses do Den Haag (6-4 fora e 7-2 em casa) e os franceses do Gazinet (6-4 em casa e 6-1 fora). Na final, aí sim, chegou o verdadeiro teste. E foi superado. José Carlos era o treinador de uma equipa que contava com Chambel, Tristão Zenida, Veríssimo, Campelo, Zorro, Fanã, Camané, Leste, Afonso Miranda, Luís Rodrigues e João Pedro.