“Não é uma equipa, é uma família”
Por sporting
27 Abr, 2015
27 Abr, 2015
Carlitos afirma que estes dez jogadores vão ficar na história
Ainda abalado psicologicamente do feito conseguido, Carlitos confessou que a chave para a vitória do Sporting na Taça CERS esteve na união do grupo. ”Isto não é uma equipa, é uma família. Só pensávamos em ganhar. Sofremos o segundo golo e no banco só dizíamos que íamos dar a volta porque tínhamos a estrela de campeão. É claro que sonhei com este momento e tinha de ser assim, com um desenrolar trágico. Somos uma equipa talhada para este tipo de acontecimentos. O que o Sporting conseguiu criar com este grupo de jogadores é algo que irá perdurar. Além de já nos termos imortalizado com este título – e ainda não temos noção disso –, imortalizamo-nos porque somos uma família. É a chave do sucesso”, explica. Apesar de ter estado no banco todos os minutos da final a quatro, Carlitos salienta que a força de todos os jogadores transmitiu-se de uns para os outros. “Conseguimos passar as forças entre todos. O Losna está apenas com um braço disponível há três dias, o Girão foi monstruoso com 40% das suas capacidades físicas. Mesmo debilitados deram tudo e mostraram que o querer é o mais importante”, considera. A recepção aos atletas no aeroporto será 'à la Euro 2004'. “Tenho a certeza! É numa segunda-feira mas acho que os Sportinguistas vão comparecer. O Sporting está com sede de vitórias e isso faz com que as pessoas venham receber-nos. Será a continuação de uma coisa irreal; treinamos em sítios improváveis, por vezes sem material e levando as coisas para casa. O Sr. Pimenta, nosso seccionista, leva roupa para lavar em casa e no dia seguinte tem de estar preparada. Hoje vamos ser recebidos no aeroporto da capital de Portugal como uns heróis. Num Clube grande a dimensão deste título é muito maior”, diz o número 27 ‘verde e branco’ que ainda não sabe como vão ser geridas as emoções para o que resta da temporada. “Não sabemos, nunca passámos por isto. Mas também é uma aprendizagem. Acho que vamos ter de nos puxar para a realidade. Por exemplo hoje vou trabalhar à tarde. Tiro o fato e visto o ‘fato-macaco’ porque a vida continua. Mas vou viver na ilusão da imortalidade, já ninguém me tira isto. Somos aqueles que ganharam a Taça CERS”, completa.