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Sporting goleado na Luz

Por Jornal Sporting
21 Out, 2015

Derrota inesperada por 9-0 na terceira jornada do Campeonato

A equipa de hóquei em patins do Sporting saiu hoje com uma pesada derrota do ‘derby’ no Pavilhão da Luz, perdendo com o Benfica por 9-0 numa partida da terceira jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão onde o resultado ao intervalo (2-0) e respectivo desenrolar do jogo nos primeiros 25 minutos em não fazia antever o descalabro total na etapa complementar.
 
Com a introdução de Ricardo Figueira no cinco inicial em detrimento de André Centeno, percebeu-se desde cedo o plano estratégico apresentado pelos ‘leões’ para a partida: um conjunto de maior contenção, mais sólido a nível de defesa organizada para travar a provável entrada forte dos visitados e com ataques longos a procurarem a boa meia-distância das unidades mais recuadas e o oportunismo de área de Cacau. E essa aposta táctica, nos primeiros minutos, até trouxe bons resultados: o Benfica foi enveredando muito pelas iniciativas individuais para tentar ultrapassar a muralha contrária e a formação ‘verde e branca’ aproveitou para lançar alguns 'raides' à baliza do sempre seguro Trabal ‘jogando’ com a defesa mais subida (e, com isso, com mais espaços) do adversário.
 
No entanto, o virtuosismo de Nicolia acabou por fazer a diferença aos dez minutos, com o argentino a rematar forte de uma zona lateral e a bater Ângelo Girão pela primeira vez. Já com Luís Viana em pista, os ‘leões’ foram tentando procurar o empate mas o gás já não foi o mesmo e, na sequência de uma falta marcada de forma rápida perto da sua área, João Rodrigues fez prevalecer a superioridade numérica 2x1 e assistiu Torra para o 2-0 aos 17 minutos.
 
Três minutos depois, o Sporting teve a primeira grande janela de oportunidade para reentrar na partida mas fechou a porta por culpa própria: após um cartão azul a Tiago Rafael, Trabal travou com uma grande parada o livre directo de Luís Viana e, em ‘power-play’, a equipa comandada por Nuno Lopes não conseguiu aproveitar a superioridade apesar de remate muito perigoso de Centeno no final desse período. O cenário iria repetir-se com outros contornos no último minuto antes do intervalo: ‘penalty’ de Diogo Rafael sobre Losna e nova oportunidade flagrante falhada, desta vez por Ricardo Figueira.
 
Assim, os ‘leões’ chegavam ao descanso com uma desvantagem de dois golos por culpa de outras tantas falhas momentâneas em termos defensivos e, em paralelo, pela ineficácia nos lances de bola parada, algo que já se arrasta desde a deslocação a Braga.
 
No segundo tempo, e no seguimento de um lance onde Centeno caiu na área adversária sem qualquer infracção assinalada – o resultado é demasiado pesado para desculpas, mas a verdade é que a dupla de arbitragem voltou a ter muitas falhas sobretudo no capítulo das faltas não assinaladas na primeira parte, podendo colocar o Benfica à beira da décima falta antes do intervalo –, Adroher conseguiu tirar uma grande penalidade a Tuco e Marc Torra, ao contrário do que tinha acontecido com os jogadores ‘leoninos’, não perdoou.
 
Cacau ainda comandou a vontade de tentar reduzir a desvantagem, beneficiando de mais uma hipótese flagrante na cara de Trabal, mas sentia-se que o Sporting estava a cair numa espécie de ‘Lei de Muphy’ onde tudo o que podia correr mal correu, expondo-se em demasia em termos defensivos e colocando o Benfica na sua zona de conforto a nível de transições ofensivas. Seria neste aspecto que começaria o descalabro de golos sofridos, com Adroher a bisar num minuto: primeiro, aos sete minutos, na sequência de uma jogada de Nicolia atrás da baliza tirada a papel químico do golo inaugural das ‘águias’ na Supertaça, em Aljustrel (aí marcado por João Rodrigues); depois, com o mesmo argentino a recuperar uma bola perdida após remate de Poka para sair 2x1 e assistir o espanhol para o 4-0.
 
João Pinto, no minuto seguinte, ainda atirou ao poste mas esta não era mesmo uma noite boa e o mesmo ‘Mustang’ acabaria por fazer a décima falta colectiva por alegada simulação num lance onde ficou notório que a dupla de arbitragem reagiu perante os protestos advindos do banco ‘encarnado’ e não à falta-não falta em si (no mínimo, é uma decisão duvidosa). Na transformação, Adroher fez o ‘hat-trick’. Logo no minuto seguinte, Cacau teve também um livre directo mas desperdiçou mais uma chance flagrante num encontro que, a partir daí, deixou de ter história: entre os 12 e os 20 minutos, um bis de João Rodrigues e outro golo de Tiago Rafael sentenciaram o resultado final apesar de mais uma bola na trave, desta feita por Ricardo Figueira, no penúltimo minuto.
 
Em resumo, vitória justa e inequívoca do Benfica, que foi quase sempre melhor equipa e soube aproveitar muito bem a sucessão de erros individuais e colectivos em catadupa do Sporting, sobretudo na segunda parte. Os ‘leões’, que somaram a terceira derrota seguida após os desaires em Braga e em Barcelona, ainda não conseguiram desligar o ‘chip’ dos primeiros dois troféus da temporada (vitória na Supertaça de Portugal, derrota na Taça Continental) e sofreram a mais pesada derrota desde que regressaram como modalidade oficial ao Clube. Foi mau, muito mau. E o importante é haver uma reacção célere a esta fase negativa.
 
Por fim, uma nota final: no desporto, deve-se saber ganhar e perder. Dentro de campo, isso aconteceu; fora dele, ver adeptos ‘encarnados’ à procura de possíveis Sportinguistas nas bancadas, com tentativas de agressões na primeira parte (que obrigaram à intervenção da polícia) e agressões consumadas no segundo tempo (aí sem o surgimento de forças policiais) apenas porque estavam a ver um encontro de hóquei no terreno do rival sem o mínimo de manifestação pró ou contra, é uma mancha que nem os intervenientes nem a modalidade mereciam. Muito maior do que aquelas que caíram na antecâmara da partida, fosse a propósito da ‘rábula’ dos bilhetes ou da nomeação dos árbitros. É por isso também que os pavilhões vão tendo menos pessoas sem necessidade. Lamentável.
 
Com este resultado, o Sporting ocupa o 11.º lugar da classificação com três pontos em três jornadas (uma vitória, duas derrotas, 10-15 em golos). Na próxima jornada, que irá realizar-se na próxima quarta-feira, dia 28, os ‘leões’ recebem o OC Barcelos.