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Valeu a pena! 

Por Juvenal Carvalho
15 Out, 2020

(…) em boa hora o actual Conselho Directivo decidiu promover o regresso do basquetebol ao SCP, alicerçando o projecto em gente competente e ganhadora

Fim de tarde, princípio de noite, do dia 8 de Outubro de 2020. O relógio ia avançando. A televisão estava ligada e as lágrimas iam-me caindo da face, descontroladamente, qual menino. Os últimos minutos do jogo de basquetebol entre o Sporting CP e o FC Porto foram vistos num frenesim louco. Estava perto o regresso às conquistas da modalidade que aprendi a amar e na qual servi o Sporting Clube de Portugal como dirigente. Estava também consumado o regresso às vitórias dos seniores masculinos da modalidade, neste caso a sexta Taça de Portugal conquistada, e com a particularidade de ter sido após 40 anos. Sendo de sublinhar, nestes 40 anos, o interregno da modalidade por duas vezes, primeiro em 1982, e posteriormente em 1995. Comentava até mesmo com amigos, que o basquetebol era o ‘patinho feio’ do Clube, mas no meio desta alegria do regresso às conquistas, não vale recordar o passado, mas conta sim, o projectar o futuro que se quer ganhador.

E por falar em projectar o futuro ganhador, que melhor mote estaria dado, neste arranque, que em boa hora o actual Conselho Directivo decidiu levar em frente, do que alicerçar o mesmo em gente competente e ganhadora. Ter Luís Magalhães como treinador foi desde logo o garante de que as coisas iriam correr bem. Tudo isto porque ninguém ganha por acaso. E o professor sabe disso como poucos. É um ganhador por excelência e por onde passa e deixa a sua marca registada. E ganhou... ganhou de forma natural, com um grupo de trabalho que deixa a pele em campo. Onde destacar jogadores é complicado, pese o virtuosismo de uns, e a arte de bem defender de todos, o colectivo desta equipa do Sporting CP, e sobretudo o compromisso, a garra e o carácter, são componentes de peso para que este título tenha sido o primeiro de muitos do nosso Clube nesta modalidade no pós-regresso.

E neste regresso, e para que este retorno às conquistas fosse possível, e também por no pós-match ter ficado lisonjeado por ouvir da boca do Conselho Directivo, através de Miguel Afonso, e também do jogador Francisco Amiel, o meu nome e o agradecimento pelo meu trabalho e esforço pelo regresso da “minha” modalidade, não me posso esquecer, e até por ter o privilégio de escrever neste espaço, dos outros heróis do regresso do basquetebol em 2012 ao fim de 17 anos de ausência. Claro que falo de Edgar Vital – o ‘pai’ do mesmo –, Jaime Brito da Torre, Carlos Sousa, Jorge Patinho, Raul Castanheira, Miguel Galvão, Miguel Graciano, Nuno Barradas e João Almeida.

Por eles, e também por todos os Sportinguistas, como escrevi no título desta coluna de opinião: valeu a pena!

Pelo Sporting Clube de Portugal vale sempre a pena!