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Futebol

Por Pedro Almeida Cabral
22 Dez, 2022

Depois de passar com distinção a fase de grupos da Taça da Liga, o Sporting Clube de Portugal arrumou de forma esclarecedora a questão do acesso à final a quatro da competição, onde chegamos pela sexta vez consecutiva. Ao golear o SC Braga por 5-0, com todos os tentos marcados na primeira parte, confirmámos o que os três jogos da fase de grupos, vencidos por um total de 13-0, já haviam insinuado. A equipa joga mais solta e desinibida, as rotinas estão mais acertadas e há um fio de jogo que termina directamente em golos.

Aliás, não é por acaso que metemos a quinta vitória seguida, que é a melhor série de jogos em 2022. Aos três jogos da Taça da Liga, acrescem as duas vitórias para o campeonato, no início de Novembro, perante o Vitória SC e o FC Famalicão. No total, nestes cinco jogos, marcámos 23 golos e sofremos apenas um. Neste último desafio, frente ao SC Braga jogou-se belo futebol no nosso Estádio. As alas estiveram venenosas, com Porro e Nuno Santos a galgarem os seus corredores, a dar muita profundidade ao jogo. Em conjunto, tiveram intervenção em três dos golos. Edwards, jogou como gosta, com espaço para manobrar e fazer valer os desequilíbrios que o caracterizam. Arrancou dois penáltis e converteu um. Trincão está a subir de forma a golos vistos. Não só assistiu Paulinho para o 2-0, como marcou de forma exemplar o 4-0. Demonstrando que rende bem mais variando de lado e descaindo para o meio, esteve endiabrado a baralhar as marcações bracarenses. Finalmente, Paulinho parece ter deixado para trás uma fase menos concretizadora. Fundamental no primeiro golo, marcou o segundo e construiu sozinho, numa arrancada do meio-campo, uma jogada que merecia melhor sorte. Saiu com a ovação que merece para quem marcou seis golos nos últimos quatro jogos.

Parece, portanto, que o Sporting CP aproveitou plenamente a pausa forçada pelo Mundial e soube reconstruir uma forma de jogar que andava mais sumida. Só que pensar que em futebol tudo muda repentinamente é desconhecer que nada acontece por passes de magia. A subida de forma da equipa resulta do trabalho sustentado que Rúben Amorim vem fazendo nos últimos anos, bem como das melhorias das condições de trabalho na Academia. O futebol bem jogado nunca surge da sorte ou da inspiração, mas sempre do esforço contínuo, da dedicação abnegada e da devoção ao trabalho. Quando falamos de futebol, é disto que nunca nos podemos esquecer.