Perdemos uma "batalha", mas uma certeza tenho. Estamos prontos para ir à luta pela "guerra" e essa, todos sabemos, será a tentativa de conquista do "Tri".

Não quero com isto minimizar a derrota com o eterno rival na Supertaça e, assumo, se existe adversário com o qual me custa muito perder, porque nutro por ele uma especial antipatia, é mesmo este. Como se costuma dizer, com eles nem ao berlinde. Fico mesmo com uma especial azia, ainda para mais num jogo em que o adversário não fez quase nada para o ganhar.

Mas gosto de ser pragmático e, por forma de estar no desporto e na vida, não entro em depressão ao primeiro revés. Afinal, perder um troféu, o mesmo que já na época passada vimos escapar de forma incrível, deixa sempre mossa no grupo de trabalho, mas há muito mais vida para além deste troféu como, aliás, se viu na época passada.

E nessa muito mais vida, já amanhã, começará em Rio Maior, ante o Casa Pia AC, o Campeonato Nacional. E será aí que o foco terá que estar a partir de agora, pese a presença na Champions League – temos que nos habituar a andar onde está a nata do futebol europeu, na Taça de Portugal e ainda na Taça da Liga. São todas elas competições importantes, e num clube como o Sporting CP a responsabilidade é máxima e queremos obviamente ganhar em todas as competições onde entramos.

Mas, é para mim inequívoco – respeito opiniões diferentes – que o objectivo do "Tri" é aquele que mais nos move a todos.

Será árduo o trabalho do míster Rui Borges para levar a bom porto este objetivo. Mas também sabemos que a manutenção da espinha dorsal da equipa, pese a enorme perda do "matador" Viktor Gyökeres – desculpem a opinião que só me vincula a mim, não achei nada digna a forma como saiu do clube que o catapultou para o estrelato, não deixando de lhe agradecer tudo o que representou desportivamente – determinante para a persecução do objetivo a que nos propusemos. E esse, será o de lutar pelo "Tri" olhos nos olhos com os principais rivais. 

Detesto, já o escrevi aqui por diversas vezes o "vamos levantar a cabeça". Até porque nem sequer é caso para isso. Tenho a convicção plena de que o rumo do sucesso será trilhado a cada jogo. Tenho igualmente a mesma convicção que nos momentos menos bons – sim, porque ninguém ganha sempre, os Sportinguistas estarão a empurrar a equipa para cima, naquela Onda Verde que tem feito escola, seja em Alvalade ou onde jogarmos fora de casa. E é já amanhã que tudo começa e vamos seguramente começar por pintar Rio Maior de verde e branco. Em Maio de 2026, sem a soberba tão típica de outras bandas de que vamos alugar o Marquês de Pombal, é perfeitamente possível que se aplique aquele velho ditado português de que não há duas sem três. 

O caminho é árduo e terá até forças estranhas para nos tentar desviar do rumo? Sim, sabemos todos disso. 

Mas também todos sabemos que somos da raça que nunca se vergará. E que disso ninguém tenha dúvidas.