Exibição muito segura em Braga com golos de Sokolov e Wesley (0-2)

Três dias depois do triunfo em casa (8-4), a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, esta terça-feira à noite, à AMCO Arena e voltou a bater o SC Braga, agora por 0-2, no segundo jogo da final dos play-offs da Liga. Com a disputa pelo título a realizar-se à melhor de cinco jogos, as duas vitórias (em dois jogos) dos Leões de Nuno Dias deixam a conquista de um inédito Tetracampeonato a apenas um triunfo de distância – e o próximo embate, marcado para sábado, terá o Pavilhão João Rocha como palco.

Na AMCO Arena, onde o Sporting CP ainda não tinha conseguido vencer esta época, os Leões de Nuno Dias assumiram cedo a vantagem e arrancaram para uma exibição tremendamente segura, fechando as contas do resultado já nos últimos instantes. Além da superioridade exibida em praticamente todo o encontro, a lição defensiva verde e branca - não sentiu a expulsão de Pany Varela - deixou o SC Braga em branco pela primeira vez em toda a temporada.

Contrariamente ao jogo em Lisboa, este reencontro com o conjunto minhoto iniciou-se de forma mais calculista de parte a parte e nos primeiros cinco minutos só Pany Varela alvejou a baliza. No entanto, um rasgo genial de Tomás Paçó fez mexer o marcador logo a seguir: o fixo arrancou, com uma finta de corpo tirou um adversário do caminho e, já perto da área, ofereceu para Sokolov encostar e assinar o 0-1 – décimo golo do internacional russo na Liga.

Por momentos, o duelo avivou-se e se Taynan e Wesley ficaram perto de marcar para o Sporting CP, Tiago Sousa respondeu para o SC Braga, mas atirou desenquadrado num desvio repentino.

Ainda assim, os Leões de Nuno Dias continuaram a mostrar-se, quer mais controladores, quer mais perigosos no ataque em todo o primeiro tempo. Aos 12 minutos, só o corpo de um defesa arsenalista se intrometeu entre mais um remate de Sokolov e um golo certo, antes de o guardião Dudu evitar também um golo a Alex Merlim.

Já na recta final da primeira parte, o SC Braga de Joel Rocha tentou soltar-se mais das ‘amarras’ Leoninas, mas - apesar das finalizações tentadas - Henrique Rafagnin continuou com pouco trabalho entre os postes, enquanto, do outro lado, Dudu teve de voltar a levar a melhor sobre Merlim para evitar o 0-2.

Até à buzina do intervalo, a formação verde e branca soube manter-se segura, mesmo nos momentos sem bola, e levou a vantagem sem sobressaltos para a o segundo tempo em Braga.

Depois, no regresso dos balneários até o SC Braga deixou a primeira ameaça e não se encolheu depois de uma série de perigosas ocasiões consecutivas Leoninas. Logo a seguir, Henrique teve de se aplicar na baliza verde e branca por duas vezes para evitar o empate.

Apesar desta fase de maior equilíbrio, por força das melhorias arsenalistas, o Sporting CP continuou a deixar o adversário em sentido. Exemplo disso foi o forte pontapé de Taynan ao que Dudu se opôs. Antes, a equipa da casa podia ter sofrido um revés devido a uma perigosa cotovelada de Ítalo Rossetti a Wesley numa disputa de bola, mas mesmo após o visionamento das imagens a equipa de arbitragem não foi além do cartão amarelo exibido logo à partida.

Com o avançar dos minutos, parecia mais perto o avolumar da vantagem Leonina do que o empate e isso só não aconteceu porque duas ‘manchas’ quase seguidas de Dudu travaram as tentativas de Paçó e Zicky.

De repente, no entanto, um cartão vermelho a Pany Varela - por acumulação de amarelos - complicou a tarefa verde e branca por instantes. Ainda assim, o Sporting CP resistiu com sucesso à inferioridade numérica, embora com um susto pelo meio, mas o capitão João Matos estava no sítio certo e evitou o pior.

Já com cinco unidades na quadra novamente, os Leões tiveram mais duas oportunidades nos pés de Zicky e Paçó, mas nada parecia capaz de mudar o 0-1 em vigor desde cedo.

Por seu turno, com a obrigação de reagir, o SC Braga ainda apostou no guarda-redes avançado para os últimos minutos, mas o efeito acabou por ser o contrário: a poucos segundos do fim, Wesley recuperou a bola e finalizou a bel-prazer para fechar a vitória verde e branca em 0-2 – foi apenas a segunda derrota caseira dos bracarenses em toda a época.

E, na final, dois jogos depois, o SC Braga está sem margem de erro, enquanto o Sporting CP só precisa de mais um triunfo quando ainda poderá haver mais três jogos – dois deles no Pavilhão João Rocha, fruto da melhor classificação conseguida pelos Leões na fase regular. Assim, este sábado (20h30), tudo se pode decidir a favor da turma de Alvalade, que está a um passo de conquistar mais um título nacional – um inédito quarto campeonato consecutivo – e fazer mais uma vez História.

Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Wesley França, João Matos [C], Pauleta, Andriy Dzyalo, Anton Sokolov, Pany Varela, Tiago Macedo, Alex Merlim, Taynan, Henrique Rafagnin [GR].

Treinador realçou a "atitude competitiva" dos seus jogadores

Após a vitória por 8-4 sobre o SC Braga no primeiro jogo da final dos play-offs da Liga, Nuno Dias, treinador dos Leões do futsal, esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo do desenrolar dos acontecimentos no Pavilhão João Rocha.

"O Sporting CP foi melhor na segunda parte e mais eficaz também, conseguindo controlar muito mais as acções perigosas que o SC Braga normalmente tem. Ainda assim, acho que também o fizemos na primeira parte, apesar dos golos [sofridos]. Fazendo uma análise ainda a quente, recordo alguns golos oferecidos por nós e uma grande reacção a tudo o que de errado estávamos a fazer em acções. Não teve que ver com comportamentos, por isso é que conseguimos ir reagindo, marcando e igualando", começou por dizer aos jornalistas, antes de destacar também as melhorias conseguidas na segunda parte.

"Os golos têm que ver com a nossa eficácia. Melhorámos também a nossa finalização e a forma como fomos mais pressionantes para roubar bolas perto da baliza adversária. Foi uma vitória tão justa como difícil. Quatro golos de diferença reflectem um pouco aquilo que aconteceu, mas não reflectem de maneira nenhuma a diferença entre o SC Braga e o Sporting CP", ressalvou, lembrando que esta época os arsenalistas só perderam com os Leões esta noite, ao quarto embate entre ambos os emblemas. "Algo que só está ao alcance de grandes equipas e o SC Braga é uma grande equipa, e hoje demonstrou-o", acrescentou Nuno Dias, que, por sua vez, enalteceu o empenho total dos seus jogadores, apesar das emoções fortes e adversidades vividas, principalmente nos primeiros 20 minutos.

"A atitude competitiva foi sempre muito boa. A forma como fomos reagindo e competimos, tanto na primeira parte como na segunda, foi excelente", sublinhou o treinador dos Tricampeões Nacionais.

De seguida, Nuno Dias apontou baterias ao reencontro marcado para esta terça-feira, desta feita em Braga. "Agora há que recuperar e analisar algumas coisas. Não há muito tempo, mas há sempre algo que podemos ajustar e melhorar", considerou, antes de projectar o novo desafio: "Esperamos um jogo difícil, em Braga, num pavilhão ruidoso, e que pode ser de tudo ou nada, porque uma derrota no jogo 2 leva-nos para três match-points, dois deles em nossa casa, onde somos absolutamente fortes".

Ora, esta noite no Pavilhão João Rocha, lotado para esta partida, foi mais uma prova disso mesmo. O apoio dos Sportinguistas fez-se notar e o treinador Leonino destacou a "simbiose perfeita" que existe entre a equipa de futsal e os adeptos.

“Somos uns felizardos e uns privilegiados por jogar num espaço de eleição como o Pavilhão João Rocha e ainda temos a felicidade e o privilégio de jogar perante adeptos que passam 40 minutos a ajudar-nos e a serem parte integrante do nosso sucesso. O que nós temos de fazer é fazer por merecer essa ajuda e a nossa equipa faz isso", atirou, por fim, Nuno Dias na sala de imprensa da casa das modalidades do Clube de Alvalade.

Reviravolta frenética acaba em goleada e vale vantagem inicial na discussão (8-4)

Num lotado e electrizante Pavilhão João Rocha, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o SC Braga por 8-4, este sábado à noite, num louco primeiro jogo da final dos play-offs da Liga, que será decidida à melhor de cinco.

Assim, os Tricampeões Nacionais entram com o pé direito na corrida pelo título e partem em vantagem. No entanto, para isso tiveram de dar uma enorme e incansável resposta à eficácia bracarense, sobretudo, numa primeira parte espectacular, sem tempo para respirar e recheada de golos – o Sporting CP esteve a perder 1-3 e recuperou para 4-4 em cima da buzina. Já no segundo tempo, os Leões de Nuno Dias entraram mais controladores e com uma cabal demonstração de força fizeram-se com um brilhante triunfo inaugural nesta final.

Tomás Paçó (hat-trick), Anton Sokolov, Zicky Té, Pauleta, Alex Merlim e Pany Varela apontaram os golos que mantêm o Sporting CP só com vitórias nestes play-offs, agora tendo levado de vencida o SC Braga pela primeira vez esta época ao quarto embate.

Para enfrentar este conjunto de Joel Rocha que acabou a fase regular no segundo lugar e eliminou o SL Benfica nas ‘meias’ dos play-offs, Nuno Dias apostou num cinco inicial Leonino composto por Henrique Rafagnin, Tomás Paçó, Taynan, Alex Merlim e Zicky Té. Já com a bola a rolar, os loucos instantes iniciais só acenderam ainda mais a vibrante atmosfera nas bancadas.

Logo aos 21 segundos, um chapéu de Allan Guilherme castigou uma má saída de bola verde e branca e deu a dianteira no marcador aos arsenalistas, mas foi com igual celeridade que o Sporting CP corrigiu o marcador. Cerca de 20 segundos depois, Tomás Paçó surgiu na cara do golo e finalizou com sucesso para o 1-1, soltando um ensurdecedor rugido dentro e fora das quadras.

A um ritmo frenético, os ataques foram-se sucedendo de parte a parte nos primeiros cinco minutos, mas foi a seguir, numa fase de mais duelos, que Merlim e Paçó deixaram as ameaças mais sérias, ambas dissipadas com ‘manchas’ rápidas de Dudu, guardião do SC Braga - também travou, mais tarde, um livre directo de Taynan.

À passagem dos dez minutos, a resposta bracarense - explorando as subidas de Dudu - acabaria por ser tremendamente eficaz e também bem mais feliz: uma reposição lateral batida para a área resvalou em Paçó e traiu Henrique, valendo o 1-2. Por si, este resultado já era demasiado penalizador para os Leões de Nuno Dias, mas dois minutos depois ainda viram como um remate cruzado de Fábio Cecílio – em fuga pela direita – agravou o castigo com o 1-3. Além disso, entre os dois golos visitantes, Merlim teve nos pés uma dupla oportunidade para reestabelecer o empate, porém Dudu continuou a fazer a diferença.

Uma resistência que, no entanto, começaria a cair - a muito custo - a quatro minutos do intervalo, já com o SC Braga ‘tapado’ por faltas. Numa sequência de oportunidades Leoninas, Wesley atirou de longe para nova defesa de Dudu, que ainda travou um desvio de Sokolov e também a recarga do próprio pivô russo. Contudo, a bola voltou a ficar à mercê do camisola 13 e, desta vez, com astúcia, classe e muita frieza, limitou-se a picar a bola por cima do guarda-redes para apontar o 2-3.

E se o golo deu um novo volume ao festival verde e branco nas bancadas, ofereceu também um renovado ânimo na quadra que o Sporting CP – também com cinco faltas – aproveitou dois minutos depois: Zicky trabalhou de costas para a baliza e atirou certeiro de novo para a igualdade a três que também não estava para ficar, tal foi o frenesim nesta primeira parte.

A 30 segundos da buzina, fruto de uma desatenção Leonina, Tiago Sousa desferiu um violentíssimo pontapé para voltar a colocar os eficazes minhotos em vantagem, mas a resposta da turma de Alvalade abateu-se de forma rápida e novamente à altura. À falta de pouco mais de quatro segundos no relógio, Zicky voltou a trabalhar e zona frontal, mas desta vez serviu Pauleta, que irrompeu a toda a velocidade para o cara-a-cara e marcou o 4-4, sentenciando esta primeira parte – tal como começou – com um enfático ponto de exclamação.

Durante o merecido descanso das equipas, a equipa sub-19 de futsal do Sporting CP desceu à quadra para ser aplaudida pelo título nacional já conquistado esta temporada.

E assim que a bola recomeçou a rolar, não tardou em ir parar ao fundo das redes, e pela primeira vez na final os Leões de Nuno Dias assumiram a liderança no marcador. Tudo graças a uma jogada individual do ‘mágico’ Merlim, culminada com um forte remate perto da área depois de ter arrancado desde atrás da linha do meio-campo.

Sem tempo para se respirar neste duelo, o SC Braga ainda deixou um primeiro aviso, mas o Sporting CP não só foi mais perigoso - Sokolov e Pany ficaram perto de facturar – como viria a materializar a sua superioridade neste segundo tempo com o 6-4 aos 26 minutos. Explosão de alegria outra vez da autoria de Tomás Paçó, com Zicky a ‘vestir-se’ de novo como o primoroso assistente de serviço.

Por cima no marcador, a experiente turma de Alvalade soube sofrer quando foi preciso e, depois, ‘matou’ o jogo de forma cabal, dando contornos de goleada ao resultado. Pany e Pauleta desperdiçaram oportunidades clamorosas, mas a cinco minutos do fim um ‘míssil’ de Paçó – hat-trick – deu mais um golpe nas esperanças bracarenses, mas não o definitivo.

A formação visitante ainda apostou no guarda-redes avançado, mas foi o Sporting CP a aproveitar isso da melhor forma: Pany Varela recuperou a bola e quase de baliza a baliza concluiu o expressivo 8-4 final. Estava lançada a festa verde e branca no Pavilhão João Rocha.

Agora, com o Sporting CP em vantagem na discussão do título, os dois emblemas voltam a enfrentar-se na próxima terça-feira (21h30), em Braga.

Leões e arsenalistas reeditam a final da Liga 2016/2017, aquando da última vez que os minhotos chegaram à decisão. Por sua vez, os Leões são sempre finalistas desde 2009/2010, tendo vencido dez das 13 edições disputadas desde então e nesta têm na mira um tetracampeonato ainda inédito no futsal nacional.

Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Wesley França, João Matos [C], Pauleta, Andriy Dzyalo, Anton Sokolov, Pany Varela, Tiago Macedo, Alex Merlim, Taynan, Henrique Rafagnin [GR]

Juvenis sofreram o revés na segunda parte (3-2)

A equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou o SC Braga e perdeu por 3-2, este domingo de manhã, no jogo da nona jornada da fase final do Campeonato Nacional do escalão.

Os jovens Leões de José João Gomes até foram a vencer para o intervalo, mas num segundo tempo repleto de golos foi o conjunto minhoto a levar a melhor, acabando com a série vitoriosa verde e branca de três jogos consecutivos – e de cinco jornadas sem sofrer qualquer golo.

Numa primeira parte, acima de tudo, repartida, foi um ‘rasgo’ dos jovens Leões a desequilibrar a partida, em Braga, aos 36 minutos. O médio Sandro Nascimento recebeu a bola dos centrais e lançou um excelente passe frontal para a desmarcação de Salvador Blopa, que já na área trabalhou sobre dois adversários e atirou forte e a contar para o 0-1 que prevaleceu até ao intervalo.

Contudo, a segunda parte tudo mudou, desde logo com o SC Braga a dar a volta ao resultado num intervalo de três minutos (59’ e 62’), graças a uma jogada de insistência após um canto e ainda a um autogolo.

Apesar do revés, o Sporting CP não tardou em responder poucos minutos depois: o capitão Rafael Camacho, vindo de trás, deu a melhor conclusão a uma esforçada arrancada de Denilson Santos pela esquerda.

Foi com tudo em aberto que o jogo seguiu para a recta final, onde a formação bracarense levaria a melhor, sentenciando o desaire verde e branco aos 77 minutos.

Com este desfecho, os juvenis Leoninos mantêm-se no segundo lugar (17 pontos), mas viram o SL Benfica afastar-se na liderança (23), enquanto o SC Braga se aproximou, subindo ao terceiro posto (13). Para os jovens Leões de José João Gomes segue-se, na próxima jornada, a recepção ao SL Benfica, ficando a faltar cinco partidas para o final do campeonato.

Onze do Sporting CP: Alexandre Tverdohlebov [GR], Rodrigo Cabrito, Atanásio Cunha, Afonso Lee, Salvador Blopa, Sandro Nascimento, Rafael Camacho [C], Frederico Gomes, Estefânio Ruben, Flávio Gonçalves, Diogo Martins