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Português, Portugal
Foto César Santos

Primeiro santuário encerra no alto esperança de etapa e amarela

Por Jornal Sporting
08 Ago, 2017

Nocentini tem características para vencer e Marque pode tentar alcançar a liderança

Cenário hipotético: Rinaldo Nocentini vence etapa e Alejandro Marque assume a camisola amarela. O primeiro santuário da Volta a Portugal volta a ser o Monte Farinha que, pela 30.ª vez consecutiva recebe o final da etapa. A Senhora da Graça exigirá uma subida de 12 km até ao topo, a estreia de primeiras categorias em 2017 e vitória e amarela assumir-se-iam como tesouros idílicos após 152,7 km entre Macedo de Cavaleiros e Mondim de Basto.

Pelas características dos ciclistas, Nocentini é o mais preparado para vencer no alto, adaptando-se melhor a subidas mais explosivas e mais inclinadas. A 16 segundos da amarela, mas a um apenas do pódio, é de pensar que o italiano possa subir rumo ao festejo. Edgar Pinto, vencedor em 2014, já não está em prova e é menos um candidato, sendo que Gustavo Veloso e Rui Sousa são dois bens conhecidos da subida, ambos também triunfantes. Vidal Fitas espera perigo de vários focos diferentes, realçando a importância da primeira chegada em alto da Volta: "Não se ganha, mas pode bem perder-se a Volta na Senhora da Graça. Os ataques podem vir de muitos lados e não apenas da W52-FC Porto, em que Alarcón, Amaro Antunes ou Veloso podem ser perigosos. Há uma série de gente que pode concorrer, depende da opção correcta. Nunca é bom perder tempo, mas sabemos que também há quem tenha uma margem maior por terem etapas futuras mais apropriadas".

Alejandro Marque é, por sua vez, o grande centro gravitacional do Sporting-Tavira. No segundo posto, a seis segundos, o galego pode procurar uma inédita vitória na Senhora da Graça, mas sabe que não ceder terreno pode ser vital. E mesmo que assim não seja, basta dizer que Marque venceu a prova-rainha em 2013 depois de perder 17 segundos para Veloso. O espanhol conhece o desafio que tem pela frente e espera que o esforço da W52-FC Porto na etapa anterior possa abonar a favor dos leões: "Amanhã é uma prova de fogo. Seguimos em segundo na geral antes de um dia importante. Tiveram de ser eles a trabalhar e veremos se isso se faz sentir nas suas pernas".

Acrescentam-se ao pujante final duas contagens de montanha. A primeira de terceira no Alto do Pópulo e a segunda no Alto do Velão. A Volta não começou agora, mas pode começar a ser decidida. Depois do Monte Farinha nada costuma ficar igual.

 

Foto César Santos

"Demos uma boa resposta perante um grupo enorme"

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Vidal Fitas realçou a competência na perseguição à W52-FC Porto, Efapel e RP Boavista para manter intactas as aspirações à amarela

O director-desportivo do Sporting-Tavira estava satisfeito com a capacidade colectiva da equipa na terceira etapa em linha da Volta a Portugal. Logo desde Figueira de Castelo Rodrigo que a corrida foi atacada. Rui Vinhas, da W52-FC Porto e vencedor da edição de 2016, levou na roda o terceiro classificado Domingos Gonçalves (RP Boavista), dois de 16 ciclistas que ameaçavam complicar até Bragança.

Valter Pereira, Fábio Silvestre, Luís Fernandes e Mario Gonzalez entraram ao trabalho e cansaram a fuga de tal forma que esta se entregou. Foram mais de 80 quilómetros e Vidal Fitas realçou o desempenho colectivo: "Demos uma boa resposta perante um grupo enorme. Conseguimos controlar e reduzir o espaço. Enfrentámos um grupo que não era nada favorável e que nos poderia complicar as contas para a geral. É necessário trabalhar. Quando lutas para uma Volta a Portugal é normal que existam situações destas".

O director-desportivo explicou inclusivamente que o ataque dos azuis e brancos é reflexo da sua forma de correr, mas garante que a atenção se divide pelos vários pretendentes à amarela: "Foi uma fase inicial com montanhas difíceis, principalmente a de segunda categoria. Não foi só a W52 que atacou e não competimos apenas contra eles, mesmo sendo certo que existem formações mais relevantes do que outras. Agora, a W52-FC Porto corre desta forma. Defende-se ao ataque".

 

Foto César Santos

Anulada fuga de Vinhas e sprint para Alaphilippe

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Sporting-Tavira liderou durante metade da corrida e impediu estragos para a geral individual, mantendo segundo e quarto na luta pela amarela

A terceira etapa implicava saber gerir a montanha inicial para uma chegada confortável a Bragança. Desde Figueira de Castelo de Rodrigo, o Sporting-Tavira foi chamado ao trabalho para anular uma fuga precoce de 16 ciclistas, que tinha entre eles Rui Vinhas, ciclista da W52-FC Porto vencedor da Volta 2016, e Domingos Gonçalves da RP Boavista, terceiro na geral, a 15 segundos de Alarcón.

Tanto em Foz Côa como em Moncorvo, as inclinações de terceira categoria, Valter Pereira, Mario Gonzalez e Luís Fernandes puxavam Marque, Nocentini e Frederico Figueiredo subida acima, não permitindo que a distância ultrapassasse o minuto e meio. Na descida era Fábio Silvestre a assumir as despesas de perseguição. A fuga sofreu várias mexidas, João Matias (LA) foi desencantar mais pontos para a montanha, em que agora é líder, mas nada que ameaçasse os leões. No fim da segunda categoria, após 9.000 metros de ascensão, não havia espaço para veleidades aos adversários e Vinhas via frustrada uma tentativa que em 2016 lhe valeu o triunfo da amarela.

Nova fuga se sucedeu, mas aí os comboios dos sprinters colocaram mãos à obra. A W52-FC Porto perseguiu para reduzir danos para Alarcón e para uma eventual discussão para Samuel Caldeira, tal como a Efapel para Daniel Mestre. Ainda assim, foi a equipa do primeiro líder da prova a levar o triunfo. Depois de rotundas apertadas e muitas inclinações, tanto a subir como a descer, na cidade de Bragança, foi Bryan Alaphilippe a vencer para a Armée de Terre ao fim dos 162,7 km de prova.

Krists Neilands (Israel Cycling Team) terminou em segundo com o mesmo tempo do vencedor (4:06.08 horas), superando o melhor luso, Daniel Mestre. Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) foi quarto, mas já não somou bonificações. Todos os restantes candidatos à amarela chegaram integrados no pelotão, não se registando diferenças na geral. Ezquerra foi o melhor do Sporting-Tavira no 13.º, Nocentini foi 16.º, Marque 20.º e Frederico Figueiredo 25.º.

Antes do primeiro final em alto e logo de primeira categoria, na mítica Senhora da Graça, depois de 152,7 km entre Macedo de Cavaleiros e Mondim de Basto, Marque continua no segundo lugar, a seis segundos de Raúl Alarcón (W52-FC Porto), enquanto Nocentini segue em quarto, a 16'. Depois da queda de domingo, Edgar Pinto desistiu por lesão, estando a LA Alumínios sem o seu líder principal para o resto da corrida.

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 10:40.45 horas

2.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 6 segundos

3.º Domingos Gonçalves, RP Boavista, a 15'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 16'

5.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 17'

6.º Sérgio Paulinho, Efapel, a 20'

7.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 22'

8.º Rui Sousa, RP Boavista, a 25'

9.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 29'

10.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, a 32'

12.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 45'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 32:03.04 horas

2.º Sporting-Tavira, a 18 segundos

3.º RP Boavista, a 45 segundos

(classificação em actualização)

Foto César Santos

Antes da Senhora da Graça há perigo na colina

Por Jornal Sporting
07 Ago, 2017

Terceira etapa em linha já tem uma subida de segunda categoria que pode abanar o pelotão rumo a Bragança

Fábio Silvestre explicou que o sprint entre sprinters não é expectável para a terceira tirada em linha da Volta a Portugal. De subida em descida, só o plano em Bragança poderá ser apresentado como acessível aos ciclistas, até por conter duas passagens pela meta. A questão é que até lá percorrem-se cerca de 120 quilómetros de colina acima e abaixo, sendo que a linha de chegada reúne condições próprias para um corredor completo, capaz de superar a inclinação.

"Penso que chegará um grupo restrito. De dia para dia, os favoritos vão ter tendência a aparecer", resume Fábio Silvestre.

Foz Côa, Torre de Moncorvo (ambas de 3.ª categoria) e a segunda categoria temida, a primeira montanha digna de registo na 79.ª edição da prova-rainha, reúnem as principais dificuldades de um percurso mais duro na fase inicial.

Fomos direitos ao ponto explosivo da etapa e questionámos Vidal Fitas se era previsível um ataque do Sporting-Tavira ou dos rivais na Serra de Bornes, após cerca de nove quilómetros de ascensão:"Todas as forças estão direccionadas para vencer a Volta a Portugal. Não acredito que alguém ataque na segunda categoria, mas nós também não o faremos", esclareceu.

Entre Figueira de Castelo Rodrigo e Bragança (como a Volta andou rápido, há dois dias a finalizar em Setúbal), os 162, 1 km podem parecer um aquecimento para o que aí vem. Certo é que se a atenção não for máxima, pode bem valer maiores diferenças do que uma subida à Senhora da Graça.

 

Foto César Santos

Marque cai em sprint caótico

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Espanhol mantém o segundo posto, sendo que Silvestre foi o melhor leão no 12.º lugar

Após a mais longa etapa da edição de 2017 da Volta a Portugal, percorrida sob sol e calor intenso (chegou aos 43 graus), só as quedas poderiam dificultar o cenário. A tradicionalmente difícil chegada a Castelo Branco voltou a cortar o pelotão e Alejandro Marque, segundo à geral, foi um dos envolvidos, caindo a dois quilómetros do término da linha de meta.

Ainda assim, é cumprida a regra de igualar os tempos do vencedor da etapa a quem chegou inserido no pelotão até aos últimos 3.000 metros. Fábio Silvestre apresentou-se como o melhor ciclista do Sporting-Tavira com o 12.º lugar, já depois de também ter sofrido problemas na colocação para o sprint final. Dos ciclistas mais sonantes, Rui Vinhas, vencedor em 2016, e Edgar Pinto, líder da LA Alumínios, também caíram, mas antes da barreira dos três quilómetros.

Durante a tirada de 214,7 km, com o regresso às partidas no Alentejo, desta feita em Reguengos de Monsaraz, 10 fugitivos animaram a corrida desde os primeiros metros de etapa. João Matias (LA Alumínios) era o que mais perigava a camisola amarela de Raúl Alarcón, mas, à medida que a fuga se foi dissolvendo, a perseguição da W52-FC Porto, mas também de Sporting-Tavira e Efapel foi suficiente para caçar o último dos escapados a 5 km da meta, valendo uma chegada nas melhores condições a Samuel Caldeira, que bateu o italiano Antonio Parrinello (GM Europa Ovini) e o francês Stéphane Poulhies (Armée de Terre).

Alarcón preserva a amarela, previsivelmente seis segundos à frente de Alejandro Marque, com Nocentini no quarto posto da geral individual.

Na segunda-feira corre-se a terceira etapa, entre Figueira de Castelo Rodrigo e Bragança, num percurso de 162,7 quilómetros, que terá três contagens de montanha (duas de terceira categoria e uma de segunda), antes de um final que contém duas passagens pela meta.

Classificação da etapa

1.º Samuel Caldeira, W52-FC Porto, 5:38.16 horas

2.º Antonio Parrinello, GM Europa Ovni, m.t

3.º Stéphane Poulhies, Armée de Terre, m.t

12.º Fábio Silvestre, m.t

16.º Luís Fernandes, m.t

19.º Rinaldo Nocentini, m.t

23.º Jesus Ezquerra, m.t

47.º Valter Pereira, m.t

61.º Frederico Figueiredo, m.t

60.º Alejandro Marque, m.t

65.º Mario Gonzalez, a 2.06 minutos

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 10:40.45 horas

2.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 6 segundos

3.º Domingos Gonçalves, RP Boavista, a 15'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 16'

5.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 17'

6.º Sérgio Paulinho, Efapel, a 20'

7.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 220

8.º Rui Sousa, RP Boavista, a 25'

9.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 29'

10.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, a 32'

12.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 45'

30.º Frederico Figueiredo, a 1.08'

40.º Luís Fernandes, a 1.22'

54.º Mario Gonzalez, a 5.01

74.º Fábio Silvestre, a 9.51

98.º Valter Pereira, a 19.09

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 32:03.04 horas

2.º Sporting-Tavira, a 18 segundos

3.º RP Boavista, a 45 segundos

 

Foto César Santos

'Quebra-pernas' para rara oportunidade ao sprint

Por Jornal Sporting
06 Ago, 2017

Fábio Silvestre assume maior favoritismo nas hostes do Sporting-Tavira em dia que se prevê de acalmia para as contas da geral

A primeira tirada continha dificuldades sabidas, nomeadamente a subida à Serra da Arrábida. No entanto, depois de um desgaste graças ao forte vento que se fez sentir, os velocistas deram lugar aos favoritos da geral individual.

Para a segunda etapa em linha da prova, a mais longa da competição (214,7 km), entre Reguengos de Monsaraz e Castelo Branco, não há barreiras físicas assinaláveis. A questão passará por perceber como resistem ao forte calor previsto durante uma etapa de 'quebra-pernas', parafraseando o original leg breaker. 

Pois bem, Fábio Silvestre pode assumir as despesas da verde e branca e reconhece o desejo de lutar pela vitória, até pela Arrábida se ter afigurado muito exigente para as suas características: "Foi uma corrida muito movimentada. Vinha com esperança de passar as últimas dificuldades, mas, na segunda, na parte mais dura, não consegui seguir. Há que pensar em poder vencer. Não é tão dura e tem um final mais ao meu jeito. Quero tentar guardar-me o máximo possível e tentar seguir o grupo da frente. Há que tentar".

O director-desportivo, Vidal Fitas, corrobora as intenções do sprinter, reforço para 2017 vindo de passagens pela Leopard e pela Trek: "É teoricamente favorável ao Fábio. Apesar de ser dura por ser longa e pelo calor que se fará sentir. Creio que o vento não terá a preponderância no desgaste do grupo. Se o Fábio chegar em condições de discutir a vitória, de certeza absoluta que o libertaremos para essa função".

Foto César Santos

"Estamos melhor do que ontem"

Por Jornal Sporting
05 Ago, 2017

Vidal Fitas valoriza subida das principais armas à amarela e relativiza a descida ao segundo posto na vertente colectiva

O director-desportivo do Sporting-Tavira, Vidal Fitas, exibiu satisfação pela ascensão na geral individual tanto de Alejandro Marque, agora segundo, como de Rinaldo Nocentini, quarto: "Estamos melhor do que ontem, no segundo lugar da geral individual, ainda que o adversário na liderança [Alarcón, W52-FC Porto] seja diferente. Há que realçar que o Nocentini subiu a quarto, o que também é importante. O mais relevante é que as nossas ambições se mantêm como pretendíamos: estar na luta pela vitória da Volta a Portugal. Ainda não chegámos aos dias mais importantes e não é ainda muito significativo estar ou não à frente porque as decisões estão guardadas mais para a frente".

O Sporting-Tavira desceu ao segundo posto da geral colectiva, depois de um dia marcado pelas quedas de Luís Fernandes e Frederico Figueiredo (por duas vezes). Fitas desdramatiza e diz que os corredores estão operacionais para prosseguir em prova: "A classificação colectiva não prejudica quaisquer expectativas da equipa. É uma corrida de 11 dias. A classificação colectiva é sempre consequência da individual. Focamo-nos na amarela, se tivermos que nos concentrar na colectiva por não estarmos na luta pela individual, é evidente que o faremos. Sinceramente não me preocupa. Claro que é sempre bom estar em primeiro, mas ontem não estava em euforia por estar na liderança colectiva. Foi difícil para nós hoje devido às quedas. O Frederico e o Luís estão com muita pele a menos, mas, para já, estão bem. São escoriações, não há dores nem fraturas".

O director-desportivo garantiu estar precavido para uma discussão entre favoritos da Volta, mas reconheceu a satisfação por ver os dois candidatos do Sporting-Tavira a bom nível, explicando que a Arrábida fez uma selecção maior do que a esperada na Senhora da Graça: "Era normal. Depois do vento, que obrigou a um desgaste brutal, era expectável que os mais capazes estivessem neste grupo mais selectivo. Tanto o Raul Alarcón como o Marque, Nocentini ou qualquer outro candidato poderiam vir a disputar a etapa. Dependia de como se arriscava. É reconfortante saber que os ciclistas que temos para lutar pela Volta estão bem. Teoricamente não era um dia que fizesse diferenças. Ainda assim, o primeiro grupo [o do vencedor] chegou com diferenças de 40 segundos [42 para ser mais preciso] para o segundo grupo. São diferenças importantes que, na Senhora da Graça, habitualmente não se fazem". 

 

Foto César Santos

"Contávamos estar na frente, mas não tão cedo"

Por Jornal Sporting
05 Ago, 2017

Marque considera surpreendente o segundo posto na geral, lamentando a pouca ajuda do pelotão na perseguição ao novo líder, Raul Alarcón

Alejandro Marque subiu ao segundo posto da geral individual. Mesmo reconhecendo que Alarcón, o corredor da W52-FC Porto vencedor da primeira etapa em linha e novo líder, não é um candidato qualquer, o galego exibe satisfação e alguma surpresa pelo lugar que ocupa na luta pela amarela: "Contávamos estar na frente, mas não tão cedo. O prólogo correu de forma excelente, deu uma grande moral e faz-nos acreditar mais. Estamos muito perto da liderança e continuamos na luta".

O contra-relogista garante que a primeira ascensão da prova lhe deu motivos para acreditar, não se furtando a explicar que, com maior ajuda de outras equipas, a conquista da tirada poderia acontecer: "Tive boas sensações nesta última subida e foi importante para ver como estavam os rivais. Foi uma grande selecção, já houve grandes diferenças. Estou a seis segundos. Pedi colaboração às outras equipas. Cada um tem o seu objectivo, talvez naquele momento não pudessem 'puxar'. Não queria que o Raul Alarcón ganhasse tempo porque é um rival a ter em conta e, se fosse de outra maneira, poderia vencer a etapa. Contudo, tendo de perseguir e depois ainda ter força para ganhar, é difícil.

Rinaldo Nocentini lamentou que a perseguição a Raul Alarcón se tivesse ficado pelos intentos, destacando que as outras equipas optaram por ceder ao Sporting-Tavira a responsabilidade total da corrida: "Sabíamos que podia acontecer uma subida tão atacada. Não está mal. Estive com o Marque no alto [da Serra da Arrábida], juntamente com a W52-FC Porto. Correu bem, só que outros ciclistas não trabalharam nada, não sei porquê... Alarcón ganhou espaço e só eu e Marque perseguimo-lo. Alarcón é um candidato para  a geral, penso que existiam outros corredores que poderiam ter tentado apanhá-lo".

A primeira tirada em linha encerrou em si um bom desafio, com boa resposta diga-se, sustentada pelo quinto lugar na etapa. Nocentini considera que a vantagem dos azuis e brancos na geral pode ser positiva para o Sporting-Tavira: "Alarcón conseguiu a amarela, a nossa preocupação era que não ganhasse muito tempo. Agora, o primeiro teste está marcado para a Senhora da Graça. Esperamos um dia mais tranquilo amanhã [perspectivado ao sprint]. Depois, a W52-FC Porto terá de controlar a corrida e tentaremos atacar", antevê.

 

Foto César Santos

Marque sobe a segundo da geral

Por Jornal Sporting
05 Ago, 2017

Nocentini ascende à quarta posição num dia muito atacado para a camisola amarela

A primeira etapa da 79.ª edição da Volta a Portugal mexeu e bem com a classificação individual da prova, mesmo contando apenas com três contagens de montanha. Raúl Alarcón da W52-FC Porto conquistou um espaço decisivo nos últimos 15 km e venceu com 11 segundos de avanço sobre o companheiro Amaro Antunes que encabeçou um reduzido grupo no qual chegaram Rinaldo Nocentini (quinto) e Alejandro Marque (nono). Alarcón assumiu a liderança da prova e Marque subiu ao segundo posto a seis segundos do compatriota. Nocentini é agora quarto, a 16 segundos. 

Uma fuga de sete ciclistas logo no quilómetro inicial abriu as hostilidades de uma etapa mexida. A vantagem chegou a ser superior a cinco minutos, mas não ultrapassou os 65 km de duração. 10 quilómetros depois, Alexis Carter (H&R) e Pelo Claberria (Euskadi) lançaram-se em nova iniciativa. A Armée de Terre, com o camisola amarela a usar a força de contra-relogista, acelerou no plano para reduzir diferenças.

 

Na zona do reabastecimento, a velocidade rondava os 60 km/hora e impediu que os responsáveis das equipas entregassem água e alimento aos ciclistas.

O pelotão partiu inclusivamente devido ao forte vento que se fazia sentir.

Houve espaço ainda para novos fugitivos. Gotzon Udondo (Euskadi) ganhou avanço e isolou-se na frente. Rui Rodrigues (Louletano-Hospital de Loulé) arriscou sair e foi o que mais se empenhou na perseguição, sendo seguido por um quarteto composto por Solis Villalobos (LA), Roy Goldstein (Israel Academy), Alexis Carter (H&R), Sebastian Baldalf (Team Vorarlberg) e Jasper Hamelink (Metec). Nada que perigasse a etapa, uma vez que a Armée de Terre voltou a acelerar para proteger o seu líder.

Frederico Figueiredo caiu entretanto na viragem para a subida do Alto das Necessidades, mas, mesmo apresentando marcas do sucedido, conseguiu recolocar-se no pelotão, numa altura em que Sporting-Tavira e W52-FC Porto se posicionaram na frente do grupo para prevenir quaisquer ataques que pudessem surgir.

Na subida seguinte, a Efapel endureceu a corrida, bem no início dos 7.300 metros de ascensão. Os ciclistas de amarelo procuraram condicionar os sprinters e trabalhar para que Daniel Mestre pudesse ganhar em grupo reduzido. Gaudin respirava com dificuldade e não resistiu aos ataques dos favoritos. Efapel mexeu, mas W52-FC Porto atacou com força. Alarcón lançou-se numa descida vertiginosa e ganhou segundos importantes para uma vitória isolada na meta. Marque bem protestou pela falta de perseguição, mas De La Fuente e García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), César Fonte (LA), Rui Sousa  (RP Boavista), Sérgio Paulinho (Efapel) e Rebellin (Kuwait-Cartucho ES) não seguiram o esforço de Nocentini, impedindo a 'caça' ao perigoso corredor azul e branco.

Em termos colectivos, a W52-FC Porto ultrapassou o Sporting-Tavira, muito devido à queda de Frederico Figueiredo, que chegou já no terceiro grupo, cedendo 42 segundos para a formação portista, juntamente com Luís Fernandes e Jesus Ezquerra.

Percorre-se no domingo a segunda etapa em linha, com extensão de 214,7 km, entre Reguengos de Monsaraz e Castelo de Branco.

Classificação individual da etapa

1.º Raul Alarcón, W52-FC Porto, 4:55.57 horas

2.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 11 segundos

3.º David de la Fuente, Louletano-Hospital de Loulé, m.t

4.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, m.t

5.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, m.t

6.º César Fonte, LA, m.t

7.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, m.t

8.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, m.t

9.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, m.t

10.º Sérgio Paulinho, Efapel, m.t

19.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 42'

21.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, m.t

28.º Frederico Figueiredo, Sporting-Tavira, m.t

52.º Mario Gonzalez, a 2.37 minutos

86.º Fábio Silvestre, a 9.30 minutos

129.º Valter Pereira, a 18.34

Classificação geral

1.º Raul Alarcón, W52-FC Porto, 5:02.29 horas

2.º Gustavo Veloso, Sporting-Tavira, a 6 segundos

3.º Domingos Gonçalves, RP Boavista, a 15'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 16'

5.º Gustavo Veloso, W52-FC Porto, a 17'

6.º Sérgio Paulinho, Efapel, a 20'

7.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 22 segundos

8.º Rui Sousa, RP Boavista, a 25'

9.º García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 29'

10.º Davide Rebellin, Kuwait Cartucho ES, a 32'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 15:08.16

2.º Sporting-Tavira, a 18 segundos

3.º RP Boavista, a 45 segundos

Foto César Santos

Ezquerra entra nas contas para a amarela

Por Jornal Sporting
05 Ago, 2017

Espanhol está a 11 segundos da liderança de Gaudin e pode assumir favoritismo para a difícil chegada ao sprint

Jesus Ezquerra foi sexto no prólogo de Lisboa e, apesar de ter acalentado a expectativa de vencer a tirada inaugural, está a 11 segundos de poder ambicionar vestir de amarelo. Com chegada prevista ao sprint, após 203 km entre Vila Franca de Xira e Setúbal há duas dificuldades a superar na última fase da corrida, ambas contagens de 3.ª categoria, a primeira no Alto das Necessidades e a última a 13 km da meta na Serra da Arrábida. O espanhol não nega que o final duro pode beneficiá-lo por poder retirar da contenda os sprinters puros: “Vamos ver como corre. No prólogo tinha alguma liberdade e foi um bom tempo. Agora, é concentrar no Marque e no Nocentini, mas se pudermos vencer uma etapa, melhor”. 

A amarela ficaria dependente da bonificação de uma vitória e de corte no pelotão.

Fábio Silvestre, por sua vez, reconhece que há montanha em excesso para as suas características, não deixando de garantir que fará o possível para triunfar, considerando a segunda etapa como a sua melhor hipótese: “O final da etapa é propício às minhas características. Vou tentar passar as dificuldades. Vamos ver como competimos. O Jesus também é hipótese se eu não conseguir acompanhar o pelotão na subida. Amanhã [Reguengos de Monsaraz] é mais ao meu jeito”.

 

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