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Clube

‘De corpo e alma neste projecto’

Por sporting
31 Dez, 2011

O ex-médio recordou o título de 1999/00 e mostra-se muito feliz por ter regressado agora ao Clube.

SPORTING – Quais foram os momentos inesquecíveis com a camisola do Sporting vestida? LUÍS VIDIGAL – Foram tantos, mas o mais marcante foi o terminar o jejum de 17 anos sem conquistar o título. O que vivemos e sentimos foi indescritível. Viajei do Porto até Lisboa e vi pessoas, de cinco em cinco metros, na auto-estrada para nos saudar. Foi impressionante. Quando é que começaram a acreditar que era possível chegar ao título? O jogo com o FC Porto foi o momento de viragem. Mas sentir uma equipa forte, sólida, consistente e, acima de tudo, amiga, composta por gente que sofria pelos outros, aí comecei a dizer que aquele era o grupo do qual sempre tinha sonhado fazer parte. Por isso, superámos todas as dificuldades e não sendo a melhor equipa em prova, conseguimos conquistar esse campeonato. Podemos ter os melhores jogadores do mundo, mas se não tivermos uma equipa, não ganhamos. Como analisa a sua carreira fora de Portugal e ao serviço da selecção? É um balanço muito positivo. No início, chorosa porque não tinha vontade nenhuma de sair do Sporting. Saí para bem do Sporting. Na altura, fizeram-me a proposta e lembro-me de fugir, em Elvas, dos jornalistas, porque não queria sair. Saí a pensar no Sporting. Não consigo viver de outra maneira. Ambicionou fazer toda a sua carreira ao serviço do Sporting? Sim. Este prémio que me está a ser dado, que acredito ser por mérito, é dar continuidade ao que sempre sonhei. O seu nome, em época de transferências, era sempre apontado para regressar ao Sporting… Reuni-me várias vezes com responsáveis do Sporting, mas, infelizmente, o meu regresso como jogador nunca se proporcionou. Vim agora e estou de corpo e alma neste projecto, que é difícil, mas ambicioso. Tirando o facto de não ter vestido a camisola do Sporting ao longo de toda a carreira como jogador, teve a carreira de futebolista que ambicionou? Sim. Aliás, tenho de perceber quais são os meus limites e se analisar o Luís Vidigal, vou dizer que chegou muito além daquilo que qualquer pessoa poderia imaginar. Tenho a noção de que jogadores com uma qualidade superior à minha não chegaram nem perto do que eu alcancei e isso faz-me sentir orgulhoso por me superar em algumas situações e de defender aquilo que é mais importante no futebol: o conjunto quando funciona, dificilmente se consegue abater. Nesta área em que estou a trabalhar, vejo vários casos em que não conseguem reunir as várias peças e quando assim é, dificilmente se alcança sucesso. Já perdemos jogadores com talento superior e agora há que tentar não perder mais. Como é que o Vidigal, que cresceu para o futebol num clube com poucas condições, analisa a Academia Sporting/Puma? Contra algumas opiniões, temos ali o melhor lugar para se poder fabricar jogadores. Mas, também tenho de comentar as poucas condições que tive: essa falta de condições está a fazer falta. É preciso sentir dificuldades para se chegar à equipa principal do Sporting. Dentro da Academia, temos de criar rotinas de competição internas. Os miúdos têm de perceber que, em cada ano, têm de justificar a sua permanência e não podem sentir que naturalmente sobem de escalão. Tem de haver uma luta diária, para que se possam formar como jogadores. As facilidades não ajudam ninguém. As coisas quando são fáceis, nem sabor têm. Chegar à equipa principal não pode ser algo que pensem ser banal. Vem acompanhado por antigos jogadores do Sporting. É importante para os jovens haver referências? Sem dúvida. Para aquilo que pretendemos, é fundamental haver referências. Não há uma resposta positiva se não houver um exemplo concreto. É difícil os miúdos perceberem qual é o espírito e a identidade do Sporting se não tiverem referências desse mesmo espírito e dessa mesma identidade. Ao longo dos anos, a evolução do futebol, nomeadamente na formação, levou a desvirtuar aquilo que é o crescimento normal de um jogador. Os jogadores têm de passar por várias etapas, mas, na prática, eles têm de adquirir as coisas ao longo do seu crescimento. A partir do momento em que já estão praticamente formados, têm de sentir o peso e a responsabilidade. Pensar antes de falar e de agir e o facilitismo não os podem levar a pensar que estão preparados. Os juvenis e os juniores são uma coisa e o futebol sénior é outra. As dificuldades são muito maiores, a relação com o treinador é completamente diferente. Se os jogadores não chegarem aos seniores preparados para isso, vão ter grandes dificuldades. É isso que tentamos ensinar, para que eles cheguem lá o mais preparados possível. Arranjou uns quantos filhos novos… (risos) Mais ou menos, porque sou um pai daqueles que dá umas cinturadas de vez em quando e eles fogem de mim quando me vêem. Não sou um pai que só dá beijinhos, por assim dizer. Como é trabalhar com Manuel Fernandes? É espectacular. Quando se fala a mesma linguagem, tudo é fácil e essa linguagem é a do amor ao Sporting e o futebolês. Está feliz? Muito feliz. AA

‘De corpo e alma neste projecto’

Por sporting
31 Dez, 2011

O ex-médio recordou o título de 1999/00 e mostra-se muito feliz por ter regressado agora ao Clube.

SPORTING – Quais foram os momentos inesquecíveis com a camisola do Sporting vestida? LUÍS VIDIGAL – Foram tantos, mas o mais marcante foi o terminar o jejum de 17 anos sem conquistar o título. O que vivemos e sentimos foi indescritível. Viajei do Porto até Lisboa e vi pessoas, de cinco em cinco metros, na auto-estrada para nos saudar. Foi impressionante. Quando é que começaram a acreditar que era possível chegar ao título? O jogo com o FC Porto foi o momento de viragem. Mas sentir uma equipa forte, sólida, consistente e, acima de tudo, amiga, composta por gente que sofria pelos outros, aí comecei a dizer que aquele era o grupo do qual sempre tinha sonhado fazer parte. Por isso, superámos todas as dificuldades e não sendo a melhor equipa em prova, conseguimos conquistar esse campeonato. Podemos ter os melhores jogadores do mundo, mas se não tivermos uma equipa, não ganhamos. Como analisa a sua carreira fora de Portugal e ao serviço da selecção? É um balanço muito positivo. No início, chorosa porque não tinha vontade nenhuma de sair do Sporting. Saí para bem do Sporting. Na altura, fizeram-me a proposta e lembro-me de fugir, em Elvas, dos jornalistas, porque não queria sair. Saí a pensar no Sporting. Não consigo viver de outra maneira. Ambicionou fazer toda a sua carreira ao serviço do Sporting? Sim. Este prémio que me está a ser dado, que acredito ser por mérito, é dar continuidade ao que sempre sonhei. O seu nome, em época de transferências, era sempre apontado para regressar ao Sporting… Reuni-me várias vezes com responsáveis do Sporting, mas, infelizmente, o meu regresso como jogador nunca se proporcionou. Vim agora e estou de corpo e alma neste projecto, que é difícil, mas ambicioso. Tirando o facto de não ter vestido a camisola do Sporting ao longo de toda a carreira como jogador, teve a carreira de futebolista que ambicionou? Sim. Aliás, tenho de perceber quais são os meus limites e se analisar o Luís Vidigal, vou dizer que chegou muito além daquilo que qualquer pessoa poderia imaginar. Tenho a noção de que jogadores com uma qualidade superior à minha não chegaram nem perto do que eu alcancei e isso faz-me sentir orgulhoso por me superar em algumas situações e de defender aquilo que é mais importante no futebol: o conjunto quando funciona, dificilmente se consegue abater. Nesta área em que estou a trabalhar, vejo vários casos em que não conseguem reunir as várias peças e quando assim é, dificilmente se alcança sucesso. Já perdemos jogadores com talento superior e agora há que tentar não perder mais. Como é que o Vidigal, que cresceu para o futebol num clube com poucas condições, analisa a Academia Sporting/Puma? Contra algumas opiniões, temos ali o melhor lugar para se poder fabricar jogadores. Mas, também tenho de comentar as poucas condições que tive: essa falta de condições está a fazer falta. É preciso sentir dificuldades para se chegar à equipa principal do Sporting. Dentro da Academia, temos de criar rotinas de competição internas. Os miúdos têm de perceber que, em cada ano, têm de justificar a sua permanência e não podem sentir que naturalmente sobem de escalão. Tem de haver uma luta diária, para que se possam formar como jogadores. As facilidades não ajudam ninguém. As coisas quando são fáceis, nem sabor têm. Chegar à equipa principal não pode ser algo que pensem ser banal. Vem acompanhado por antigos jogadores do Sporting. É importante para os jovens haver referências? Sem dúvida. Para aquilo que pretendemos, é fundamental haver referências. Não há uma resposta positiva se não houver um exemplo concreto. É difícil os miúdos perceberem qual é o espírito e a identidade do Sporting se não tiverem referências desse mesmo espírito e dessa mesma identidade. Ao longo dos anos, a evolução do futebol, nomeadamente na formação, levou a desvirtuar aquilo que é o crescimento normal de um jogador. Os jogadores têm de passar por várias etapas, mas, na prática, eles têm de adquirir as coisas ao longo do seu crescimento. A partir do momento em que já estão praticamente formados, têm de sentir o peso e a responsabilidade. Pensar antes de falar e de agir e o facilitismo não os podem levar a pensar que estão preparados. Os juvenis e os juniores são uma coisa e o futebol sénior é outra. As dificuldades são muito maiores, a relação com o treinador é completamente diferente. Se os jogadores não chegarem aos seniores preparados para isso, vão ter grandes dificuldades. É isso que tentamos ensinar, para que eles cheguem lá o mais preparados possível. Arranjou uns quantos filhos novos… (risos) Mais ou menos, porque sou um pai daqueles que dá umas cinturadas de vez em quando e eles fogem de mim quando me vêem. Não sou um pai que só dá beijinhos, por assim dizer. Como é trabalhar com Manuel Fernandes? É espectacular. Quando se fala a mesma linguagem, tudo é fácil e essa linguagem é a do amor ao Sporting e o futebolês. Está feliz? Muito feliz. AA

‘O Sporting é paixão, é acreditar'

Por sporting
31 Dez, 2011

Luís Vidigal concedeu a sua primeira grande entrevista após o regresso ao Clube.

SPORTING – Como é que o Luís Vidigal nasceu para o futebol? LUÍS VIDIGAL – O meu pai encontrou no futebol a forma de satisfazer os filhos. Pertenço a uma família numerosa, somos 12 irmãos – oito rapazes e quatro raparigas. Vivemos tempos difíceis ao fugir da guerra em Angola e não era fácil para um pai encontrar solução para satisfazer tantos filhos, em altura de festas de família como o Natal. A bola conseguia resolver esses problemas. A determinada altura, percebemos que tínhamos algum jeito, daí começarmos a organizar torneios de bairro, a construirmos o nosso próprio campo de futebol, em Elvas, num terreno baldio, e a pedir «emprestadados» uns barrotes de madeira para fazermos as balizas. Foram tempos espectaculares e é com alguma tristeza que, hoje, quando volto a Elvas, já não encontro esse campo de futebol. O facto de a sua família ter vindo de Angola para uma cidade como Elvas contribuiu para a vossa capacidade de superação? Sem dúvida. A oferta era pouca e embora havendo essa oferta, com muitas dificuldades poderíamos alcançá-la. Mas, a capacidade de nos superarmos está relacionada com o fazermos tudo do nada. Essa é a imagem da família Vidigal. A nossa força interior consegue ultrapassar as barreiras que, para a maioria, são intransponíveis. Como é que surgiu o Sporting na sua vida? O Sporting é paixão, é acreditar e também está relacionado com a educação que recebemos, de honrarmos aquilo que escolhemos e não nos deixarmos abalar por um mau resultado, ou por não ter conquistado este ou aquele título. Nunca pensei poder representar o Clube e à medida que fui crescendo e apercebendo-me de que provavelmente até poderia lá chegar, a vontade foi crescendo de tal forma que, no dia em que me foi apresentada a proposta para vir para o Clube, não me preocupei com mais nada. Queria pura e simplesmente representar o Sporting, não queria saber do tempo de contrato, dos valores, não me interessava rigorosamente nada. Esse dia é recordado de que forma? Foi cuidadosamente preparado. Tive conhecimento quando já estava tudo praticamente feito. Quando as coisas são anunciadas com muita antecedência, pode criar-se ansiedade. Foi uma surpresa muito grande. Quando me perguntaram se queria vir para o Sporting, respondi: essa pergunta não se faz, é já. Foi muito bom, foi o virar da minha carreira, algo que tanto desejava e que, felizmente, se realizou. Para um menino que viveu com dificuldades, o chegar ao Sporting foi como um deslumbramento, o realizar de um sonho? Sem dúvida. O ter uma estrutura familiar forte ajudou-me bastante, porque foi um salto muito grande. Foi difícil até de acreditar que estava no Sporting, mas a família, como sempre, ajudou-me bastante. Quando chegou ao Sporting, diziam que vinha para substituir o Oceano. Foi uma grande responsabilidade? Foi um risco muito grande. As responsabilidades aumentaram, porque não é fácil substituir alguém como o «meu capitão». Ele continua a ser, até hoje, o meu capitão. Quem foram os seus primeiros ídolos no Sporting? Só posso ter um e vai ser sempre esse: o «meu capitão», o Oceano. Sempre me identifiquei com o Oceano e ele ajudou-me muito quando vim para o Sporting. Há também um jogador que não é da minha geração, de quem gosto muito e com o qual sou unha com carne, que é o Manuel Fernandes. Veio sozinho para Lisboa? Sim, mas como tinha estado um ano no Estoril, já conhecia alguma coisa. Mas, a ligação a Elvas era tão forte que, nesse primeiro ano, íamos todas as folgas a Elvas. Eu e o Toni, jogássemos onde jogássemos, em todas as folgas regressávamos a Elvas. Sendo membro de uma família numerosa, como se sentiu ao vir viver sozinho para Lisboa e enfrentar uma realidade completamente diferente? No início, foi muito triste e era importante estar envolvido no treino e com os colegas. Evidentemente, resolvíamos as coisas de uma forma inteligente, convidando amigos para irem lá a casa para almoçar, ou ver filmes. Foram tempos difíceis, mas nunca deixei que isso interferisse no trabalho. Daí termos feito um trabalho interessante e o Sporting ter mostrado interesse em nós. Qual foi o seu primeiro jogo oficial com a camisola do Sporting? Um FC Porto-Sporting e fui utilizado a lateral-esquerdo. Sempre ao serviço do Clube, na esquerda, ou na direita. Antes disso, o melhor momento que tive e no qual senti que era do Sporting foi no estágio da Holanda. Cinco dias antes da partida para estágio estava em Alvalade, ainda sem saber qual o meu destino. Já tinha contrato assinado, mas não sabia se ia fazer parte do plantel e não tinha informações. A equipa estava preparada para viajar para a Holanda, o autocarro já estava preparado para a levar, e houve alguém que passou por mim e me perguntou o que ia fazer. Respondi que não sabia e fui perguntar a quem de direito, que me disse que ia para a Holanda. Fui a correr para casa, fiz a mala rapidamente e fui todo feliz para o aeroporto. Viajámos e, ao quinto dia de estágio, o mister Carlos Queirós chamou-me ao quarto dele e disse-me: “É só para te dar os parabéns e dizer que fazes parte do plantel do Sporting, continua a treinar da mesma forma”. Esse foi um momento muito importante, foi tirar alguma pressão que sentia e deu-me tranquilidade. Tinha 22 anos. Um miúdo que há pouco tempo estava onde estava, assinar pelo Sporting e ser escolhido para fazer o primeiro jogo da época e logo contra o FC Porto, nas Antas, levou-me a pensar que se calhar tinha algum valor. Foi fantástico. O Sporting é um Clube diferente e superior a todos os outros. A carreira de um jogador não é feita apenas de bons momentos. Como é que um jogador reage aos assobios dos sócios e dos adeptos? Nem toda a gente consegue suportar os assobios, mas o que posso dizer é para que os jogadores continuem a trabalhar, sempre no máximo. Se reagisse de maneira diferente desta, às vezes que fui assobiado e contestado, não tinha chegado onde cheguei, não tinha conquistado o título de campeão nacional pelo Sporting, nem vencido as taças que venci, não tinha jogado num dos melhores campeonatos do Mundo e não tinha ido à selecção. São situações que, infelizmente, acontecem e que não conseguimos controlar, porque as reacções externas são temporárias. Há momentos bons e maus e os jogadores têm de entender que hoje estão a ser assobiados e que amanhã vão ser aplaudidos. Depois da minha saída do Sporting, recordo-me de que estive a fazer recuperação de uma lesão e corria à volta do relvado do antigo Estádio José Alvalade e a equipa principal do Sporting estava a treinar. Ficava constrangido porque os sportinguistas me aplaudiam e não aplaudiam a equipa. Nessa altura, pensei: o futebol é estranho, pessoas que me assobiavam, agora aplaudem-me e os outros estão de parte. O trajecto da antiga porta 10-A até ao campo de treinos chegou a ser doloroso? Muito, mas comento com colegas daquele tempo que aquilo fazia bem, era como um «abre olhos». Esta conversa não é só feita entre antigos jogadores, mas também com dirigentes que hoje fazem parte do Clube. Eles próprios dizem sentir saudades daquele trajecto do Estádio até ao campo de treinos. Hoje, há outros métodos para chamar a atenção dos jogadores, há que lhes dar maior responsabilidade, para perceberem que estão a representar um Clube com a grandeza do Sporting. AA

‘O Sporting é paixão, é acreditar'

Por sporting
31 Dez, 2011

Luís Vidigal concedeu a sua primeira grande entrevista após o regresso ao Clube.

SPORTING – Como é que o Luís Vidigal nasceu para o futebol? LUÍS VIDIGAL – O meu pai encontrou no futebol a forma de satisfazer os filhos. Pertenço a uma família numerosa, somos 12 irmãos – oito rapazes e quatro raparigas. Vivemos tempos difíceis ao fugir da guerra em Angola e não era fácil para um pai encontrar solução para satisfazer tantos filhos, em altura de festas de família como o Natal. A bola conseguia resolver esses problemas. A determinada altura, percebemos que tínhamos algum jeito, daí começarmos a organizar torneios de bairro, a construirmos o nosso próprio campo de futebol, em Elvas, num terreno baldio, e a pedir «emprestadados» uns barrotes de madeira para fazermos as balizas. Foram tempos espectaculares e é com alguma tristeza que, hoje, quando volto a Elvas, já não encontro esse campo de futebol. O facto de a sua família ter vindo de Angola para uma cidade como Elvas contribuiu para a vossa capacidade de superação? Sem dúvida. A oferta era pouca e embora havendo essa oferta, com muitas dificuldades poderíamos alcançá-la. Mas, a capacidade de nos superarmos está relacionada com o fazermos tudo do nada. Essa é a imagem da família Vidigal. A nossa força interior consegue ultrapassar as barreiras que, para a maioria, são intransponíveis. Como é que surgiu o Sporting na sua vida? O Sporting é paixão, é acreditar e também está relacionado com a educação que recebemos, de honrarmos aquilo que escolhemos e não nos deixarmos abalar por um mau resultado, ou por não ter conquistado este ou aquele título. Nunca pensei poder representar o Clube e à medida que fui crescendo e apercebendo-me de que provavelmente até poderia lá chegar, a vontade foi crescendo de tal forma que, no dia em que me foi apresentada a proposta para vir para o Clube, não me preocupei com mais nada. Queria pura e simplesmente representar o Sporting, não queria saber do tempo de contrato, dos valores, não me interessava rigorosamente nada. Esse dia é recordado de que forma? Foi cuidadosamente preparado. Tive conhecimento quando já estava tudo praticamente feito. Quando as coisas são anunciadas com muita antecedência, pode criar-se ansiedade. Foi uma surpresa muito grande. Quando me perguntaram se queria vir para o Sporting, respondi: essa pergunta não se faz, é já. Foi muito bom, foi o virar da minha carreira, algo que tanto desejava e que, felizmente, se realizou. Para um menino que viveu com dificuldades, o chegar ao Sporting foi como um deslumbramento, o realizar de um sonho? Sem dúvida. O ter uma estrutura familiar forte ajudou-me bastante, porque foi um salto muito grande. Foi difícil até de acreditar que estava no Sporting, mas a família, como sempre, ajudou-me bastante. Quando chegou ao Sporting, diziam que vinha para substituir o Oceano. Foi uma grande responsabilidade? Foi um risco muito grande. As responsabilidades aumentaram, porque não é fácil substituir alguém como o «meu capitão». Ele continua a ser, até hoje, o meu capitão. Quem foram os seus primeiros ídolos no Sporting? Só posso ter um e vai ser sempre esse: o «meu capitão», o Oceano. Sempre me identifiquei com o Oceano e ele ajudou-me muito quando vim para o Sporting. Há também um jogador que não é da minha geração, de quem gosto muito e com o qual sou unha com carne, que é o Manuel Fernandes. Veio sozinho para Lisboa? Sim, mas como tinha estado um ano no Estoril, já conhecia alguma coisa. Mas, a ligação a Elvas era tão forte que, nesse primeiro ano, íamos todas as folgas a Elvas. Eu e o Toni, jogássemos onde jogássemos, em todas as folgas regressávamos a Elvas. Sendo membro de uma família numerosa, como se sentiu ao vir viver sozinho para Lisboa e enfrentar uma realidade completamente diferente? No início, foi muito triste e era importante estar envolvido no treino e com os colegas. Evidentemente, resolvíamos as coisas de uma forma inteligente, convidando amigos para irem lá a casa para almoçar, ou ver filmes. Foram tempos difíceis, mas nunca deixei que isso interferisse no trabalho. Daí termos feito um trabalho interessante e o Sporting ter mostrado interesse em nós. Qual foi o seu primeiro jogo oficial com a camisola do Sporting? Um FC Porto-Sporting e fui utilizado a lateral-esquerdo. Sempre ao serviço do Clube, na esquerda, ou na direita. Antes disso, o melhor momento que tive e no qual senti que era do Sporting foi no estágio da Holanda. Cinco dias antes da partida para estágio estava em Alvalade, ainda sem saber qual o meu destino. Já tinha contrato assinado, mas não sabia se ia fazer parte do plantel e não tinha informações. A equipa estava preparada para viajar para a Holanda, o autocarro já estava preparado para a levar, e houve alguém que passou por mim e me perguntou o que ia fazer. Respondi que não sabia e fui perguntar a quem de direito, que me disse que ia para a Holanda. Fui a correr para casa, fiz a mala rapidamente e fui todo feliz para o aeroporto. Viajámos e, ao quinto dia de estágio, o mister Carlos Queirós chamou-me ao quarto dele e disse-me: “É só para te dar os parabéns e dizer que fazes parte do plantel do Sporting, continua a treinar da mesma forma”. Esse foi um momento muito importante, foi tirar alguma pressão que sentia e deu-me tranquilidade. Tinha 22 anos. Um miúdo que há pouco tempo estava onde estava, assinar pelo Sporting e ser escolhido para fazer o primeiro jogo da época e logo contra o FC Porto, nas Antas, levou-me a pensar que se calhar tinha algum valor. Foi fantástico. O Sporting é um Clube diferente e superior a todos os outros. A carreira de um jogador não é feita apenas de bons momentos. Como é que um jogador reage aos assobios dos sócios e dos adeptos? Nem toda a gente consegue suportar os assobios, mas o que posso dizer é para que os jogadores continuem a trabalhar, sempre no máximo. Se reagisse de maneira diferente desta, às vezes que fui assobiado e contestado, não tinha chegado onde cheguei, não tinha conquistado o título de campeão nacional pelo Sporting, nem vencido as taças que venci, não tinha jogado num dos melhores campeonatos do Mundo e não tinha ido à selecção. São situações que, infelizmente, acontecem e que não conseguimos controlar, porque as reacções externas são temporárias. Há momentos bons e maus e os jogadores têm de entender que hoje estão a ser assobiados e que amanhã vão ser aplaudidos. Depois da minha saída do Sporting, recordo-me de que estive a fazer recuperação de uma lesão e corria à volta do relvado do antigo Estádio José Alvalade e a equipa principal do Sporting estava a treinar. Ficava constrangido porque os sportinguistas me aplaudiam e não aplaudiam a equipa. Nessa altura, pensei: o futebol é estranho, pessoas que me assobiavam, agora aplaudem-me e os outros estão de parte. O trajecto da antiga porta 10-A até ao campo de treinos chegou a ser doloroso? Muito, mas comento com colegas daquele tempo que aquilo fazia bem, era como um «abre olhos». Esta conversa não é só feita entre antigos jogadores, mas também com dirigentes que hoje fazem parte do Clube. Eles próprios dizem sentir saudades daquele trajecto do Estádio até ao campo de treinos. Hoje, há outros métodos para chamar a atenção dos jogadores, há que lhes dar maior responsabilidade, para perceberem que estão a representar um Clube com a grandeza do Sporting. AA

‘Respeito muito os sportinguistas’

Por sporting
31 Dez, 2011

O antigo central dos «leões» salientou na entrevista exclusiva que passou cinco anos maravilhosos no Clube e fala do enorme carinho que continua a sentir pelo Sporting

O antigo central dos «leões» salientou na entrevista exclusiva que passou cinco anos maravilhosos no Clube e fala do enorme carinho que continua a sentir pelo Sporting. SPORTING – Sente que os sportinguistas não o esquecem? MARCO AURÉLIO – Sinto. Os sportinguistas continuam a tratar-me com muito carinho e respeito e esses são sentimentos recíprocos. Respeito muito os sportinguistas. No Sporting, passei cinco anos maravilhosos, não conquistei nenhum campeonato e cheguei a culpar-me por isso, porque tínhamos uma equipa muito boa. Tínhamos uma equipa composta por jogadores como Figo, Balakov, Iordanov, Amunike e Juskowiak e não conseguimos vencer o título. Perdemos dois anos para o FC Porto e acabei por ter uma quota-parte de responsabilidade por isso. Por outro lado e passados 10 anos, vejo que o Liedson também não se conseguiu sagrar campeão pelo Sporting. Aprendi que para se ganhar o campeonato não chega ter uma boa equipa, é preciso haver uma cumplicidade e uma união muito grande entre todos. Temos de ser cada vez mais unidos e apoiar sempre a equipa durante os 90 minutos. O sentimento que ainda hoje tem pelo Sporting é especial? É muito especial e não desapareceu depois de ter deixado de ser jogador do Sporting. Acompanho sempre a vida do Clube e falo com os meus antigos colegas e, assim, vou tendo notícias sobre o Sporting. Deixou de jogar aos 40 anos. Conseguiu jogar até tão tarde devido ao facto ter tido uma vida regrada? Tive a felicidade de jogar num país que não olha para o bilhete de identidade na altura de renegociar os contratos. Em Itália, olham apenas para os rendimentos dos atletas e se, em 35 jogos, jogámos 34, então não nos perguntam a idade. Joguei até tarde porque nunca vi ninguém plantar bananas e nascerem maçãs. Se, como jogador de futebol, nos portarmos bem, se trabalharmos, descansarmos e se formos profissionais, jogamos até tarde, porque o campo é que dita por quantos anos um jogador pode jogar. Por exemplo, o Liedson tem 34 anos e vai ter mais dois anos de contrato com o Corinthians. Para os sportinguistas, o Liedson é um ídolo, uma referência e um exemplo para os jovens. Se os jovens plantarem bem, vão colher bem e chegarão aos 35 anos bem fisicamente. O treinador olhará para esse jogador e não vai querer um jovem, porque tem um atleta experiente, que é bom para o grupo e que joga bem. AA

‘Respeito muito os sportinguistas’

Por sporting
31 Dez, 2011

O antigo central dos «leões» salientou na entrevista exclusiva que passou cinco anos maravilhosos no Clube e fala do enorme carinho que continua a sentir pelo Sporting

O antigo central dos «leões» salientou na entrevista exclusiva que passou cinco anos maravilhosos no Clube e fala do enorme carinho que continua a sentir pelo Sporting. SPORTING – Sente que os sportinguistas não o esquecem? MARCO AURÉLIO – Sinto. Os sportinguistas continuam a tratar-me com muito carinho e respeito e esses são sentimentos recíprocos. Respeito muito os sportinguistas. No Sporting, passei cinco anos maravilhosos, não conquistei nenhum campeonato e cheguei a culpar-me por isso, porque tínhamos uma equipa muito boa. Tínhamos uma equipa composta por jogadores como Figo, Balakov, Iordanov, Amunike e Juskowiak e não conseguimos vencer o título. Perdemos dois anos para o FC Porto e acabei por ter uma quota-parte de responsabilidade por isso. Por outro lado e passados 10 anos, vejo que o Liedson também não se conseguiu sagrar campeão pelo Sporting. Aprendi que para se ganhar o campeonato não chega ter uma boa equipa, é preciso haver uma cumplicidade e uma união muito grande entre todos. Temos de ser cada vez mais unidos e apoiar sempre a equipa durante os 90 minutos. O sentimento que ainda hoje tem pelo Sporting é especial? É muito especial e não desapareceu depois de ter deixado de ser jogador do Sporting. Acompanho sempre a vida do Clube e falo com os meus antigos colegas e, assim, vou tendo notícias sobre o Sporting. Deixou de jogar aos 40 anos. Conseguiu jogar até tão tarde devido ao facto ter tido uma vida regrada? Tive a felicidade de jogar num país que não olha para o bilhete de identidade na altura de renegociar os contratos. Em Itália, olham apenas para os rendimentos dos atletas e se, em 35 jogos, jogámos 34, então não nos perguntam a idade. Joguei até tarde porque nunca vi ninguém plantar bananas e nascerem maçãs. Se, como jogador de futebol, nos portarmos bem, se trabalharmos, descansarmos e se formos profissionais, jogamos até tarde, porque o campo é que dita por quantos anos um jogador pode jogar. Por exemplo, o Liedson tem 34 anos e vai ter mais dois anos de contrato com o Corinthians. Para os sportinguistas, o Liedson é um ídolo, uma referência e um exemplo para os jovens. Se os jovens plantarem bem, vão colher bem e chegarão aos 35 anos bem fisicamente. O treinador olhará para esse jogador e não vai querer um jovem, porque tem um atleta experiente, que é bom para o grupo e que joga bem. AA

Pavilhão com novo piso

Por sporting
27 Dez, 2011

O pavilhão do Multidesportivo do Sporting, onde treinam as equipas de andebol e de futsal, vai ter um novo piso. A instalação do mesmo estará a cargo da empresa Mondo e a obra terá lugar no mês de Janeiro.

O pavilhão do Multidesportivo do Sporting, onde treinam as equipas de andebol e de futsal, vai ter um novo piso. A instalação do mesmo estará a cargo da empresa Mondo e a obra terá lugar no mês de Janeiro. Para além da substituição do piso do pavilhão, o pavimento do ginásio do piso 0 também vai ser alvo de intervenção. Na assinatura do contrato, estiveram, por parte do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, Ricardo Tomás e Mário Patrício. A Mondo fez-se representar pelo director-geral, Carlos Paixão, e por João Pedro Marques, director de Marketing. Após a assinatura do contrato, Carlos Paixão sublinhou: “Para a Mondo, é importante estar ligada a um Clube como o Sporting. Congratulamo-nos por estarmos a chegar a acordo com um dos nossos produtos líderes. É gratificante ver o Sporting colocar este produto, que é muito bom e que tem uma preocupação fundamental com os atletas. Existe uma preocupação com a saúde e é gratificante estarmos a realizar este trabalho no Sporting.” Ricardo Tomás, vice-presidente do Conselho Directivo para as modalidades, realçou: “Esta era uma obra que precisávamos realizar e que já vem tarde, devido ao estado degradado em que está o piso do pavilhão. Congratulo-me por isso com a assinatura deste contrato.” Texto: Andreia Alexandre

Pavilhão com novo piso

Por sporting
27 Dez, 2011

O pavilhão do Multidesportivo do Sporting, onde treinam as equipas de andebol e de futsal, vai ter um novo piso. A instalação do mesmo estará a cargo da empresa Mondo e a obra terá lugar no mês de Janeiro.

O pavilhão do Multidesportivo do Sporting, onde treinam as equipas de andebol e de futsal, vai ter um novo piso. A instalação do mesmo estará a cargo da empresa Mondo e a obra terá lugar no mês de Janeiro. Para além da substituição do piso do pavilhão, o pavimento do ginásio do piso 0 também vai ser alvo de intervenção. Na assinatura do contrato, estiveram, por parte do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, Ricardo Tomás e Mário Patrício. A Mondo fez-se representar pelo director-geral, Carlos Paixão, e por João Pedro Marques, director de Marketing. Após a assinatura do contrato, Carlos Paixão sublinhou: “Para a Mondo, é importante estar ligada a um Clube como o Sporting. Congratulamo-nos por estarmos a chegar a acordo com um dos nossos produtos líderes. É gratificante ver o Sporting colocar este produto, que é muito bom e que tem uma preocupação fundamental com os atletas. Existe uma preocupação com a saúde e é gratificante estarmos a realizar este trabalho no Sporting.” Ricardo Tomás, vice-presidente do Conselho Directivo para as modalidades, realçou: “Esta era uma obra que precisávamos realizar e que já vem tarde, devido ao estado degradado em que está o piso do pavilhão. Congratulo-me por isso com a assinatura deste contrato.” Texto: Andreia Alexandre

Musical ‘afina-se’!

Por sporting
27 Dez, 2011

Com o aproximar da data de estreia, nos ensaios do musical “1906, o nosso grande amor” aumenta a ansiedade e a expectativa relativamente ao espectáculo que se prevê inesquecível.

Com o aproximar da data de estreia, nos ensaios do musical “1906, o nosso grande amor” aumenta a ansiedade e a expectativa relativamente ao espectáculo que se prevê inesquecível. O musical Sporting tem os seguintes preços: Frisa: 35 euros; 1.ª Plateia: 30 euros; 2.ª Plateia: 25 euros; 1.º Balcão frente: 17,5 euros; 1.º Balcão lateral: 15 euros; 2.º Balcão frente: 15 euros; 2.º Balcão lateral: 10 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos na Ticketline, nas bilheteiras do Teatro Tivoli e na Loja Verde, no Alvaláxia. Pedro Madeira Rodrigues, autor do musical “1906, o nosso grande amor”, revelou que “não foi muito complicado criar todas estas cenas, pois foi feito com paixão pelo Sporting. É óbvio que houve necessidade de fazer muita pesquisa, porque, felizmente, o Sporting tem 105 anos de muitas conquistas importantes e, apesar de considerar que a história do Clube se encontra aqui bem retratada, reconheço que não havia tempo nem espaço para incluir tudo o de relevante aconteceu”. Sobre a aceitação por parte dos sportinguistas, Pedro Madeira Rodrigues considera que vale muito a pena vir ver este musical. “As cenas mais tocantes? Elejo duas que certamente irão marcar, que são as homenagens a Francisco Stromp e a Vítor Damas. Quanto ao momento de Manuel Fernandes, é um dos mais divertidos, pois surge uma conversa entre ele, o Jordão e o António Oliveira, em 1982, a caminho de um jogo com o Benfica…”, disse. JV

Musical ‘afina-se’!

Por sporting
27 Dez, 2011

Com o aproximar da data de estreia, nos ensaios do musical “1906, o nosso grande amor” aumenta a ansiedade e a expectativa relativamente ao espectáculo que se prevê inesquecível.

Com o aproximar da data de estreia, nos ensaios do musical “1906, o nosso grande amor” aumenta a ansiedade e a expectativa relativamente ao espectáculo que se prevê inesquecível. O musical Sporting tem os seguintes preços: Frisa: 35 euros; 1.ª Plateia: 30 euros; 2.ª Plateia: 25 euros; 1.º Balcão frente: 17,5 euros; 1.º Balcão lateral: 15 euros; 2.º Balcão frente: 15 euros; 2.º Balcão lateral: 10 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos na Ticketline, nas bilheteiras do Teatro Tivoli e na Loja Verde, no Alvaláxia. Pedro Madeira Rodrigues, autor do musical “1906, o nosso grande amor”, revelou que “não foi muito complicado criar todas estas cenas, pois foi feito com paixão pelo Sporting. É óbvio que houve necessidade de fazer muita pesquisa, porque, felizmente, o Sporting tem 105 anos de muitas conquistas importantes e, apesar de considerar que a história do Clube se encontra aqui bem retratada, reconheço que não havia tempo nem espaço para incluir tudo o de relevante aconteceu”. Sobre a aceitação por parte dos sportinguistas, Pedro Madeira Rodrigues considera que vale muito a pena vir ver este musical. “As cenas mais tocantes? Elejo duas que certamente irão marcar, que são as homenagens a Francisco Stromp e a Vítor Damas. Quanto ao momento de Manuel Fernandes, é um dos mais divertidos, pois surge uma conversa entre ele, o Jordão e o António Oliveira, em 1982, a caminho de um jogo com o Benfica…”, disse. JV

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