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Opinião

A18 D18

Por André Bernardo
24 Jun, 2021

2021 é o culminar de um caminho que começou lá atrás e que se desvela no seu clímax esta época

O ano de 2021 marcará para sempre um Antes e um Depois na História dos quase 115 anos do nosso Clube.

No passado domingo, o hóquei em patins conquistou o Campeonato Nacional, depois de já se ter sagrado bicampeão europeu, selando uma época imortal com registo de autor: Sporting Clube de Portugal.

Por feliz coincidência, foram 23 os títulos desta época, tal como são 23 os títulos de Campeão Nacional que alcançámos no futebol.
Não é, porém, fruto do acaso a forma como chegámos até aqui.
Na realidade, o ano de inflexão é 2018 e há, por isso, um Antes de 2018 (A18) e um Depois de 2018 (D18). 

2021 é o culminar de um caminho que começou lá atrás e que se desvela no seu clímax esta época.
E esta nova era alcança vários domínios.

Quando, na próxima época, o Sportinguista Campeão voltar a casa, regressará à Cidade Sporting, passeando por uma Artéria Verde em pista de Tartan, que liga o Estádio ao Pavilhão.

Percorrerá o caminho na expectativa de entrar na sua casa-mãe finalmente ‘pintada’ de Cadeiras Verdes.

Mas antes, ainda cá fora, poderá passar pelo novo recinto de Street Basket, apreciar a pintura de arte urbana e tentar a sua sorte a marcar um triplo.

E, apenas uns metros à frente, terá à sua espera uma verdadeira LionStore para poder comprar uma nova marca que o aguarda, ou então simplesmente para levantar a compra que já efectuou na nova Loja Verde Online.

Entrará pelo Multidesportivo renovado, e em obras para a remodelação de todos os balneários.

Poderá ver o novo relvado e sentir o cheiro fresco da relva, com a satisfação de saber que nos últimos três anos grande parte dos relvados dos campos da Academia Cristiano Ronaldo foram substituídos e um novo foi criado, estando um plano de expansão aprovado para continuarmos a crescer.

Terá também a tranquilidade de saber que pela primeira vez no seu Clube existe uma política de Recursos Humanos que olha pelos seus, com novos espaços de trabalho, e que foi lançado um Modelo de Gestão de Performance – Pratica.

E ainda que está em curso um projecto de Transformação Digital no Clube.
E por isso sabe que o depois de 2021 está a ser assegurado com muitos projectos em desenvolvimento pela frente.

Porque o Sporting de 2021, e desde Setembro de 2018, Pratica, Respira e Transpira o ADN do Sporting CP todos os dias e grita, orgulhosamente, bem alto Eu Sou.

2021: o Ano do Leão.

 

Editorial da edição n.º 3825 do Jornal Sporting

O ano mais épico da nossa história

Por Juvenal Carvalho
24 Jun, 2021

Ganhar, ganhar e ganhar foi o lema do Leão neste ano verdadeiramente estratosférico. Daqueles que serão para mais tarde recordar

Domingo, 20 de Junho de 2021. O relógio corria célere para as 17h00 quando, tendo como palco o Dragão Arena, e com a conquista de mais um Campeonato Nacional de hóquei em patins, estava consumada uma vitória − mais uma − que deu corpo àquela que é a época desportiva mais brilhante de sempre dos 115 anos da história do Sporting Clube de Portugal.

Ganhar, ganhar e ganhar foi o lema do Leão neste ano verdadeiramente estratosférico. Daqueles que serão para mais tarde recordar. Daqueles que comprovam, se preciso fosse, que somos o Clube que mais títulos tem no desporto português no conjunto das mais diversas modalidades. 

Repito vezes sem conta, e recorro por diversas vezes ao que foi preconizado pelos nossos fundadores. Eles quiseram um Sporting CP grande, tão grande como os maiores da Europa. A vontade está mais do que satisfeita. Só que se estendeu de forma planetária. O ‘velho continente’ já é pequeno para os nossos êxitos. 

São, além de títulos nacionais e europeus, também mundiais e olímpicos. E são em diversas modalidades. Uma diversidade em forma de glória que tanto nos honra e dignifica. 

No início deste texto falei na data que nos deu o nono título nacional de hóquei em patins e a mesma serve para falar de alguém que faleceu nessa mesma data, no ano de 2017. O tempo voa, parece que foi ontem que todos nós ouvíamos a sua voz de trovão e o seu estridente SPOOORTING em todas as modalidades, em todos os pavilhões... afinal onde houvesse o símbolo do Leão rampante, ele estava presente. Sempre de sorriso contagiante e um desportista que nunca hostilizou nenhum adversário, quanto mais uma crítica a um dos nossos.

Na manhã de domingo passado fui alertado por um amigo para esta triste efeméride. Ele era para mim como uma espécie de irmão mais velho a quem cumprimentava com um beijo na testa. Mal acabou o jogo e enquanto assistia na televisão a todo o grupo do nosso hóquei em patins, desde Paulo Freitas a Gilberto Borges, passando pelos jogadores, a festejar com uma alegria como se não houvesse amanhã, lembrei‑me, também eu eufórico, o quanto o Vítor Araújo – o nosso Vítor, quereria estar a festejar com eles. O quanto ele merecia estar a viver o ano mais épico da nossa História. E logo ele, que vivia tão intensamente tudo o que fosse modalidade. Tudo o que fosse Sporting.

Nesta espécie de homenagem que a conquista do hóquei simbolizou, sobretudo pela coincidência da data, uma certeza tenho. Onde ele estiver gritou bem alto pela conquista. Como anteriormente por todas as outras.

O Vítor Araújo era feito de Sporting. O Sporting CP é feito de esforço, de dedicação e de devoção, que nos elevam à Glória. Uma imensa Glória.

Obrigado por tudo, Sporting Clube de Portugal!

O reinado no hóquei voltou

Por Pedro Almeida Cabral
24 Jun, 2021

Este título de Campeão Nacional, a juntar ao bicampeonato europeu de 2019 e 2021, torna esta equipa imortal no hóquei em patins Leonino

Quem sobreviveu ao último lance do último jogo do último Campeonato Nacional de hóquei em patins pode sobreviver a tudo. Faltavam meros oitos segundos para o jogo terminar. O Sporting Clube de Portugal ganhava merecidamente por 6-5 em rinque adversário quando foi assinalado penálti a favor do FC Porto. Era a oportunidade de a equipa nortenha forçar o prolongamento e talvez o quinto e derradeiro jogo no Pavilhão João Rocha. Numa arbitragem pouco criteriosa, o cúmulo foi este penálti, erguido sobre uma falta inexistente de Romero. Todos vimos, todos viram, só mesmo a equipa de arbitragem não viu. Algo vai mal no hóquei em patins quando um jogo desta importância é assolado por uma grande penalidade fantasma à beira do fim.

Frente-a-frente, um dos melhores hoquistas nacionais, Gonçalo Alves, com formação parcialmente feita no Sporting CP e que já tinha durante o jogo desfeiteado Girão por duas vezes em lances de bola parada. Do outro lado, o melhor guarda-redes de hóquei em patins do Mundo, Girão, dono e senhor das redes Leoninas e especialista em atirar bolas paradas para os fundos do rinque. Era o campeonato do Sporting CP que pairava na ponta das luvas de Girão. E o guardião, como habitualmente, não nos falhou. Fez aquele salto com atravessamento em mancha tipicamente ‘gironiano’ que arrumou a questão do título. Os oito segundos que faltaram pareceram o dobro, mas o nono Campeonato Nacional não nos fugiu.

E que campeonato foi este! Intenso e disputado até à última stickada. Mais do que isso, contou com uma fantástica recuperação da nossa equipa. Sensivelmente a meio da prova, perdemos alguns jogos contra candidatos ao título e chegámos a cair para a quarta posição. Acabámos até a fase regular em segundo a quatro pontos do FC Porto e com apenas o terceiro melhor ataque, embora com a melhor defesa. Diz-nos a história das fases a eliminar que normalmente vence o Campeonato quem ganhou a fase regular. Mas não foi isso que sucedeu.  Havia de ser o Sporting CP a precisar somente de quatro jogos para ser campeão, dois deles em casa do rival, onde não se vencia há 44 anos e ganhámos duas vezes consecutivas. Para além de na primeira vitória no Pavilhão João Rocha termos entrado para a segunda parte a perder 2-0, acabando a ganhar 6-3 nos 25 minutos mais bem jogados por uma equipa nacional este ano. Este título de Campeão Nacional, a juntar ao bicampeonato europeu de 2019 e 2021, torna esta equipa imortal no hóquei em patins Leonino, recordando o tetracampeonato de 1975‑1978 e a Taça dos Campeões Europeus de 1977. Reza a canção que o reinado do Sporting CP no hóquei em patins voltaria. E estava certa essa letra. O reinado do Sporting CP já voltou.

 

 

Época 2020/2021 – ano de ouro!!!

Por Tito Arantes Fontes
24 Jun, 2021

Esta época será sempre uma daquelas lendárias temporadas de que nos recordaremos com inesgotável gosto e com enorme orgulho de Leão!!!

Época de 2020/2021… um autêntico ano de ouro!!! Temos um infindável rol de provas e de títulos conquistados!!! Todos os fins-de-semana temos mais e mais títulos!!! Equipas com fome de vitória!!! Com espírito de Leão!!! Um autêntico deleite para a nossa alma e para os nossos olhos!!! E para o nosso coração também!!!

Ultimamente, tivemos o Jorge Fonseca a sagrar-se Bicampeão Mundial na sua modalidade… o judo!!! Feito único e inolvidável!!! Um Grande Campeão!!! Um Leão de juba altíssima!!! Muitos PARABÉNS, Jorge!!!

E nas ditas modalidades de pavilhão? É um fartote!!! Falemos, pois e mais em pormenor, dos dois últimos títulos!!!

No hóquei em patins – depois do fantástico título de Campeão Europeu! – fomos ao Dragão Arena nos últimos dois domingos e em dois jogos com inacreditáveis arbitragens não fizemos a coisa por menos… vencemos as duas partidas e – arrumando com a questão da final à melhor de cinco – conquistámos a segunda e a terceira vitória e o inerente título de Campeão Nacional!!! E isso naquele que é unanimemente considerado como o melhor campeonato do mundo da modalidade!!! E fechámos logo o assunto ao quarto jogo… aí fizemos a nossa terceira vitória e arrumámos de vez a questão!!! E sim, não nos esquecemos das “artistices” com que nos quiseram “mimar”… aquele penálti contra o Sporting CP a oito segundos do fim do jogo é de bradar aos céus!!! Ainda assim, como já anunciado alto e bom som, fomos Campeões contra tudo e contra todos!!! Brilhante equipa!!! Enorme Paulo Freitas!!! Muitos PARABÉNS!!!

No futsal – igualmente depois do fantástico título de Campeão Europeu! – derrotámos o nosso rival de sempre!!!… sim, lá no reduto deles, massacrámos o adversário com uma histórica e gloriosa goleada… foram seis golos!!! Uma meia dúzia para coroar o nosso título de Campeão Nacional!!! Uma exibição soberba!!! Uma lição de compêndio sobre futsal!!! O Sporting CP tem, também no futsal, a melhor equipa do Campeonato Nacional!!! Assistimos também nesta final à melhor de cinco a muitas “tropelias”… todas tentando igualar, através de sistemáticas “inclinações de campo”, o que não é igualável… e, por isso, acabámos mesmo por ultrapassar tudo e também aqui no futsal fomos campeões contra tudo e contra todos!!! De notar pela positiva o comportamento do nosso adversário no momento da entrega da Taça de Campeão Nacional… foi bonito de se ver!!! E ficou evidenciado que no futebol assim também deveria ter sido assumido pelo mesmo clube… e assim também se deveria passar noutros “pavilhões celestes”… onde ficaram com motivos para olharem e para aprenderem como se faz!!! Esta época arrasámos mesmo no futsal… é que ganhámos todas as provas oficiais em que participámos!!! É obra!!! Fantástica equipa!!! Gigante Nuno Dias!!! Muitos PARABÉNS!!!

Terminando… esta época de 2020/2021 fica escrita a OURO na memória de todos os Sportinguistas!!! Esta época será sempre uma daquelas lendárias temporadas de que nos recordaremos com inesgotável gosto e com enorme orgulho de Leão!!! Obrigado, Direcção do Clube!!! Muitos PARABÉNS!!!

Foram títulos no basquetebol!!! No atletismo (saliência individual para as Campeãs da Europa Patrícia Mamona e Auriol Dongmo)!!! No hóquei!!! No râguebi feminino!!! No judo!!! No voleibol!!! No futsal (ganhámos todas as provas!!!) No ténis de mesa!!! E – claro está – no FUTEBOL!!! Que Ano!!! ANO DE OURO!!! Festejemos, pois!!!

E preparemos, como se sabe que está a ser preparada, a nova época… pois, queremos continuar a ganhar… mais títulos, sempre mais títulos!!! A nossa fome de vencer é inesgotável!!! A nossa vontade de cumprir Sporting CP é extraordinária!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!!

E Se 2021 não for como 2021?

Por André Bernardo
17 Jun, 2021

Muitos Parabéns e obrigado ao Jorge Fonseca, à equipa de futsal e a todos os que pertencem ao Universo Sporting, por terem tomado uma decisão, por terem tomado a decisão de Ser Sporting

E Se Jorge Fonseca não tivesse sido Campeão do Mundo duas vezes?

E Se o Sporting CP não tivesse feito a sua melhor época de sempre no futsal?

E Se estivéssemos a caminhar para o vigésimo ano sem o título nacional no futebol?

E Se há quase 115 anos José Alvalade e os seus congéneres não tivessem tomado a decisão que tomaram?

E Se?

Num estudo efectuado em Harvard a estudantes universitários, 70% responderam considerarem-se procrastinadores. Em bom português, sete em cada dez destes estudantes adopta o lema “É p’ra amanhã, deixa lá não faças hoje”*.

Não decidir é em si mesmo uma decisão. Uma que nos deixa à mercê do acaso ou do status quo mais do que devia.

E uma coisa é certa, se não tivéssemos alterado o nosso rumo, o Sporting CP de hoje seria uma ilusão.

Recupero, a propósito, parte de três editorias que escrevi anteriormente:

[Edição 3775] - “É necessário que tudo mude para que tudo (Não) fique na mesma”

“Tanto no Jornal Sporting como em toda a nossa restante estratégia, viemos mudar para que o futuro do Sporting Clube de Portugal mude de facto para melhor, num regresso ao seu ADN de pioneirismo, vanguardismo, união e inclusão. 

Não esperamos que seja fácil e relembro as palavras de Maquiavel a esse propósito: “Devemos convir que não há coisa mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, porque quem o é tem por inimigos todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiariam”.”

[Edição 3776] - “Regresso ao Futuro – A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”

“Regressando ao Futuro” até à data actual, e olhando em retrospectiva, haveria certamente caminhos diferentes ao que trilhámos. 

No âmbito desportivo poderíamos não ter investido os poucos recursos disponíveis na retenção de 89 atletas das camadas jovens, não ter alterado o modelo de rendimento desportivo, não ter feito obras na Academia, ter deixado continuar os miúdos sem rede de transportes, ou não ter renovado os relvados dos campos de treino.

No âmbito operacional poderíamos ter negligenciado os nossos colaboradores que nunca tinham tido um processo colectivo de revisão salarial, protelado o investimento urgente em instalações e equipamentos obsoletos, não ter iniciado um projecto de transformação digital ou ter enveredado por um caminho de soluções ‘chave na mão’.

Existe um caminho, aparentemente mais fácil, de apresentar soluções rápidas e de cosmética, mas que compromete sempre o futuro.

A luz ao fundo do túnel existe e o caminho para lá chegar está identificado. Mas não é um percurso curto. E prometer atalhos para saídas mais rápidas é entrar na mesma senda de sempre, em que a luz ao fundo do túnel revela ser um comboio que vem em sentido contrário e atropela o futuro do Sporting CP por mais dez anos.

Achamos que é fundamental a continuação desta maratona, assim como é também agora crítico encontrar novas respostas para uma situação diferente.”

[Edição 3795] – “Porque 2021 não será como “2021”

Qualquer marca é consequência da percepção gerada por dois factores: i) a sua herança; ii) a experiência que as pessoas têm com os vários pontos de contacto com a mesma.

Quanto à primeira, cabe-nos com orgulho recuperar a nossa identidade de Ser Sporting e transmitir o nosso ADN único. E só tem ADN quem tem um código de valores que preserva. 

Quanto à segunda, uma marca tem de entregar aquilo que “promete” na experiência que fornece aos seus nos diversos pontos de interacção existentes. E como tal, falando somente no plano extradesportivo, a experiência que queremos dar no nosso Estádio/Pavilhão/Academia, nos nossos canais digitais, entre outros pontos, são temas que temos identificados e que requerem um ponto de viragem.

Temos um projecto muito bem definido para isso e, apesar das limitações financeiras, os Sportinguistas ‘vão poder ver porque 2021 não será como “2021”’.

Nas incertezas da vida, uma coisa é certa: se tivéssemos vivido na dúvida da acção não tínhamos vivido “à nossa maneira”, se tivéssemos vivido no conforto da certeza não tínhamos evoluído, se não tivéssemos tomados muitas decisões que tomámos, uma delas Ser Sporting, nenhum de nós seria quem é. E se nenhum de nós fosse quem é, o Sporting Clube de Portugal não seria o que é.

Muitos Parabéns e obrigado ao Jorge Fonseca, à equipa de futsal e a todos os que pertencem ao Universo Sporting, por terem tomado uma decisão, por terem tomado a decisão de Ser Sporting.  Desfrutemos de um ano pleno de Glória na História do Sporting Clube de Portugal.

* Excerto da letra da música “É P’ra Amanhã…” de António Variações.

 

Editorial da edição n.º 3824 do Jornal Sporting

Ganhar ou ganhar, eis o SCP!

Por Juvenal Carvalho
17 Jun, 2021

Esta época, culminada com o décimo sexto título nacional, com a fantástica particularidade de ter tido como epílogo uma goleada (2‑6) em casa do eterno rival, foi verdadeiramente de sonho

Na minha coluna de opinião de hoje, a exemplo das anteriores, e para gáudio de todos nós, vou escrever sobre conquistas, o que tem sido recorrente. Hoje não fujo à regra. O ouro de Jorge Fonseca e um futsal também de ouro são o mote. Que mais motivos teria para escrever pleno de felicidade? Como está no título, vou escrever sobre Sporting CP, e em duas partes: ganhar ou ganhar é este o nosso ADN. 

1 ‑ A palavra ouro começa a ser recorrente no vocabulário de Jorge Fonseca, um Leão como poucos, que nos honra e orgulha, e que ao elevar bem alto o nome de Portugal, não menos eleva o nome do grandioso Sporting Clube de Portugal.

Depois do ouro em Tóquio (2019), agora o “bi” em Budapeste (2021). Para a história fica assim o seu segundo título mundial consecutivo na categoria de -100 kg, feito só ao alcance dos verdadeiros predestinados, dos que nasceram com um dom fora do comum.

Aos 28 anos, e com uma carreira que promete ainda muitos mais sucessos, Jorge Fonseca, que ainda recentemente renovou o vínculo ao seu/nosso Clube do coração, não só entrou definitivamente para a galeria dos imortais do desporto português, como para nós, Sportinguistas, ficará eternamente imortalizado como um dos Grandes, daqueles que Francisco Stromp, onde estiver, se orgulhará imenso.

Jorge Fonseca, bem como Pedro Soares, o seu treinador, e homem que ao leme do nosso judo já conquistou colectivamente dois títulos de Campeões Europeus, entre tantos outros, estão literalmente de parabéns. Um trabalho que merece de todos nós um grande reconhecimento, e que tem anos de conquistas atrás de conquistas, medalhas atrás de medalhas. Nada é por acaso. Como disse na chegada ao Aeroporto de Lisboa, de cachecol do Sporting ao pescoço, o campeoníssimo Jorge Fonseca: “Na primeira vez disseram que foi sorte. Na segunda não pode ser só sorte, já é trabalho”. 

Claro que ninguém é campeão por acaso. Na modalidade que for. E porque a sorte é feita de muito trabalho, para daqui a pouco mais de um mês, em Tóquio, local da primeira medalha de ouro no Mundial, que chegue mais uma medalha, agora nos Jogos Olímpicos. 

Um exemplo de perseverança e de luta. Um campeão. Obrigado, Leão!

2 ‑ Falar de futsal no Sporting Clube de Portugal sem falar de vitórias, é tão estranho quanto inusitado. A palavra vitória nesta modalidade é não só recorrente, como é também o seu nome do meio.

Esta época, culminada com o décimo sexto título nacional, com a fantástica particularidade de ter tido como epílogo uma goleada (2‑6) em casa do eterno rival, foi verdadeiramente de sonho. Terá sido mesmo épica, e como referiu o nosso treinador Nuno Dias, uma época nunca conseguida por nenhum clube a nível mundial. À Taça de Portugal, Taça da Liga e UEFA Futsal Champions League, juntou‑se agora o Campeonato Nacional. 

Ver jogar esta equipa de futsal é um verdadeiro deleite. Tudo é preparado ao pormenor, cada jogada é estudada e escalpelizada com mestria, tudo é no fundo conseguido com uma sorte imensa, feita de muito trabalho.

Do treinador Nuno Dias, bem como de toda a sua equipa técnica, passando pelo “capitão” João Matos, por Guitta, que “fecha” a baliza como ninguém, e por todos os outros jogadores, que fizeram com uma categoria inolvidável um colectivo inultrapassável. Uma época em que durante o tempo regulamentar não perdemos qualquer jogo nacional ou internacional. A época, que começou com uma vitória no “João Rocha” frente ao CR Leões de Porto Salvo (3‑2) e que acabou no passado domingo, na Luz, com uma goleada frente ao eterno rival, será daquelas para mais tarde recordar. Ganhámos tudo. E aliámos à classe o esforço, a dedicação e a devoção. Que mais precisaríamos para alcançar a Glória? Nada. E também nada é por acaso. Nuno Dias sabe que o sucesso é feito de trabalho. Os jogadores sabem que trabalham como ninguém. Até parece fácil quando assim é.

Ainda agora acabou, e já estou ansioso por mais recitais e conquistas: ‘à Sporting’!

Futsal, uma época mais que perfeita

Por Pedro Almeida Cabral
17 Jun, 2021

Não há palavras que cheguem para descrever a nossa época no futsal. Tudo o que se diga parece ficar aquém do alcançado. Entrando em quatro competições, conquistámos os quatro títulos disputados

Não há palavras que cheguem para descrever a nossa época no futsal. Tudo o que se diga parece ficar aquém do alcançado. Entrando em quatro competições, conquistámos os quatro títulos disputados: Taça de Portugal (da época anterior), Taça da Liga, UEFA Futsal Champions League e Campeonato Nacional. Sempre apresentando excelente futsal e equipas tacticamente superlativas. Um desfile de triunfos que consagra o Sporting CP como o melhor clube europeu de 2021. Aliás, nenhum outro clube ganhou a tantas equipas campeãs este ano. Na UEFA Futsal Champions League, ganhámos, à vez, ao campeão russo, ao campeão espanhol e ao campeão europeu. E, no Campeonato Nacional, fomos campeões destronando o anterior campeão, SL Benfica. Começámos esta época com pouco. Acabámos esta época com tudo.

Para expressar ainda melhor o que fez o nosso futsal, seguem alguns dados esclarecedores. Em toda a época, não perdemos um único jogo no tempo regulamentar. Temos o maior número de golos marcados e o menor número de golos sofridos na fase regular do Campeonato Nacional. Fomos a primeira equipa portuguesa a ganhar o título europeu e o título nacional na mesma época. Inaugurámos um quadruplete inédito: Taça de Portugal, Taça da Liga, UEFA Futsal Champions League e Campeonato Nacional. Ganhámos a Liga dos Campeões de Futsal da UEFA por 4-3 depois de estarmos a perder por 0-2 ao intervalo, numa reviravolta perante o FC Barcelona, a equipa europeia com o maior orçamento e, provavelmente, a melhor equipa do Mundo. Conquistámos o Campeonato ao SL Benfica no campo do adversário e em apenas quatro jogos, nunca estando em dúvida que seríamos campeões. No jogo final, chegámos mesmo a golear o SL Benfica por 6-2. E ao longo da época revelámos um craque, Zicky, e uma grande promessa, Tomás Paçó. Se há perfeição no futsal, em 2021 a época do Sporting CP não foi apenas perfeita. Foi mais que perfeita. Ou, como disse e bem o nosso magnífico treinador Nuno Dias, deve ser mesmo a melhor época de uma equipa de futsal de sempre a nível mundial.

E se há clube que merece esta recompensa em títulos é o Sporting CP. Somos fundadores da modalidade em Portugal, ganhámos o primeiro Campeonato Nacional em 1990 e o nosso futsal sempre combinou formação e experiência. Temos o dobro dos campeonatos nacionais do SL Benfica e somos o único clube português com duas Champions, conquistadas nos últimos três anos. Somos ainda o terceiro clube europeu mais titulado. O esforço, a dedicação e devoção compensam. O glorioso ano de 2021 fica para sempre.

 

P.S. – Um leitor Sportinguista atento leu a crónica anterior sobre o bicampeonato de basquetebol de 1981-1982 e colocou-me uma dúvida. Referi-me aos fabulosos irmãos Baganha sem mais, o que poderia induzir em erro. Os irmãos eram fabulosos e, por isso imortais na história Leonina, mas, contrariamente ao que se poderia concluir, apenas o base Augusto Baganha esteve no cinco do bicampeonato. Adriano Baganha, tendo sido jogador nos anos 60, foi sim treinador do Sporting CP no campeonato de 1981. Fica o esclarecimento.  

 

Os Olímpicos como Meta

Por Miguel Braga*
11 Jun, 2021

A primeira medalha de ouro, como se sabe, foi conquistada por uma das maiores lendas do desporto português, atleta do Sporting CP e actual director do atletismo do Clube, Carlos Lopes

Desde o início do século XX que Portugal participa nos Jogos Olímpicos. A primeira vez remonta a 1912, na Escandinávia, fomos o décimo terceiro país a aderir ao Movimento Olímpico – três anos depois de ter sido criado o Comité Olímpico de Portugal e do mesmo ter sido reconhecido pelo COI. Somos, inclusivamente, o 18.º país mais assíduo naquela que é a competição mais emblemática do desporto mundial.

A missão olímpica portuguesa teve início em 1912 e nos 109 anos seguintes, Portugal participou em todas as edições dos Jogos Olímpicos até à data e conquistou um total de 24 medalhas. A primeira medalha de ouro, como se sabe, foi conquistada por uma das maiores lendas do desporto português, atleta do Sporting CP e actual director do atletismo do Clube, Carlos Lopes. Aquela tarde quente em Los Angeles ficará marcada para sempre na memória de mais uma geração. Aliás, Lopes é um dos únicos quatro portugueses que se pode orgulhar de ser duplo medalhado nos Jogos Olímpicos (ouro em Los Angeles, 1984 e prata em Montreal em 1976), juntamente com Rosa Mota (ouro em 1998 e bronze em 1984), Fernanda Ribeiro (ouro em 1996 e bronze em 2000) e Luís Mena e Silva (duas vezes bronze, em 1936 e 1948).

Nas páginas 18 a 23 damos a conhecer os nossos atletas olímpicos e aqueles que estão a trabalhar afincadamente para fazer parte deste grupo de atletas de eleição. Como curiosidade, a estreia nacional nos Jogos Olímpicos de Inverno aconteceu apenas em 1952 e nem sempre somos presença assídua – apenas seis participações desde então, sendo que o melhor lugar de sempre foi conquistado por Mafalda Queiroz Pereira em 1998, no esqui acrobático, na 21.ª posição.

Nesta edição do Jornal Sporting, destaque também para mais uma conquista do nosso ténis de mesa, páginas 14 e 15 e poster na página seguinte. “Os nossos jogadores deram tudo e tiveram atitude!”, disse Chen Shi Chao, um dos grandes responsáveis por mais uma vitória, a sexta vez consecutiva que o Sporting CP ganha o título – este foi também o 38.º Campeonato Nacional na modalidade, reforçando a hegemonia Leonina.

No futebol, o segundo lugar conquistado pela equipa B soube a vitória, já que esta foi a melhor classificação de uma equipa secundária do Sporting CP no terceiro escalão nacional, permitiu o acesso à recém‑criada Liga 3 e provou que a estratégia do Clube foi a correcta – já que o regresso da equipa B foi antecipado um ano e a construção do plantel não implicou qualquer contratação. O balanço nas páginas 6 e 7.

Depois do fecho da edição, Sporting CP e SL Benfica defrontam‑se no jogo 3 do play‑off que vai consagrar, este ano, o campeão de futsal. Os dois primeiros jogos – uma vitória e uma derrota para os pupilos de Nuno Dias – ficaram marcados por uma permissividade das equipas de arbitragem à agressividade da equipa adversária. Esperemos que o campo não ganhe tendência para se inclinar sempre para o mesmo lado.


Editorial da edição n.º 3823 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

O eterno capitão

Por Juvenal Carvalho
11 Jun, 2021

A mim, como a milhares e milhares de Sportinguistas, fez as nossas delícias. Era ele, a par de Vítor Damas, Rui Jordão, Carlos Lopes, Joaquim Agostinho, e outros, que me forrava as paredes do quarto

‘Primeiro vais jogar no Sarilhense, depois na CUF e, por fim, no Sporting CP’.

Foram estas as palavras de sua mãe, uma apaixonada por futebol, ao contrário de seu pai, homem distante deste fenómeno, que acabariam por ser premonitórias para alegria de ambos.

Falo‑vos, como é óbvio, de Manuel Fernandes. No passado dia 5 de Junho, o nosso eterno capitão completou 70 anos de vida. De uma vida dedicada ao seu/nosso Clube do coração. De uma vida repleta de sucesso a fazer o que gosta, e no Clube de que gosta desde menino.

De raízes profundamente humildes, nascido em Sarilhos Pequenos, uma pacata terra de pescadores e salineiros, situada na margem sul do Tejo, e que em criança ouvia às escondidas dos pais os relatos do nosso Clube, com o rádio tapado debaixo dos lençóis, chegou a Alvalade na década de 70 do século passado, para ter sucesso, e de todos nós um cantinho guardado no nosso coração para todo o sempre.

Estava desde cedo traçado o destino de Manuel Fernandes – o ‘nosso Manel’.

A mim, como a milhares e milhares de Sportinguistas, fez as nossas delícias. Era ele, a par de Vítor Damas, Rui Jordão, Carlos Lopes, Joaquim Agostinho, e outros, que me forrava as paredes do quarto. Era ele que fazia a minha felicidade quando coleccionava as cadernetas de cromos e saía na minha colecção.

Recordo jogos atrás de jogos. Recordo golos atrás de golos. Tantos de tão boa execução, como só ele sabia fazer.

Mas há um dia que me recordo como se fosse hoje, e que naquele momento eu, como tantos de vós, não queríamos que o jogo acabasse, na esperança que acontecessem ainda mais golos. Esse dia, foi o de 14 de Dezembro de 1986. O adversário foi o nosso rival eterno. Estava escrito nas estrelas que aquele haveria de ser o jogo da vida dele. Quatro golos, numa goleada que ficará nos anais da história, os célebres 7‑1. Nesse dia, Manuel Fernandes fez ainda mais história, a acrescentar a um pecúlio já de si verdadeiramente fantástico.

Acabada a carreira como jogador, foi treinador, com uma Supertaça Cândido de Oliveira no seu currículo, e ainda dirigente. Uma vida... uma longa vida de Leão rampante ao peito. O símbolo que ele ama, tanto como cada um de nós.

Como diz um slogan bem conseguido, ele é feito de Sporting. Respira o Clube por todos os poros da sua pele.

Ele será para todos nós o eterno capitão. O tempo voa, parece que foi ontem que o camisola 9 tratava a bola como poucos. Passaram já 70 anos de uma vida cheia. De uma vida com êxitos pessoais e colectivos. De uma vida de Sporting CP.

Até aos 71 anos, Manuel Fernandes. O Sporting Clube de Portugal é o teu/nosso grande amor.

Obrigado por tudo o que representas para todo e cada um de nós!

 

P.S. – O ténis de mesa conseguiu o hexa e o trigésimo oitavo título nacional do seu historial. Parabéns a esta secção.

Ainda o Basquetebol

Por Pedro Almeida Cabral
11 Jun, 2021

Fica o nosso campeonato, 39 anos depois. E a ansiedade para a próxima época. A história nunca se repete. Mas seria muito bonito repetir o bicampeonato 40 anos depois

Na ressaca das melhores semanas de sempre da história do Sporting Clube de Portugal, com a conquista do tão desejado Campeonato Nacional de futebol e das Ligas dos Campeões de futsal e de hóquei em patins, é ainda tempo de falar do enorme triunfo alcançado no basquetebol.

Ao contrário do que se pensa, apesar dos intervalos em que o basquetebol vai surgindo na vasta oferta de modalidades que o eclectismo Leonino oferece aos seus Sócios, esta modalidade tem raízes fundas no Clube. Sempre que tivemos cincos fortes e vencedores, Sócios e adeptos acompanharam o basquetebol Leonino com entusiasmo. Quer nos anos 50, com os primeiros três Campeonatos Nacionais. Quer mais tarde nos anos 60 e anos 70. E, sobretudo, no início dos anos 80, com o bicampeonato de 1981/1982, em que se destacaram os fabulosos irmãos Baganha e os norte‑americanos John Fultz e Mike Carter. Com um historial tão rico, o Sporting CP não podia regressar para passear na quadra. E não passeou. Ganhou o primeiro campeonato após o regresso, juntando às duas Taças de Portugal conquistadas de seguida, a de 2020 e a de 2021. Mais do que voltar à modalidade, o Sporting CP regressou honrando a sua história.

Quem não tenha visto os cinco jogos da fase final contra o FC Porto poderá pensar que se venceu tranquilamente. Nada mais errado. Levar de vencida uma equipa como a do FC Porto, reforçada para a fase final com um extremo da qualidade de Nevels, exigiu do Sporting CP o melhor que o Clube pode dar. Travante, Ventura, Catarino, Ellisor, Smith e Downs assinaram prestações memoráveis. Ganhar um campeonato com tanto mérito só foi possível com esforço intenso, dedicação permanente e devoção absoluta. Foi também esse o sentido do belíssimo discurso do nosso treinador, Luís Magalhães, cujas palavras e maneira de estar não são apenas as de um campeão. São as de um homem experimentado que sabe que a essência do desporto é a superação de nós mesmos e não o ódio e a raiva ao adversário.

Por fim, se houve jogo de basquetebol emocionante nesta temporada, foi o que deu o campeonato ao Sporting CP. Voltas, reviravoltas e ansiedade até ao fim. Já devo ter visto o último minuto desse desafio uma dezena de vezes. Sobretudo os dois pontos de Smith a sete segundos do fim e a desastrada falta do poste Anderson do Porto, que permitiu a Downs fazer o 86‑85 final em lance livre. As lamentáveis cenas no final do jogo e as afirmações destemperadas dos dirigentes portistas não merecem mais do que esta menção. Fica o nosso campeonato, 39 anos depois. E a ansiedade para a próxima época. A história nunca se repete. Mas seria muito bonito repetir o bicampeonato 40 anos depois.

 

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