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Opinião

Mais um capítulo de Glória

Por Miguel Braga*
15 Abr, 2021

Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue

É preciso recuar ao ano da revolução, concretamente às épocas de 1974/1975 e 1975/1976, para encontrar um feito igual, a conquista consecutiva de duas Taças de Portugal de basquetebol (págs. 12 a 17). Ainda para mais, quando falamos de uma modalidade que regressou ao Clube apenas em 2018. Um dos obreiros destas conquistas é José Tavares, com quem o Jornal Sporting conversou por estes dias. E apesar do regresso ser recente, a História Leonina já contou com várias lendas que encantaram à volta dos cestos. Exemplo disso mesmo é Manuel Sobreiro (págs. 3 e 4), a prova que até no basquetebol os homens não se medem aos palmos – com “apenas” 1,68 metros de altura foi internacional por Portugal e conquistou de Leão ao peito três Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal. Ainda sobre a modalidade, uma nota final: foi bonito de se ver que no final da conquista, os responsáveis do Clube quiseram que Juvenal Carvalho e Edgar Vital (págs. 16 e 17) se juntassem à fotografia para a posteridade. É sinal de que o nosso basket é uma verdadeira família com memória colectiva.

No Luso, a equipa de Paulo Freitas carimbou o passaporte para a final four da Liga Europeia de hóquei em patins – a primeira que será composta em exclusivo por equipas portuguesas (págs. 18 e 19). As quatro melhores equipas do país e da Europa têm novamente encontro marcado para daqui a um mês (15 e 16 de Maio). Somos o campeão em título e temos como missão lutar até ao último minuto. Que Girão, Platero, Font e companhia continuem esta caminhada.

No atletismo continuamos a coleccionar títulos, com mais uma demonstração de força e competência em Almeirim no Campeonato Nacional de marcha em estrada e no Campeonato de Portugal de dez mil metros (pág. 22). João Vieira sagrou-se campeão nacional pela 60.ª vez, enquanto Carla Salomé Rocha venceu pela quarta vez (a segunda consecutiva) a competição feminina. Nos homens, Miguel Marques ficou pela prata e alcançou um novo recorde pessoal.

Este fim-de-semana, o Altice Arena será o palco do Campeonato da Europa de Judo e o Sporting CP é o clube português mais representado na prova (págs. 26 e 27). Não só temos seis atletas em representação do país, como a selecção será orientada pelo nosso Pedro Soares.

Amanhã, a equipa liderada por Rúben Amorim desce até ao Algarve para medir forças com o SC Farense. Para trás fica o jogo com o FC Famalicão (págs. 6 e 7) e a sequência de acontecimentos derivados – e mais um recorde que esta equipa atingiu, igualar o maior número de jogos sem perder no mesmo campeonato, num total de 26. O foco está agora no próximo jogo. Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue. Em nome do Sporting CP e do futebol em Portugal.

Por último, destaque ainda para o próximo ‘ADN de Leão’ que contará com Nuno Mendes (pág. 28). E se o podcast tem sido uma das apostas e estrelas da Comunicação do Sporting CP este ano, o jovem jogador internacional é com certeza também uma grande aposta do Clube e uma das estrelas da Liga NOS. Um momento a não perder.


Editorial da edição n.º 3815 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As vitórias do Sporting CP e de Rúben Amorim

Por Rodrigo Pais de Almeida
15 Abr, 2021

Rúben, gostar do Sporting CP não é fácil (…) e não é para qualquer um… Mas habitua‑te, porque impossível mesmo é deixar de o amar!

Era de antever um jogo muito disputado com o FC Famalicão. A entrada de Ivo Vieira para o comando da equipa minhota conseguiu finalmente colocar um plantel de enorme qualidade e com potencial para outros patamares a praticar um bom futebol e com resultados condizentes com essa realidade. Com um futebol de apoio na construção e jogadores muito rápidos na frente e nos corredores. Com uma equipa confiante e com atletas à procura de chamar a atenção dos “grandes”. Com um treinador inteligente, experiente e conhecedor do futebol português. Uma equipa que se encontrou para este último terço da Liga NOS para fazer jus ao potencial de equipa europeia que tem.

Rúben Amorim procurou baralhar o meio‑campo famalicense ao recuar Pedro Gonçalves para a posição oito e ao adiantar João Mário para o apoio lateral/frontal a Paulinho e Tiago Tomás. Rapidamente respondeu Ivo Vieira com o recuo de Gustavo Assunção para terceiro central e aglomerando no bloco central ao condicionar também a saída de jogo pelas alas do Sporting Clube de Portugal e ao direccioná‑lo para a superioridade numérica da sua equipa. Poucos duelos. Poucas oportunidades. Bola dividida. E uma primeira parte onde o empate se ajustava e só satisfazia aos forasteiros.

A equipa do Sporting CP precisava de mais bola, de bola mais rápida entre corredores e de profundidade. As entradas de Daniel Bragança e Matheus Reis empurraram o Sporting CP para uma segunda parte de muita qualidade ofensiva na construção de oportunidades de golo e de segurança defensiva que facilmente controlava as parcas investidas do seu adversário (apenas uma defesa de Adán na segunda parte, na realidade, a sua única defesa nos últimos dois jogos, tão poucos têm sido os remates consentidos à baliza).

À semelhança de Moreira de Cónegos, aconteceu futebol. E em futebol nem sempre a melhor equipa, a que jogou melhor, a que construiu oito vezes mais oportunidade do que o adversário, a que dominou o jogo…. Ganha. As entradas de Jovane e Nuno Santos ainda acrescentaram critério até chegar à finalização, mas a eficácia falhou. A subida de Coates na tentativa de acrescentar centímetros ainda proporcionou mais duas situações de golo nos derradeiros minutos, mas a bola teimou em não entrar. O Sporting CP fez tudo. Os jogadores deram tudo. Mas o empate persistiu e castigou duplamente a equipa de Rúben Amorim.

Faltam oito jogos para terminar a Liga NOS. Depois do empate em Famalicão na primeira volta a equipa perdeu apenas mais dois pontos até final da mesma. Este é um tónico e um guião para os oitos encontros que faltam. Aliás, nestes dois empates consecutivos a única coisa que faltou foi a bola entrar. O futebol é também isto, momentos. E este é um momento para dar a volta, de regressar aos três pontos de acordo com a realidade do que se passa no rectângulo de jogo, e de mostrar as garras Leoninas empurrando a bola para beijar as redes dos adversários. É isso que esperamos todos para a primeira de oito finais, em Faro, já amanhã.

Nota final para as palavras de Rúben Amorim na antevisão do jogo da última jornada da Liga NOS “O treinador é que pode perder o campeonato… o Sporting CP já o ganhou…”. Os Sportinguistas não estão habituados a um discurso frontal e realista como este de Rúben. Alguns podem, num momento de maior exaltação, depois de dois empates, esquecer o ponto de partida desta temporada quando previam que estivéssemos apenas a lutar pelo acesso a um possível lugar na Liga Europa. Outros não acreditavam nos objectivos, na forma de os alcançar, nas pessoas que o lideravam e, em Abril, a oito jogos do fecho da Liga NOS assistem estupefactos à performance estável, segura, sólida e consistente que esta equipa vai apresentando.

Dizes que o Sporting CP já ganhou e eu não podia estar mais de acordo, Rúben. Mas já ganhou muito para além do recorde dos 26 jogos consecutivos invicto que acabou de estabelecer. Já ganhou pela forma como o fez e que abre um novo horizonte no Clube. O Sporting CP já ganhou porque teve a coragem de apostar no momento certo e nas pessoas certas para encabeçar um projecto para o futebol do Clube. O Sporting CP já ganhou porque nesse projecto recuperou o seu ADN de Leão, de clube dotado de uma Academia de Formação ao nível das melhores do Mundo e onde se forma a grande parte do seu plantel sénior de futebol profissional. O Sporting CP já ganhou porque tem hoje uma equipa onde os Sócios se revêem muito para além da excelência dos resultados alcançados. O Sporting CP já ganhou porque se sente nestes jogadores, nesta equipa técnica e em quem lidera o Clube uma verdadeira, clara, radical e convincente mudança de atitude e forma de ser e de estar.

Uma atitude que se diferencia pela forma e pelo conteúdo. Porque relativiza a vitória da mesma forma que confia nos momentos menos bons. Porque resiste à tentação de responder à letra aos ataques fora do campo dos rivais e de outros artistas colocando‑os no lugar de indiferença de onde nunca devem sair. Porque comunica com clareza, firmeza e confiança quando o futebol é “apenas” isso, futebol. Porque não entra em crises prematuras de histeria colectiva e de autoflagelação. Porque trata valores, ideias e ideais de forma inegociável, e que nunca qualquer resultado os fará desviar ou mudar o seu rumo!

Sabes, Rúben, tu também já ganhaste. No dia em que aceitaste sair da tua zona de conforto e aceitar a “louca” ideia de Frederico Varandas e Hugo Viana para encabeçares o seu projecto para o futebol do Clube. No dia em que acreditaste que o Sporting Clube de Portugal era o local certo para desenvolveres o teu percurso profissional. No momento em que entraste na Academia e percebeste o potencial imenso deste Clube, destas gentes, deste amor infindável e que nunca esmorece. No jogo em que disseste “Onde Vai Um Vão Todos” e em que à nossa equipa ligaste os nossos corações até onde ela tiver de ir. E porque aceitaste desde o dia em que chegaste que a atitude e a forma de estar neste Clube estava em mudança e era o primeiro passo para voltar a vencer!

Rúben, gostar do Sporting CP não é fácil pelo histórico de incerteza, de autoflagelação, de “crises de meia idade” ou pelas “dores de crescimento”… Não é para qualquer um, Rúben… Mas habitua‑te, porque impossível mesmo é deixar de o amar!

Um projecto ganhador!

Por Juvenal Carvalho
15 Abr, 2021

(...) O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas

Quando o Sporting Clube de Portugal regressou ao basquetebol sénior masculino, percebeu-se de imediato que era um projecto que tinha alicerces sólidos. Que a um treinador habituado a ganhar, e que faz do trabalho e da competência a sua imagem de marca, imagem essa repleta de êxitos por onde tem passado, se juntou um grupo de trabalho composto por uma mescla de jogadores virtuosos, daqueles que dão espectáculo, com outros que fazem do trabalho a sua génese, estavam condimentados os caminhos para o êxito. O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas. E como ninguém ganha por acaso e a sorte dá muito trabalho, para parafrasear o nosso professor Mário Moniz Pereira, foi com essa “sorte” que o Leão deixou a cidade de Matosinhos com mais um troféu, no caso a sétima conquista desta competição, para engalanar o nosso Museu.

Tive o privilégio de assistir ao vivo aos jogos, e na bancada fiquei desde cedo com a convicção plena de que a equipa estava cheia de vontade de contrariar as vicissitudes causadas pelas lesões de Micah Downs, a juntar às de Cândido Sá e de Pedro Catarino, que já vinham de trás, e que ganhar era o mote. No sábado, ante o FC Porto, num jogo que pôs frente-a-frente as duas equipas mais fortes a nível nacional até ao momento, percebeu-se ao que o Sporting CP vinha. Era deliberadamente claro o propósito de ganhar aquela final antecipada, com o devido respeito pelos opositores. Desde início que estivemos na frente. As veleidades dadas foram poucas. Estava dado o primeiro e decisivo passo. No domingo, ante um Imortal BC que já nos havia vencido esta época, houve um Leão faminto de ganhar. E quando assim é, e quando se quer tem muita força, estava consumada a segunda Taça de Portugal consecutiva, facto que só havia acontecido nos já longínquos anos de 1974/1975 e 1975/1976.

Agora, a próxima “batalha” a ganhar será o Campeonato Nacional. Vamos partir para o play-off em primeiro lugar. Todos nós acreditamos nestes Leões feitos de têmpera e de carácter. Estão reunidas as condições para sermos felizes. Deles esperamos sangue, suor e lágrimas... que desejamos sejam de alegria.

Do fim-de-semana desportivo ficou também a certeza de que iremos estar na final four da Liga Europeia de hóquei em patins, para defender um troféu do qual somos o detentor, e ainda o resultado menos bom do nosso futebol frente ao FC Famalicão.

Faltam agora oito finais, e se nada esteve ganho, é óbvio que muito menos estará algo perdido. Jogo a jogo continuará a ser o lema. Nós acreditamos em vocês.

Continuar a acreditar

Por Pedro Almeida Cabral
15 Abr, 2021

(...) Duas Taças seguidas só tinha acontecido há 45 anos. Um feito agora alcançado à medida de quem acredita que esta equipa tudo pode ganhar

Na semana passada, as breves linhas que tenho a honra de escrever todas as semanas no nosso Jornal tinham como título “Acreditar”. Falei do historial do basquetebol no Sporting Clube de Portugal e da extraordinária vitória que tivemos contra a AD Ovarense. Levámos de vencida a equipa vareira num emocionante jogo por 97‑92, que nos garantiu o primeiro lugar na fase regular do campeonato. Essa vitória foi obtida no quarto e último período com três triplos certeiros de Travante, quando, a seis minutos do fim, perdíamos por 12 pontos. Ganhou esse jogo quem é do Sporting CP. Mas ganhou‑o mais quem acreditou na equipa, mesmo quando parecia que não íamos ganhar.

Foi a acreditar, com muita alegria, mas com pouca surpresa, que vi o percurso da nossa equipa de basquetebol no fim‑de‑semana. Jogava‑se a final a quatro da Taça de Portugal. Na meia‑final, tínhamos pela frente o FC Porto, com quem havíamos perdido, ingloriamente, os últimos dois desafios. Talvez alguns achassem que íamos ficar pelo caminho logo ali. Travante e companhia, especialmente Diogo Ventura, Shakir Smith e James Ellisor arrumaram com o jogo nuns esclarecedores 85‑77. No domingo, veio a final, contra o Imortal BC e por larga margem, 59‑83, o Sporting CP colocou a sua sétima Taça de Portugal no Museu, revalidando o título do ano passado. Duas Taças seguidas só tinha acontecido há 45 anos. Um feito agora alcançado à medida de quem acredita que esta equipa tudo pode ganhar.

Foi a acreditar que vi o jogo contra o FC Famalicão também no domingo. Um bom golo de Pote na primeira parte, seguido de uma jogada desinspirada e de uma segunda parte pouco eficaz, renderam novo empate no campeonato. Sporting CP segue em primeiro com seis pontos de avanço sobre o FC Porto. A nossa equipa não conhece a derrota até agora, quando faltam apenas oito jogos para o fim, quatro em casa e quatro fora. O Sportinguista ansioso pode escolher como quer encarar a recta final do campeonato. Tanto pode ver estes empates e algum pouco acerto ofensivo como uma tendência preocupante, como pode orgulhar‑se das 20 vitórias no campeonato alcançadas com uma equipa recheada de jovens jogadores, uns ainda juniores, acreditando que os triunfos nestes últimos oito jogos virão com naturalidade. É a diferença entre encarar os adversários olhos nos olhos sem nada a temer, lembrando o que custou chegar aqui, ou nervosamente esquecer os grandes momentos que o Sporting CP já nos deu esta época, com exibições imaculadas e vitórias perante rivais. Eu escolho acreditar. Ou melhor, continuar a acreditar.

 

Onde Vai Um Vão Todos!!!

Por Tito Arantes Fontes
15 Abr, 2021

Lutar no campo contra os nossos adversários, jogo a jogo! Lutar também em todo o lado contra as injustiças e prepotências de que somos alvo… na arbitragem e nos órgãos disciplinares!

Entrámos no último quarto da Liga NOS! Faltam oito jornadas! Lideramos com seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado! Temos 26 jogos disputados! 20 vitórias e seis empates! Somos a única equipa invencível do Campeonato! Temos a melhor defesa da prova! Temos o segundo melhor ataque! A conclusão só pode ser uma: estamos mesmo a fazer um campeonato extraordinário! Batendo recordes atrás de recordes!

Nos jogos com as melhores equipas do Campeonato temos um saldo de duas vitórias e dois empates (ambos com o FC Porto, sendo o de Alvalade nas condições de “roubalheira” já na altura referidas!). Faltam dois jogos com essas equipas. Um em Braga (que perdeu sempre com o SCP esta época, quer no Campeonato, quer na final da Taça da Liga) e outro no lado oposto da Segunda Circular (no único jogo com esse clube ganhámos merecidamente!).

Este é o cenário actual! E se no início da época me tivessem perguntado se eu configurava a possibilidade de na 26.ª jornada estar como estamos eu diria que não e – querendo‑a, como quero – assinaria logo por baixo! E se agora me perguntassem se eu queria trocar de posição com qualquer outro clube eu também categoricamente diria que não, não quero! Quero estar como estou! Em primeiro lugar! Com seis pontos de avanço sobre o mais directo competidor! E sabendo que este vai jogar a casa do terceiro classificado! É isso que quero! É isso que temos! E é com isso que vamos atacar estas últimas oito jornadas!

Sabendo que desde que fomos campeões na época de 2001/2002 nunca mais à 26.ª jornada tivemos uma situação parecida com a deste ano… ou seja de sermos os primeiros da classificação geral! O mais perto que estivemos foi em 2005/2006 e em 2015/2016, campeonatos em que estávamos em segundo lugar a dois pontos do primeiro.

Dito isto, tudo factual, a que assistimos? A uma TOTAL PERSEGUIÇÃO ao SCP! Incomodamos muita gente! Afrontamos muito poder instituído! E é vê‑los sorrateira e determinadamente a “mexerem‑se”! O “poder bicolor” é assim… não dorme e ataca em todas as frentes! É por isso HORA de voltarmos a gritar bem alto… ONDE VAI UM VÃO TODOS!!! Este é o grito que ressuou no universo do Leão no rescaldo do jogo de Famalicão na primeira volta! E é o mesmo grito que agora – nesta partida com o FC Famalicão – recuperamos! Tanto num como noutro jogo fomos prejudicados! Neste último, apitou um “velho” conhecido… Rui Costa, árbitro do Porto. O mesmo que esta época assinalou penálti a favor do FC Porto quando o Marega pontapeou um defesa do CS Marítimo! Falta atacante nítida transformada em penálti a favor do FC Porto (e o VAR a “jogar à bisca”!). Pois bem, no domingo, em Alvalade, quem tanto “vê”… quem tão bem “analisa”… não viu os lances de penálti que podia ter marcado a favor do SCP! E não os marcou porque não quis! E não, nenhum deles era falta atacante! Foram todos – três lances – por faltas na área sobre TT (56 minutos) e Jovane (84 e 93 minutos). Tudo “toques” similares a outros lances que já deram penáltis a outros emblemas do “poder bicolor”! E no amarelo ao Palhinha logo aos nove minutos também não viu – porque não quis – a falta no segundo anterior sobre o Paulinho e que era a que ele devia logo ter marcado! Este mesmo Rui Costa no fim do jogo ainda expulsou Rúben Amorim (RA) por indicação do seu auxiliar Nuno Manso… o tal que enfrenta processo‑crime por ofensas à integridade física a uma dirigente do Núcleo SCP de Braga! E que no futebol tem delicados ouvidos de “virgem”… falsa e despudorada! Perguntamos, pois, como é que gente deste calibre arbitra jogos do SCP? Porque o poder instalado assim o quer… para melhor prejudicar o SCP!!!

Corolário deste jogo são as decisões do Conselho Disciplina (CD) desta terça‑feira: uma que se esperava e que tem a ver com o sexto amarelo a João Palhinha, confirmando o entendimento já antes expresso por vários juristas de que este seria o primeiro cartão de uma “nova série”! Assim é! Está confirmado! João Palhinha pode continuar a jogar! E outra decisão do CD que é a prova – se necessário fosse – do ódio que este órgão e a sua presidente têm para com o SCP! Vai daí – como que represália do enxovalho que foi o “Caso Palhinha” para o CD – suspende RA por 15 dias… apanhando todos os jogos que se disputam durante esses dias! RA é assim, esta época, expulso mais vezes do que Sérgio Conceição (SC)… desde logo – é bom lembrar –porque este em Alvalade no jogo SCP/FC Porto não foi expulso por “mais”, tendo RA sido expulso por “menos”! Sim, parece mentira… mas é a verdade! E SC ainda não foi suspenso nem sofreu qualquer sanção pelo espectáculo degradante que há poucas semanas deu ao país em Portimão… foi‑lhe aberto um “útil” processo disciplinar! Já RA leva logo sumariamente com 15 dias de suspensão, sem processo disciplinar nem nada!

É este o espectáculo degradante do “DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS”! Sabemos que o futebol nacional está dominado e corrompido pelo “poder bicolor”! E isso nota‑se flagrantemente na arbitragem e na disciplina! É também contra isso que temos que lutar! Lutar no campo contra os nossos adversários, jogo a jogo! Lutar também em todo o lado contra as injustiças e prepotências de que somos alvo… na arbitragem e nos órgãos disciplinares!

A palavra de ordem é só uma: ONDE VAI UM VÃO TODOS! E vamos mesmo! TODOS E UNIDOS! RUBEN AMORIM estamos TODOS contigo e com a EQUIPA! Mais UNIDOS que NUNCA! Estamos na luta! VAMOS À LUTA! ATÉ MORRER!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

 

P.S. – E – mais uma vez – o basquetebol a dar‑nos uma grande alegria! A sétima Taça de Portugal do SCP nesta modalidade! Mais um título desde que a modalidade regressou ao Clube! Muitos parabéns, Leões! Muitos parabéns Luís Magalhães! Muitos parabéns Equipa!

As lições dos jovens Leões

Por Rodrigo Pais de Almeida
08 Abr, 2021

(...) E também é por isso que domingo, seja quem for, de que forma for, e em todos os momentos: Onde for um, vamos sempre todos!

Como disse Rúben Amorim, algum dia iria acontecer. Já tivemos exibições menos conseguidas que nos deram os sempre ambicionados três pontos ao cair do pano, mas algum dia iria acontecer uma boa exibição não conseguir ser coroada com o objectivo. E logo no derradeiro minuto do encontro.

Num estádio sempre difícil e contra um adversário que se encontra cómodo na tabela classificativa, o Sporting Clube de Portugal fez uma exibição, a meu ver, bem positiva. Do ponto de vista defensivo, ao longo do jogo concedeu “meia oportunidade” de golo ao Moreirense FC no remate à entrada da área e descaído para a ala esquerda em que Walterson desfeiteou António Adán. O único remate enquadrado do Moreirense FC ao longo de todo o encontro.

Ao invés, construiu uma dezena de oportunidades de golo. Fez um golo. Viu dois golos anulados pelo VAR por milímetros (o que despoletou a discussão dos já famosos 24 frames que as câmaras televisivas captam por segundo e que podem obrigar o protocolo a dar uma margem de segurança na análise a pretensos foras‑de‑jogo). Obrigou o guarda‑redes adversário a fazer quatro excelentes defesas. Disparou três vezes a centímetros dos postes. E teve três cruzamentos de golo cortados in extremis quando iriam ser facilmente finalizados. A eficácia que tanto tem sido evocada pela inveja rival, traiu‑nos e retirou‑nos a vitória que estava mais do que justificada!

Os golos – inclusive o anulado – do Paulinho são notas de destaque deste jogo e reveladores do que pode acrescentar o goleador. A capacidade de surgir nos espaços de finalização como no primeiro golo, e o rasgar da defesa culminado com um toque de classe a passar por cima do guarda‑redes no tento anulado mostram a capacidade de Paulinho no último terço. Mas os seus atributos não se esgotam na finalização. Paulinho é um avançado fino, de classe, com toque de bola e que sabe aparecer entre linhas para atrair defesas e criar espaços para a entrada dos colegas. Consegue segurar, mas também jogar a um toque. É canhoto, mas usa o pé direito sem comprometer. É exímio no jogo colectivo. Pode jogar em cunha no centro de ataque ou com apoio e em apoio. É o avançado moderno para equipas que gostam de jogar em posse, a dominar o espaço e tempo/timing do jogo, e que procuram os momentos certos para se acercarem das balizas adversárias sem quererem ser avassaladoras, mas sim letais. É o avançado perfeito para este Sporting CP que Rúben Amorim está a construir!

A nota menos positiva do jogo foi a lesão aparentemente grave do jovem Nuno Mendes. Nuno Mendes é um jogador júnior. Nuno Mendes é um jogador com uma capacidade física fora do normal. Nuno Mendes estreou‑se no Sporting e ganhou maturidade. Nuno Mendes foi chamado à selecção nacional A e foi titular da actual campeã da Europa. Nuno Mendes é hoje em dia o jovem defesa‑lateral mais cobiçado do futebol europeu aos 18 anos. Nuno Mendes sofreu uma entrada agressiva e nada leal no último jogo que o obrigou a sair lesionado. Chocante? Sim. Mas para mim a maior nota de relevo foi que a mesma não foi alvo do critério disciplinar. Centrou‑se a discussão pública na questão de ser uma entrada merecedora de cartão amarelo ou vermelho dada a imprudência da mesma, mas fez esquecer o mais grave. Como é possível não ter existido sequer a admoestação de um cartão amarelo? A negligência e falta de protecção ao talentoso jogador conheceu o capítulo mais negro da sua já longa história na segunda‑feira em Moreira de Cónegos.

Nota final para algo que intriga todos os nossos adversários (e quem sabe até alguns Sócios e adeptos do nosso Clube). O Sporting CP não vence o campeonato de futebol desde 2002 e a sua falange de apoio, Sócios e adeptos, nas camadas mais jovens (sobretudo nascidos após o ano 2000) e que nunca viram/sentiram o Clube a vencer o maior troféu de Portugal, continua a aumentar e a ser cada vez mais fervorosa.

Tenho lá em casa dois Sócios desde que nasceram (dez e 14 anos) e neles revejo cada um desses jovens rostos que nos surpreendem com juras e manifestos de amor Leonino do mais puro e genuíno que há. Dia após dia. Vestem orgulhosamente a camisola listada mesmo quando não há jogo. Fazem birra quando lhes dizemos que não podemos comprar todas as sucessivas novidades de merchandising do Clube. Dormem agarrados ao Jubas como se fosse o seu melhor e mais protector amigo. Colocam o cartão de Sócio na lapela, qual ADN ou tipologia sanguínea. Sabem de cor todas as músicas e cânticos do Clube que entoam desde que acordam a cada dia de jogo. Assistem a cada jogo ao nosso lado vibrando a cada golo e sofrendo a cada momento menos bom.

No final do jogo com o Moreirense FC e observando a tristeza e frustração do pai, mas a cabeça sempre erguida dos jogadores e do nosso jovem treinador, o Afonso disse‑me “Sabes pai, gosto mesmo da nossa equipa. É que não há nenhum jogador que eu não goste. Eles são mesmo fixes. Mesmo quando não ganhamos, gosto mesmo de os ver. Eles dão tudo papá. O Adán, o Porro, o Palha, o Seba, o Pote ou o TT… Todos! Agora até já temos o Paulinho bem, pai. Só espero que a lesão do Nuno Mendes não seja grave…”.

O melhor do mundo são mesmo as crianças. E ensinam‑nos lições de vida todos os dias. Na segunda‑feira, os milhares de “Afonsos” espalhados por todo o universo Leonino e que nunca viram o Sporting CP ganhar um título, sentiram um enorme orgulho por serem do Sporting Clube de Portugal mesmo depois de um resultado injusto e menos bom. Ao ler algumas publicações de preocupação (excessiva…) nas redes sociais do universo Leonino depois do jogo de Moreira de Cónegos não consegui deixar de sorrir e de me lembrar do meu Afonso. Uma equipa invicta, com um percurso imaculado, depois de um jogo com uma exibição bem conseguida, mas onde consentiu um empate fortuito no último minuto, que lidera a Liga NOS com oito pontos de avanço a nove jornadas do final… será motivo para tanta apreensão?

É pelas lições e constantes manifestações de afecto e carinho destes jovens Leões. É pela lucidez que nos vão ensinando quando procuramos fundamentos que não existem para temer algo. É pela paixão fervorosa que têm. É pela incompreensão que lançam aos nossos rivais que não entendem como é possível estas crianças cultivarem tanto este amor sem o retorno de títulos desde que nasceram. É muito por eles que estamos a sofrer este ano. Porque ansiamos pelo dia em que eles vão ter essa alegria pela primeira vez. Que sintam o que já sentimos. Essa é uma ansiedade mais nossa do que deles, mas que é reveladora do que é a verdadeira paixão da família Leonina pelo Sporting Clube de Portugal. E também é por isso que domingo, seja quem for, de que forma for, e em todos os momentos: Onde for um, vamos sempre todos!

Momentos a verde e branco

Por Miguel Braga*
08 Abr, 2021

(...) agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente

Há momentos que merecem ser recordados. Há histórias que devem ser partilhadas, experiências geracionais que se cruzam. O basquetebol do Sporting CP viveu nos últimos dias uma dessas ocasiões. Com a Páscoa como motivo da visita, antigos jogadores da modalidade surpreenderam o actual plantel em pleno Pavilhão João Rocha (páginas 18 e 19).

Ernesto Ferreira da Silva, Hermínio Barreto, Carlos Sousa e Edgar Vital são Leões que têm o seu nome inscrito na memorável História deste Clube. Antigos jogadores e campeões nacionais, são também fiéis apoiantes da equipa de Luís Magalhães e co-responsáveis pelo regresso da modalidade. A simbologia do gesto assentou que nem uma luva na equipa e todos esperamos que sirva de incentivo já para a final four da Taça de Portugal.

Hoje, assinalam-se 59 anos desde que João Morais marcou o golo número 2.000 dos Leões no campeonato (páginas 3 e 4). Morais e o seu canto também fazem parte do património do Clube. É com certeza uma das nossas Lendas mais queridas, responsável pelo golo que deu ao Sporting CP e a Portugal a conquista única da competição europeia da Taça dos Vencedores das Taças. Foi em 1964, na finalíssima (já que na final tínhamos empatado a três golos com o MTK Budapest), que aos 19 minutos o jogador surpreendeu o mundo do futebol ao executar na perfeição com o seu pé direito um canto directo que acabou por ser decisivo para o Clube e para a conquista em questão. O ‘Cantinho do Morais’ seria depois imortalizado pelo lançamento de um disco, com direito a relato de rádio de Artur Agostinho, primeiro interpretado por Margarida Amaral, depois popularizado por Maria José Valério.

Nas páginas centrais desta edição, outro momento para mais tarde recordar: a vitória e conquista da Supertaça de râguebi feminino, versão de 15, frente ao eterno rival, com uns claros 18-5 (páginas 14 e 17). Uma equipa que tem dominado o panorama nacional, sendo este o 15.º título em apenas quatro anos. É obra. Os mais sinceros parabéns ao treinador Pedro Leal, à capitã Isabel Ozório e à jogadora Inês Marques, responsável pela marcação de três ensaios: “sim, marquei os três, mas é fruto do oito da frente e dos três-quartos, como é óbvio”, relatou ao nosso Jornal com a humildade que caracteriza os campeões.

O Luso vai ser palco da primeira fase da Liga Europeia de Hóquei em Patins e o Sporting CP tem a ambição de revalidar o troféu do qual ainda é o detentor – a última edição foi cancelada devido à COVID-19. “Olho para este troféu com alguma saudade, mas também com grande responsabilidade”, confessou ao Jornal Sporting o treinador Paulo Freitas. Nas páginas 22 a 24 encontramos a entrevista conjunta ao treinador e ao capitão Pedro Gil.

No futebol, continuamos a luta, jogo a jogo, sempre com o foco na conquista dos próximos três pontos. A última partida ficou marcada pela entrada sem sanção que Nuno Mendes sofreu (acabou por sair lesionado do jogo e, segundo o departamento médico do Sporting CP, foi um verdadeiro milagre o jogador ter escapado a uma lesão grave) e por dois golos anulados ao Sporting CP, um dos quais invalidado por um fora-de-jogo por dois centímetros. Depois de em Dezembro passado o Sporting CP ter iniciado e liderado a discussão pública sobre a possibilidade de serem públicas as comunicações entre árbitro e videoárbitro (VAR), agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente.

Faltam nove jornadas para o fim da Liga NOS. E a receita é a mesma: trabalho, compromisso, humildade e garra de Leão. Sempre juntos, até porque “Onde Vai Um, Vão Todos”.


Editorial da edição n.º 3814 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As lendas nunca morrem

Por Juvenal Carvalho
08 Abr, 2021

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho

A brilhante História do Sporting Clube de Portugal é composta por inúmeras referências de todo o sempre nas mais diversas modalidades. São tantas, e tão relevantes e emblemáticas, que falar de todas elas nos caracteres que me são permitidos nesta coluna de opinião seria impossível, e seguramente que por omissão esqueceria muitas destas figuras que marcam de forma indelével uma inigualável e ímpar História do nosso Clube. 

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho.

O primeiro, um dos ‘Cinco Violinos’, e o último que partiu do mundo dos vivos, que ouvia falar dele por conversas de meu avô, e que o percurso de vida me permitiu conhecer e vir a fundar com ele e com outros Leões de juba alta, o Núcleo SCP de Paço de Arcos, uma ambição dele de sempre por ser da vila onde nasceu e viveu, e que tanto amava. Lembro como se fosse hoje quando o cumprimentei pela primeira vez, precisamente no dia em que houve a primeira reunião preparatória para a criação do núcleo. Fiquei trémulo de emoção, literalmente. Ouvi então posteriormente, contadas pelo próprio, estórias deliciosas da sua vivência no nosso Clube. Ele amava incondicionalmente o Sporting CP e também o “seu” CD Paço Arcos, onde praticou hóquei em patins, facto que lhe valeria a alcunha do ‘Dois Amores’, ou do ‘Necas’ para os amigos. Tinha sempre um sorriso, um aceno, uma palavra simpática para quem com ele se cruzava. Era um senhor na verdadeira plenitude. Como seu último acto de relevo, numa história deslumbrante, ficará o pontapé de saída dado no primeiro jogo no novo Estádio José Alvalade, ante o Manchester United FC. Foi em Agosto de 2003, ano de sua morte.

Já Joaquim Agostinho, que nunca conheci pessoalmente, fez as minhas delícias de criança. Enchia‑me o quarto com pósteres. Parava a cada dia para ouvir na rádio as chegadas da Volta a Portugal. Lia avidamente todas as crónicas sobre as suas participações na Volta a França. De Norte a Sul enchia de orgulho a enorme legião Leonina. Subia os Alpes e os Pirenéus sem levantar o rabo do selim. Era uma força da natureza. Jamais apareceu algum ciclista português com a sua capacidade. Começou tarde uma carreira recheada de sucesso. O ‘Tino’, como era carinhosamente tratado, personificava a garra do Leão. Infelizmente partiu cedo e de Leão rampante ao peito e de amarelo. Uma queda na Volta ao Algarve provocada por um cão que se atravessou no seu caminho, levou este Campeão. Um Campeão de um Clube repleto de campeões.

Lembrar estes e outros campeões é ter memória. E o Sporting CP é um Clube com memória e que tem uma incomensurável História. Uma História sem paralelo. Obrigado a ambos pelo que representaram. 

As lendas nunca morrem!

Acreditar

Por Pedro Almeida Cabral
08 Abr, 2021

Regressando ao jogo com a equipa vareira, assistir àquele último período foi sentir a essência do que é o Sporting CP

No passado sábado, aconteceu Sporting na Arena de Ovar. O Sporting CP defrontou a Ovarense e ganhou por 97‑92 num emocionante jogo de basquetebol. Sobretudo na segunda parte, o marcador raras vezes esteve de feição e, a seis minutos do fim, perdíamos por 14 pontos. Uma distância talvez irreversível para a maior parte das formações da Liga Placard. Mas nada é impossível para a nossa equipa, especialmente para o mágico Travante. O norte‑americano rugiu bem alto e marcou três triplos certeiros neste último e quarto período. Este resultado garante ao Sporting CP o primeiro lugar da fase regular do campeonato. Pormenor pouco importante quando se segue uma fase a eliminar, diriam alguns. Nada mais errado, digo eu, pois o factor casa é crucial quando a competição se reparte também pelo campo do adversário.

Entremos, pois, na segunda fase do campeonato nacional de basquetebol com esperança num título que o Sporting CP não conquista desde 1982. Esteve perto no ano passado, 38 anos depois, mas o cancelamento da competição não permitiu que o Sporting CP lutasse até ao fim. Para quem pensa que o basquetebol do Sporting CP nasceu recentemente, devemos recuar até 1954, quando conquistámos o primeiro campeonato dos oito que temos. A história dessa modalidade em Portugal confunde‑se com a do Sporting CP, onde brilharam jogadores como Ernesto Ferreira da Silva, António Encarnação, Rui Pinheiro, Mário Albuquerque, Carlos Lisboa, Nelson Serra, os irmãos Baganha, mas também os norte‑americanos John Fultz e Mike Carter. Agora, queremos que sejam atletas como Travante Williams, John Fields, João Fernandes ou James Ellisor a fazer história com a verde e branca.

Regressando ao jogo com a equipa vareira, assistir àquele último período foi sentir a essência do que é o Sporting CP. Contra todas as aparências de um mau resultado, Travante e os restantes jogadores não se deixaram ficar e recuperaram os pontos que faltavam para o triunfo. Quem assistiu, nunca deixou de acreditar que a vitória era possível e, a cada triplo travantiano, sentiu‑se que nada ia parar o Sporting CP. Se os jogadores devem honrar a camisola do Sporting CP, Sócios e adeptos têm a missão de acreditar, sobretudo quando a equipa segue em primeiro e leva tantas boas exibições em pavilhões espalhados por Portugal. É a acreditar na nossa equipa de basquetebol que termino esta crónica (também) sobre o empate do Sporting CP com o Moreirense FC no futebol.

 

Até ao fim!!!

Por Tito Arantes Fontes
08 Abr, 2021

(...) É mesmo mérito este primeiro lugar no Campeonato Nacional à entrada da 26.ª jornada! Onde Vai Um Vão Todos!!! E vamos mesmo!!!

Acabou nesta segunda‑feira mais uma jornada do Campeonato. Desta vez empatámos, mesmo ao cair do pano sofremos o golo do empate. Foi pena. Foi pena porque tínhamos o “jogo no papo”… mas só com um golo de vantagem já se sabe… pode sempre “cair um golo do céu” ao nosso adversário… e foi o que aconteceu, no único remate enquadrado do Moreirense FC à baliza de Adán! Provavelmente já houve outros jogos em que ganhámos e podia‑se justificar o empate. Mas neste… sim, neste merecíamos e tínhamos tudo para ganhar! Pena a meia hora final a “gerir”, sem matar o jogo… ainda assim, cá estamos! Vivos! Sólidos! Fortes! Coesos! E – com este empate – mais experimentados! Temos 25 jornadas feitas! Vinte vitórias! Cinco empates! A única equipa sem derrotas! E oito pontos de avanço sobre o segundo classificado, 11 sobre o terceiro e 12 sobre o quarto! É um registo notável! E – claramente – dependemos só de nós próprios! Força Rúben! Força equipa! Força Sporting CP!

Este nosso jogo foi – como seria de esperar – “abrilhantado” por mais uma memorável actuação do “abeto português”… sim, esse mesmo, o tal de João Pinheiro! Coadjuvado por outro “astro dos infernos vermelhos” – Bruno Esteves de seu nome – no VAR! Pois bem… esta dupla ofereceu‑nos mais um espectáculo deprimente! Aliado ao rigor das “linhas” de fora‑de‑jogo do VAR… que anularam dois golos ao Sporting CO… um deles por causa de uma milimétrica “linha” de 2 centímetros… sim, dois centímetros! Não dá para acreditar… mas aconteceu! Mas – dizia eu – aliado a este “rigor de centímetros” temos o arrepiante contraste com o obsceno e infame “critério disciplinar” seguido pela arbitragem! O “abeto português” começou logo aos três minutos… agressão incólume ao Palhinha, amarelo perdoado ao Moreirense FC… estava dado o “mote” para o regabofe… e cerca de meia hora depois foi o “clímax”… onde está o miúdo? E pumba, foi entrar com tudo sobre o Nuno Mendes, 18 anos, internacional português! Resultado: Nuno Mendes lesionado (milagre autêntico não ter fracturado a perna!) e pouco depois fora de campo! Resultado disciplinar: nenhum! Bradaram os céus… mas o “abeto” descaradamente não quis e – lá nos “infernos vermelhos” – o VAR também não… e sim, o lance é para expulsão, logo era para intervenção do VAR!!!

Nesta mesma 25.ª jornada tive oportunidade, até por ser fim‑de‑semana de “Páscoa confinada”, de assistir aos jogos dos nossos mais directos competidores, naturalmente visão limitada no caso daquele clube que gosta de ser televisionado em “circuito fechado”… coitado… E o que vi? Pouco ou nada! Nada de “futebóis de encantar”… mas, isso sim, mais do mesmo, infelizmente… ou seja, o tal clube “enclausurado” ganhou com um penálti que não existe (isto de “chorar” vale mesmo a pena!) e safa‑se, no fim, por lhe ter sido perdoado um penálti que poderia dar o empate à equipa adversária… noutro jogo assisti a uma “celestial” exibição açoriana, traída por mais uma “taremiçada”… e assim – só nesta época! – já lá vão quase 15 penáltis a favor da equipa do treinador que diz que até “javardo” já ouviu chamar‑lhe… valeu que agora esse senhor ficou calado e não nos presenteou com um dos seus habituais e lamentáveis “números de circo”! Por último, vi uns guerreiros ajoelhados… “salvos” no último minuto, ainda não sabendo como nem porquê de tão atarantados que estavam depois uma hora e meia de vendaval algarvio!

Certo é que quanto a estrelinha estamos conversados! Os outros foram bem bafejados e nós sofremos desse fel! Portanto… por muitos que lhes custe – e custa mesmo! – sim, é mérito do SCP! É mesmo mérito este primeiro lugar no Campeonato Nacional à entrada da 26.ª jornada! Onde Vai Um Vão Todos!!! E vamos mesmo!!!

Ultimas Notas: (1) CR7 e o tal treinador que diz que já foi apelidado de “javardo”… que diferença! CR7 exemplar, 18 anos ao serviço de Portugal! Melhor marcador de sempre da selecção portuguesa! E imediatamente após o jogo com a Sérvia, explicou o tal gesto da “braçadeira”! Ainda assim, na lusa pátria, foi um contínuo zurzir no CR7, forte e feio! Vergastado até ao limite! Gente ingrata, velhaca, cobarde e insignificante! Muitos, aliás, os mesmos que semanalmente saúdam, justificam e explicam o “ADN” de quem tem comportamentos de “javardo”!! Dois pesos, duas medidas… a mesma vergonha dos que não têm mesmo vergonha! (2) as inenarráveis capas vermelhas do queimado pasquim da Queimada! Mais vermelho do que nunca! A selecção sub‑21 a qualificar‑se para o Europeu e a primeira página do triste pasquim ocupada com um jogador que nem nessa selecção está… mas é “vermelho”… ai se o ridículo matasse… que cemitério não iria lá pelo Bairro Alto! (3) Pedro Proença resolveu dar um ar da sua graça… vai daí “botou faladura” sobre a “celeridade processual” da justiça desportiva… e veio culpar a inconstitucionalidade explorada no caso Palhinha pela morosidade das decisões… inconstitucionalidade essa que o CD já resolveu através de audições aos jogadores por período de 24 horas… mas porque é que este ex‑árbitro não continuou caladinho lá no seu cantinho! Poupava‑se e poupava‑nos a mais este ridículo espectáculo!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

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